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  1.  # 1

    Colocado por: eu
    Exactamente.

    As pessoas esquecem-se que a riqueza dos "ricos" não está numa caixa forte tipo tio patinhas; está a ser continuamente investida e a criar/manter milhares de postos de trabalho.


    isso é falso !!!! Português rico não investe em Portugal , isso é uma bomba relógio lol recebe formação , recebe fundo e dá com os pés neste país !!!!!
    •  
      FD
    • 27 fevereiro 2013

     # 2

    Então, alguém que não emprega ninguém, fica com o dinheiro todo só para si, não produz grande tipo de riqueza, é, hipoteticamente, moralmente melhor que alguém que emprega milhares de pessoas e que exporta produção nacional?
    Isso é um bocado estranho...
    Concordam com este comentário: two-rok
  2.  # 3

    Colocado por: eu
    O povão gosta desse discurso, mas sejamos realistas: onde se gastam asmaioresfatias do bolo que é o orçamento é nas despesas sociais, na saúde, na educação e na amortização da dívida. Mesmo que se acabasse com toda a mama referida, isso pouco ou nada reduzia no défice...


    Epá tenha paciência.

    Eu NAO quero é andar a pagar impostos que deviam ser bem aplicados, para uns **** se encherem de dinheiro num jogo de mafia, corrupção e uso indevido de dinheiros públicos. A velha história do "ok mas o bolo maior está nisto naquilo e acolá" não serve como desculpa para o tal "povão" ter que aceitar corrupção, máfias instaladas, compadrios, incompetências, chulos, incompetentes, etc etc, dos que nos governam, ou que trabalham para o estado português.

    Ou seja, trabalham para NÓS, o povo.

    E no fundo, o tal povão que você refere de forma irónica, até nem se importa de pagar os mesmos impostos para ter boas escolas, bons hospitais e centros de saúde (entre outros) - desde que SAIBA que o seu dinheiro é bem empregue. Agora de cada vez que alguém toca na ferida, aparece sempre alguém (com a melhor das intenções certamente...) a dizer que somos nós, o tal "povão" que tem de se aguentar a esta merd@ porque "isto não tem peso na factura"?

    Fdxx... não brinque comigo.

    Tenha o peso que tiver, nem eu nem os meus filhos, nem ninguém DESTE PAÍS tem que andar a pagar esta merd@, quando uns poucos chulos (onde se incluem funcionários publicos) se andam a encher e a destruir esta porra toda.

    Mort# a estes filhos de uma vaca todos e vai ver que eles logo aprendem a gerir BEM o país.

    Tem dúvidas?
    Concordam com este comentário: rafaelisidoro
  3.  # 4

    Colocado por: mog

    Não podia estar mais de acordo com o "eu".

    É a velha história: aqueles que têm mais do que eu são uns exploradores, e os que têm menos é porque não merecem mais....
    Eu, pessoalmente, sempre achei que o objectivo seria acabar com os pobres, não com os ricos.


    se você pensa assim tenho pena , infelizmente só mostra que não se sente incomodado com o que se passa em Portugal .
    em 1º lugar só há ricos porque existe classes sociais diferentes ou pelo contrario não haveria hipótese de haver pobres ou ricos se acabar com os pobres , acaba com a classe social logo não haverá ricos pelo que vejo muita gente iria chorar por aquilo que já não iria ter !!!!!!
  4.  # 5

    Colocado por: FDEntão, alguém que não emprega ninguém, fica com o dinheiro todo só para si, não produz grande tipo de riqueza, é, hipoteticamente, moralmente melhor que alguém que emprega milhares de pessoas e que exporta produção nacional?
    Isso é um bocado estranho...


    Fd o que você faz com a sua fortuna a mim não me diz nada , o que me dizia alguma coisa era se você fizesse fortuna com os descontos do povo !!!!!

    se um empregador disse-se emprego mil pessoas e não quero um € do governo e sou tributado como todas as empresas para mim seria um herói e uma pessoa honesta infelizmente o que acontece é que não é assim !!!!!

    sabes que estes senhores chegam a pagar ordenados de 240€ por mês com 12 horas de trabalho por dia em que são 120 por cada pessoa e que estas 2 pessoas não tem hora de almoço e que o restante é patrocinado pelo governo , chama-se a isso ocupação de tempos livres ... sabe ?????
  5.  # 6

    Colocado por: rafaelisidoroo que me dizia alguma coisa era se você fizesse fortuna com os descontos do povo !


    A solução para esse problema está em não fazer os descontos, não em esperar que exista uma solução mágica para não haver pessoas a fazer-se à quantidade anormal de recursos amealhados com as contribuições todas.

    Há aquele ditado "Não ponhas todos os ovos no mesmo cesto". Se nós pomos metade da riqueza produzida num ano no mesmo cesto, não nos podemos admirar de andarem lambões a tentar sacar alguns ovos. Também não vale a pena pensar que é possível um sistema sem desperdício (seja ele em que forma for). Adicionalmente não me parece que o desperdício que se consiga corrigir seja o causador do desequilibro das contas do estado.

    E agora o Rafael pensa que os lambões são os "maus" ricos, mas não são nem apenas nem essencialmente esses. São mesmo muitas mas muitas pessoas, que vão exercendo pressões para que sejam reconhecidos os seus sectores de actividade como "essenciais" e "estratégicos", e vão assim ficando com uma fatia do bolo.

    Um exemplo, que já aqui deixei: Certificados Energéticos. Há milhares de exemplos diferentes, todos somados encarecem a vida das pessoas que se vêm obrigadas a consumir serviços obrigatórios sem que o queiram fazer.
    Concordam com este comentário: two-rok
  6.  # 7

    Colocado por: danobrega

    A solução para esse problema está em não fazer os descontos, não em esperar que exista uma solução mágica para não haver pessoas a fazer-se à quantidade anormal de recursos amealhados com as contribuições todas.

    Há aquele ditado "Não ponhas todos os ovos no mesmo cesto". Se nós pomos metade da riqueza produzida num ano no mesmo não nos podemos admirar de andarem lambões a tentar sacar alguns. Não vale a pena pensar que é possível um sistema sem desperdício (seja ele em que forma for). Também não me parece que o desperdícioque se consiga corrigirseja o causador do desequilibro das contas do estado.

    E agora o Rafael pensa que os lambões são os ricos, mas não são apenas nem essencialmente esses. São mesmo muitas mas muitas pessoas, que vão exercendo pressões para que sejam reconhecidos os seus sectores de actividade como "essenciais" e "estratégicos", e vão assim ficando com uma fatia do bolo.

    Um exemplo, que já aqui deixei: Certificados Energéticos. Há milhares de exemplos diferentes, todos somados encarecem a vida das pessoas que se vêm obrigadas a consumir serviços obrigatórios sem que o queiram fazer.


    eu nunca discordei de si por isso digo mais uma vez o sistema democrático Português tem que ser revisto a todos os níveis !!!!!!
    não é só os certificados , são os serviços todos obrigatórios que não haveriam de existir e só existem para sacar dinheiro nunca tendo em conta o bem estar do cidadão
  7.  # 8

    A mentalidade anti-rico, tacanha, do costume.

    Nós precisamos é de gente com dinheiro que se queira manter no país e gente de fora que venha e traga o seu dinheiro. Se conseguirmos criar um clima atractivo para o capital e para os investimentos industriais, imobiliários, financeiros ou outros, talvez possamos ter alguma esperança na recuperação económica, senão é a morte lenta.

    Para aqueles que querem transformar o país numa nova Cuba, talvez fosse melhor mudarem-se eles para lá.
    Concordam com este comentário: two-rok
  8.  # 9

    Colocado por: rafaelisidorosão os serviços todos obrigatórios que não haveriam de existir e só existem para sacar dinheiro nunca tendo em conta o bem estar do cidadão


    Interessante. E quem é que decide quais são os serviços que levam em conta o bem estar do cidadão e quais não levam?

    Dentro do mesmo exemplo, os certificados energéticos têm como objectivo isso mesmo, garantir que a habitação construída, comprada ou alugada está bem pensada do ponto de vista energético e não vai obrigar o cidadão a desperdiçar dinheiro a climatizar a mesma.

    Como é que ficamos?
    Concordam com este comentário: two-rok
    • eu
    • 27 fevereiro 2013

     # 10

    Colocado por: J.FernandesPara aqueles que querem transformar o país numa nova Cuba, talvez fosse melhor mudarem-se eles para lá.

    Ouvi dizer que lá não há "ricos exploradores da classe operária"... deve ser o paraíso na terra!

    Colocado por: danobregaandarem lambões a tentar sacar alguns ovos

    O problema é que os "lambões" são principalmente: pensionistas, desempregados a receber subsídio de desemprego, rendimento social de inserção, famílias que têm infantários e escolas praticamente gratuitas, famílias que têm acesso a cuidados de saúde quase de borla, etc...
    Concordam com este comentário: two-rok
  9.  # 11

    Colocado por: eu
    O problema é que os "lambões" são principalmente: pensionistas, desempregados a receber subsídio de desemprego, rendimento social de inserção, famílias que têm infantários e escolas praticamente gratuitas, famílias que têm acesso a cuidados de saúde quase de borla, etc...


    Esses são aqueles que usufruem do sistema contributivo, mas há outros tantos que usufruem do sistema legal, como os que fazem os tais certificados energéticos.
    Concordam com este comentário: two-rok
  10.  # 12

    Colocado por: euOuvi dizer que lá não há "ricos exploradores da classe operária"... deve ser o paraíso na terra!

    Agora você lembrou-me uma conhecida anedota de cubanos:

    Sabia que Adão e Eva eram cubanos? -Não, porquê ? - Não tinham roupas, andavam descalços, não podiam comer a maçã e ainda ouviam dizer que estavam no paraíso...
    Concordam com este comentário: eu, two-rok
    Estas pessoas agradeceram este comentário: eu
    • eu
    • 27 fevereiro 2013 editado

     # 13

    Colocado por: J.FernandesSabia que Adão e Eva eram cubanos? -Não, porquê ? - Não tinham roupas, andavam descalços, não podiam comer a maçã e ainda ouviam dizer que estavam no paraíso...

    Como gosto de dar uma no cravo e outra na ferradura: e os países não comunistas, vizinhos de Cuba? A população vive melhor?

    Como é a vida na Guatemala, Honduras, Belize, Haiti (ui!!) ?
  11.  # 14

    Colocado por: danobrega

    Interessante. E quem é que decide quais são os serviços que levam em conta o bem estar do cidadão e quais não levam?

    Dentro do mesmo exemplo, os certificados energéticos têm como objectivo isso mesmo, garantir que a habitação construída, comprada ou alugada está bem pensada do ponto de vista energético e não vai obrigar o cidadão a desperdiçar dinheiro a climatizar a mesma.

    Como é que ficamos?

    se o seu bem estar é estar feliz com um bom sistema energético e sem comida para por na mesa lol então acho que já tem a sua resposta né ...
    a mim prefiro ter comida na mesa e um bom cobertor na cama !!!! mas lá está eu sou obrigado . final
  12.  # 15

    Colocado por: J.FernandesA mentalidade anti-rico, tacanha, do costume.

    Nós precisamos é de gente com dinheiro que se queira manter no país e gente de fora que venha e traga o seu dinheiro. Se conseguirmos criar um clima atractivo para o capital e para os investimentos industriais, imobiliários, financeiros ou outros, talvez possamos ter alguma esperança na recuperação económica, senão é a morte lenta.


    Para aqueles que querem transformar o país numa nova Cuba, talvez fosse melhor mudarem-se eles para lá.

    eu acho que o meu amigo vê somente o canal xxx passe para a tv normal , rtp1, sic , tvi ... verá que os problemas são completamente o contrario de tudo o que disse .

    Nós precisamos é de gente com dinheiro que se queira manter no país

    para quê , possivelmente estará a pensar que esta pessoa vai investir do seu dinheiro ?!!!!!! isso nunca aconteceu em Portugal .
    a pessoa com dinheiro salva-guarda o que é seu e tem conhecimento para ir buscar á banca o dinheiro que precisa para abrir uma empresa , receber fundos e subsídios , não pagar ordenados e escravizar a mão de obra e por fim se fechar a empresa deixa mais umas famílias no desemprego e fica com o seu património intocável !!!!!

    gente de fora que venha e traga o seu dinheiro.

    lol mude de canal os únicos que fazem isso são os chineses , e isso porque não pagam impostos e são subsidiados pelo seu governo ...

    Se conseguirmos criar um clima atractivo para o capital e para os investimentos industriais, imobiliários, financeiros ou outros, talvez possamos ter alguma esperança na recuperação económica,


    explique-me sinceramente o que faz em Portugal ... de industria temos pouco , de finanças estamos arrebentados , de imobiliário já não sabem mais o que fazer !!!!!! explique-me sinceramente o que há de atractivo em Portugal !!!!!
  13.  # 16

    A maior burla de sempre em Portugal

    Parece anedota, mas é autêntico: dia 11 de abril do ano corrente, um homem
    armado assaltou a dependência do Banco Português de Negócios, ou
    simplesmente BPN, na Portela de Sintra, arredores de Lisboa e levou 22 mil euros.
    Trata-se de um assalto histórico: foi a primeira vez que o BPN foi assaltado por
    alguém que não fazia parte da administração do banco.
    O BPN tem feito correr rios de tinta e ainda mais rios de dinheiro dos
    contribuintes.
    Foi a maior burla de sempre em Portugal, qualquer coisa como
    9.710.539.940,09 euros.
    Com esses nove biliões e setecentos e dez milhões de euros, li algures,
    podiam-se comprar 48 aviões Airbus A380 (o maior avião comercial do mundo), 16
    plantéis de futebol iguais ao do Real Madrid, construir 7 TGV de Lisboa a
    Gaia, 5 pontes sobre o Tejo ou distribuir 971 euros por cada um dos 10 milhões
    de portugueses residentes no território nacional (os 5 milhões que vivem no
    estrangeiro não seriam contemplados).
    João Marcelino, diretor do Diário de Notícias, de Lisboa, considera que “é
    o maior escândalo financeiro da história de Portugal. Nunca antes houve um
    roubo desta dimensão, “tapado” por uma nacionalização que já custou 2.400
    milhões de euros delapidados algures entre gestores de fortunas privadas em
    Gibraltar, empresas do Brasil, offshores de Porto Rico, um oportuno banco de
    Cabo Verde e a voracidade de uma parte da classe política portuguesa que se
    aproveitou desta vergonha criada por figuras importantes daquilo que foi o
    cavaquismo na sua fase executiva”.
    O diretor do DN conclui afirmando que este escândalo “é o exemplo máximo da
    promiscuidade dos decisores políticos e económicos portugueses nos últimos
    20 anos e o emblema maior deste terceiro auxílio financeiro internacional em
    35 anos de democracia. Justifica plenamente a pergunta que muitos
    portugueses fazem: se isto é assim à vista de todos, o que não irá por aí?”
    O BPN foi criado em 1993 com a fusão das sociedades financeiras Soserfin e
    Norcrédito e era pertença da Sociedade Lusa de Negócios (SLN), que
    compreendia um universo de empresas transparentes e respeitando todos os requisitos
    legais, e mais de 90 nebulosas sociedades offshores sediadas em distantes
    paraísos fiscais como o BPN Cayman, que possibilitava fuga aos impostos e
    negociatas.
    O BPN tornou-se conhecido como banco do PSD, proporcionando tachos para
    ex-ministros e secretários de Estado sociais democratas. O homem forte do banco
    era José de Oliveira e Costa, que Cavaco Silva foi buscar em 1985 ao Banco
    de Portugal para ser secretário de Estado dos Assuntos Fiscais e assumiu a
    presidência do BPN em 1998, depois de uma passagem pelo Banco Europeu de
    Investimentos e pelo Finibanco.
    O braço direito de Oliveira e Costa era Manuel Dias Loureiro, ministro dos
    Assuntos Parlamentares e Administração Interna nos dois últimos governos de
    Cavaco Silva e que deve ser mesmo bom (até para fazer falcatruas é preciso
    talento), entrou na politica em 1992 com quarenta contos e agora tem mais de
    400 milhões de euros.
    Vêm depois os nomes de Daniel Sanches, outro ex-ministro da Administração
    Interna (no tempo de Santana Lopes) e que foi para o BPN pela mão de Dias
    Loureiro; de Rui Machete, presidente do Congresso do PSD e dos ex-ministros
    Amílcar Theias e Arlindo Carvalho.
    Apesar desta constelação de bem pagos gestores, o BPN faliu. Em 2008,
    quando as coisas já cheiravam a esturro, Oliveira e Costa deixou a presidência
    alegando motivos de saúde, foi substituido por Miguel Cadilhe, ministro das
    Finanças do XI Governo de Cavaco Silva e que denunciou os crimes financeiros
    cometidos pelas gestões anteriores.
    O resto da história é mais ou menos conhecido e terminou com o colapso do
    BPN, sua posterior nacionalização e descoberta de um prejuízo de 1,8 mil
    milhões de euros, que os contribuintes tiveram que suportar.
    Que aconteceu ao dinheiro do BPN? Foi aplicado em bons e em maus negócios,
    multiplicou-se em muitas operações “suspeitas” que geraram lucros e que
    Oliveira e Costa dividiu generosamente pelos seus homens de confiança em
    prémios, ordenados, comissões e empréstimos bancários.
    Ainda não se sabe o que levou o governo PS de José Sócrates a salvar um
    banco que era uma coutada do rival PSD. Não seria o primeiro nem o último banco
    a falir, mas Sócrates decidiu intervir e o BPN passou a fazer parte da
    Caixa Geral de Depósitos, um banco estatal liderado por Faria de Oliveira, outro
    ex-ministro de Cavaco e membro da comissão de honra da sua recandidatura
    presidencial, lado a lado com Norberto Rosa, ex-secretário de estado de Cavaco
    e também hoje na CGD.
    Outro social-democrata com ligações ao banco é Duarte Lima, ex-líder
    parlamentar do PSD, que está a ser investigado pela polícia brasileira pelo
    assassinato de Rosalina Ribeiro, companheira e herdeira do milionário Tomé Feteira
    e que, em 2001, comprou a EMKA, uma das offshores do banco por três milhões
    de euros, tornando-se também acionista do BPN.
    Em 31 de julho, o ministério das Finanças anunciou a venda do BPN, por 40
    milhões de euros, ao BIC, banco angolano de Isabel dos Santos, filha do
    presidente José Eduardo dos Santos e de Américo Amorim, que tinha sido o primeiro
    grande acionista do BPN.
    O BIC é dirigido por Mira Amaral, que foi ministro nos três governos
    liderados por Cavaco Silva e é o mais famoso pensionista de Portugal devido à
    reforma de 18.156 euros por mês que recebe desde 2004, aos 56 anos, apenas por
    18 meses como administrador da CGD.
    O Estado português queria inicialmente 180 milhões de euros pelo BPN, mas o
    BIC acaba por pagar 40 milhões (menos que a cláusula de rescisão de
    qualquer craque da bola) e os contribuintes portugueses vão meter ainda mais 550
    milhões de euros no banco, além dos 2,4 mil milhões que já lá foram
    enterrados. O governo suportará também os encargos dos despedimentos de mais de
    metade dos atuais 1.580 trabalhadores (20 milhões de euros).
    As relações de Cavaco com antigos dirigentes do BPN foram muito criticadas
    pelos seus oponentes durante a campanha das eleições presidenciais de
    janeiro último. Cavaco Silva defendeu-se dizendo que apenas tinha sido
    primeiro-ministro de um governo de que faziam parte alguns dos trafulhas. Mas os
    responsáveis pela maior fraude de sempre em Portugal não foram apenas
    colaboradores políticos do presidente, tiveram também negócios com ele.
    Cavaco também beneficiou da especulativa e usurária burla que levou o BPN à
    falência. Em 2001, ele e a filha compraram (a um euro por ação, preço feito
    por Oliveira e Costa) 255.018 ações da SLN, o grupo detentor do BPN e, em
    2003, venderam as ações com um lucro de 140%, mais de 350 mil euros.
    Por outro lado, Cavaco Silva possui uma casa de férias na Aldeia da Coelha,
    Albufeira, onde é vizinho de Oliveira e Costa e alguns dos administradores
    que afundaram o BPN. O valor patrimonial da vivenda é de apenas 199. 469,69
    euros e resultou de uma permuta efetuada em 1999 com uma empresa de
    construção civil de Fernando Fantasia, acionista do BPN e também seu vizinho no
    aldeamento.
    Para alguns portugueses são muitas coincidências e alguns mais divertidos
    consideram que Oliveira e Costa deve ser mesmo bom economista: num ano fez as
    ações de Cavaco e da filha quase triplicarem de valor e, como tal, poderá
    ser o ministro das Finanças certo para salvar Portugal na atual crise
    económica. Quem sabe, talvez Oliveira e Costa ainda venha a ser condecorado em vez
    de ir parar à prisão.
    O julgamento do caso BPN já começou, mas os jornais nem sequer têm falado
    nisso. Há 15 arguidos, acusados dos crimes de burla qualificada, falsificação
    de documentos e fraude fiscal, mas nem sequer se sentam no banco dos réus.
    Os acusados pediram dispensa de estarem presentes em tribunal e o Ministério
    Público deferiu os pedidos. Se tivessem roubado 900 euros, o mais certo era
    estarem atrás das grades, deram descaminho a nove biliões e é um problema
    político.
    Nos EUA, Bernard Madoff, autor de uma fraude de 65 biliões de dólares, já
    está a cumprir 150 anos de prisão, mas os 15 responsáveis pela falência do
    BPN estão a ser julgados por juizes amigos, vão apanhar talvez pena suspensa e
    ficam com o produto do roubo, já que puseram todos os bens em nome dos
    filhos e netos ou pertencentes a empresas sediadas em paraísos fiscais.
    Oliveira e Costa colocou as suas propriedades e contas bancárias em nome da
    mulher, de quem se divorciou entretanto após 42 anos de casamento. Se
    estivessemos nos EUA, provavelmente a senhora teria de devolver o dinheiro que o
    marido ganhou em operações ilegais, mas no Portugal dos brandos costumes
    talvez não aconteça.
    Dias Loureiro também não tem bens em seu nome. Tem uma fortuna de 400
    milhões de euros e o valor máximo das suas contas bancárias são apenas cinco mil
    euros.
    Não há dúvida que os protagonistas da fraude do BPN tinham-na fisgada,
    preveniram eventuais consequências e seguiram a regra de Brecht: “Melhor do que
    roubar um banco é fundar um”.

    ==========================================

    POTNO JAPÃO, são consumidas poucas gorduras e o índice de ataques
    cardíacos é menor do que na Inglaterra e nos EUA; em compensação, em França
    consomem-se muitas gorduras e, ainda assim, o índice de ataques cardíacos é
    menor do que na Inglaterra e nos EUA. Na Índia, bebe-se pouco vinho tinto e o
    índice de ataques cardíacos é menor do que na Inglaterra e nos EUA; em
    compensação, em Espanha bebe-se muito vinho tinto e o índice de ataques
    cardíacos é menor do que na Inglaterra e nos EUA. Na Argélia, faz-se pouco amor e o
    índice de ataques cardíacos é menor do que na Inglaterra e nos EUA; em
    compensação, em Portugal faz-se mais amor e o índice de ataques cardíacos é
    menor do que na Inglaterra e nos EUA. Portanto, beba, coma e faça amor, pois o
    que mata é falar inglês.

    LUCAS Mendes lembra, na sua crónica no site BBC Brasil, uma entrevista com
    Reed Hundt, que foi chefe da FCC, a comissão federal de comunicações dos EUA
    de 1993 a 1997 e a quem uma amiga pediu que recebesse Gabriel Garcia
    Márquez, o que Reed fez com o maior prazer, uma vez que era seu leitor e
    admirador. O escritor queria um encontro privado com o presidente Bill Clinton e,
    três meses depois, os dois e o casal Clinton jantaram em Martha’s Vineyard,
    onde o presidente passava férias. Clinton também era leitor de Márquez, mas o
    objetivo do encontro não era literário. Garcia Márquez trazia uma proposta de
    Fidel Castro para fazer as pazes com os EUA. Clinton ficou interessado, mas
    em 1994, a meio do seu primeiro mandato, os democratas perderam a maioria
    no Senado e na Câmara de Representantes, e a proposta de Fidel foi enterrada.

    CAVACO Silva diz que o problema de Portugal é gastar acima das suas posses
    e deve saber o que diz. A Presidência da República custa aos contribuintes
    portugueses 45.000 euros por dia, segundo revela o Diário de Notícias, de
    Lisboa. São 16 milhões de euros por ano, 163 vezes mais do que custava Ramalho
    Eanes, ou seja 1,5 euros a cada português. O dinheiro, além de pagar o
    salário de Cavaco, sustenta ainda os seus 12 assessores e 24 consultores, bem
    como o restante pessoal que garante o funcionamento da Presidência da
    República. A juntar a estas despesas, há ainda um milhão de euros dos contribuintes
    que todos os anos serve para pagar pensões e benefícios aos antigos
    presidentes. Os 16 milhões de euros gastos anualmente pela Presidência da República
    portuguesa colocam Cavaco Silva entre os chefes de Estado que mais gastam na
    Europa, gastando o dobro do rei Juan Carlos de Espanha (oito milhões de
    euros), sendo apenas ultrapassado pelo presidente francês, Nicolas Sarkozy (112
    milhões de euros) e pela rainha de Inglaterra, Isabel II, que custa aos
    britânicos 46,6 milhões de euros anuais.

    VITOR SOBRAL, 44 anos, cozinheiro comendador da Ordem do Infante D.
    Henrique, propõe-se internacionalizar a Tasca da Esquina, restaurante de petiscos
    que abriu no início do ano num largo de Campo de Ourique, em Lisboa. Na
    passada quarta-feira, abriu na Alameda Itu, em São Paulo, a primeira Tasca da
    Esquina do Brasil, seguindo a matriz. E consta que a primeira Tasca da Esquina
    USA poderá surgir em Newark, NJ, onde abundam restaurantes portugueses, mas
    falta realmente uma petisqueira.

    O FILME Mistérios de Lisboa, de Raúl Ruiz, estreou a semana passada em duas
    salas de New York e estreará a 12 de agosto em Los Angeles e a 30 de
    setembro em Seattle. O New York Times dedicou quatro páginas da sua revista de
    domingo a Raúl Ruiz, realizador chileno radicado em França e à estreia do
    filme nos EUA. A adaptação da obra homónima de Camilo Castelo Branco já venceu
    prémios como três Globos de Ouro e o prémio Concha de Prata no Festival de
    San Sebastián e poderá ser nomeado para os Óscares 2011 em representação de
    Portugal.

    A INDIGNAÇÃO dos portugueses com a Moody’s, por ter colocado a dívida
    externa de Portugal no nível de “lixo” (isto é, caloteiro), levou as faianças
    Rafael Bordallo Pinheiro a lançar a figura do Zé Povinho em barro e fazendo o
    manguito à agência norte-americana de notação financeira. Há duas versões:
    um Zé Povinho em barrica e outro sem barrica. É apresentado em caixa própria,
    já endereçada à Moody’s em New York e onde pode ser acrescentada mensagem
    ao gosto do cliente, que tanto pode escrever “Toma, Moody’s” em português,
    como “Suck it” em inglês. Já se venderam muitos bonecos, mas ainda assim há
    quem pense que deveriam era mandar canecas com o coiso das Caldas, que é,
    aliás, a peça do artesanato português que os imigrantes mais trazem para os
    EUA.

    NAS CONTAS da agência Lusa, os municípios portugueses têm geminações ou
    acordos de cooperação com 600 cidades em mais de 50 países, mas a grande
    maioria está desativada por falta de projetos. Enquanto Lisboa e Porto têm apenas
    16 cidades-irmãs, Coimbra assinou o primeiro protocolo em 1972 com Santa
    Clara, na Califórnia, já tem 23 cidades-irmãs. Há 11 municipalidades
    portuguesas geminadas com 18 norte-americanas. A saber: Lisboa com Waterbury CT,
    Fairfield MA e Suisun City CA; Coimbra com Cambridge MA e Santa Clara CA; Horta
    com New Bedford MA e Fremont CA; Ponta Delgada com Fall River, MA e Newport,
    RI; Angra do Heroísmo com Taunton, MA e Gilroy, CA; Aveiro com Newark, NJ;
    Mangualde com Hartford, CT; Vila do Porto, Santa Maria, com Hudson, MA; Santa
    Cruz, Graciosa, com Peabody, MA; Funchal e Sintra com Honolulu, no Hawaii,
    onde os condados do Hawaii e do Maui estão também geminados com a ilha de
    São Miguel e com o Funchal, respetivamente.

    A MEIO do voo para Portugal, o avião foi apanhado pela turbulência e a
    mulher pergunta ao marido:
    - Achas que o avião vai cair?
    - Não - assegurou ele. - Mas se cair é a possibilidade de termos o funeral
    apenas por 850 dólares.



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    • ze79
    • 16 março 2013

     # 17

    estava a ver que não tinha tempo para ler o texto ;-)))

    A cima tem muitas verdades mas não temos como as aplicar por cá ,temos a corrupção da justiça (injustiça)
  14.  # 18

    Colocado por: ze79estava a ver que não tinha tempo para ler o texto ;-)))

    A cima tem muitas verdades mas não temos como as aplicar por cá ,temos a corrupção dajustiça(injustiça)


    o problema maior é que isto ainda não bateu nas lonas a 50% isto porque muita gente que trabalha ainda recebe bem e não lhes falta nada e os poucos que não tem nada ainda tem ajuda por parte de alguém , quando isso acabar e se acabar é que vão doer estes sr's vão pagar é cá !!!!!

    Portugal está sobre pressão , o povo está no limite mas não rebenta porque será ? alguém já se perguntou ... será que é por sermos civilizados ???? então morre-se de fome educadamente mas não se aperta um pescoço a um ladrão que rouba um vida ?????

    será assim ????

    não , não é assim ...
  15.  # 19

    Será desta que vão mesmo mandar para casa funcionários públicos? Ouve-se falar em rescisões amigáveis de dez mil pessoas.
    Se assim for - é preciso ver para crer - começa-se finalmente a diminuir umas das maiores parcelas de despesa pública. Isto acontece por imposição da troika, naturalmente, e só por isto terá valido a pena a intervenção destes, e atrevo-me até a desejar que se mantenham por cá por mais uns anos.
    Concordam com este comentário: two-rok
    • eu
    • 16 março 2013

     # 20

    Colocado por: J.FernandesSerá desta que vão mesmo mandar para casa funcionários públicos?

    Sim, vai acontecer. Mas, muita gente anda distraída: nos últimos dois anos já houve uma redução relevante do número de FPs e uma redução bastante grande da despesa com os salários da FP.

    Se assim for - é preciso ver para crer - começa-se finalmente a diminuir umas das maiores parcelas de despesa pública.

    Uma das maiores parcelas? Tem a certeza ?

    Vamos lá a ver: se o salário médio dessas pessoas for 1500 euros por mês, poupa-se ao fim do ano 1500*13*10000 = 195 milhões de euros... Uma gota no oceano... se o corte for de 4000 milhões, já só faltam 3805 milhões
 
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