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  1.  # 81

    Claro que é uma grande incoerência: você, na mesma mensagem diz que não existe margem de manobra para os preços serem diferentes e depois... mostra que afinal existem locais onde os preços são bem diferentes. Afinal em que ficamos?


    Mau...acho que não é difícil de perceber o que escrevo:
    1) Mais de metade é imposto, mais de um terço é matéria-prima.
    2) Do que sobra, é preciso pagar a operação e ter lucro. Os custos operacionais tendem a ser nivelados, logo a margem de manobra é relativamente curta. Posto isto, ou seja, neste contexto, as diferenças de preço da ordem de 5% a 6% do preço final, são obviamente significativas


    LOL... você é um brincalhão. Primeiro ponto: todos os players sabem os preços que os outros praticam, não precisam de ser informados pelos concorrentes, muito menos pelas placas nas auto estradas.


    Segundo ponto: a informação nas placas serve para informar os consumidores! Seria uma excelente plataforma para promover a concorrência... se não existisse "cambalacho" entre eles. Tire lá os óculos ideológicos e reconheça, pelo menos por uma vez, que os mercados reais não são bem idênticos à utopia que idealiza...


    Deixe cá ver: uma estrada com poucas saídas, com nº de postos de abastecimento limitados e cujos concessionários pagam milhões de euros ao concedente, é de facto estranho como fornecer informação de preços da concorrência não leva à queda a pique dos preços.

    Ai, ai...
    • eu
    • 5 março 2013

     # 82

    Colocado por: luisvvDeixe cá ver: uma estrada com poucas saídas, com nº de postos de abastecimento limitados e cujos concessionários pagam milhões de euros ao concedente, é de facto estranho como fornecer informação de preços da concorrência não leva à queda a pique dos preços.

    Então você aceita preços iguais à milésima num mercado concorrencial... sim senhor, as concessões intelectuais que se fazem...
  2.  # 83

    Segundo as contas da Concorrência, a estrutura de custos para o gasóleo é a seguinte: para o preço médio de 1,23 euros por litro, 52 cêntimos correspondem ao preço à saída da refinaria, dois cêntimos destinam-se ao armazenamento e transporte, 11 cêntimos são para os retalhistas e 67 cêntimos são impostos. “As marcas brancas fazem descontos porque mexem na margem da actividade retalhista”. Manuel Sebastião reforçou a recomendação feita pela AdC em 2004, para que se simplifique o regime de licenciamento de postos de combustíveis junto às grandes superfícies.

    http://www.antram.pt/history_details.aspx?ido=27133
    • luisvv
    • 5 março 2013 editado

     # 84

    Então você aceita preços iguais à milésima num mercado concorrencial... sim senhor, as concessões intelectuais que se fazem...


    Concessão nenhuma... Parece que anda por ai grande confusão sobre o conceito e a origem da concorrência. Se eu actuo numa zona concessionada, com custos de operação elevados, mercado em que o produto é grosso modo igual e em que so controlo 15 a 20% do preço, evidentemente nao posso nem entro numa guerra de preço.
  3.  # 85

    Colocado por: costa3333

    não sei o lucro por litro dos combustíveis mas presume que se situe perto dos 10 centimos.... por isso não vai querer que numa bomba tenha preço de 1.47€ e em outra tenha de 1,20€... pois o lucro não dá para isso e eles não vão oferecer a diferença...


    Depende muito do pressuposto ... Você acha que são 10 cêntimos? Lol
    • luisvv
    • 5 março 2013 editado

     # 86

    Colocado por: pedromdf

    Depende muito do pressuposto ... Você acha que são 10 cêntimos? Lol


    Dados de 2008: para o preço médio de 1,23 euros por litro, 52 cêntimos correspondem ao preço à saída da refinaria, dois cêntimos destinam-se ao armazenamento e transporte, 11 cêntimos são para os retalhistas e 67 cêntimos são impostos.

    Neste momento, o peso do imposto é já superior, mas serve de exemplo.

    De facto, dá vontade de rir.
  4.  # 87

    Colocado por: luisvvNeste momento, o peso do imposto é já superior, mas serve de exemplo.

    De facto, dá vontade de rir.


    Alguém tem que pagar os painéis solares pá! Qual é o "racional" por detrás da taxa nos combustíveis? Poluição? Estradas? Whatever?
  5.  # 88

    Colocado por: luisvv

    Dados de 2008: para o preço médio de 1,23 euros por litro, 52 cêntimos correspondem ao preço à saída da refinaria, dois cêntimos destinam-se ao armazenamento e transporte, 11 cêntimos são para os retalhistas e 67 cêntimos são impostos.

    Neste momento, o peso do imposto é já superior, mas serve de exemplo.

    De facto, dá vontade de rir.


    Você deve ser um ser humano espectacular. Compreende tudo, justifica sempre o outro lado. A não ser que você tenha uma bomba de gasolina, que você pertença ao governo, que esteja empregado nas finanças, ou que seja dono de um supermercado, ou até tudo ao mesmo tempo.
    Admiro e até invejo as pessoas que mesmo no inferno pensam estar no paraíso e conseguem ver o lado positivo em tudo.

    Parabéns.
  6.  # 89

    Colocado por: pedromdfAdmiro e até invejo as pessoas que mesmo no inferno pensam estar no paraíso e conseguem ver o lado positivo em tudo.


    Qual lado positivo? Lá por se justificar as causas prováveis para os preços não variarem muito isso não é nada de positivo ou de negativo... é a constatação de factos.

    Os factos podem ser inválidos, é só apontar a razão.
  7.  # 90

    Nem percebo então qual a vossa opinião sobre a negociação com as distribuidoras de energia, se compreendem que eles, coitados, têm margens tão pequenas. Não será uma violência estar a apertar com eles?

    Realmente é muito portuguesinho, partir para uma negociação de redução de um preço já com as mágoas da parte contrária na pasta.
  8.  # 91


    Alguém tem que pagar os painéis solares pá! Qual é o "racional" por detrás da taxa nos combustíveis? Poluição? Estradas? Whatever?


    Necessidade de €€€
  9.  # 92

    Você deve ser um ser humano espectacular. Compreende tudo, justifica sempre o outro lado.

    E além disso tudo, sou bonito.

    A não ser que você tenha uma bomba de gasolina, que você pertença ao governo, que esteja empregado nas finanças, ou que seja dono de um supermercado, ou até tudo ao mesmo tempo.


    Ou então, veja lá esta ideia, que é completamente "fora da caixa": leio.
    E sonho com o dia em que alguém inventará uma espécie de rede mundial para ligar todos os computadores de todómundo para facilitar a disseminação de informação, e aí todos poderemos ter acesso a dados, factos e coisas assim, que permitam formar opiniões.

    Admiro e até invejo as pessoas que mesmo no inferno pensam estar no paraíso e conseguem ver o lado positivo em tudo.


    O problema é que o pedro está convencido que as gasolineiras ganham fortunas, mas não sabe como são formados os preços da gasolina. O seu comentário sobre as margens demonstrou-o claramente, mas a ideia absurda de que só haveria concorrência com diferenças da ordem da dezena de cêntimos já dizia muito..
  10.  # 93

    Nem percebo então qual a vossa opinião sobre a negociação com as distribuidoras de energia, se compreendem que eles, coitados, têm margens tão pequenas. Não será uma violência estar a apertar com eles?

    Realmente é muito portuguesinho, partir para uma negociação de redução de um preço já com as mágoas da parte contrária na pasta.


    Isso é confundir a obra-prima do mestre, com a prima do mestre de obras.
    Convinha-me ter combustíveis mais baratos? Claro que sim. Seria possível? Claro que sim. O primeiro candidato ao corte seria a parcela mais pesada, e a única que não resulta da acção voluntária de comprador e vendedor.
    Discutir os preços dos combustíveis, cujo preço é livre, ignorando as condicionantes é ridículo.

    Repito: para um preço em 2008 de 1,23 euros por litro,
    a) 42,2% do preço 52 cêntimos correspondem ao preço à saída da refinaria, (preço estabelecido num mercado internacional tipo bolsa).

    b) 1,6% dois cêntimos destinam-se ao armazenamento e transporte

    c) 8,9% , 11 cêntimos são para os retalhistas

    d) 54,4% são para o gajo que mais fez pelo negócio: o Estado. 67 cêntimos são impostos.

    Evidentemente, se há alguém neste negócio que é ganancioso e tem que ganhar menos é, como não podia deixar de ser... a petrolífera, certo?
  11.  # 94

    Vejamos a minha fatura de eletricidade.

    Total: 73,15
    Dos quais:
    Contribuição audiovisual e seu IVA: 2,39
    IVA: 13,23
    Encargos relativo ao acesso às redes (independente do comercializador): 31,29

    Sobra assim 26,24 para o comercializador que ainda tem de comprar a energia ao produtor, já que creio que o custo de acesso às redes não inclui a energia propriamente dita, é para todas aquelas taxas e apoios estatais que já sabemos, e para pagar à EDP distribuição e REN para a manutenção de toda a rede.

    Como não sei o custo da energia paga ao produtor, não sei qual a verdadeira margem de lucro do comercializador, mas presumo que não seja por aí além.

    Estamos assim numa situação semelhante aos combustíveis, sendo que aqui não pode haver marca branca. Como o preço também não pode ser diferente num local do país do que no outro, os preços tenderão a ser mais semelhantes do que nos combustíveis.

    Acho que neste mercado a pseudo-concorrência não vai conduzir a diferenças significativas de preço, quando muito pode limitar as subidas de preço, pelo menos ninguém o fará unilateralmente.

    De todo o modo tendo em conta o défice tarifário, a tendência é de aumento do valor de acesso às redes, pelo que mesmo que haja verdadeira concorrência, todos iremos pagar mais já que o estado e a ERSE definem 2 terços da fatura. Claro que a culpa será atribuída às empresas que não fazem concorrência, e não ao estado que aumenta artificialmente os preços.
    • eu
    • 6 março 2013

     # 95

    Colocado por: dfserraComo não sei o custo da energia paga ao produtor, não sei qual a verdadeira margem de lucro do comercializador, mas presumo que não seja por aí além.

    Mas pode saber facilmente: os preços são negociados nos mercados.

    Há uns tempos atrás tive curiosidade e fui ver: na altura o custo do KWh para os distribuidores era cerca de 4,4 cêntimos.
    • eu
    • 6 março 2013

     # 96

    Colocado por: luisvv

    Concessão nenhuma... Parece que anda por ai grande confusão sobre o conceito e a origem da concorrência. Se eu actuo numa zona concessionada, com custos de operação elevados, mercado em que o produto é grosso modo igual e em que so controlo 15 a 20% do preço, evidentemente nao posso nem entro numa guerra de preço.

    Se controla 15% a 20% do preço tem todas as condições para ter preços diferentes, nem que seja um cêntimo. A única explicação para os preços serem iguais à milésima, com alterações de preço sempre simultâneas, é haver concertação de preços, que, como sabe, é ilegal e contra os princípios da concorrência.

    Mas você é como os comunistas fanáticos: recusa-se a aceitar as verdades que vão contra a sua ideologia. ;) (sem ofensa)
  12.  # 97

    Caro Eu,
    Quanto aos combustíveis não digo que não haja concertação de preço, mas em mercados holigopolistas como este é possível ter o mesmo preço sem que haja acordo expresso. Neste tipo de mercados, em que os custos são semelhantes, e margens relativamente pequenas não há qualquer vantagem em baixar o preço se o concorrente fizer o mesmo. Baixar 1 cêntimo corresponde a baixar o lucro em 10%. Se a concorrência também baixar, então não se vai vender mais 10%, logo não compensa baixar o preço. Assim, em locais com poucas bombas, como autoestradas, é perfeitamente normal segundo as normas da concorrência que os preços sejam iguais, basta ver o preço do vizinho e fazer o mesmo, não necessito combinar nada com ele.
    A variação semanal dos combustíveis está ligada ao custo nos mercados internacionais, assim facilmente as gasolineiras mesmo sem combinar nada, podem usar a mesma fórmula de obtenção do preço final, e ter sempre os mesmos valores.

    Neste tipo de mercados holigopolistas, quem deveria ter um papel importante é a entidade reguladora, já que é sabido e natural que não é um mercado concorrencial.
  13.  # 98

    Embora o valor atual do preço da eletricidade ao produtor possa ser diferente, e não sei se é igual quando se tem tarifas bihorárias, se levarmos o valor que o Eu indicou de 4,4 Cêntimos por Kw/h, e tendo em conta que consumi 443 Kw/h, temos um custo de 19,49. Fica assim como valor para o comercializador menos de 7 euros, cerca de 9% da fatura.

    Se considerarmos que o comercializador tem custos, então a margem que o comercializador pode baixar é ainda mais baixa.
    Partindo do pressuposto que tudo isto está correto, então nunca poderemos esperar uma redução de custos de eletricidade acima de 5%, excepto se o comercializador quiser perder dinheiro para agarrar os clientes, mas duvido.
  14.  # 99

    Colocado por: pedromdfRealmente é muito portuguesinho, partir para uma negociação de redução de um preço já com as mágoas da parte contrária na pasta.


    Pá ó Pedro... já devias saber que aqui o pessoal neo-liberal se está a borrifar para essas preocupações de carisma socialista. Nós sempre que podemos exercemos pressão para que os preços baixem. É claro que só os neo-liberais é que têm vantagem com os preços baixos, os outros sentam-se num canto a chorar com pena das pessoas. :-)

    Palermices à parte, não nos compete a nós consumidores, nem temos capacidade para tal, tentar entender primeiro se é racionalmente possível ou não obter um preço mais baixo num determinado produto antes de o negociar. É um contra-senso... É o próprio processo negocial que permite entender o que é ou não possível fazer, em determinado momento.
  15.  # 100

    Colocado por: eué haver concertação de preços


    Não me acredito. Repara que se isso fosse um problema "eles" podiam fazer outra coisa, já que se entendem tão bem. Esta semana tens tu mais um cêntimo, na próxima tenho eu, depois tens tu dois cêntimos, depois tenho eu 1, depois tens tu 3, vira o disco e toca o mesmo. Pronto, assim já ninguém suspeitava.

    Parece-me muito mais provável que o preço seja nivelado naturalmente, um altera o preço e os outros seguem a tendência. Ou então, já entenderam a fórmula da concorrência e usam a mesma, por exemplo: aumentar 20% x Preço Refinaria.

    Depois em vez de tentarem ajustar o preço aos custos, ajustam os custos ao preço.

    Que eu saiba nada disto é ilegal e é um cenário perfeitamente possível.
 
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