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  1.  # 1

    Olá a todos,

    Sou vitima de um problema de uma infiltração (proveniente da cozinha do Ap de cima) que dava para fazer um filme. Vou resumir:

    - Começaram a aparecer bolhas de água na tinta do teto da minha cozinha. Aquilo alastrou-se rápido e começou a chegar à parede.

    - Como sei que o apartamento de cima está alugado, e não sei quem é o proprietário... fui falar com o condominio. O "administrator" tb não sabe quem é o proprietário. Quem paga as mensalidades é o vizinho do apartamento do lado.
    (esta "administrador" [que é o mesmo há mais de 10 anos, nunca fez uma reunião, e que se recusa a mostrar as contas] é um problema à parte que poderemos discutir num tópico apropriado).

    - Fui falar com a tal vizinho do lado que paga as quotas. Perguntei se ele me podia dar os dados do proprietário do apartamento em questão, ao que recebi como resposta um ríspido: "Para quê?!" - Expliquei que estava a ser vítima de uma infiltração e pedi-lhe para ele vir ver. Ele respondeu: "Não há infiltração nenhuma!" e fechou-me a porta na cara.
    (Vi logo que a coisa ia complicar)

    - Envolvi a câmara de residência (Palmela). Sugeriram que eu fizesse uma vistoria. Desta forma teria provas legais de que (1) eu era vítima de uma infiltração (2) o problema estava no apartamento de cima e (3) era uma forma de conseguir o contato do proprietário.
    Concordei!
    Depesa 1 (vistoria): 95 euros.

    *** Vistoria ***
    Vieram 3 técnicos da câmara, que limitaram-se a tirar fotos e a dizer "É uma infiltração, e vem do apartamento de cima".
    Foram bater à porta no apartamento de cima. Ninguém atendeu.
    Foram embora.
    *****************

    - Passou 1 mês e (finalmente) um arquiteto da câmara ligou. Conclusões:
    (1) Enviaram uma carta ao proprietário. Não houve resposta.
    (2) Por via telefónica, conseguiram falar com a mãe da proprietária. Ela disse que a proprietária havia emigrado para Inglaterra (isso não constava em nenhum dos registos da câmara). *** ninguém tem o contato do proprietário, nem a própria câmara ***
    (3) A mãe da proprietária (uma senhora bastante idosa) disse que o problema estava numa máquina de lavar a roupa, que vertia água constantemente para o chão, há vários meses!!!!
    (4) A senhora, na sequência do processo, providenciou a troca da máquina.
    *** Vistoria concluída, sem nunca os técnicos da câmara terem posto os pés no apartamento problemático!!!

    - Pedi um orçamento para reparação da minha cozinha: 120 euros.
    Depesa 2 (reparação): 120 euros.

    - Liguei para a senhora idosa, mãe da proprietária, agradeci o fato dela ter resolvido o problema da origem... mas que ainda faltava a reparação da minha cozinha, orçamentada em 120 euros (ou, em alternativa, ela que contratasse alguém).
    Resposta imediata dela: "Já resolvi o problema. Não pago mais nada!!!!"

    - Voltei a ligar para a câmara. Sugeriram que eu:
    (1) Avance com a obra.
    (2) Recorra a um julgado de paz com o relatório da vistoria (a prova) e os comprovativos de despesa (processo de vistoria + obra).

    Mas uma pergunta que me está a incomodar:
    Vou "apontar" o processo para quem?!?!?! Para a mãe da proprietária????

    O que vocês acham?
  2.  # 2

    E.... não ativou o seguro?
  3.  # 3

    Ativei sim. Aliás, foi a primeira coisa que fiz. Não mencionei porque não quis alongar ainda mais o texto.
    Veio cá um perito, que confirmou a infiltração.
    Enviaram uma carta ao apartamento de cima, endereçada a "proprietário da fracção XPTO".
    Como não tiveram resposta, depois de algumas semanas, enviaram-me uma carta a dizer que não podiam fazer nada. Se quiserem, posso citar a carta textualmente.

    Obrigado
  4.  # 4

    Você parece uma pessoa ponderada e calma, portanto siga a via legal, e apresente queixa nas entidades que puder.
    •  
      FD
    • 11 março 2013

     # 5

    Colocado por: santiago40e apresente queixa nas entidades que puder.

    Exactamente. Que neste caso, é o Julgado de Paz.
    Obtém uma decisão favorável num Julgado de Paz, se não lhe pagarem, com a decisão do Julgado na mão abre um processo no balcão nacional de injunções e, casa ou rendimentos penhorados, vai ver como pagam logo.
    E nessa altura já pagam com brinde, custas judiciais e tudo o que acresce.

    Tem protecção jurídica no seguro multirriscos? Se sim, veja as condições da mesma e active-a, caso seja aplicável. Assim, fica-lhe tudo de "borla", em princípio.
    Estas pessoas agradeceram este comentário: JaVo2004
  5.  # 6

    Colocado por: FDObtém uma decisão favorável num Julgado de Paz, se não lhe pagarem, com a decisão do Julgado na mão abre um processo no balcão nacional de injunções e, casa ou rendimentos penhorados, vai ver como pagam logo.
    E nessa altura já pagam com brinde, custas judiciais e tudo o que acresce.

    Tem protecção jurídica no seguro multirriscos? Se sim, veja as condições da mesma e active-a, caso seja aplicável. Assim, fica-lhe tudo de "borla", em princípio.
    Estas pessoas agradeceram este comentário:JaVo2004


    Caro amigo, estou convencido que o tribunal de paz é a via a seguir. No entanto, a minha preocupação deve-se com o facto de eu (e a câmara) termos apenas o nome do proprietário, dado que este emigrou e não actualizou os registos.
    Dados "concretos" (contatos, morada, etc.) só temos os da mãe da proprietária (que age como representante não-legal) e que está a demonstrar má-vontade.
    Escrevo porque estou a antever um problema aqui...

    Obrigado
    •  
      FD
    • 11 março 2013 editado

     # 7

    Colocado por: JaVo2004Escrevo porque estou a antever um problema aqui...

    Isso é um problema do agente de execução. Desde que a casa exista, é tudo pacífico.
    Ou acha que quando a casa for penhorada não aparece logo alguém "responsável"? ;)
  6.  # 8

    O problema foi resolvido? Se sim, óptimo.

    Custos: 215.00€.

    Pense, 215.00€ pagam não ter de se chatear mais? Se sim, ponha uma pedra sobre o assunto. Sei que fica a sensação de impunidade e um custo que não deveria ser seu, mas deve por os pratos na balança e verificar se vale a pena estar a chatear-se mais.
  7.  # 9

    Colocado por: DVilarO problema foi resolvido? Se sim, óptimo.

    Custos: 215.00€.

    Pense, 215.00€ pagam não ter de se chatear mais? Se sim, ponha uma pedra sobre o assunto. Sei que fica a sensação de impunidade e um custo que não deveria ser seu, mas deve por os pratos na balança e verificar se vale a pena estar a chatear-se mais.


    Não me parece que o OP se esteja a chatear com esta aventura - apenas está decidido a ser ressarcido, o que me parece perfeitamente normal. Seja por 2,€, 20€ ou 200€. E se a vizinha/vizinho não quer pagar, vai para tribunal.
  8.  # 10

    Colocado por: DVilarO problema foi resolvido? Se sim, óptimo.

    Custos: 215.00€.

    Pense, 215.00€ pagam não ter de se chatear mais? Se sim, ponha uma pedra sobre o assunto. Sei que fica a sensação de impunidade e um custo que não deveria ser seu, mas deve por os pratos na balança e verificar se vale a pena estar a chatear-se mais.


    É a sua opinião. A minha é que incivismo e má-educação desta espécie não podem ser tolerados (ainda que não houvesse dinheiro envolvido). Somos humanos, vivemos em comunidade.
    Quem me conhece, sabe que eu sou um ótimo vizinho. Tento ser boa pessoa no dia-a-dia. Não consigo dormir bem, sabendo que estava a prejudicar outra pessoa.
    Não consigo compreender como é que alguém que se diz "humano" consegue ser tão insensível a ponto de, propositadamente, prejudicar outros.
  9.  # 11

    Compreendo perfeitamente a sua posição. Também gosto que as coisas sejam feitas como devem ser, mas, apesar de não ser rico, preferia esquecer os 200.00€ e ocupar o meu tempo e preocupações com algo mais importante, nem que fosse dormir sem pensar nisso.
 
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