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      FD
    • 2 abril 2013

     # 1

    Tenho recebido alguns sinais indicadores de que a economia está literalmente parada.
    As pessoas têm evitado gastar dinheiro em coisas que podem adiar, como por exemplo, obras.
    Confirmam este cenário dentro do vosso círculo de actuação ou não?

    Parece-me que com esta crise, ninguém gasta dinheiro, os que não têm, como é natural porque não o têm mas, também porque não querem pedir emprestado, como os que o têm mas, que não querem gastar por uma questão de precaução e segurança.

    Sim ou não?
    Concordam com este comentário: Miguel Carvalho
    Estas pessoas agradeceram este comentário: Miguel Carvalho
  1.  # 2

    claro que sim

    e espere mais um pouco para ver a coisa ainda mais parada.
    fizeram-nos empobrecer mas sem contra partidas nenhumas nada, por exemplo a irlanda aplicou medidas de austeridade mas preservou mecanismos de crecimento e como tal já está a recuperar, agora nós a politica é o exterminio, fazer disto um jardim não sei para quem, para mim não é de certeza.
  2.  # 3

    E depois há os que têm mesmo que fazer as obras e não têm dinheiro para mandar fazer e optam por fazer eles próprios.... como eu lol
    Concordam com este comentário: AnaT
  3.  # 4

    Confirmo!

    Menos trabalho e com o trabalho que há apercebo-me que há pouco dinheiro, principalmente nas empresas. Pagam cada vez pior.

    Conclusão: Está mau e com tendência a piorar.
  4.  # 5

    Poupança aumentou apesar da queda do rendimento

    Notícia de Dezembro de 2012. E repare que a poupança aumentou apesar da queda do rendimento. A seguir repare numa coisa:

    Uma família que tenha um determinado rendimento e um determinado estilo de vida, tem uma determinada capacidade de poupança. Se o rendimento descer, digamos 10%, e a capacidade de poupança era, digamos 20%, isto traduz-se num corte de 50% na capacidade de gerar poupança mantendo o mesmo estilo de vida.

    Ou seja, se apesar da queda de rendimento as pessoas aumentaram a poupança, penso que se pode concluir que o consumo desceu bastante.

    A retracção no consumo e no investimento é normal em cenários de incerteza. Se não há confiança no futuro, as pessoas não arriscam. Se vem ai o Inverno, há que juntar comida para conseguir sobreviver. É o nosso instinto comportarmo-nos dessa maneira.

    http://www.publico.pt/economia/noticia/taxa-de-poupanca-das-familias-atinge-116-do-rendimento-disponivel-em-2012-1589444
  5.  # 6

    E depois ainda há os que se aproveitam da crise alheia.

    Pedem-se orçamentos tendo em atenção que muitas empresas são forçadas a avançar a lucro zero apenas para não fechar portas. Muitas dessas empresas não têm hipótese de concluir as obras. Entretanto aparecerá outra empresa, que à data de de hoje até estava estável.

    É a política do preço mais baixo sem critérios.
  6.  # 7

    No meu orçamento familiar, a uma quebra mesmo muito significativa no rendimento correspondeu um corte brutal em tudo o que são despesas evitáveis. Não aumentei a taxa de poupança (que é nula, neste momento) porque, com 3 dependentes e encargos assumidos noutro cenário, simplesmente não dá.
    Num meio pequeno como aquele em que vivo, onde as empresas e o comércio dependem do consumo da classe média local, esta mudança nos padrões de consumo de famílias como a minha significa o encerramento, imediato ou a curto prazo. E ainda a procissão vai no adro.
  7.  # 8

    Só as empresas exportadoras se safam.
    Neste momento até os que vendem sem fatura (que é a unica forma de ganhar dinheiro em PT) estão em dificuldades... Tambem pela diminuição das vendas de produtos e serviços, mas tambem porque cada vez o pagador é pior pagador e não tendo fatura não paga mais... E estamos a falar de dividas de 100 ou 200€ muitas vezes...

    As exportações aqui na area de sapatos e material inox ou plasticos continua a crescer... para fora claro. Cá dentro já nem compensa fazer publicidade.

    Os trabalhadores do estado (função publica ou contratados(CIT)), estes têm ainda mais dificuldades que os outros porque os ordenados têm vindo a descer na ordem dos 30% + a inflação, dá perdas de reais de 50%.

    Os que estão cheios de dinheiro, esse continuam a investir na economia virtual. Os que até tinham algum dinheiro, agora com a historia de sustentar os filhos desempregados tambem passaram a gastar cada vez menos...
    • eu
    • 2 abril 2013

     # 9

    Colocado por: danobregaA retracção no consumo e no investimento é normal em cenários de incerteza. Se não há confiança no futuro, as pessoas não arriscam. Se vem ai o Inverno, há que juntar comida para conseguir sobreviver. É o nosso instinto comportarmo-nos dessa maneira.

    Eu confirmo pessoalmente esta atitude. O meu agregado familiar também tem sofrido com a crise, também estamos a ter menos receitas, mas nunca poupámos tanto como agora:
    -Comer fora é só de vez em quando (uma ou duas vezes por mês);
    -Carros, até podíamos trocar, mas vamos continuar com os dois chassos;
    -Viagens, poucas, sempre fora das portagens e a andar devagar para poupar combustível;
    -Roupas: muito poucas compras;
    -Supermercado: só o essencial;
    -Produtos e/ou serviços supérfluos: nem pensar.
    • eu
    • 2 abril 2013

     # 10

    Colocado por: ragdollOs trabalhadores do estado (função publica ou contratados(CIT)), estes têm ainda mais dificuldades que os outros porque os ordenados têm vindo a descer na ordem dos 30% + a inflação, dá perdas de reais de 50%.

    30%? Que exagero! Perderam 5% com o Sócrates e cerca de 14% com o corte dos subsídios, ou seja, cerca de 21%...
  8.  # 11

    estavamos à espera de milagres? com a maior divida privada da história e de todos os paises europeus, assim que a torneira fechou este teria de ser o resultado: não há dinheiro para investimento. O que há tem de ser obrigatoriamente entregue aos bancos/credores para abater na divida. Simples: tornamo-nos escravos das dividas, a trabalhar dia e noite para manter um passo a frente destas. Como numa "idade das trevas" que se cultivava trigo para comer e pagar o tempo de moinho, nada mais.

    Durante décadas foi o regabofe na construção civil. Construiu-se quase o dobro que era necessário, sem qualidade nenhuma, em locais absurdos (em larga maioria em terrenos RAN/REN convertidos e que fizeram muitos milhoes a corruptos) e tudo se vendia a preços absurdos. Ao mesmo tempo casas de grande qualidade foram abandonadas nos centros (e zonas de excelencia) das cidades, porque.......... nos arredores dava muito mais lucro.
    Com esse lucro elegeram-se "autarcas"-amigos que não mudaram uma palha, coniventes que estavam nos lucros. Elegeram-se governos e presidentes da república que tinham as mãos quentinhas nos bolsos. Quando se começou a investigar a marosca, meteram-se os clubes ao barulho, limpou-se limpou-se e ficaram as honestas **** com a culpa do "apito dourado". Quando um "desgraçado" teve que se sentar no banco dos réus, condenado... o zé pagode, convencido que a casa ia ser a sua reforma, deu-lhe mais um mandato "porque, olhem para Oeiras, o homem fez obra! isto é prrrrrrogresso"
    Uma bolha de todo o tamanho.

    Claro que agora não há nada. Ao rebentar o balão, durante muito tempo a onda de choque retira todo o ar. Claro que para alimentar essa bolha se utilizou o dinheiro que se tinha e das gerações futuras. Agora é tempo de pagar. Agora é tempo de ser escravo aos novos senhores.
    Claro que para construir uma aberração de auto-estradas, onde se acena à autoestrada do lado, se gastou os recursos que se tinha e as portagens dos nossos netos (se estes conseguirem comprar um carro....)

    Com 2 milhões de casas desabitadas, os preços em colapso e o rendimento das familias totalmente absorvido por divida hipotecaria absurda, quem é que vai investir ou mesmo gastar em imobiliário/construção? Óbvio que não há rendimento nem financiamento para isso, óbvio que é um péssimo investimento. Se daqui a 5 anos as casas valeram metade do que valem hoje, já será sinal de "estabilização".
    Óbvio que familias que há 5 anos ganhavam 1000 e "investiram" numa hipoteca de 950, hoje não tem dinheiro para mandar cantar um cego. Quando mais gravar um CD. Claro que agora a infra-estrutura desmedida e ridicula construida para servir arredores-aberração vai ser um fardo para sugar recursos inexistentes. Claro que as taxas e taxinhas para isto e para aquilo vão continuar a subir porque agora é preciso recolher lixo em 500 ruas a 20km de distancia, é preciso tapar buracos em 5 mil ruas no Montijo, nos 30km de auto-estrada e nas 20 mil do centro de Lisboa. Claro que os centros das cidades vão começar a ruir e exigir recursos para que essa "infra-estrutura" não mate inocentes.

    Claro que agora não há construção. Ainda que a mão de obra esteja disposta a ir trabalhando "para aquecer", já não temos como comprar matéria prima. Ninguém nos vende a crédito e os poucos fabricantes nacionais, entretanto vendidos ao desbarato aos credores, estão muito mais interessados em vender a novas paragens mais a sul (no afã de criar uma nova bolha em terras virgens).

    Durante décadas andamos a sonhar que eramos um arredor de Nova Iorque com centros comerciais, carros grandes, auto-estradas e casas novas a cada 5 anos. Esquecemo-nos que não temos as mãos manchadas de sange em guerras do petroleo para manter essa aberração (ainda bem!!!!!) (nem nova iorque consegue manter a aberração, mas isso são outros 500).

    Ao contrário do que o governo-cúmplice diz... não andamos a viver acima das nossas possibilidades!!! Andamos enganados a converter RAN/REN em urbano e, a vergar a mola a construir aberrações e auto-estradas que não nos servem de nada, convencidos que íamos ser muito ricos. Pedimos o cimento e o ferro emprestados, deixamos cair a casa onde crescemos e agora vamos ter de pagar o cimento inútil e manter a casa para que não mate ninguém. Enquanto isso, comprar uma janela dupla vai estar fora de questão, o "dono" não permitirá.
    Concordam com este comentário: Anonimo16062021, raulschone, civismo, JPN761, empenho
  9.  # 12

    Caro adias, você até tem razão, mas já estou farto do seu discurso, anda sempre a dizer o mesmo!!!!
    Concordam com este comentário: treker666
  10.  # 13

    Durante décadas foi o regabofe na construção civil. Construiu-se quase o dobro que era necessário, sem qualidade nenhuma

    Ao mesmo tempo casas de grande qualidade foram abandonadas nos centros (e zonas de excelencia) das cidades, porque..........

    familias que há 5 anos ganhavam 1000 e "investiram" numa hipoteca de 950

    andamos a sonhar que eramos um arredor de Nova Iorque com centros comerciais, carros grandes, auto-estradas e casas novas a cada 5 anos

    Estou de acordo.
    não andamos a viver acima das nossas possibilidades!!!

    Ai não?
  11.  # 14

    Colocado por: eu
    30%? Que exagero! Perderam 5% com o Sócrates e cerca de 14% com o corte dos subsídios, ou seja, cerca de 21%...


    Olhe que não é bem assim.... posso-lhe garantir que perdi nos últimos 2 anos cerca de 35% do meu vencimento mensal (liquido), já não contanto com os subsidios de férias e Natal....

    E aqui no meu trabalho há quem perdeu mais do que eu que ainda vou conseguindo fazer umas horas extras.....
  12.  # 15

    Colocado por: adiascom a maior divida privada da história e de todos os paises europeus


    O quê? Um exemplo:

  13.  # 16

    Colocado por: stakerposso-lhe garantir que perdi nos últimos 2 anos cerca de 35% do meu vencimento mensal (liquido), já não contanto com os subsidios de férias e Natal....


    É inútil discutir casos particulares. Há quem tenha perdido 100%...
    Concordam com este comentário: jafn
  14.  # 17

    claro que sim e quem tenha perdido o ordenado, as casas etc....

    Estava só a fazer um reparo....
    • eu
    • 2 abril 2013

     # 18

    Colocado por: stakerposso-lhe garantir que perdi nos últimos 2 anos cerca de 35% do meu vencimento mensal (liquido)

    E quais foram as razões dessa perda?
  15.  # 19

    Colocado por: eu
    E quais foram as razões dessa perda?


    Redução de vencimento, corte de horas extras, subida de impostos.... e sem contabilizar os cortes de subsidios
  16.  # 20

    Colocado por: danobrega

    É inútil discutir casos particulares. Há quem tenha perdido 100%...
    Concordam com este comentário:jafn


    E também há quem tenha perdido 100% por causa de outros (muitos) terem perdido 35%...ou 20%...numa economia local atrofiada, o efeito bola de neve é catastrófico...
 
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