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  1.  # 1

    Tendo um empréstimo antigo, com um spread abaixo de 1%, tinha como certo que mesmo tendo dinheiro mais do que suficiente para o amortizar, era preferível não o fazer e colocar o dinheiro a render.
    Neste momento, depois do Chipre, depois da situação de Portugal e na Europa, começo a ter alguma dúvidas, assim como me começa a ser difícil perspectivar possíveis cenários.
    Que cenários desenham para a "nossa" situação e de que modo poderiam afectar o "meu" caso?
    Será esta a melhor altura para fazer uma amortização total?
    Será esta amortização a melhor forma de minimizar os riscos futuros?
  2.  # 2

    não sei a resposta, mas também gostava de saber :)
  3.  # 3

    Essa resposta ninguem sabe, o que sabemos é que no chipre uns pais onde muito do dinheiro é vindo de lavagem de dinheiro, mesmo assim garantiram os depósitos até 100.000€, por isso à partida até esse montante o seu dinheiro deverá estar protegido.
    • mog
    • 9 abril 2013

     # 4

    Em circunstâncias normais, eu diria que com o seu spread o melhor seria de facto não amortizar: o dinheiro vai rendendo e acima de tudo tem liquidez. Contudo, os tempos atuais são de enorme incerteza, pelo que se eu pudesse amortizar totalmente (desde que ficasse com um pequeno pé de meia) fá-lo-ia de certeza absoluta. Mesmo que um conselho especializado fosse no sentido contrário.
    Cumps.
    •  
      FD
    • 9 abril 2013 editado

     # 5

    Colocado por: PeSilvaSerá esta a melhor altura para fazer uma amortização total?
    Será esta amortização a melhor forma de minimizar os riscos futuros?

    Depende dos números.
    Se tem 200.000€ no banco e 100.000€ de dívida, eu dizia para amortizar.
    Se tem 100.000€ no banco e 100.000€ de dívida, eu dizia para estar quieto.
    Se tem 150.000€ no banco e 100.000€ de dívida, eu dizia para amortizar metade ou um terço.

    Diversifique o risco, espalhe o dinheiro que tem pelo maior número possível de sítios e de investimentos.
    Invista em ouro, invista em moeda, invista em certificados de aforro, invista em depósitos a prazo, invista em obrigações, invista em fundos de investimentos, invista em acções.
    Invista em diversos países.
    Nunca invista tudo no mesmo sítio nem deixe o dinheiro ganhar mofo.
    Ao diversificar, está a dispersar o risco, se correr mal num sítio, sempre tem os outros, a probabilidade de tudo correr mal é mais baixa que a probabilidade de só uma coisa correr mal.
    Não coloque os ovos todos na mesma cesta.
    Concordam com este comentário: eu, 1255, fsilva106
    Estas pessoas agradeceram este comentário: fernandoFerreira
  4.  # 6

    há uns tempos atrás defendi com unhas e dentes a desvantagem de amortizar num outro tópico, a forista paramonte ficou de contra-argumentar mas esqueceu-se :-)

    Agora com várias alterações nas taxas de juros e possibilidade de apenas amortizar os juros no irs chegou a altura de reavaliar se continua a ser vantajoso amortizar.
  5.  # 7

    PeSilva,

    A decisão é sua e o meu conselho é que faça as contas, não cometendo o erro de simplesmente comparar taxas de juro.

    Cenário 1 - Não amortiza
    Conta1:Quantos meses faltam para pagar o empréstimo? Quanto paga de prestação? Quanto vai pagar de prestações até ao final do empréstimo?
    Se fizer as contas ao total de meses do empréstimo x as prestações que pagou, fácilmente chega á conclusão que pagou o dobro ou o triplo do dinheiro do empréstimo.
    Conta 2: Quando dinheiro vai ter nas aplicações financeiras quando terminar o empréstimo?

    Cenário 2 - Amortiza
    Conta1:Quanto paga para amortizar o total do emprestimo?
    Conta 2: Quanto dinheiro vai ter nas aplicações financeiras com o dinheiro que sobrou após a amortização no ano em que terminaria o empréstimo?
    Conta 3: Quanto dinheiro vai ter colocando o valor (que deixou de pagar em prestações mensais do emprestimo) em aplicações financeiras no ano em que terminaria o empréstimo?
  6.  # 8

    Ponto pérvio: a dívida é cerca de 100.000€ e o capital cerca de 150.000€

    Concordando com o facto de não se dever colocar "os ovos todos no mesmo cesto", o meu problema é a falta de informação/conhecimento sobre todos os outros "cestos" que não sejam os depósitos a prazo, e logicamente o receio de essa falta de informação/conhecimento me levar a fazer más apostas.

    No entanto, explico o que me levou a levantar este problema.
    Li que a Alemanha estaria a sugerir (ou a defender) que a solução cipriota deveria ser aplicada a todos os bancos que necessitassem de intervenção do estado.
    Hoje, os jornais dão duas notícias:
    - A Moody’s diz que os estados terão de por mais dinheiro nos bancos.
    - Lagarde diz que a zona Euro deveria "fechar bancos".

    Isto já esquecendo a "velha" hipótese de Portugal abandonar o euro.
  7.  # 9

    Colocado por: PeSilvaPonto pérvio: a dívida é cerca de 100.000€ e o capital cerca de 150.000€

    Concordando com o facto de não se dever colocar "os ovos todos no mesmo cesto", o meu problema é a falta de informação/conhecimento sobre todos os outros "cestos" que não sejam os depósitos a prazo, e logicamente o receio de essa falta de informação/conhecimento me levar a fazer más apostas.

    No entanto, explico o que me levou a levantar este problema.
    Li que a Alemanha estaria a sugerir (ou a defender) que a solução cipriota deveria ser aplicada a todos os bancos que necessitassem de intervenção do estado.
    Hoje, os jornais dão duas notícias:
    - A Moody’s diz que os estados terão de por mais dinheiro nos bancos.
    - Lagarde diz que a zona Euro deveria "fechar bancos".

    Isto já esquecendo a "velha" hipótese de Portugal abandonar o euro.


    Compra obrigações do Glorioso, 7,25% :-)
    •  
      FD
    • 11 abril 2013 editado

     # 10

    Colocado por: PeSilvae o capital cerca de 150.000€

    Espero que não esteja todo na mesma conta/banco. É que o limite do fundo de garantia de depósitos é 100.000€...

    Colocado por: PeSilvao meu problema é a falta de informação/conhecimento sobre todos os outros "cestos" que não sejam os depósitos a prazo, e logicamente o receio de essa falta de informação/conhecimento me levar a fazer más apostas.

    Qualquer investimento tem um risco. Se procura apenas guardar o dinheiro, sem risco, opte por produtos com capital garantido e alguma forma de garantia extra.
    Também pode levantar tudo em notas de 500€ - cerca de 300g~400g de dinheiro - mas, se é assaltado ou se a casa arde ou se há um terramoto ou se...

    O que eu faria no seu caso.
    Não conheço os seus rendimentos e como leva a vida mas, faria um cálculo de quanto precisaria para sobreviver (não para viver) durante 3 a 5 anos, sem qualquer tipo de rendimento.
    Esse valor ficaria permanentemente "líquido", isto é, disponível quase imediatamente.
    Distribuiria essa quantia pelo máximo número de bancos, pelo máximo número de países, desde que não tivesse que pagar qualquer valor pela manutenção das contas.
    Considere também alugar um cofre num banco e colocar lá algum dinheiro vivo - vai perder dinheiro mas até ver como tudo isto se resolve...
    O restante, dividia em duas parcelas, uma para investir e a outra para amortizar o crédito.
    Mas, não amortize simplesmente. Os bancos têm alguma necessidade de "liquidez" e muitos destes empréstimos estão-lhes a dar prejuízo - vá ao balcão e pergunte se há algum benefício para clientes na sua situação. Já por aqui passaram casos de clientes que recebiam dinheiro por amortizar empréstimos desse tipo.

    Quanto ao investimento, já é mais complicado, especialmente no ponto em que estamos.
    Opte por coisas seguras, com pouca rentabilidade, e alguma credibilidade, de preferência com prazos curtos.

    Se fosse fácil investir, todos o faríamos e nunca perderíamos dinheiro... :)
    Estas pessoas agradeceram este comentário: PeSilva
  8.  # 11

    Colocado por: PeSilvaPonto pérvio: a dívida é cerca de 100.000€ e o capital cerca de 150.000€

    Concordando com o facto de não se dever colocar "os ovos todos no mesmo cesto", o meu problema é a falta de informação/conhecimento sobre todos os outros "cestos" que não sejam os depósitos a prazo, e logicamente o receio de essa falta de informação/conhecimento me levar a fazer más apostas.

    No entanto, explico o que me levou a levantar este problema.
    Li que a Alemanha estaria a sugerir (ou a defender) que a solução cipriota deveria ser aplicada a todos os bancos que necessitassem de intervenção do estado.
    Hoje, os jornais dão duas notícias:
    - A Moody’s diz que os estados terão de por mais dinheiro nos bancos.
    - Lagarde diz que a zona Euro deveria "fechar bancos".

    Isto já esquecendo a "velha" hipótese de Portugal abandonar o euro.


    no seu caso, eu pensava bem no que fazer aos 50mil que não estão cobertos, seja pela "teórica" segurança do fundo de garantia, seja pela possibilidade de aplicarem impostos a contas acima de 100mil. Isto se estiverem na mesma conta.
  9.  # 12

    em relação aos últimos comentários, atenção que o fundo de garantia, garante, 100.000 eur por depositante e não por depósito...

    em relação a amortizar ou não, olhe que os bancos já estão a pagar para que o cliente amortize... e pense também que deixa de pagar o seguro de vida associado ao mesmo...

    nada como fazer contas, agora com uma coisa concordo, não se deixe ficar liso...
    •  
      FD
    • 14 maio 2013

     # 13

    Colocado por: Casas_do_Rio100.000 eur por depositante e não por depósito...

    Por depositante e por banco.

    Ou seja:
    Situação 1 - depósito de 100.000€ no banco A -> totalmente coberto
    Situação 2 - dois depósitos de 75.000€ no banco B -> apenas 100.000€ cobertos
    Situação 3 - um depósito de 100.000€ no banco A e um depósito de 100.000€ no banco B -> 200.000€ cobertos

    Certo?
  10.  # 14

    Colocado por: FDPor depositante e por banco.


    http://www.fgd.pt/pt-PT/Paginas/inicio.aspx

    A principal missão do Fundo consiste em garantir o reembolso dos depósitos constituídos junto das instituições de crédito nele participantes, na eventualidade de estes se tornarem indisponíveis. Nesse âmbito, o Fundo garante o reembolso do valor global dos saldos em dinheiro de cada depositante, de acordo com determinadas condições, até ao limite máximo de 100 000 euros por depositante e por instituição
  11.  # 15

    No entanto:

    Em 31 de Dezembro de 2011, os recursos próprios do Fundo totalizavam 1 397,0 milhões de euros


    A 31 de Dezembro de 2011, o número total de depositantes abrangidos pela garantia do FGD ascendia
    a cerca de 16,4 milhões3 e o montante total de depósitos cobertos pela garantia do FGD – i.e. depósitos
    de titulares abrangidos, contabilizados apenas até ao limite de 100 000 euros – ascendia a cerca
    de 111 570 milhões de euros
    .
  12.  # 16

    Diversifique os seus investimentos por produtos / bancos para reduzir risco e deixe estar o seu dinheiro a render... ainda por cima com euribor aos niveis baixos que estão, na minha opinião não faz sentido amortizar à pressa.
    Como não tem um spread muito alto, o banco, poderá ainda querer fazer negocio onde colocando X amortiza x+y e fica dispensado das despesas inerentes às amortizações extraordinárias.... Por isso guarde o seu dinheiro, diversifique e tenha calma...
  13.  # 17

    Colocado por: hfviegashá uns tempos atrás defendi com unhas e dentes a desvantagem de amortizar num outro tópico, a forista paramonte ficou de contra-argumentar mas esqueceu-se :-)

    Agora com várias alterações nas taxas de juros e possibilidade de apenas amortizar os juros no irs chegou a altura de reavaliar se continua a ser vantajoso amortizar.


    Pois desculpe , mas acabei por amortizar! A instabilidade dos bancos...o seguro de vida...e o diferencial para o caso de investir em vez de amortizar nãp compensava (só a chatice de andar à procura de uma boa taxa de juro...) e depois estar a dever a bancos é arriscado no meu ponto de vista...
  14.  # 18

    Eu nem hesitava, amortizava imediatamente.
    Concordam com este comentário: Pedro Barradas, A. Madeira, Sabrina, Vitor Azevedo
  15.  # 19

    Colocado por: becasEu nem hesitava, amortizava imediatamente.


    Há uma outra vertente que me coloca algumas dúvidas:
    Em termos financeiros não compensa amortizar (mesmo incluindo seguros), em termos de risco talvez compense amortizar, ou não, passo a explicar (questionar):
    Imaginem que os rendimentos do casal são bastante diferentes, imaginem que a pessoa com maiores rendimentos falece, no caso de não amortizar, a pessoa fica com a casa paga e com dinheiro no banco, em caso de amortização, apenas fica (já estava) com a casa paga.
  16.  # 20

    Colocado por: PeSilva

    Há uma outra vertente que me coloca algumas dúvidas:
    Em termos financeiros não compensa amortizar (mesmo incluindo seguros), em termos de risco talvez compense amortizar, ou não, passo a explicar (questionar):
    Imaginem que os rendimentos do casal são bastante diferentes, imaginem que a pessoa com maiores rendimentos falece, no caso de não amortizar, a pessoa fica com a casa paga e com dinheiro no banco, em caso de amortização, apenas fica (já estava) com a casa paga.


    Compreendo a questão e já pensei nisso. Se não compensa amortizar mesmo incluindo seguros significa que os seguros de vida são muito baratos (ou seja, são pessoas jovens), o que significa que pode contratar, se assim o entender, um seguro de vida com um capital que considere razoável, onde quiser e como quiser. Como no meu caso, o seguro de vida, ao fim do ano, dava para umas férias muito jeitosas (ou umas reparações, ou o IMI - e ainda sobrava!), nem teria hesitações.
 
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