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    • adias
    • 2 maio 2013 editado

     # 1

    O raciocinio tipico para justificar a compra de casa é:

    Quem comprou casa um dia acabará de pagar o empréstimo e terá essa folga no orçamento, quem arrendou terá sempre uma renda a pagar.

    Acabará? E se ficar desesperadamente desempregado e não pagar a prestação? Fica sem casa e com a divida restante e portanto as prestações. Depois, nem casa nem dinheiro para pagar renda.

    Mas muito pior que isso:
    De forma simplificada. Para uma casa/empréstimo de 100k vai pagar 7 mil euros/ano prestação, consegue uma renda de 4mil/ano. Ao fim de 5 anos a casa vale metade..... A renda quase de certeza será negociável para metade.
    Empréstimo a 20 anos com 2% spread.
    No inicio do empréstimo paga 2/3 de juros.
    1ºano: dos 7mil de prestação, paga 3600 juros. Praticamente a renda.
    Ao fim de 5 anos a prestação continua o mesmo valor. Desse valor 45% é juros, ou seja 2 200 de juros. Se a renda caiu para metade, já está a pagar mais de juros que renda.

    Agora adicione o facto que as taxas de juro só podem subir no futuro, porque já estão no minimo possivel. A partir do momento que sobem uns 2% já paga mais juros que renda a qualquer altura do empréstimo.
    Leve em conta que se os preços cairem, como se espera, dificilmente vende a casa. Há milhões delas vazias. Se a vender, fica com o remanescente da divida, depois nem dinheiro para renda tem.

    No cenário ACTUAL paga MAIS DE JUROS que de renda. JUROS puros. Não é prestação total é apenas a parte de juros ao banco. Não contribui em NADA PARA A "COMPRA DA CASA"
    Dinheiro que está "atirar ao lixo", como uma renda. Com a agravante de para deitar a mesma quantidade de dinheiro "fora" tem que se comprometer para a vida!!!!!!!

    Portanto, no cenário actual de preços a cair mais de 5% ao ano, os JUROS de um empréstimo são mais elevados que uma renda equivalente, e trazem compromissos para a vida. São portanto um risco brutal sem qualquer retorno financeiro.
    • L33t
    • 2 maio 2013 editado

     # 2

    Oh amigo a sua conversa já chateia...

    Já levou o cenário também para a compra de um carro novo ou um carro usado ?

    Se todos pensarem da mesma forma nunca haveria carros usados pois ninguém compraria novo porque se perde imenso dinheiro..

    E comprar para que ? se ficar desempregado fica sem carro e com um empréstimo , muitas das vezes um empréstimo que dariam para comprar casas!

    E porque não leasing? ,

    E quando chegar aos seus 60 anos será que terá direito a uma reforma? Será que vai conseguir pagar uma renda? Ou terá de viver debaixo de uma ponte e pensar o quanto fez mal não andar a pagar uma prestação a um banco e agora teria um tecto ?

    Cada um é livre de escolher , já deu a sua opnião agora andar a pregar diariamente a sua ideia já chateia..
    Concordam com este comentário: leo
  1.  # 3

    Colocado por: L33tCada um é livre de escolher , já deu a sua opnião agora andar a pregar diariamente a sua ideia já chateia..

    Tem uma solução simples: Não leia.
    Concordam com este comentário: Miguel Carvalho
  2.  # 4

    Digamos que o adias tem bastante confiança que quer viver numa casa definitivamente. Comprava-a? Sim? Não? Não agora?

    Já agora, vá ao casa.sapo.pt e procure apartamentos em Lisboa que estejam para venda E para aluguer. A seguir faça o seguinte exercício:

    Quanto é que ganha se tiver o capital para comprar a casa no banco.
    Quanto é que ganha se aplicar o capital, comprar a casa, e a alugar.

    Comprar casa para viver é uma solução se determinadas circunstancias se verificarem. Cada situação deve ser analisada de forma particular.
    Concordam com este comentário: FD, jazenhas, fernandoR
    Estas pessoas agradeceram este comentário: fernandoR
  3.  # 5

    Colocado por: adiasAo fim de 5 anos a casa vale metade.....


    Espanta-me esta certeza absoluta. É que vendo o panorama imobiliário na minha cidade, nenhuma, mas mesmo nenhuma (e sim, posso ter esta certeza absoluta) está a ser vendida a metade do preço de há 5 anos. Simplesmente, os preços mal se mexeram.
  4.  # 6

    Eu queria discutir sem ofender, mas começa a ser difícil.
    É tanta a demagogia!

    Empréstimo a 20 anos? Porquê a 20 anos? Para "martelar" os valores e ganhar a argumentação?

    "A renda quase de certeza será negociável para metade." Gostava que me mostrasse um caso destes. Demagogia aos camiões.

    Até existem alguns pontos a favor no arrendamento em relação à compra.
    Mas a sua obsessão é tão grande que os omite e desvirtua os argumentos para tentar ganhar nos pontos onde a compra é claramente mais favorável.

    Esta opção pelo arrendamento será a desgraça de toda uma geração.
    Quando chegarem à idade da reforma, não têm casa, não têm reforma e têm renda para pagar.

    Vá continuando a vender o seu peixe. Mas faça um favor, não desvirtue os factos com frases feitas.
    Este fórum e os que aqui participam merecem honestidade intelectual.
    Concordam com este comentário: rita.cba.goncalves, leo
  5.  # 7

    Há uma confusão típica que se faz.

    O preço da casa, excepto raras situações onde ganham valor por razões históricas, desce sempre. Uma casa vai-se degradando e vai perdendo o valor. Não faz sentido pensar que uma casa velha vale mais que fazer exactamente a mesma casa de novo.

    O que sobe ou desce é o valor do terreno onde a casa está inserida. Se a procura na zona subir, a parte do preço especulativo sobe, assim como o contrário. Ora, para este facto contribuem mais as coisas à volta da casa em questão do que propriamente a casa.
    •  
      FD
    • 2 maio 2013 editado

     # 8

    Eu arrendo mas, vou ter casa própria, sem qualquer margem para dúvidas.
    E sou muito pessimista e preocupado. Além disso, gosto muito de fazer contas...
  6.  # 9

    Eu tenho casa própria, mas se soubesse o que sei hoje teria arrendado para actualmente poder comprar/fazer uma casa melhor do que a que tenho.
  7.  # 10

    Colocado por: FDEu arrendo mas, vou ter casa própria, sem qualquer margem para dúvidas.
    E sou muito pessimista e preocupado. Além disso, gosto muito de fazer contas...


    Assim de passagem conseguia começar uma conversa tipo a do adias, mas noutro sentido, a dizer que o FD está condenado. Sem acreditar muito nisso, mas não deixa de ser uma hipótese.

    O FD não está a comprar, está a alugar. Suponho que, como eu fiz e ainda vou fazendo, está a poupar e a tentar adivinhar a altura certa para finalmente comprar a casa que quer/pode.

    Agora:

    E se acontece a mesma coisa que aconteceu no Chipre? Lá se vão as poupanças.
    E se inventam um imposto sobre as poupanças, como já se vai falando por ai? Lá se vão as poupanças.
    E se decidem passar para o euro, bloqueiam as contas, e tem super inflacção de um momento para o outro? Lá se vão as poupanças.
    E se, como eu estou a adivinhar e vou apregoando de vez em quando, o preço da energia não parar de subir? O custo de construir aumenta proporcionalmente, e lá se vai a capacidade de usar as poupanças em construção nova.
    E se lhe "der o badagaio". Nunca usou as poupanças...
    E se houver um jubileu da dívida (pouco provável mas pronto)? Azar para quem não tem dívida, há super inflacção a seguir e... lá se vão as poupanças.

    Enfim, quanto mais penso mais me doí a cabeça. É bom pensar e tentar agir racionalmente mas às vezes isto parece-me que é preciso é ter sorte. E também é preciso arriscar...
  8.  # 11

    Colocado por: danobregaDigamos que o adias tem bastante confiança que quer viver numa casa definitivamente. Comprava-a? Sim? Não? Não agora?

    Comprava. Mas nunca desde 2000, em Portugal.

    Colocado por: danobregaQuanto é que ganha se aplicar o capital, comprar a casa, e a alugar.

    Ganho o suficiente para a pagar, com tudo certinho, em 25 anos. Tudo o resto são casos pontuais que desviam da regra de ouro de quem define as rendas.

    Colocado por: Silver WolfEmpréstimo a 20 anos? Porquê a 20 anos? Para "martelar" os valores e ganhar a argumentação?

    Porque é a duração standard de uma hipoteca no mundo. Todos os outros prazos são formas comerciais de captar clientes.

    Colocado por: Silver Wolf"A renda quase de certeza será negociável para metade." Gostava que me mostrasse um caso destes. Demagogia aos camiões.

    Não mostro por uma razão simples: Nunca em Portugal as casas cairam tanto como hoje. Nunca na nossa história as rendas cairam.
    Se a casa vale menos a renda cai. Ou então o inquilino muda para a casa do lado, igual, que foi colocada no mercado a metade da renda.
    Este forum está a ficar cheio de casos de "negociacao da redan", em que os senhorios nao sabem o que fazer com o contrato: nunca aconteceu.
    Mas vai tornar-se a regra! Não duvide.


    Colocado por: Silver WolfEsta opção pelo arrendamento será a desgraça de toda uma geração.
    Quando chegarem à idade da reforma, não têm casa, não têm reforma e têm renda para pagar.

    É por isso mesmo que a Alemanha, um país em que uma pequena percentagem compra casa, está condenada..........

    Colocado por: danobregaO preço da casa, excepto raras situações onde ganham valor por razões históricas, desce sempre. Uma casa vai-se degradando e vai perdendo o valor. Não faz sentido pensar que uma casa velha vale mais que fazer exactamente a mesma casa de novo.

    O danobrega sabe bem que por isto não ter sido verdade nos ultimos 30 anos é que o imoliário é o monstro que é. Em Portugal desde o fim dos anos 80 uma casa SUBIA de preço ESTANDO FECHADA. Mesmo com a inflação! Os bancos, o dinheiro da UE e outros factores levaram a isto. Desde 200 foram os juros em queda pela entrada no euro.
    O valor do terreno é indossiciavel do preço da casa depois de construida. Não interessa divagar. Por isso é que o imobiliario é tão particular: usa para sempre um recurso limitado.



    Colocado por: danobregaE se acontece a mesma coisa que aconteceu no Chipre? Lá se vão as poupanças.
    E se inventam um imposto sobre as poupanças, como já se vai falando por ai? Lá se vão as poupanças.
    E se decidem passar para o euro, bloqueiam as contas, e tem super inflacção de um momento para o outro? Lá se vão as poupanças.
    E se, como eu estou a adivinhar e vou apregoando de vez em quando, o preço da energia não parar de subir? O custo de construir aumenta proporcionalmente, e lá se vai a capacidade de usar as poupanças em construção nova.
    E se lhe "der o badagaio". Nunca usou as poupanças...
    E se houver um jubileu da dívida (pouco provável mas pronto)? Azar para quem não tem dívida, há super inflacção a seguir e... lá se vão as poupanças.

    Enfim, quanto mais penso mais me doí a cabeça. É bom pensar e tentar agir racionalmente mas às vezes isto parece-me que é preciso é ter sorte. E também é preciso arriscar...


    Em todos estes casos voce pode reagir. Com uma hipoteca no pescoço quem decide é o banco!

    Já agora no Chipre, perdeu dinheiro quem tinha mais de 100 000 euros NUM banco. Não são "poupanças" do FD, minhas ou suas. Até ver, em todos os paises depositos ate 100 00 estão garantidos. Quando deixarem de estar o FD decide o que fazer. Quem tem uma casa vai ver o dinheiro esfumar-se e não pode fazer nada para o parar.
  9.  # 12

    É por isso mesmo que a Alemanha, um país em que uma pequena percentagem compra casa, está condenada..........


    O adias tem uma tendência desagradável a defender os seus pontos de vista com argumentos falsificados, o que se torna irritante. Na Alemanha, embora seja menor que em Portugal, os proprietários de casa própria estão longe de ser "uma pequena percentagem".

    Não precisa de distorcer, ampliar ou reduzir os factos, limite-se a apresentá-las na devida proporção.
    (conselho de quem aqui defende pontos de vista minoritários e vistos como exóticos).

    Já agora no Chipre, perdeu dinheiro quem tinha mais de 100 000 euros NUM banco. Não são "poupanças" do FD, minhas ou suas. Até ver, em todos os paises depositos ate 100 00 estão garantidos. Quando deixarem de estar o FD decide o que fazer.


    No Chipre, podem decidir o que fazer... depois de lhes terem sacado o valor do imposto.
  10.  # 13

    Colocado por: L33tSe todos pensarem da mesma forma nunca haveria carros usados pois ninguém compraria novo porque se perde imenso dinheiro..

    Nunca na história um carro novo valorizou estando parado. Quem compra sabe que vão desvalorizar. Até consegue estimar quanto e decide se o cheiro a novo vale o dinheiro. Pacifico e quero que quem compra seja feliz com a decisão.

    As casas sim. Esta foi a realidade especulativa do país durante 30 anos. Casas compradas e fechadas valorizavam 5% a 10% ao ano.
    O racicionio de uma geração está totalmente envenenado por esta especulação.
    Continua-se a pensar que comprar é sempre melhor porque "está a pagar algo meu". Eu demonstro que perante os valores de queda actuais (comprovados) e o que facilmente se antecipa que aí vem, comprar leva à perda de muito dinheiro e liberdade.
    Se ainda assim quiserem comprar, quero que sejam muito felizes.
    Mas ninguém me tira o direito de chamar a atenção para uma mudança radical no país com consequencias muito longo prazo!
  11.  # 14

    Colocado por: adiasQuem tem uma casa vai ver o dinheiro esfumar-se e não pode fazer nada para o parar.


    O que eu tentei dizer é que quem tem dinheiro pode correr o mesmo risco. Ou pensa que não?
  12.  # 15

    A Alemanha tem capacidade para sustentar durante mais umas décadas as suas reformas.

    Nós não.

    Comparar a Alemanha com Portugal demonstra tudo. Fique bem com os seus argumentos.
  13.  # 16

    Colocado por: adiasO valor do terreno é indossiciavel do preço da casa depois de construida. Não interessa divagar. Por isso é que o imobiliario é tão particular: usa para sempre um recurso limitado.


    Não... não é. Imagine (vou eliminar a inflacção para simplificar):

    - Em 1990 faz uma casa no lote A por 100.000€, tendo comprado o terreno por 50.000€.
    - Em 2000 tenta-a vender por 300.000€, e o lote B ao lado do seu continua por 50.000€.

    Ora, eu olho para o lado e sei que fazer a mesma casa custa 100.000, o terreno custa 50.000€, a sua casa está velha. É que vou já a seguir comprar a sua por 300.000€. O que sobe é o terreno!
  14.  # 17

    Claro que pode! Eu nunca disse a ninguém para não comprar! Todos tem o direito a usar o dinheiro como quiserem.
    Sempre, sempre, deixei alertas e conselhos. Quando vejo casos de "comprar é para pagar algo nosso, arrendar é deitar dinheiro fora" ou "este é um preço muito bom! Nunca vou conseguir igual" ou "se comprar agora, vou ganhar no futuro"
    O que digo é: os preços vão cair acentuadamente até 2016 e nunca vão recuperar até 2025.
    Só um milagre nos livra deste cenário. Eu não acredito neles. Olhemos para o Japão.
  15.  # 18

    Colocado por: Silver WolfA Alemanha tem capacidade para sustentar durante mais umas décadas as suas reformas.

    Nós não.

    Comparar a Alemanha com Portugal demonstra tudo. Fique bem com os seus argumentos.


    Tem? Porque? Porque não tem uma divida colossal ao imobliário?
    É que se afirma que é por causa dos salários são mais altos, as reformas também.
    Por outro lado, a população Alemã está a contrair mais rapidamente que a Portuguesa. Mais reformas para menos trabalhadores.
  16.  # 19

    Colocado por: luisvvO adias tem uma tendência desagradável a defender os seus pontos de vista com argumentos falsificados, o que se torna irritante. Na Alemanha, embora seja menor que em Portugal, os proprietários de casa própria estão longe de ser "uma pequena percentagem".


    Ok. O Portugues não é o mais exacto. "Na Alemanha em que os donos de casa são uma minoria: 45%"

    The owner-occupation rate in the UK is on a par with the US and Australia at around 70 per cent. Spain has the highest rate among advanced industrial nations at 82 per cent. In large Euro-zone nations like France (56 per cent) and Germany (45 per cent), however, it is much lower.
  17.  # 20

    Já agora, se um estrangeiro (eu ando um pouco a ponderar isso) comprar casa na Alemanha, quanto é que é lá o IMI e outros impostos ?

    Colocado por: adias

    Ok. O Portugues não é o mais exacto. "Na Alemanha em que os donos de casa são uma minoria: 45%"

    The owner-occupation rate in the UK is on a par with the US and Australia at around 70 per cent. Spain has the highest rate among advanced industrial nations at 82 per cent. In large Euro-zone nations like France (56 per cent) and Germany (45 per cent), however, it is much lower.
 
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