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  1. Ninguém está a falar em fazer mas sim em produzir.
    Concordam com este comentário: two-rok, pedromdf
  2. As regras do fórum são claras em relação à boa educação, mas, nem seria preciso pois essas regras são há muito reconhecidas na sociedade ...
    Mas, é claro ...
  3. Mas porque é que o Português em Portugal só produz isso? Por ser calão? Na maior parte das vezes os colegas que eu tenho à minha volta são trabalhadores dedicados, é claro que há uma minoria ranhosa, mas porquê essa diferença? Já cá tive Franceses e Alemães da minha área a visitar as instalações e a fazer perguntas sobre o serviço e eles ficam espantados como nós fazemos tanto com tão pouco. Talvez o grande problema seja de gestão (ou falta dela) e dos empresários e politicos que mandam neste país.
    • eu
    • 7 março 2014
    Colocado por: J.FernandesProdutividade do trabalho, por hora de trabalho (PPS, UE27=100) na Alemanha - 124,8
    Produtividade do trabalho, por hora de trabalho (PPS, UE27=100) em Portugal - 64,3

    Isto é, em média um trabalhador português produz metade do que produz um alemão...

    Esta inferência é muito falaciosa, pois passa a ideia que a produtividade depende exclusivamente da eficiência dos trabalhadores, o que não é verdade. Aliás, o papel dos trabalhadores na produtividade pesa pouco: o mais importante é a gestão das empresas e o valor acrescentado dos seus produtos e serviços.

    O País é de facto pouco produtivo, mas a culpa não é dos trabalhadores.
    Concordam com este comentário: pc ferreira, treker666, jpvng
  4. Colocado por: branco.valterMas porque é que o Português em Portugal só produz isso? Por ser calão? Na maior parte das vezes os colegas que eu tenho à minha volta são trabalhadores dedicados, é claro que há uma minoria ranhosa, mas porquê essa diferença? Já cá tive Franceses e Alemães da minha área a visitar as instalações e a fazer perguntas sobre o serviço e eles ficam espantados como nós fazemos tanto com tão pouco.Talvezo grande problema seja de gestão (ou falta dela) e dos empresários e politicos que mandam neste país.


    Há várias razões. Uma delas é ainda termos uma herança muito grande do estado novo, que não educou a população. Os trabalhos mais produtivos precisam de mão de obra especializada. Para o país produzir mais valor é preciso haver pessoas com ideias inovadores, a descobrir coisas novas, a criarem empresas líderes de mercado. E é preciso tempo para desenvolver essas empresas. Os outros países já começaram há muito tempo, nós começamos... agora.

    Depois o resto vai por arrasto. Quando se diz que um alemão é mais produtivo, está-se a falar de dinheiro gerado. Isto não equivale a trabalhar mais, ou mais arduamente, ou a levar o trabalho mais a sério, ou seja o que for. Está-se, pura e simplesmente a falar de, conseguir cobrar mais pelos produtos e serviços.

    Uma secretária que vá trabalhar de Portugal para a Alemanha, passa a ganhar mais dinheiro, é mais produtiva. Porquê? Há lá algum ar mágico que a faça trabalhar mais e melhor? Não... há apenas mais capital a circular, e mais capacidade de lhe pagar um salário melhor.

    Uma secretária que vá trabalhar da Alemanha para a Portugal, passa a ganhar menos dinheiro, é menos produtiva. Porquê? Há lá algum ar mágico que a faça trabalhar menos e pior? Não... há apenas menos capital a circular, e menor capacidade de lhe pagar um salário melhor.

    Eventualmente, se Portugal conseguir ter mão de obra qualificada ao ponto de competir com a Alemanha nos produtos que eles produzem, como recebemos menos, seriamos muito competitivos. Isso faria com que o fluxo de capital passasse a ser na direcção de Portugal, e à medida que houvesse mais capital a circular, os salários aumentariam. Isto até se atingir um equilíbrio entre os países. No fundo é o que esteve a acontecer com a China e o resto do mundo.
    Concordam com este comentário: two-rok
  5. Colocado por: euEsta inferência é muito falaciosa, pois passa a ideia que a produtividade depende exclusivamente da eficiência dos trabalhadores, o que não é verdade. Aliás, o papel dos trabalhadores na produtividade pesa pouco: o mais importante é a gestão das empresas e o valor acrescentado dos seus produtos e serviços.

    Qual inferência? Eu apenas apresentei números. Números esses que não têm em conta o tipo de indústria ou serviços de cada um dos países, nem precisam de ter.
    Naturalmente, que uma sociedade que só produza batatas e cebolas vai ter uma produtividade inferior a outra que fabrique computadores e satélites. O agricultor até pode trabalhar de sol a sol durante 365 dias do ano, mas a verdade é que nunca vai gerar recursos que lhe permitam receber um salário tão alto como o do funcionário de uma fábrica de produtos de alta tecnologia.


    Colocado por: euO País é de facto pouco produtivo, mas a culpa não é dos trabalhadores.

    Claro que não é culpa dos trabalhadores. Mas é da responsabilidade de todos, o baixo valor acrescentado da indústria portuguesa, o baixo nível educativo, a má gestão e organização de muitas empresas e entidades públicas, etc., etc.
    Concordam com este comentário: two-rok
  6. Qualquer trabalhador português bem integrado numa estrutura produtiva é tão bom como os melhores. Há sobejas provas disso.
    Quando não funciona, normalmente, o próprio nada pode fazer. A grande parte das nossas chefias e gestores sofrem do princípio de Peter. Refastelam-se no topo da carreira, único motivo pelo qual subiram na empresa.

    Nota: Espero que o Sr. Mal Educado não me cite.
    • eu
    • 7 março 2014
    J. Fernandes, os teus dados estão corretos: eu só critico é o uso da palavra "trabalhadores" quando se fala da produtividade, pois na realidade, a culpa da baixa produtividade é uma questão de gestão.
    Concordam com este comentário: Jorge Santos - Faro
  7. Os números atrás não se referem a trabalhadores mas a horas de trabalho. E todos esses factores que influem na produtividade estão lá incorporados.

    Uma hora de trabalho dum técnico que supervisione uma fábrica totalmente robotizada, tem uma produção completamente diferente de uma hora de trabalho dum agricultor que trabalha a terra com a enxada, mesmo que cada um no seu ramo sejam excepcionalmente competentes e trabalhadores.
    Concordam com este comentário: two-rok
    • eu
    • 7 março 2014
    Colocado por: J.FernandesUma hora de trabalho dum técnico que supervisione uma fábrica totalmente robotizada, tem uma produção completamente diferente de uma hora de trabalho dum agricultor que trabalha a terra com a enxada, mesmo que cada um no seu ramo sejam excepcionalmente competentes e trabalhadores.

    Exatamente.

    Eu até digo mais: imagina uma trabalhadora fabril de uma fábrica de confeções.

    Se ela trabalhar numa empresa mal gerida (empresa A), que produz roupa barata e sem qualidade, vendida a baixo preço em concorrência com produtos chineses, a sua produtividade será baixa.

    Mas se a mesma trabalhadora, a trabalhar da mesma forma, numa empresa bem gerida (empresa B), que faz roupa de qualidade, objeto de um bom marketing e vendida a um preço elevado, a sua produtividade será muito mais elevada. A trabalhar exatamente da mesma forma.

  8. Mas porque é que o Português em Portugal só produz isso? Por ser calão?



    Esta inferência é muito falaciosa, pois passa a ideia que a produtividade depende exclusivamente da eficiência dos trabalhadores, o que não é verdade. Aliás, o papel dos trabalhadores na produtividade pesa pouco: o mais importante é a gestão das empresas e o valor acrescentado dos seus produtos e serviços.
    O País é de facto pouco produtivo, mas a culpa não é dos trabalhadores.


    As causas da diferença de produtividade são relevantes apenas para discussão e eventuais tentativas de melhoria - porque, independentemente de a causa ser A ou B ou C, a diferença existe e tem obviamente repercussões na remuneração do trabalho (e do capital).

    Na verdade, é mais falacioso sugerir que quem constata as diferenças de produtividade está a chamar "preguiçosos" aos trabalhadores, e que sendo a causa deficiências de gestão ou outras, haverá que aumentar os salários...

    Talvezo grande problema seja de gestão (ou falta dela) e dos empresários e politicos que mandam neste país.


    Os empresários e os políticos são tão portugueses como os trabalhadores, e tão representativos como eles. Embora esteja na moda achar o contrário, eu diria que não são piores nem melhores que a generalidade de nós.
    Concordam com este comentário: two-rok
  9. Causas da falta de produtividade? Comecemos por isto:

    As declarações originais de Belmiro de Azevedo são estas:
    O presidente do Conselho de Administração da Sonae, Belmiro de Azevedo, afirmou hoje que os salários em Portugal só podem aumentar quando os trabalhadores tiverem a mesma produtividade que, por exemplo, os alemães.
    "Os salários só podem aumentar - e oxalá que isso aconteça -- quando, de facto, um trabalhador português fizer uma coisa igual, parecida, com um trabalhador alemão ou inglês, seja o que for", afirmou Belmiro de Azevedo, à margem da cerimónia de entrega dos diplomas dos finalistas do MBA Executivo da Porto Business School.
    Desta forma, para o 'chairman' da Sonae, que voltou a defender que a competitividade em Portugal só pode ser estimulada através da "educação das pessoas e [da] aquisição das máquinas corretas", é impossível comparar os salários em Portugal com os de países como a Alemanha "pura e simplesmente porque os alemães, por hora, fazem três ou quatro vezes mais do que os portugueses".
    "Portanto, é uma maneira de fugir à realidade, porque se não formos igualmente competitivos não exportamos. E não exportando não vamos a sítio nenhum", disse Belmiro de Azevedo.


    Podemos falar de falta de capacidade de gestão, mas o que dizer quando declarações relativamente inócuas e factuais como as acima citadas dão origem a comentários como este:

    Ah grande belmiro. E com a escravidão vamos la


    Ou quando, em vez de se discutir se as declarações são de facto exactas, ou quais as formas de reduzir as diferenças de produtividade, ou qualquer outra questão relevante relacionada com isto, enfim, berra-se que os trabalhadores não são calões - como se alguém o tivesse afirmado.

    É o "indignadismo" misturado com alguma iliteracia e uma forte dose de má-fé na discussão.
    Concordam com este comentário: two-rok
 
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