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  1.  # 881

    Colocado por: luisvvImaginando que amanhã somos todos "privados", os privados continuarão a ter salário. O contrário já não é válido.


    Claro que é válido. Em teoria, que parece que é o que quer discutir, é perfeitamente válido. Não há uma relação obrigatória entre funcionário público e despesa indirecta. No limite o estado pode passar amanhã um papel a dizer: Agora são todos funcionários públicos. No entanto a despesa na mercearia poderia continuar a ser essencialmente directa (ignoremos os subsídios à produção), enquanto a despesa no hospital é essencialmente "nacionalizada".

    Os funcionários públicos pagam de facto impostos. Nem entendo como podem pensar o contrário. Se subirem os impostos, o seu rendimento liquido desce. O ordenado bruto, nas situações onde pode haver competição com os privados, tenderá a ser o mesmo, assim como a carga fiscal.

    Agora, se a pergunta é: O que é que aconteceria se toda as despesas fossem nacionalizadas, se todos os serviços e produtos fossem garantidos pelo estado, bom, a resposta é mais ou menos óbvia. Acontecia porcaria da grossa. No entanto esse exemplo não serve de grande argumento seja para o que for, e quando usado para defender um sistema sem impostos cai na falácia da Falsa dicotomia.
    Concordam com este comentário: eu, treker666
    • eu
    • 13 agosto 2013

     # 882

    Colocado por: PeSilvaO valor está correcto de acordo com os impostos cobrados que foi o que o eu referiu.
    São esses 26/28% que contam para quem diz que o estado é sustentável.

    A forma como apresenta essas percentagens é falaciosa e enganadora. Se quer perceber qual é o peso dos salários dos FPs na despesa total, tem que comparar esses salários com a despesa total e não apenas com a despesa coberta pelos impostos.
    • eu
    • 13 agosto 2013

     # 883

    Colocado por: danobregaAgora, se a pergunta é: O que é que aconteceria se toda as despesas fossem nacionalizadas, se todos os serviços e produtos fossem garantidos pelo estado, bom, a resposta é mais ou menos óbvia. Acontecia porcaria da grossa.

    E temos exemplos práticos dos resultados desse modelo.
    • eu
    • 13 agosto 2013

     # 884

    Colocado por: luisvvO que o eu quer dizer é que em princípio todos contribuímos para o salário de alguém vírgula (e agora entra a parte relevante) mediante as escolhas que voluntariamente fazemos.

    Sim, concordo. Uma percentagem dessa participação resulta das nossas escolhas e o resto é imposto.
    • eu
    • 13 agosto 2013

     # 885

    Colocado por: luisvvE se me preocupar comtodos, em vez de apenas com a maioria?

    Então porque estão constantemente a bater na mesma tecla? Sempre os funcionários públicos... então e o resto da despesa?
  2.  # 886

    Caro luisvv,

    É certo que uma pessoa que desconta 1 ano tem 5 meses de desemprego está a usufruir mais do que descontou, contudo também é certo que há quem desconte muito mais para u subsídio de desemprego e não necessite dele. Eu estava a falar na globalidade, em termos médios, que é o que conta para despesa pública.
    5% do salário é destinado a subsídio de desemprego, e esta percentagem é calculada por forma em média haver um equilíbrio entre a receita e a despesa.
    Na globalidade o valor do subsídio de desemprego é financiado apenas com descontos efetuados para esse fim, apesar de individualmente haver quem beneficie mais do que outros.

    Nota, faz normalmente parte das contas do subsídio de desemprego o subsídio social de desemprego, que este sim, tem caracter de solidariedade e não é o que estou a falar.

    O mesmo acontece com as pensões. Quem viver menos que a média da esperança de vida recebe menos do que descontou, acontecendo o inverso a quem viver mais.

    Para esta discussão não nos interessa os casos em concreto mas a média.
  3.  # 887

    Colocado por: euA forma como apresenta essas percentagens é falaciosa e enganadora.


    Seria falaciosa e enganadora se eu não referisse que estou a utilizar os dados das receitas do estado.

    Colocado por: euSe quer perceber qual é o peso dos salários dos FPs na despesa total


    Eu sei qual é, e?

    O valo que apresentei é importante, pois:
    Quase 100% dos impostos cobrados estão destinados a:
    - salários da fp
    - ss
    - juros
    , logo, tudo o resto que o estado gasta têm de ser pago com dívida.
    • eu
    • 13 agosto 2013

     # 888

    Colocado por: PeSilvaO valo que apresentei é importante, pois:
    Quase 100% dos impostos cobrados estão destinados a:
    - salários da fp
    - ss
    - juros
    , logo, tudo o resto que o estado gasta têm de ser pago com dívida.

    Isto é uma forma estranha de colocar a questão. Porque é que aloca os impostos a uma área e a dívida a tudo o resto? Reparou que também poderia dizer que:
    -Os juros são pagos com emissão de nova dívida;
    -Tudo o resto é pago pelos impostos;

    Como é óbvio, este tipo de raciocínio é falacioso, porque a dívida e as receitas fiscais são distribuídas por todas as áreas... Não há nada que seja pago exclusivamente pelas receitas fiscais. Nem há nada que seja pago exclusivamente pela emissão de dívida.
    Concordam com este comentário: dfserra
  4.  # 889

    Colocado por: euComo é óbvio, este tipo de raciocínio é falacioso, porque a dívida e as receitas fiscais são distribuídas por todas as áreas... Não há nada que seja pago exclusivamente pelas receitas fiscais. Nem há nada que seja pago exclusivamente pela emissão de dívida.


    Por acaso o que é falacioso é misturar a SS com o resto da despesa pública. A SS tem um regime de receita e despesa "à parte", e tem tido superavit. A dívida deve-se analisar no contexto do que sobra, e o que sobra são na essência os custos de funcionamento dos serviços públicos. Os serviços públicos não são apenas os custos com o pessoal, um funcionário precisa de um sítio e de material para trabalhar. Esses custos extra são proporcionais ao número de funcionários, ou, de um ponto de vista mais global, todos esses custos são proporcionais à qualidade e quantidade de serviço que se quer prestar, como não podia deixar de ser.

    Se tirar a SS do barulho o desequilibro orçamental é ainda mais brutal, e manifestamente os impostos cobrados não chegam para pagar o nível de serviços que temos.
  5.  # 890

    Como é óbvio, este tipo de raciocínio é falacioso, porque a dívida e as receitas fiscais são distribuídas por todas as áreas... Não há nada que seja pago exclusivamente pelas receitas fiscais. Nem há nada que seja pago exclusivamente pela emissão de dívida.

    Não é verdade. Há receitas consignadas a fins específicos.
    • luisvv
    • 13 agosto 2013 editado

     # 891

    A SS tem um regime de receita e despesa "à parte", e tem tido superavit


    Á conta de transferencias do OE, o que torna isto objectivamente falso:
    Se tirar a SS do barulho o desequilibro orçamental é ainda mais brutal, e manifestamente os impostos cobrados não chegam para pagar o nível de serviços que temos.
    Concordam com este comentário: two-rok
  6.  # 892

    Claro que é válido. Em teoria, que parece que é o que quer discutir, é perfeitamente válido. Não há uma relação obrigatória entre funcionário público e despesa indirecta. No limite o estado pode passar amanhã um papel a dizer: Agora são todos funcionários públicos. No entanto a despesa na mercearia poderia continuar a ser essencialmente directa (ignoremos os subsídios à produção), enquanto a despesa no hospital é essencialmente "nacionalizada".


    Numa situação em que todos fossemos fp, e excluindo as relacoes com o exterior as receitas do estado viriam de impostos ou da venda de bens e servicos. Em qualquer dos casos, os salários seriam integralmente consumidos pelo estado na produção dos bens que venderia.
  7.  # 893

    Colocado por: euIsto é uma forma estranha de colocar a questão.


    Não é não, estou a partir daquilo de que não abdicam:
    - não aceitam baixar os ordenados aos funcionários públicos: 26/28% do que cobra em impostos foi-se.
    - não aceitam baixar as pensões e subsídios: 50% do que cobra em impostos foi-se.

    Partindo do princípio que é daqueles que fica escandalizado por a dívida continuar a aumentar, diga lá, onde gastava o que sobra e o que deixava de pagar ... é que não dá para tudo.
    Concordam com este comentário: two-rok
  8.  # 894

    Colocado por: luisvvÁ conta de transferencias do OE, o que torna isto objectivamente falso


    Mmm, ok, desconheço. Que transferências houve e qual a justificação?

    Colocado por: luisvvEm qualquer dos casos, os salários seriam integralmente consumidos pelo estado na produção dos bens que venderia.


    Penso que não é verdade. Num limite teórico até podíamos ser todos funcionários públicos mas pagar tudo directamente, havendo zero de impostos. O estado seria apenas dono de todos os meios de produção.
  9.  # 895

    Colocado por: danobregaMmm, ok, desconheço. Que transferências houve e qual a justificação?


    Segurança Social recebe mais 500 milhões do Estado
  10.  # 896

    • eu
    • 13 agosto 2013

     # 897

    Colocado por: PeSilvaNão é não, estou a partir daquilo de que não abdicam:
    - não aceitam baixar os ordenados aos funcionários públicos: 26/28% do que cobra em impostos foi-se.
    - não aceitam baixar as pensões e subsídios: 50% do que cobra em impostos foi-se.

    Você está a dar um tiro ao lado. Eu sou favorável ao corte da despesa, não só nos salários dos FPs mas principalmente nas pensões acima de um certo valor. Este corte de 10% proposto pelo governo devia ser bem mais substancial.

    Não concordo é com extremismos, principalmente quando se passa a ideia errada que os salários dos FPs são a principal despesa do Estado. A falácia suprema é quando se soma a despesa dos FPs com as prestações sociais e se diz que é muito. Porque não somar os pagamentos das PPP e das prestações sociais e dizer que é muito? Ou os juros e as prestações sociais? Isto de somar alhos com bugalhos para atacar os bugalhos tem muito que se lhe diga...
  11.  # 898

    Colocado por: PeSilvaOrçamento da Segurança Social - 2013



    Mmmmmm, apenas o que está em baixo de Contribuições para a Segurança Social é que corresponde aos descontos para a segurança social (trabalhadores+empregadores)? De onde vêm os 9 mil milhões de Transferências Correntes da Administração Central? Dos outros impostos?
  12.  # 899

    Colocado por: danobregaDe onde vêm os 9 mil milhões deTransferências CorrentesdaAdministração Central? Dos outros impostos?


    Relatório do Orçamento do Estado para 2013
    Pag 126
    Transferências do OE para cumprimento da LBSS - 6.231,50

    Alteração ao Orçamento do Estado para 2013
    Pag 14
    Estas pessoas agradeceram este comentário: danobrega
  13.  # 900

    Essas transferências estão relacionadas com o que disse, na separação entre prestações do sistema previdencial, que se paga a si próprio e que no momento tem super havit, e a componente de solidariedade que é paga por toda a sociedade através dos impostos.

    é importante ter em conta esta diferença nomeadamente quando se fala em cortes.
 
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