Iniciar sessão ou registar-se
  1.  # 901

    Colocado por: dfserraEssas transferências estão relacionadas com o que disse


    Não só:
    O que é que aconteceu aos tão badalados fundos de pensões privados?
    O estado ficou com o dinheiro (receitas) e a SS com as obrigações (despesas), em contrapartida o estado fica obrigado a fazer transferências para a SS.
  2.  # 902

    Colocado por: euNão concordo é com extremismos, principalmente quando se passa a ideia errada que os salários dos FPs são a principal despesa do Estado.


    E seriam se não misturassem lá a SS:
    Colocado por: danobregaPor acaso o que é falacioso é misturar a SS com o resto da despesa pública.
  3.  # 903

    Colocado por: PeSilvaem contrapartida o estado fica obrigado a fazer transferências para a SS.


    A "administração central" nunca tirou dinheiro da SS para "fazer coisas"?
  4.  # 904

    Colocado por: danobregaA "administração central" nunca tirou dinheiro da SS para "fazer coisas"?


    Directamente não posso afirmar (mas tenho ideia que já houve jogatanas nesse sentido há alguns anos), mas pelo menos "obriga" a SS a comprar divida pública.
  5.  # 905

    Penso que não é verdade. Num limite teórico até podíamos ser todos funcionários públicos mas pagar tudo directamente, havendo zero de impostos. O estado seria apenas dono de todos os meios de produção.


    Para isso ser teoricamente possível, os serviços públicos teriam que poder falir, ou o Estado teria que ser eficiente a redistribuir € dos serviços que não cobrissem as suas despesas, além de garantir que não era permitido a ninguém poupar.
  6.  # 906

    Quanto ao problema do défice, excluindo aumento de impostos, que creio que atingimos o limite, pode-se reduzir através de diminuição de despesa e/ou de crescimento económico.

    Um corte brusco de despesa pode conduzir a mais défice do que se fosse feito um corte suave, visto que reduz também os impostos, aumenta a despesa social e ao diminuir o PIB aumenta o défice em percentagem.

    Concordo que se tem de diminuir a despesa, a questão é que há muitas formas de o fazer, nomeadamente a forma séria e a forma fácil. Concordo que deva haver a reforma no estado, mas não concordo que se faça apenas o corte no estado e se chame reforma.

    Há imensas áreas onde se poderiam fazer pequenos cortes que todos juntos aliado ao crescimento económico que resultaria da não aplicação de medidas bruscas, seriam suficientes para resolver o problema do défici em pouco tempo.

    Pegando apenas nas despesas de pessoal, a forma mais fácil é cortar uma percentagem sobre todos. A forma séria passaria por eliminar as diversas situações ilegais de vencimentos de vários milhares de euros, e não falo apenas de assessores de governo, mas de situações que acontecem um pouco por todo o lado, os diversos suplementos ilegais, um efetivo controlo das horas extraordinárias, deslocações, chefias, etc.

    Se após tudo isto e no seguimento de uma verdadeira reforma do estado, fosse necessário cortar salários ou despedir, muito bem, mas fazer isso sem cortar no supérfluo é que é o problema.

    As pessoas estão dispostas a fazer sacrifícios quando sentem que foram esgotadas todas as alternativas e que as medidas são igualitárias.

    Por exemplo, agora quase todos os funcionários públicos vão passar para 40 horas sem receber mais. Não entrando no mérito ou demérito desta medida, contudo como se sentirá um simples funcionário quando sabe que no início do ano os médicos acordaram com o governo a possibilidade passar de 35 para 40 horas sendo que os que “optarem” por esse aumento vão ganhar cerca de 50% a mais?

    Tenho consciência que as metas impostas pela troica são limitativas, e que a margem do governo é menor do que noutras circunstâncias, contudo também sei que este governo, tal como os anteriores e os próximos poderiam fazer muito melhor. Digo os próximos visto que isto tudo é uma questão cultural que não parece estar para mudar.

    Num futuro mais ou menos longínquo, em que estivermos em crescimento económico, e sem défice o que é que esse governo vai fazer? Controlar a despesa para ter superhavits e pagar a dívida, ou aumentar a despesa para ganhar as próximas eleições? E os eleitores vão votar em quem, em quem reduziu a dívida ou em quem contratou mais gente e prestou mais serviços?
    • eu
    • 13 agosto 2013

     # 907

    Colocado por: dfserraPor exemplo, agora quase todos os funcionários públicos vão passar para 40 horas sem receber mais. Não entrando no mérito ou demérito desta medida, contudo como se sentirá um simples funcionário quando sabe que no início do ano os médicos acordaram com o governo a possibilidade passar de 35 para 40 horas sendo que os que “optarem” por esse aumento vão ganhar cerca de 50% a mais?

    As exceções retiram a credibilidade ao governo. As medidas têm que ser iguais para todos, ponto final.

    Quanto as cortes, eu não percebo a inépcia do governo. É preciso reduzir a despesa do Estado em 10%? Então corte-se 10% em todas as rúbricas, ponto final. Corte-se 10% dos salários. Corte-se 10% das pensões. Corte-se 10% nas PPP. Corte-se 10% em tudo o que for possível! (sim, eu sei que não é possível cortar em tudo).

    A situação do País não permite toda esta pasmaceira...
    Concordam com este comentário: two-rok
  7.  # 908

    Caro EU, percebo que cortar 10% em tudo tem vantagens práticas, mas isso é o ir pelo lado mais fácil que não defendo. Para isso não necessitamos de ministros e secretários de estado, já que uma ideia dessas não necessita de estudo, basta termos um primeiro ministro e os serviços para implementar.

    De todo o modo este tipo de filosofia costuma ser usado pelos governos e por este também em várias situações.

    A questão é que objetivamente um corte igual em tudo não é justo, e pode não ser o melhor para a sociedade e economia, e não tem nada a ver com reforma do estado.

    A meu ver um dos problemas desde sempre em Portugal é este tipo de políticas que não incentivam a eficiência do estado.

    Imaginemos duas entidades públicas, uma é dirigida por pessoas responsáveis e consegue reduzir em 20% os custos de funcionamento. Outra entidade não faz nada.
    O que acontece no orçamento do ano seguinte?
    A entidade que poupou em vez de ser reconhecido o esforço, e até aumentar as competências já que é eficiente, vê o seu orçamento reduzir e a outra vê o orçamento manter-se.
    E depois em caso de crise em que é necessário cortar 10% nos custos de funcionamento, ambas recebem a mesma ordem. A que nada tinha feito, consegue reduzir com facilidade os 10%, a que já tinha feito esse esforço, vai ter sérias dificuldades já que não tem margem para cortar sem sacrificar o normal funcionamento.

    Este tipo de políticas e o não avaliar convenientemente os dirigentes fazem com que seja muito difícil reduzir despesa, já que não há incentivos para tal. E de quem é a culpa, do FP?

    Uma forma de minimizar isto seria utilizar a metodologia do orçamento de base zero, que este governo prometeu que gradualmente iria implementar, contudo até ao momento não tenho conhecimento de tal implementação.

    O tribunal de contas e mesmo a inspeção geral de finanças (diferente de inspeção tributária), atualmente já tem por missão avaliar não apenas a legalidade mas também a competência de gestão. A questão é que tal não tem tido quase efeitos práticos, nem na parte da responsabilidade financeira, e muito menos os governos realmente preocupam-se com isso e com as conclusões de tais inspeções, ou não fossem os dirigentes de topo nomeados pelo governo.

    Eu como Ingénuo que sou defendo que a haver cortes eles resultem de uma real análise da administração pública, da atual e da que queremos/podemos ter.

    Mas como os estudos em Portugal são o que são, e como há sempre exceções que desvirtuam tudo isto, embora não concorde, se calhar um corte igual em tudo ainda consegue ser mais justo!
    Concordam com este comentário: Alice Gonçalves
    • eu
    • 14 agosto 2013

     # 909

    Colocado por: dfserramas isso é o ir pelo lado mais fácil que não defendo

    Dada a urgência da situação, penso que seria um passo acertado.

    Claro que uma reforma a sério do estado deve ser bem pensada, deve analisar as estruturas redundantes, deve definir prioridades, deve premiar a boa gestão, no fundo, deve ser um ato de gestão estratégica. Mas eu não acredito que tal seja possível a curto prazo... até porque o tamanho e complexidade do estado dificulta muito a análise. E por outro lado temos os lobies e as corporações dentro do estado a fazer pressão... são os Professores, os pilotos da TAP, a RTP, os militares, os médicos, os polícias, etc...

    É por isso que defendo cortes iguais em todo o lado, sem exceções.
    Concordam com este comentário: two-rok
  8.  # 910

    dfserra

    a racionalidade é um parâmetro que não entra no esquema nacional que se baseia numa oligarquia e em que o poveu é um ser de segunda.

    outra coisa que também tem contribuído para a coisa funcionar mal é que que é eleito gasta necessariamente 80% dos seus dotes e energias a 1º governar-se e depois o resto para governar-nos e muitas vezes bem mal, é que ao menos podiam ser eficientes nas duas tarefas.
    • eu
    • 14 agosto 2013

     # 911

    Colocado por: marco1é eleito gasta necessariamente 80% dos seus dotes e energias a 1º governar-se e depois o resto para governar-nos

    Acho que nos últimos tempos não fazem nem uma coisa nem outra...
  9.  # 912

    eu

    a força com que se agarram ao poder e a tenacidade de o preservar é bem indicativo da gente que nos governa e de alto a baixo acabando na junta de freguesia lá no c** de judas

    o mundo hoje em dia não está para éticas e integridades, está para saquear de uma forma ou de outra, infelizmente.
  10.  # 913

    Colocado por: euÉ preciso reduzir a despesa do Estado em 10%? Então corte-se 10% em todas as rúbricas, ponto final. Corte-se 10% dos salários. Corte-se 10% das pensões. Corte-se 10% nas PPP. Corte-se 10% em tudo o que for possível! (sim, eu sei que não é possível cortar em tudo).


    Receita total: 74.868,1
    Despesa total: 86.005,7
    Saldo: -11.137,6

    Se fosse corte cego:
    11.137,6/ 86.005,7 = 13%

    Sendo (muito) benévolo e admitindo que apenas 11.000 são intocáveis:
    11 / 75 = 15%

    (isto apenas para manter a dívida e não a aumentar, se quiserem diminuir a dívida ... ufa ufa)
    • eu
    • 14 agosto 2013

     # 914

    Colocado por: PeSilvaReceita total: 74.868,1
    Despesa total: 86.005,7
    Saldo: -11.137,6

    PeSilva, penso que a despesa total são cerca de 81 mil milhões e não 86... onde foi buscar esse valor?

    Colocado por: PeSilvaSendo (muito) benévolo e admitindo que apenas 11.000 são intocáveis:
    11 / 75 = 15%

    E estão à espera de quê? Quanto mais cedo se avançar menor será o corte...

    Colocado por: PeSilva(isto apenas para manter a dívida e não a aumentar, se quiserem diminuir a dívida ... ufa ufa)

    Está enganado. Muita gente pensa erradamente que para diminuir a dívida é preciso ter superavit, mas isso não é verdade. Para haver redução de dívida basta que em cada ano amortize mais dívida do que a nova dívida que contrai. Na realidade até pode reduzir a dívida com orçamentos deficitários, desde que o deficit seja baixo... depende muito da maturidade da dívida e das amortizações que são feitas...
    Concordam com este comentário: two-rok
  11.  # 915

    Caro PeSilva,

    Tal como temos visto em vários países as coisas não são estanques, um corte na despesa, nomeadamente de forma indiscriminada tem efeitos colaterais.

    E se com esse corte na despesa de 15% a receita cair 20% e o desemprego for para 25%, que efeito positivo teve esse corte?

    Obviamente que o défice tem de desaparecer nos próximos anos, mas não tem de ser num ano. E como disse, o défice pode desaparecer por redução da despesa e/ou por aumento da receita fiscal, não por aumento de impostos mas com crescimento económico.
  12.  # 916

    Colocado por: euPeSilva, penso que a despesa total são cerca de 81 mil milhões e não 86... onde foi buscar esse valor?


    Relatório do orçamento de estado de 2013

    Colocado por: euE estão à espera de quê? Quanto mais cedo se avançar menor será o corte...


    Até lhe poderia mentir e dizer força, mas era mesmo uma mentira ...

    Colocado por: euEstá enganado. Muita gente pensa erradamente que para diminuir a dívida é preciso ter superavit, mas isso não é verdade. Para haver redução de dívida basta que em cada ano amortize mais dívida do que a nova dívida que contrai. Na realidade até pode reduzir a dívida com orçamentos deficitários, desde que o deficit seja baixo... depende muito da maturidade da dívida e das amortizações que são feitas...


    Matematicamente isso até pode ser verdade em circunstâncias muito especiais, que na pratica não acontecem.
  13.  # 917

    Colocado por: dfserraTal como temos visto em vários países as coisas não são estanques, um corte na despesa, nomeadamente de forma indiscriminada tem efeitos colaterais.


    Nem eu disse que eram, apenas tentei fazer ver que os tão falados 10%, mesmo em cenários favoráveis, não são suficientes.

    Colocado por: dfserracrescimento económico


    O crescimento económico impulsionado pelo estado tem feito verdadeiros milagres em todo o mundo ...
    (e certamente não terá nada a ver com esta crise)
  14.  # 918

    Colocado por: PeSilvaSe fosse corte cego:
    11.137,6/ 86.005,7 = 13%


    Pequeno problemita: Se cortar 13% da despesa, deve arrancar um naco de mais ou menos 25% desses 13% em receita. :-)
    Concordam com este comentário: eu
  15.  # 919

    Colocado por: danobregaPequeno problemita: Se cortar 13% da despesa, deve arrancar um naco de mais ou menos 25% desses 13% em receita. :-)


    Não fui eu que defendi o corte cego, estava a responder a isto:
    Colocado por: euQuanto as cortes, eu não percebo a inépcia do governo. É preciso reduzir a despesa do Estado em 10%? Então corte-se 10% em todas as rúbricas, ponto final. Corte-se 10% dos salários. Corte-se 10% das pensões. Corte-se 10% nas PPP. Corte-se 10% em tudo o que for possível! (sim, eu sei que não é possível cortar em tudo).


    Eu nem sequer defendo cortes, antes pelo contrário ...
  16.  # 920

    Colocado por: PeSilvaEu nem sequer defendo cortes, antes pelo contrário ...


    Certo, isso não interessa. Só estava a dizer que ou muito me engano ou do ponto de vista puramente matemático nem esses 13% chegam. :-)
    Concordam com este comentário: eu
 
0.3265 seg. NEW