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  1.  # 941

    Colocado por: danobregao superavit se fosse usado para pagar dívida também não apareceria como despesa


    Lei de Bases da SS:

    Artigo 92.o
    Fontes de financiamento
    Constituem fontes de financiamento do sistema:
    a) As quotizações dos trabalhadores;
    b) As contribuições das entidades empregadoras;
    c) As transferências do Estado e de outras entidades
    públicas;
    d) As receitas fiscais legalmente previstas;
    e) Os rendimentos de património próprio e os rendimentos de património do Estado consignados ao
    reforço do Fundo de Estabilização Financeira da Segurança Social;
    f) O produto de comparticipações previstas na lei ou
    em regulamentos;
    g) O produto de sanções pecuniárias;
    h) As transferências de organismos estrangeiros;
    i) O produto de eventuais excedentes da execução
    do Orçamento do Estado de cada ano;
    e
    j) Outras legalmente previstas ou permitidas
  2.  # 942

    uma empresa quando contrai um empréstimo ou paga um empréstimo também não interfere no resultado líquido, muda apenas o património. Contrair um empréstimo implica que entra em caixa ou banco o valor do empréstimo por contrapartida de dívidas a médio e longo prazo no passivo. Apenas os juros são um custo e interferem no resultado líquido. No estado a situação é semelhante.
    • ze79
    • 14 agosto 2013

     # 943

    Há que despedir e é já antes que seja tarde de mais :-(
  3.  # 944

    Se o estado não produz bens transacionáveis, é correcto afirmar que os salários da função pública são pagos pelos privados.

    Obviamente, os f. p. também pagam impostos, mas o que importa é o saldo entre o que se contribui e o que se recebe do estado, por exemplo:

    - Um f.p. ganha 1000€ brutos dos quais paga 250€ de impostos - saldo negativo para o estado de 750€.
    - Um privado na mesma situação - saldo positivo para o estado de 250€.
    Concordam com este comentário: two-rok
    • eu
    • 15 agosto 2013

     # 945

    Colocado por: J.FernandesSe o estado não produz bens transacionáveis, é correcto afirmar que os salários da função pública são pagos pelos privados.

    Então, só os bens transacionáveis é que são riqueza?
    • eu
    • 15 agosto 2013

     # 946

    Colocado por: PeSilvaEvolução trimestral da dívida:
    30-Jun-11 - 172.394
    30-Set-11 - 178.166
    31-Dez-11 - 174.891
    31-Mar-12 - 180.009
    30-Jun-12 - 187.059
    30-Set-12 - 189.671
    31-Dez-12 - 194.519
    31-Mar-13 - 199.627
    30-Jun-13 - 206.648

    Isto significa que não há qualquer hipótese de pagar a dívida e que os juros nos vão asfixiar cada vez mais...
  4.  # 947

    Colocado por: euIsto significa que não há qualquer hipótese de pagar a dívida e que os juros nos vão asfixiar cada vez mais...


    Mais dívida não implica obrigatoriamente mais juros.
  5.  # 948

    Caro J.Fernandes

    Quanto a apenas os bens serem riqueza, então metade do privado não produz nada.

    Segundo a sua ótica, um trabalhador público que ganhe 1000 euros dá 750 euros de prejuízo para a sua entidade patronal.

    Mas por essa ótica, um trabalhador que trabalhe no privado dá 1000 euros de prejuízo para a sua entidade patronal.

    Se os trabalhadores dão todos prejuízo, então é melhor despedir toda a gente a começar pelos do privado já que o prejuízo é maior.

    Contudo se acha que no privado o prejuízo de 1000 euros é compensado pelo trabalho do trabalhador, então tem de achar o mesmo no público já que também trabalham e produzem serviços.
  6.  # 949

    Colocado por: J.FernandesSe o estado não produz bens transacionáveis, é correcto afirmar que os salários da função pública são pagos pelos privados.


    Não, não é correcto. Quem paga o estado são todos os que pagam impostos/taxas. Se uma empresa privada for nacionalizada de um dia para o outro não deixa de pagar impostos, e pagar o estado. A CGD é paga pelos privados? A CTT é paga pelos privados?

    Digamos que um governo qualquer acaba com o pagamento indirecto no SNS. Agora os doentes que forem ao hospital pagam directamente os custos tabelados. Apesar disso, o estado fica com a posse e administração dos hospitais. Os funcionários dos hospitais continuam a ser despesa do estado?

    Os hospitais já contratam funcionários com contratos individuais de trabalho. Estes trabalhadores não são funcionários públicos. Como é?

    O facto de um funcionário público ser pago pelo estado não quer dizer que não contribua para o próprio estado. Fá-lo como qualquer outro trabalhador. Podemos não conseguir saber se os seus serviços têm procura natural ou não ao custo a que são produzidos, mas isso é outra conversa. Não confundam as coisas.
  7.  # 950

    Colocado por: danobregaSe uma empresa privada for nacionalizada de um dia para o outro não deixa de pagar impostos, e pagar o estado.

    Se é uma empresa privada, é porque ou produz bens ou serviços transacionáveis - tinha-me esquecido de escrever serviços no post anterior - o que cai na excepção que eu salvaguardei.


    Colocado por: danobregaA CGD é paga pelos privados? A CTT é paga pelos privados?

    Claro que são. Particulares, empresas e administração pública são essencialmente os clientes destas duas instituições. Como quem paga a administração pública são os privados, são estes que pagam a conta. Por outro lado, quando é preciso aumentar o capital da CGD, o estado fá-lo com o dinheiro proveniente de impostos.

    Colocado por: danobregaDigamos que um governo qualquer acaba com o pagamento indirecto no SNS. Agora os doentes que forem ao hospital pagam directamente os custos tabelados. Apesar disso, o estado fica com a posse e administração dos hospitais. Os funcionários dos hospitais continuam a ser despesa do estado?

    Paguem directamente os serviços públicos, ou indirectamente através de impostos, são sempre os privados que os pagam. Claro que acho que cada um deve pagar directamente os serviços que quer ou precisa, sejam eles públicos ou privados.

    Colocado por: danobregaOs hospitais já contratam funcionários com contratos individuais de trabalho. Estes trabalhadores não são funcionários públicos. Como é?

    Que é que isso interessa, o dinheiro dos salários não vem sempre dos impostos?

    Mas diga lá como é num estado só com administração pública, sem produção de bens e serviços, se poderia não morrer à fome sem a única fonte de rendimentos, que são os impostos dos privados.
  8.  # 951

    Colocado por: J.Fernandessão os impostos dos privados.


    Imposto = redistribuição de riqueza produzida ou aforrada. Qualquer pessoa que produza ou tenha poupanças pode ver-se obrigada a contribuir. O "tipo de patrão" de um trabalhador não afecta a sua capacidade de contribuir.

    Troque

    são os impostos dos privados

    por

    são os impostos.
  9.  # 952

    Colocado por: ze79Há que despedir e é já antes que seja tarde de mais :-(


    Despedir quem ?
  10.  # 953

    Colocado por: danobrega

    Não, não é correcto. Quem paga o estado são todos os que pagam impostos/taxas. Se uma empresa privada for nacionalizada de um dia para o outro não deixa de pagar impostos, e pagar o estado. A CGD é paga pelos privados? A CTT é paga pelos privados?

    Digamos que um governo qualquer acaba com o pagamento indirecto no SNS. Agora os doentes que forem ao hospital pagam directamente os custos tabelados. Apesar disso, o estado fica com a posse e administração dos hospitais. Os funcionários dos hospitais continuam a ser despesa do estado?

    Os hospitais já contratam funcionários com contratos individuais de trabalho. Estes trabalhadores não são funcionários públicos. Como é?

    O facto de um funcionário público ser pago pelo estado não quer dizer que não contribua para o próprio estado. Fá-lo como qualquer outro trabalhador. Podemos não conseguir saber se os seus serviços têm procura natural ou não ao custo a que são produzidos, mas isso é outra conversa. Não confundam as coisas.


    Evidentemente, alem de que os salarios da função publica entram logicamente na economia.
  11.  # 954

    Colocado por: marco1os funcionários públicos também pagam impostos sabia? por sua vez "produzem" também serviços que o possibilitam a si privado de ser privado.


    Com o devido respeito, mas o Marco não tinha já dito que não discutia mais politica comigo? Se mudou de ideias, diga.
  12.  # 955

    Colocado por: marco1ridículo

    básico você nem com o verão melhora e vai em decadência


    É esta a forma usa para "falar" com quem tem ideias diferentes?

    Eu não sou apologista do desaparecimento do estado e da FP (se bem que tenha noção de que estes têm de emagrecer, de forma a que tudo seja sustentável, pagar impostos mais justos para todos, pois parece-me que é unânime que a carga fiscal é faraónica), mas como já senti essas respostas na pele, achei que era boa altura de citar uma parte onde acho que o Marco não é correcto, pois atribui sempre adjectivos inferiores aos outros quando estes não pensam da mesma forma, tentando transmitir uma aura de superioridade.

    Nenhum de nós está contente com a situação do país, mas todos temos ideias diferentes, porque é que umas ideias são básicas e a sua é boa? É porque o Marco diz que sim?
  13.  # 956

    Colocado por: euSe quiser aprofundar a questão, vai chegar à conclusão quecada um de nós contribui para o salário de todos os outros Portugueses, funcionários públicos ou não.


    Ok, já nem me lembro há quanto tempo não entro num espaço público, muito menos ser atendido por um funcionário público, no entanto continuo a pagar impostos que nem um louco... Quem é que anda a contribuir então para o meu salário que eu ainda não percebi?

    Colocado por: euEssa perspetiva dos funcionários públicos parasitas é um bocado básica demais. E se se preocupa com a forma como os seus impostos são gastos, comece por perceber para onde vai a maioria desses impostos. Dica: não é para os salários dos FPs.


    Eu não usei adjectivos para falar de ninguém, logo a dos "parasitas" é palavra sua, não minha. Eu até nem digo que a culpa é deles, pois havia uma vaga e ocuparam a mesma em determinada altura, é legitimo na minha opinião. Quem abriu tantas vagas é que não soube previamente agarrar na calculadora para ver se se podia ter tanta gente a viver à conta do estado, e eu ao dizer isto não pretendo ofender ninguém, lá por discordar não quer dizer que o eu possa insinuar que eu digo que os FP são parasitas.
  14.  # 957

    Colocado por: dfserraSe o público é assim tão mau, e se a maior parte dos eleitores é do privado, porquê que não se elege um partido que simplesmente acabe com o sistema público?


    Porque muitos portugueses, e aqui já abranjo a generalidade, está dependente do estado, logo não querem que ele reduza, muito menos acabar de vez.

    PS: Eu não concordo que ele acabe de vez, muito menos de forma drástica. Poucos estariam preparados para isso.

    Colocado por: dfserraObviamente que no público muita coisa está mal e tem de mudar, e tal como no privado, também há maus funcionários públicos.


    Óptimo, ainda bem que concorda, e porque não fazer como no privado? Despedir os maus funcionários? Não será legitimo?
    Não será também legitimo determinar um limite de sustentabilidade das contas públicas? Parece que já vem aí o crescimento, mas não será altura de fazer as contas com cabeça tronco e membros?

    Colocado por: dfserraAs pessoas têm de deixar de olhar para o seu umbigo, e pensar que numa sociedade no médio prazo o bem ou o mal do público será o bem e o mal do privado, e vice-versa. Temos de pensar não no bem do público ou privado, mas no bem da sociedade como um todo.
    A questão é que enquanto houver a ideia de que o público e o privado são autónomos e por inerência adversários, as coisas não avançam já que não se concentra a energia para mudar as coisas realmente importantes. A união faz a força, além disso, há muitos interesses em que esta separação se mantenha, é o chamado dividir para reinar, isto vê-se muito nos governantes.


    Correcto, actualmente não são autónomos, mas na minha opinião ambas as dependências são excessivas, por um lado uma função pública que dá muita despesa, por outro lado um povo que abusa dos apoios sociais e que faz vida dependendo do estado, muitos deles com condições físicas e psicológicas para trabalhar, mas que havendo a alternativa abusam dessa condição.

    PS: Parabéns pela forma como expôs a sua opinião, pelo menos o dfserra foi correcto e não chamou básico a ninguém.
  15.  # 958

    Colocado por: branco.valterSe calhar as nossas próximas gerações estão destinadas a voltar à terra.


    Não duvide. E logo eles que não têm culpa nenhuma dos erros do passado... Penso muito nisso!
  16.  # 959

    Colocado por: dfserraE os eleitores vão votar em quem, em quem reduziu a dívida ou em quem contratou mais gente e prestou mais serviços?


    Aposto que votará nos últimos, aliás, a história comprova isso mesmo.
  17.  # 960

    Colocado por: dfserraCaro EU, percebo que cortar 10% em tudo tem vantagens práticas, mas isso é o ir pelo lado mais fácil que não defendo. Para isso não necessitamos de ministros e secretários de estado, já que uma ideia dessas não necessita de estudo, basta termos um primeiro ministro e os serviços para implementar.

    De todo o modo este tipo de filosofia costuma ser usado pelos governos e por este também em várias situações.

    A questão é que objetivamente um corte igual em tudo não é justo, e pode não ser o melhor para a sociedade e economia, e não tem nada a ver com reforma do estado.

    A meu ver um dos problemas desde sempre em Portugal é este tipo de políticas que não incentivam a eficiência do estado.

    Imaginemos duas entidades públicas, uma é dirigida por pessoas responsáveis e consegue reduzir em 20% os custos de funcionamento. Outra entidade não faz nada.
    O que acontece no orçamento do ano seguinte?
    A entidade que poupou em vez de ser reconhecido o esforço, e até aumentar as competências já que é eficiente, vê o seu orçamento reduzir e a outra vê o orçamento manter-se.
    E depois em caso de crise em que é necessário cortar 10% nos custos de funcionamento, ambas recebem a mesma ordem. A que nada tinha feito, consegue reduzir com facilidade os 10%, a que já tinha feito esse esforço, vai ter sérias dificuldades já que não tem margem para cortar sem sacrificar o normal funcionamento.

    Este tipo de políticas e o não avaliar convenientemente os dirigentes fazem com que seja muito difícil reduzir despesa, já que não há incentivos para tal. E de quem é a culpa, do FP?

    Uma forma de minimizar isto seria utilizar a metodologia do orçamento de base zero, que este governo prometeu que gradualmente iria implementar, contudo até ao momento não tenho conhecimento de tal implementação.

    O tribunal de contas e mesmo a inspeção geral de finanças (diferente de inspeção tributária), atualmente já tem por missão avaliar não apenas a legalidade mas também a competência de gestão. A questão é que tal não tem tido quase efeitos práticos, nem na parte da responsabilidade financeira, e muito menos os governos realmente preocupam-se com isso e com as conclusões de tais inspeções, ou não fossem os dirigentes de topo nomeados pelo governo.

    Eu como Ingénuo que sou defendo que a haver cortes eles resultem de uma real análise da administração pública, da atual e da que queremos/podemos ter.

    Mas como os estudos em Portugal são o que são, e como há sempre exceções que desvirtuam tudo isto, embora não concorde, se calhar um corte igual em tudo ainda consegue ser mais justo!


    Sendo até uma boa ideia, penso que apenas peca pela morosidade a apurar todos os dados necessários para depois então serem tomadas medidas, mas realmente a longo prazo poderia até ser o mais justo. O problema é que é urgente cortar na despesa e isso implica um corte cego e igualitário, como o eu referiu, que me parece que tem de ser feito, não havendo agora tempo para estudar a eficiência da FP a fundo.
 
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