Colocado por: mogjpvng, eu estava a referir-me ao inglês no primeiro ciclo, a propósito do link que colocou, e não ao cheque ensino.
Colocado por: danobrega
jpvng O BPN/PPPs é um não argumento. Mesmo que este ano conseguisse ir buscar uma parte significativa graças a esses tópicos e tivesse défice zero, para o ano tornava a ter 4 ou 5% de défice. Enquanto não corrigirem a estrutura, quer seja diminuindo a despesa estrutural, quer seja aumentando a receita estrutural, quer seja por uma mistura das duas, não são as medidas esporádicas que vão salvar seja o que for.
A melhor maneira de acabarmos com o estado é exigirmos que ele tenha uma dimensão insustentável e, lamentavelmente, é o que os que mais gostam dele estão a fazer.
Colocado por: eu
Sim, uma das medidas que a Troika impôs foi a renegociação das rendas elevadas (PPP).
Colocado por: luisvv
Pela enésima vez, as empresas não têm sede na Holanda. De uma forma geral, têm participadas, que por sua vez agrupam as participações em outras empresas. Mais: as empresas não são "portuguesas", são multinacionais que exercem actividades noutros países, e naturalmente pagam os impostos correspondentes onde têm que ser pagos. Se uma empresa "portuguesa" é dona de uma empresa holandesa, que por sua vez é dona de uma polaca, uma húngara e uma grega, porque raio hão-de os lucros obtidos nesses países serem papados pelo fisco português?
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Tretas. estão la para pagar menos impostos. O resto são tretas
19 dos 20 grupos económicos do PSI-20 (o índice da Bolsa de Lisboa) têm a sede em outros países,
- BCP detém a sociedade BCP Investment B.V.;
- PT detém as sociedades Bratel Brasil, Bratel TV, Africatel e PT International Finance BV;
- SONAECOM detém: Sonaecom BV (que detém uma parte da Optimus) e Sonaetelecom BV (detém jornal Público);
- SONAE detém: Soflorin BV, Sonvecap BV, Sonae Investments BV e Sontel BV;
- EDP detém EDP Finance BV;
- CIMPOR detém Cimpor BV;
- BRISA detém Brisa Finance BV, Brisa International BV, Brisa International Invest BV;
- SONAE INDÚSTRIA detém Megantic BV;
- GALP detém Galp Energia E&P BV e Galp Energia Port. Holdings;
- MOTA-ENGIL detém ME Brand Management e Tabella Holding;
- SEMAPA detém Seinpar Investments BV, Interholding Invest. BV, Parcim Invest. (grupo Secil) e Seciment Investments (Secil);
- PORTUCEL detém Megantic BV.
4 grupos têm sociedades com sede noutras cidades da Holanda (Roterdão e Amstelveen):
- BCP detém Bitalpart BV e BBG Finance BV, em Roterdão;
- JERÓNIMO MARTINS detém a Belegginsmaatschappij Tand em Roterdão;
- ZON detém a Teliz Holding BV em Amstelveen;
- SONAE INDUSTRIA detém SCS Beheer em Amstelveen.
A Holanda é o país preferido dos grupos do PSI-20, porque é um país central na União Europeia, de acesso mais fácil ao crédito e, sobretudo, onde os grupos podem pagar menos impostos.A Holanda tem uma carga fiscal mais baixa e um acesso mais fácil à isenção de mais-valias e de tributação de dividendos. A Holanda tem ainda um regime especial de isenção de dividendos recebidos de empresas com sede fora da União Europeia. Além disso, este país possui acordos com mais de cem países, que permitem que os grupos não paguem impostos simultaneamente nos dois países, quando têm operações noutros países – a chamada dupla tributação.
Só em 2011, o valor dos lucros de multinacionais portuguesas que foram deslocados para a Holanda chegaram a 865 milhões de euros.
A Holanda apresenta-se como paraíso fiscal para as grandes empresas portuguesas como a Galp, EDP, Jerónimo Martins, Portugal Telecom, Sonae, BCP, Mota-Engil, Cimpor, Semapa, Portucel ou a Sonaecom.
«A Holanda é o maior destino e investidor de investimento direto estrangeiro em Portugal», afirmou à «RTP» Rodrigo Fernandez, da Somo. «Estes investimentos são em parte destas empresas de fachada, sem funcionários. E o resultado é que as empresas portuguesas investem em Portugal mas usam a Holanda para investir em Portugal.»
Pensando bem, quais eram os patriotas que podendo escolher onde fazerem os seus descontos os não fariam na Holanda ou noutro qualquer país da sua simpatia?
Colocado por: J.Fernandesentregar quase metade dos rendimentos ao estado, ver este gastá-lo e desperdiça-lo nas coisas mais inúteis
Colocado por: eu
Será que TODO o dinheiro dos impostos é desperdiçado? Será a educação e a saúde um desperdício? Serão as infraestruturas de transporte e saneamento um desperdício?
Eu também considero a carga fiscal aterradora (para mim devia haver um limite constitucional de 30% de carga máxima), mas não sou fundamentalista ao ponto de considerar que os impostos são desperdiçados...
Declarada a morte da social-democracia
Daniel Oliveira
ontem às 8:00
Dando voz ao programa dos sociais-democratas (coligados com os liberais, centristas), o Rei Guilherme anunciou ontem o fim do Estado Social na Holanda. Será substituído pela "sociedade participativa", o que passa, na prática, por cada um se desenrascar sozinho. Traduzido por miúdos, o governo holandês vai fazer um corte de seis mil milhões de euros nas despesas públicas. Espera-se que o desemprego suba e que o poder de compra dos holandeses caia 0,5%. Os social-democratas holandeses chegaram ao poder com um discurso contra a austeridade. Uma sondagem da televisão pública diz que 80% da população é contra estes planos governamentais. E, como tem sido habitual na Europa, eles avançarão na mesma.
Faço notar que não há falta de dinheiro na Europa. Pelo contrário, há enormes excedentes que explicam, aliás, como consegue a Alemanha financiar-se a juros negativos. O que há na Europa, em toda a Europa, é a vitória de uma agenda ideológica e dos interesses financeiros que se apoderaram dos principais centros de poder e que sonham com a privatização de todas as funções sociais do Estado. Não espanta que essa vitória venha pela mão de governos social-democratas. Gerhard Schroeder fez mais no ataque ao Estado Social e na contração dos salários dos trabalhadores alemães (o que contribuiu decisivamente para a crise do euro) do que Angela Merkel alguma vez sonhou. Foram os governos socialistas e social-democratas, e não a direita, que construíram o essencial das regras de uma moeda única disfuncional. E, em todos os países europeus onde têm recuperado o poder, não o usaram para travar esta loucura. François Hollande limita-se a anunciar, como um tonto, o fim da crise do euro. Na esperança de não ter de chegar a fazer realmente alguma coisa do que prometeu. Nem um rasgo de coragem se vislumbra na generalidade dos partidos socialistas e social-democratas europeus. O PS português incluído.
O papel que os partidos social-democratas desempenham e desempenharam, nas duas últimas décadas, na destruição do Estado Social e na desregulação económica e financeira é o mais inacreditável gesto de traição de um movimento político à sua própria história. Transformados em meras federações de interesses, os partidos socialistas e social-democratas não estão apenas a enterrar o Estado Social. Estão a enterrar a esperança na democracia, que depende de uma alternativa a este caminho (a confiança nos políticos e no governo atingiu, na Holanda, como em tantos outros países, mínimos históricos). E estão, afinal de contas, a enterrar-se a si mesmos. O comunismo morreu com a queda do muro de Berlim. A social-democracia morreu com esta crise financeira.
http://expresso.sapo.pt/declarada-a-morte-da-social-democracia=f831256
"Dizia o homem, empertigado, que esta coisa de o TC poder vetar estes cortes brutais nas reformas e nas pensões é inaceitável. Olha quem fala...", disse Jerónimo de Sousa
Então não sabemos das rendas excessivas da EDP, que tem uma caixa postal na Holanda para onde vão os lucros, os dividendos? Pague o que deve e depois fale. Pague o que deve.