Iniciar sessão ou registar-se
  1. Colocado por: LuBO que gastámos levianamente...


    Curioso, não me lembro de ter gastado levianamente...nem passei escritura a um sujeito com complexos de messias para vender o meu país a juros de usura...


    Colocado por: LuB- Para o português comum "corte cego" é o que é feito no vencimento do próprio. Corte justo e cirurgico é o que é feito no ordenado do vizinho...


    Também não me revejo nesse "português comum". Para mim corte cego é o que condena milhões de pessoas a uma vida no limiar da sobrevivência, o que faz tábua rasa de relações de confiança entre o Estado e os cidadãos e o que contraria descaradamente compromissos assumidos.

    Colocado por: LuBEu cá não escapo! A minha reforma encolheu de forma assustadora.
    Mas ainda conservo o bom senso de ficar caladita


    Esse bom senso é igual ao dos pobres que não têm voz? Se calhar não.
    Concordam com este comentário: jpvng, maria rodrigues
  2. LuB
    Mas ainda conservo o bom senso de ficar caladita, porque afinal estamos a tentar pagar o que devemos! O que gastámos levianamente...

    Boa noite!

    Pois eu gostaria de ter a soberana oportunidade de dizer, olhos nos olhos, de minha justiça: considero uma afronta e um insulto sermos tomados como o "justo pelo pecador"!

    Seria bastante ouvir ou ler Paulo Morais (Transparência e Integridade-Acção Cívica) para percebermos que não devemos nada, antes fomos

    esbulhados indecorosamente. E o meu bom senso aconselha-me a não calar a minha indignação.

    Pobrezita de mim, a reforma nasceu raquítica e tem definhado com o brutal aumento do custo de vida: superior à inflacção!!
  3. por norma o estomago só começa a doer quando já não tem nada lá dentro, até lá....é sensato e não faz barulhos esquisitos.
    Concordam com este comentário: maria rodrigues
  4. Os portugueses só vão reagir, no dia em que abrirem o frígorico e não houver mais que ar fresco. Até lá, vendem o frigorifico, de preferencia à noite para ninguem ver, rezam para que os cortes lhes passem ao lado e esperam que alguém lute por eles. Característica típica dos portugas. O estado neste país faz o que quer, e se quiser, se aparecer na política um tipo mais radical, rápidamentetemos a ditadura de volta. Aliás já temos, só vejo gente a queixar-se do custo de vida, dos cortes, a dizer que não cortam nas ppp, nas subvenções dos políticos, nas fundações, etc,etc,etc mas não vejo essas pessoas a sairem à rua a exigirem isso do governo. Portanto o estado faz muitissimo bem em preservar as regalias da burguesia e sobrecarregar o povo. SE ACHAM QUE AS COISAS NÃO DEVERIAM SER ASSIM LUTEM PARA QUE SEJAM DIFERENTES. SAIAM DESSA INERCIA. Porque se eu estivesse no poder e não tivesse contestação, faria exactamente o mesmo, aliás cada um de nós no poder, faria exactamenteo mesmo. Se querem que as coisas mudem lutem por elas ou estão estão à espera que a Sª de Fátima vos dê um milagre ?
  5. Também não me revejo nesse "português comum". Para mim corte cego é o que condena milhões de pessoas a uma vida no limiar da sobrevivência, o que faz tábua rasa de relações de confiança entre o Estado e os cidadãos e o que contraria descaradamente compromissos assumidos.


    Se o Estado promete mais do que pode dar, inevitavelmente vai acabar por violar compromissos.
    A cegueira está na assunção do compromisso, não na constatação da impossibilidade do seu cumprimento.
    Concordam com este comentário: two-rok
  6. E quem rouba o estado continua impune...e os responsáveis por esta situação continuam a enriquecer.
    • LuB
    • 12 outubro 2013 editado
    Curioso, não me lembro de ter gastado levianamente...nem passei escritura a um sujeito com complexos de messias para vender o meu país a juros de usura...

    A Becas não gastou? Deixe-me dizer-lhe: TODOS nós gastámos de uma forma ou de outra e agora somos todos culpados, embora uns mais do que outros...
    Por outro lado todos votámos alegremente em quem nos foi arruinando. E se nem todos participamos igualmente no "gastanço", pelo menos não fomos suficientemente críticos em relação a isso.

    Afinal isto ainda é uma DEMOCRACIA.

    A meu ver todos somos culpados. É que não vi assim tanta contestação aos gastos supérfluos, aos sacos azuis etc... Temos de falar no momento oportuno, e esse momento deixámo-lo passar embalados na esperança de que o dinheiro chegaria para tudo e fechando os olhos ao que se passava. No tempo em que o dinheiro corria a rodos, quando o maior mal estava a ocorrer, quase não havia contestação.
    Ah, sim ... havia alguma contestação. Mas não era tanto aos gastos supérfluos. Era mais quando se dizia que era preciso apertar o cinto aqui ou ali!

    O nosso pessoal não se preocupa com o deixa andar. É um problema nacional. Até gosta de votar em políticos reconhecidamente corruptos condenados pela justiça!
    A meu ver a responsabilidade naquilo a que nos está a acontecer é de quem abusou mas não só. É também fruto de algo a que chamarei "conivência" que tem a ver com o grau de "conhecimento" que cada um de nós tinha acerca do que se passava, e de ter mantido a boquinha fechada porque a dívida era para pagar lá para 2030...

    Pensava-se que eram os OUTROS que a iriam pagar. Mas os outros não são os nossos filhos?
    Só quando vimos que eramos NÓS que iríamos ter de pagar é que acordámos... Parece-nos um pesadelo e contestamos tudo.
    Nada mais nos resta senão sermos realistas e partir para encontrar soluções. A meu ver essas soluções apenas são fáceis para quem as não tem de tomar!


    Também não me revejo nesse "português comum". Para mim corte cego é o que condena milhões de pessoas a uma vida no limiar da sobrevivência, o que faz tábua rasa de relações de confiança entre o Estado e os cidadãos e o que contraria descaradamente compromissos assumidos.


    Eu gostaria de a ver a Becas a assumir/cumprir compromissos se na sua casa existissem dívidas e não tivesse onde ir buscar dinheiro para as pagar... Teria de cortar despesas forte e feio. Também não me parece que o governo esteja a cortar mais a quem menos possui.

    Esse bom senso é igual ao dos pobres que não têm voz? Se calhar não.


    O bom senso (que penso ainda conservar...) é o de quem tem a noção exacta de que estamos a passar por um período da nossa história em que temos de ser generosos, corajosos e solidários. Tivemos certamente outros períodos ainda mais dramáticos ao longo da nossa história e sobrevivemos e hoje orgulhamo-nos de ter sido fortes nesses momentos.
    Concordam com este comentário: eu, two-rok
    • LuB
    • 12 outubro 2013 editado
    Pois eu gostaria de ter a soberana oportunidade de dizer, olhos nos olhos, de minha justiça: considero uma afronta e um insulto sermos tomados como o "justo pelo pecador"!


    O problema é que não é assim tão fácil separar á posteriori "justos" de "pecadores". Poderá agarrar-se este ou aquele indivíduo, ou grupo, questionar os seus rendimentos e vencimentos mas eles sempre se justificarão dizendo que o que possuem é honesto, e que quem pecou foi o vizinho.
    Mas o que me admira é que quando se tenta meter a tesoura e cortar regalias, mesmo as que não se justificam, os que falam de injustiças aparecem para as defender.. É uma cegueira que toca quem é ferido nos seus interesses, e alguns outros que pensam que o dinheiro dá nas árvores do jardim.

    Alguns exemplos:

    - Reformas altas, acima do que se descontou, tão frequentes na F. pública, onde a formula de calculo era muito vantajosa, estão a ser postas em causa. Dói que sejam revistas? Claro que sim.
    Será injusto faze-lo? Não creio.

    - Outro problema que se colocou recentemente e que tanta água fez correr, é o emprego garantido da função pública
    Sabe-se que a função pública admitiu muito mais gente do que precisava. Os serviços estavam desorganizados e ninguém se questionava se eles eram necessários ou não. Agora, toda essa gente vai ficar pendurada no estado, mesmo que não venha a ser necessária. Entretanto as empresas particulares vão falindo por toda a parte ao serem confrontadas com os impostos necessários para sustentar tanto funcionário público. Doi despedir/reconverter/deslocalizar funcionários públicos? Sim doi! Será injusto? Não sei... Porque aos privados que são despedidos porque as empresas faliram por já não conseguirem pagar tantos impostos ninguém considerou que o posto de trabalho fosse um direito.

    - Cortes em áreas fundamentais como a saúde, e educação e a segurança social, são sempre mal vistas. Cortes em empresas públicas de transportes, televisão, correios, também são muito impopulares. Mas serão injustas? Não sei... É que se gastava muito, desperdiçava-se muito e a economia estava a afundar-se sob o peso dos impostos para sustentar "o polvo", sendo que o seu funcionamento era tantas vezes deficitário apesar dos custos elevados. Assim tornava-se desvantajoso para o cidadão, sobretudo para os mais pobres que dificilmente se aguentam com esbanjamentos, e para os jovens que veem o seu futuro hipotecado pelas dívidas do país.
    Concordam com este comentário: two-rok
  7. Essas tretas são as mesmas tretas que este Neos que estão no governo dizem...que fui eu o culpado e que sou eu que tenho que pagar.
    Enquanto isso os verdadeiros responsáveis enriquecem.
    • LuB
    • 12 outubro 2013
    Essas tretas são as mesmas tretas que este Neos que estão no governo dizem...que fui eu o culpado e que sou eu que tenho que pagar.
    Enquanto isso os verdadeiros responsáveis enriquecem.


    É capaz de haver para aí alguns que ainda enriquecem, apesar da crise. Certo?
    São esses que Jpvng acusa de serem os únicos culpados, e portanto só eles deviam ser chamados a pagar a nossa dívida, certo?

    È um lindo raciocínio, mas tem um problema: É uma ilusão simplista pensar que vai encontrar muitos "culpados" (afinal vivemos num país onde ninguém quer ser culpado...) e ter pretensões de que com alguma habilidade seria possível sacar-lhes o dinheiro necessário para pagar a crise.

    Culpados ou não, eles não poderão ser chamados a pagar com os seus lucros a nossa dívida, senão em parte. Eles podem ser chamados a dar uma boa parte através dos impostos (que recordo estão pesadíssimos, o IRC 28% + a TSU 23%+... Eles poderão ser chamados a pagar mas nunca nos substituirão!
    Se sacar demasiado dinheiro a uma empresa porque ela é lucrativa, ela deslocaliza-se... fugiria tudo de investir no nosso País, e então é que saberíamos o que é a fome!

    Ou então nacionalizava tudo? Economia estatal, ora aí tem uma possibilidade que tb não tem dado grande felicidade às populações.

    Não tenha ilusões Jpnvg. No estado em que as coisas chegaram é como em tempo de guerra... Se queremos salvar a nossa pele temos de juntar-nos num esforço comum , senão não teremos futuro.
    Concordam com este comentário: two-rok
    • jpvng
    • 12 outubro 2013 editado
    Meu caro amigo eu juntava-me realmente a alguém se esse alguém merecesse...e quem esta no poder, este garoto do Coelho não o merece. E já nem falo de quem ele se tem rodeado. Eu tenho memoria

    Precisamos de união precisamos...mas com este individuo nunca la iremos.


    Em relação ao palavreado do costume Neoliberal o resultado esta à vista.
  8. Colocado por: LuBCulpados ou não, eles não poderão ser chamados a pagar com os seus lucros a nossa dívida, senão em parte.


    Lá está. Nem entendem que o que andam a fazer para resolver "a crise" não tem nadinha de nada a ver com pagar a dívida. Tem apenas a ver com não ter dinheiro para pagar as contas e quem nos vai emprestando estar a começar a torcer o nariz. Não se trata de pagar dívida, apenas andam a tentar diminuir o ritmo ao que ela aumenta.
  9. Colocado por: jpvngEssas tretas são as mesmas tretas que este Neos que estão no governo dizem...que fui eu o culpado e que sou eu que tenho que pagar.

    O único neo que eu aqui vejo é você, que é claramente um neorrealista militante. Mas daquele neorrealismo ranhoso e chorão típico do cinema italiano dos 50 e 60.
    Estas pessoas agradeceram este comentário: two-rok
  10. Ou seja estamos todos vodidos! E os vossos filhos ainda estarão mais vodidos. Só cá na terra já é o terceiro suicidio em menos de 1 ano é obra, para uma terra de 540 habitantes é obra.
    • jpvng
    • 12 outubro 2013 editado
    Colocado por: J.Fernandes
    O único neo que eu aqui vejo é você, que é claramente um neorrealista militante. Mas daquele neorrealismo ranhoso e chorão típico do cinema italiano dos 50 e 60.


    A minha tolerância para ranhosos neoliberais é pouca é.
  11. LuB
    Se queremos salvar a nossa pele temos de juntar-nos num esforço comum , senão não teremos futuro.


    Boa noite!
    Remeto-a para o texto infra (se a leitura lhe aprouver ...) e vou ter a audácia de lhe perguntar: com tudo o que se passa neste Portugal esfarrapado, com milhares de pessoas
    abaixo do limiar da pobreza, mantém esse seu lado resignado..., disponível..., considerando como inevitável que temos de aceitar, quedos e mudos, a nossa cruz!!?? Do género "come e cala"?

    "Na ponta final da campanha eleitoral autárquica as afirmações do Governo tornam cada vez mais claro que o ‘regresso aos mercados’ nunca passou de uma ilusão. A continuação da política deste governo e da troika está a agravar os bloqueios que a economia portuguesa enfrenta. Mas existem alternativas - e são urgentes.
    O governo tem vindo a afirmar que as decisões do Tribunal Constitucional (TC) estão a tornar cada vez mais provável a necessidade de um segundo resgate. Ao insistir nesta ideia, o governo tem três objectivos: 1) desresponsabilizar-se pela crise económica e social que atravessa o país, 2) justificar as privatizações e os cortes nos serviços públicos e nas prestações sociais que se prepara para anunciar com a proposta de Orçamento de Estado (OE) para o próximo ano e 3) ir instalando na sociedade portuguesa a ideia de inevitabilidade da continuação da actual estratégia de governação para lá de 2014.
    Face a isto, é fundamental compreender e afirmar com clareza que:

    1º) O Estado português não conseguirá, tão cedo, financiar-se nos mercados internacionais - mas isto não decorre das decisões do TC
    Portugal tem uma dívida pública superior a 130% do PIB, um endividamento externo historicamente elevado, uma estrutura económica débil e um sector financeiro enfraquecido. O país não dispõe de instrumentos de política económica para lidar com estes problemas e quem deles dispõe – ou seja, as instituições europeias - recusa-se a pô-los em prática, preferindo usar o seu poder de chantagem para impor aos países periféricos e, por arrasto, ao conjunto da UE um modelo de sociedade que não foi sufragado nas urnas.

    Nestas condições, a dívida portuguesa é impagável e é isso que explica a persistência das elevadas taxas de juro dos títulos da dívida portuguesa. É por essa razão que o 'regresso aos mercados' nunca passou de uma ilusão, usada pelo governo para justificar os sacrifícios até aqui impostos ao país e aos portugueses.

    2º) A estratégia do governo e da troika não resolve – antes agrava – os bloqueios que economia portuguesa enfrenta

    Segundo o governo, a destruição dos serviços públicos e a desregulação das relações de trabalho são o caminho para sair da crise. No entanto, após três anos de austeridade tornou-se ainda mais claro que esta estratégia não resolve, antes agrava, os bloqueios que a economia portuguesa enfrenta – desde logo, um endividamento insustentável e uma estrutura produtiva débil. Se esta trajectória não for interrompida, Portugal terá uma sociedade ainda mais desigual e entregue às lógicas de mercado. Esse será o único 'sucesso' do 'programa de ajustamento' do governo e da troika.

    3º) As alternativas existem e são urgentes

    O caminho da devastação social e económica não se inverterá enquanto não se impuser uma renegociação da dívida pública portuguesa que seja consentânea com uma política de relançamento do emprego, de valorização do trabalho e de restabelecimento dos direitos que asseguram uma sociedade decente. Os portugueses e portuguesas que não se reveem no actual rumo têm de continuar a reunir forças para resistir à estratégia de retrocesso social e para construir as condições para uma alternativa de governação que faça frente à chantagem e devolva ao país um sentido de esperança no futuro".

    http://www.congressoalternativas.org/

    NB: recomendo-lhe vivamente o programa da Sic notícias "O Eixo do Mal", passe a publicidade!
  12. http://expresso.sapo.pt/jorge-sampaio-repudia-criticas-a-tribunal-constitucional=f835387

    "Repudio isso de uma forma frontal. Temos que ter um assomo patriótico das decisões que são tomadas, criticá-las, quando for caso disso, com certeza, ameaçá-las é outra coisa", afirmou Jorge Sampaio em entrevista ao programa "A propósito", da SIC-Notícias.

    Na entrevista, Sampaio critica os cortes nas pensões de sobrevivência e, sobre o caso Machete, considera que deve ser resolvido pelo "tríptico" composto pelo próprio ministro, o Presidente da República e o primeiro-ministro.

    "Esta barragem já vai pelo doutor Durão Barroso, que nos manda ter juízo"

    Referindo-se às críticas ao Tribunal Constitucional, afirmou: "Esta barragem já vai pelo doutor Durão Barroso, que nos manda ter juízo, vai pela senhora Lagarde, que não é capaz de dizer isso sobre o equivalente ao Tribunal Constitucional em França, e ninguém o diz na Alemanha", afirmou. "Eu senti um apelo patriótico, não por causa da decisão A ou da decisão B. É inadmissível que a gente não defenda a nossa democracia, as nossas instituições", disse.

    Contudo, o ex-Presidente não se referia somente às críticas internacionais, considerando que que "é uma coisa tristíssima" aquilo "que tem acontecido, quer exterior, quer interiormente, sobre o Tribunal Constitucional".

    "A maneira como se fala do Tribunal Constitucional é uma coisa de uma gravidade extrema", declarou. Para Jorge Sampaio, o Tribunal Constitucional "tem dado provas ,em largos anos, de uma jurisprudência que tem formatado a vida democrática e constitucional portuguesa" e é "uma peça essencial, sobretudo quando há cortes muito sérios em relação a princípios fundamentais, que têm que ser analisados pela instância que se criou para isso, princípios de justiça, da proporcionalidade".

    "As pessoas que dizem 'reveja-se, faça-se', não dizem onde. Porque são princípios fundamentais que estão em todas [as Constituições]", afirmou. "As pessoas só falam do jargão socializante da Constituição, isso não tem importância para o que estamos a discutir, os princípios fundamentais seriam sempre os de uma Constituição [democrática]", argumentou.

    "Não podem ser sempre os mesmos e, sobretudo os mais frágeis, a quem as coisas acontecem todas"

    Sobre os eventuais cortes nas pensões de sobrevivência, o antigo Presidente considerou que "há um contrato intergeracional que se está a quebrar" e isso é "gravíssimo para a coesão social portuguesa".

    "Não podem ser sempre os mesmos e, sobretudo os mais frágeis, a quem as coisas acontecem todas", afirmou. Contudo, o antigo Chefe de Estado afirmou que "este é um momento muito difícil para qualquer governação", defendendo a necessidade de um "compromisso", considerando, contudo, que soluções como um governo de salvação nacional estão "ultrapassadas".

    "Eu também digo aos meus amigos do Partido Socialista que têm à sua frente um momento muito difícil. Sabem tão bem como eu, ou melhor, ou têm a obrigação de saber, que têm uma situação quando ganharem as eleições, como tudo pode parecer indicar, têm às suas costas uma coisa extremamente difícil", afirmou.

    Sampaio diz não ter dúvidas que o PS é "olhado como alternativa", mas tem "a convicção" que "as pessoas poderão pensar que não poderá governar sozinho". "Era preciso um novo sopro social e um novo sopro político e era preciso alguma modéstia para ele ser feito. A modéstia e o pragmatismo também têm que ter o seu lugar", afirmou.

    Machete "negativo"

    Sobre as declarações de Rui Machete sobre Angola, em que o ministro dos Negócios Estrangeiros pediu desculpas públicas a Angola por investigações em curso a empresários angolnaos, Sampaio ressalvou ser seu amigo, e não quis revelar se achava que se devia demitir, embora tenha afirmado que "o que se passou foi negativo".

    "Permito-me publicamente achar que o senhor Presidente da República tem que fazer uma avaliação sobre o que é que isso quer dizer, ele que foi importante nas relações relações Portugal/Angola, o que é que isso quer dizer para futuro, o que é que isso quer dizer em relação ao Governo", afirmou. Sem explicar como, Sampaio disse que a resolução desta questão passa pelo ministro Rui Machete, pelo Presidente da República, Cavaco Silva, e pelo primeiro-ministro, Passos Coelho.
    • LuB
    • 13 outubro 2013 editado
    Boa noite!
    Remeto-a para o texto infra (se a leitura lhe aprouver ...) e vou ter a audácia de lhe perguntar: com tudo o que se passa neste Portugal esfarrapado, com milhares de pessoas
    abaixo do limiar da pobreza, mantém esse seu lado resignado..., disponível..., considerando como inevitável que temos de aceitar, quedos e mudos, a nossa cruz!!?? Do género "come e cala"?


    Por quem é... Pode ter as audácias todas...
    Eu me explicarei melhor: _ Eu não sou propriamente resignada com a nossa situação actual, mas o que me recuso é a ser demagógica. Não vale a pena lutar contra o inevitável...
    Quando analiso a situação a que chegámos e os motivos porque a ela chegámos vejo onde estão os culpados. E, o que eu vejo é que todos somos um pouco culpados. E, por outro lado considero que não vale a pena bater em quem está a corrigir o mal que foi feito anteriormente. Não culpo o médico pela doença, coisa que me parece que muito boa gente está a fazer.

    Se é verdade que existem actualmente em Portugal todas essas desgraças que enumera (e mais algumas que a Maria não enumera...) não vejo outra solução senão agirmos concertadamente e já agora termos o cuidado de o fazer de forma acertada, escutando quem sabe mais do que nós, para melhorarmos a nossa situação e sobretudo pelos nossos filhos.

    Para mim a situação actual é uma fatalidade e contra ela não vale a pena estarmos agora a tecer lamúrias. Muitos que a provocaram estão de consciência tranquila e ao que vejo tudo quer ser inocente. Vivemos num país onde todos querem receber benesses, mas ninguém as quer pagar.
    Os abusos têm ocorrido por todo o lado e estão presentes em todos os grupos sociais. Desde o cidadão que vive numa casa cedida pela cãmara e se recusa a trabalhar para a pagar, até ao empresário que não passa facturas... há um mundo de gente a aproveitar-se indevidamente do bem comum.

    Todos parecem concordar que o estado tem o dever de acudir a todos de forma generosa mas poucos querem dar o seu contributo para que isso aconteça. A fuga aos impostos é generalizada e tolerada. A eficiência no trabalho não é suficientemente valorizada nem reconhecida. É uma cultura nacional de deixa andar.

    Mas já agora terei a audácia de perguntar à Maria:
    Tem A CERTEZA que as soluções que apresenta são viáveis? Porque não acredita naquilo que todas as entidades internacionais nos aconselham que façamos (desde os que estão actualmente a financiar-nos, até aos mercados que no futuro nos poderão financiar...) para que possamos sair de cabeça erguida desta crise? Quanta ilusão têm aqueles que pensarem que vivem sem o mercado... Quem empresta são eles. São eles que decidem se querem ou não emprestar e a que juros o querem fazer, para cobrir os seus riscos. E olhe que quem ouvir os argumentos da Maria sabe que há riscos... Aqui em Portugal há pessoas que ainda não perceberam o fundo de toda esta questão!

    Pode colocar as suas próprias soluções, e considerar que são muito justas mas veja se são exequíveis... Tenha por outro lado sempre o cuidado de explicar bem as despesas que cada solução acarreta, ou seja, COMO E QUANDO VAI PAGAR porque gente a pensar que dinheiro dá em árvores de jardim infelizmente temos cá muitos...
    Concordam com este comentário: two-rok
    • jpvng
    • 14 outubro 2013 editado
    Então acha que este governo do Coelho esta a fazer o que deve...e a corrigir o mal dos outros...e é um governo serio e de gente seria e tudo o que se tem passado é normal.

    Ja leu a carta do gaspar? lembra-se dos conselheiros deste governo? dos Dias loureiros e dos dos relvas, das mentiras, dos swaps do disse que não disse..lembra-se mesmo disto tudo? acha que esta liderança tem sido correcta? acha que este governo esta a defender o interesse do povo português?

    E, por outro lado considero que não vale a pena bater em quem está a corrigir o mal que foi feito anteriormente. Não culpo o médico pela doença, coisa que me parece que muito boa gente está a fazer.


    Isto que você disse para mim é imperdoável....não consigo nem tenho tolerância para pessoas com o seu pensamento.
    Depois de todas as cagadas que este governo esta a fazer e fez e a enterrar cada vez mais o País dizer isto sinceramente...


    Este orçamento não vai passar pelo TC porque é claramente inconstitucional, não respeita a lei e este governo apenas vai atirar-nos todos para a miséria.
    Este governo esta é com data marcada para cair. E isso sim é irrevogável.

    Quer dinheiro? vá tira-lo a quem o tem e não aos reformados e a quem trabalha. Vire-se para esses que esses ainda nada fizeram.

    Se é verdade que existem actualmente em Portugal todas essas desgraças que enumera (e mais algumas que a Maria não enumera...) não vejo outra solução senão agirmos concertadamente e já agora termos o cuidado de o fazer de forma acertada, escutando quem sabe mais do que nós, para melhorarmos a nossa situação e sobretudo pelos nossos filhos.


    Mas acha mesmo, não tem vergonha em dizer isto?? acha que este governo...estes machetes, estes franquelins , esta mentirosa da ministra das finanças e este mentiroso do Coelho, este grande mentiroso este aldrabão merece que estejamos concertados?????

    ide dar uma volta... estamos concertados estamos mas é em os por daqui para fora....e como diz o Mario Soares deviam era ser julgados!!!!!!!!!!!
  13. LuB
    (...) mas o que me recuso é a ser demagógica. (...)

    Claro que não a tomo por demagógica! Conhece maiores demagogos do que estes governantes de pacotilha, que nos couberam em sorte?
    Mentiram (com todos os dentes que tinham na boca) aos portugueses, com a maior desfaçatez e falta de vergonha! Por eles, sairíamos do lodaçal
    em que nos encontrávamos, palavra de honra...! Fomos cair no maior atoleiro que alguma vez se imaginou. Somos (des) governados, por estes políticos,
    imberbes, com toda a crueza e insensibilidade, para não dizer desumanidade. Ainda se lembra de PPC afiançar [com pompa e circunstância(??)], "aquilo que nunca faria contra o povo português"? Levá-lo ao poder foi uma tragédia, para Portugal!
    (...) Não vale a pena lutar contra o inevitável... (...)

    Por quem é... acabe com esse inconformismo! É manifesto que hoje estamos em regressão. E como não deveríamos, com este liberalismo feroz? É de bradar aos céus as desgraças que nos atingiram. Dos mais jovens aos mais velhos recebemos uma legião de desempregados, empurrados uns, para a emigração e os outros, muitíssimos, para a "sopa dos pobres" ou "sopa do Sidónio".
    (...) a situação actual é uma fatalidade (...)

    Que nós não referendámos... nem mesmo quem deitou o boletim de voto na urna! E agora...? Infelizmente temos maus motivos, para pedir a derrocada deste governo
    e reclamar a sua saída, de cenário, definitiva!
    (...) o estado tem o dever de acudir a todos de forma generosa (...)

    Digo-lhe o que penso e qual a minha visão: o estado, leia-se este governo, prepotente, insensível e desumano, chamou a si a tarefa de nos converter na maior legião de miseráveis. Deve ser condenado e pagar por isso!
    (...)A fuga aos impostos é generalizada e tolerada. (...)

    Com o beneplácito de quem? Quantos "colarinhos brancos" estão atrás das grades? Sobram alguns dedos de uma mão depois de os contar! Lembro-lhe as "offshore's", o BPN,
    o BPP, o Banif, etc.. A corrupção anda de mãos dadas com o compadrio das "elites"; passeiam-se impunemente nos corredores do poder.
    E não vale a pena bater em quem está a corrigir o mal que foi feito anteriormente Escreveu "corrigir o mal" !!? A LuB, não ouve os noticiários, não lê jornais, não conhece o país real? Meu Deus, estamos no fundo do precipício à mercê dos senhores da "Europa", completamente de mão estendida. E sabe porquê? Porque, atrás de mim virá quem, bom de mim, fará ! Volta José, que estás perdoado! Pior, é impossível.
    Tem A CERTEZA que as soluções que apresenta são viáveis? Tenha o cuidado de explicar bem as despesas (...) ou seja, COMO E QUANDO VAI PAGAR (...)

    Certezas não tenho, porque não fui eu que criei as soluções: remeti a LuB para a leitura do texto para ter a percepção de que nem todos têm a mesma visão e de que
    há gente disponível para mostrar o seu desagrado, apresentando alternativas. Para explicar as despesas temos o senhor Paulo Portas, hoje nervosinho, porque não tinha ensaiado o discurso, com antecedência, e porque não estava a falar do "penta" e dos seus "sucessos"(?) autárquicos. "Como e quando vai pagar", é fácil: quando Portugal estiver "sentado" em cima de milhões de barris de "petróleo", ou seja, lá para as calendas gregas e quando "acabar" (!!??) a corrupção neste país, à beira-mar plantado!
    Quem pode ter a veleidade de pensar que algum dia a Dívida vai ser paga? Os E.U.A. estão prestes a entrar (será?) em "default" e nós..., para lá caminhamos?
    Deus (porque sou católica, mas fica ao critério de cada um invocar, ou não, o seu deus), se amerceie dos portugueses e de Portugal.

    cumprimentos
 
0.5741 seg. NEW