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  1. Colocado por: j cardosoConheço a anedota, eu e os meus colegas de trabalho bem que nos rimos com ela. Achamos divertidíssimo que haja gente- entre os quais, ao que parece, o antoniolx - que acha natural contratar engenheiros para mudar uma lâmpada. Sabe, por aqui chamamos a isso ignorância e incompetência mas o antoniolx, ao que parece, ainda não percebeu isso, o que não deixa de ser incompetência

    O exemplo que dei é porque hoje me deparei com uma situação dessas, e que me afecta particularmente: uma entidade pública a proceder dessa forma.
    E tem razão na observação que fez: é incompetência e ignorância o que grassa nos serviços públicos, com algumas, poucas, e naturais, excepções! As únicas verdadeiras excepções dos cerca de 15 com quem tive oportunidade de lidar hoje foram o Director, e a que presumo seja sua secretária...

    Mais lhe digo: o que eu hoje assisti era digno de um dos melhores sketches de humor! Percebe?
  2. Colocado por: antoniolx
    Pois claro!!!
    Mas a pergunta pertinente é: Quantos deles são FPs? Quantos???


    Não sei, deixa cá ver:

    Quanto professores foram para o olho da rua?

    Quantos enfermeiros foram para o olho da rua?

    Quantos contractados nas câmaras foram para o olho da rua?

    Só com três frases já falei de dezenas de milhares de FP!
  3. Recentemente tive que ir pedir um papel com urgência para a minha irmã num antiga escola pública onde ele andou. A minha mãe já queria recorrer a cunhas e conhecidos e outras coisas tipicamente terceiromunistas, eu preferi ir falar com as pessoas para tentar resolver a situação que até nem tinha sido criada por eles.

    Consegui o papel em 15 minutos e fui atendido por assistentes técnicos como eu. Já na entidade onde a minha irmã está a estudar/trabalhar... teve que pagar a "tradução" do documento...senão não era aceite!

    Portanto temos FP que fizeram o seu trabalho com competência e temos um do privado a meter a mão na carteira alheia.

    E esta hein?!
  4. Colocado por: branco.valterQuanto professores foram para o olho da rua?

    Quantos enfermeiros foram para o olho da rua?

    Quantos contractados nas câmaras foram para o olho da rua?

    Que tenham sido despedidos, nenhum.
    Concordam com este comentário: two-rok
    • eu
    • 30 janeiro 2014 editado
    Colocado por: branco.valterPortanto temos FP que fizeram o seu trabalho com competência e temos um do privado a meter a mão na carteira alheia.

    Sempre que falam da incompetência da função pública, lembro-me sempre do processo da construção da minha casa, que é um bom exemplo para aferir a questão público vs privado.

    Da parte do estado, queixo-me das burocracias e taxas que são necessárias. Sem dúvida que são um pesadelo. Mas, da parte das pessoas e serviços que me atenderam, tudo funcionou perfeitamente e cumpriram os prazos. E até foram simpáticos e me ajudaram bastante.

    Das empresas privadas que prestaram serviços na construção: NENHUM cumpriu os prazos, muitos tentaram aldrabar-me (um conseguiu), e a qualidade e competência ficaram muito abaixo do que seria desejável.

    É por isso que eu dou uma gargalhada de desdém quando vejo as críticas à função pública: é que no setor privado, há exemplos BEM piores!
    • mog
    • 30 janeiro 2014

    Que tenham sido despedidos, nenhum.


    As pessoas a quem não foram renovados contratos, não podem ser consideradas "despedidas"?
    • eu
    • 30 janeiro 2014
    Colocado por: mogAs pessoas a quem não foram renovados contratos, não podem ser consideradas "despedidas"?

    Não.
    Concordam com este comentário: two-rok
    • mog
    • 30 janeiro 2014
    Colocado por: eu
    Não.


    Mesmo que estejam desempregadas, certo?
  5. Colocado por: euSempre que falam da incompetência da função pública, lembro-me sempre do processo da construção da minha casa, que é um bom exemplo para aferir a questão público vs privado.

    Da parte do estado, queixo-me das burocracias e taxas que são necessárias. Sem dúvida que são um pesadelo. Mas, da parte das pessoas e serviços que me atenderam, tudo funcionou perfeitamente e cumpriram os prazos. E até foram simpáticos e me ajudaram bastante.

    Das empresas privadas que prestaram serviços na construção: NENHUM cumpriu os prazos, muitos tentaram aldrabar-me (um conseguiu), e a qualidade e competência ficaram muito abaixo do que seria desejável.

    É por isso que eu dou uma gargalhada de desdém quando vejo as críticas à função pública: é que os privados são MUITO piores!

    Generalizações bacocas.

    Eu trabalho com empresas privadas no geral muito competentes, mas encontrei ao longo do tempo muitos sapateiros e aldrabões. A grande diferença é que estes apenas trabalharam comigo uma vez, enquanto que câmaras municipais, repartições, secretarias de estado e outras coisas do género, se são incompetentes e preguiçosas, como muitas vezes são, não posso contratar a concorrência.
    Concordam com este comentário: two-rok
  6. Colocado por: branco.valter

    Não sei, deixa cá ver:

    Quanto professores foram para o olho da rua?

    Quantos enfermeiros foram para o olho da rua?

    Quantos contractados nas câmaras foram para o olho da rua?

    Só com três frases já falei de dezenas de milhares de FP!

    Nenhum professor da FP foi despedido. Professores contratados não viram o seu contrato renovado. Mas um professor contratado não pertence à Função Pública.
    A situação dos enfermeiros não conheço em pormenor, mas o que lhe garanto é que se era FP, então também não foi despedido. Provavelmente, está-se a referir a mais casos de contratados.
    Os contratados das Câmaras estão na mesma situação.

    As tuas três frases revelam por isso um grande desconhecimento sequer do próprio conceito de FP!

    O problema dos contratados é um problema diferente: como muitos FPs não querem fazer nada, arranjam-se escravos contratados para o fazer! No caso dos professores isso era tão evidente aqui há uns anos, com os professores de horário zero. Felizmente, o Governo tentou acabar com estas situações estonteantes. Mas ainda não conseguiu na totalidade!
  7. Colocado por: J.Fernandes

    Eu trabalho com empresas privadas no geral muito competentes, mas encontrei ao longo do tempo muitos sapateiros e aldrabões. A grande diferença é que estes apenas trabalharam comigo uma vez, enquanto que câmaras municipais, repartições, secretarias de estado e outras coisas do género, se são incompetentes e preguiçosas, como muitas vezes são, não posso contratar a concorrência

    Isso mesmo! Que bom seria haver concorrência ao Estado! O problema é que o Estado faz concorrência a si próprio, reinventando complicações e processos.

    Passei por isso no passado: na reengenharia de processos, cheguei a propor repetidamente acabar com processos que não fazim sentido. Mas não podia ser, porque esses processos que não faziam qualquer sentido, alimentavam muitas bocas...
    Concordam com este comentário: two-rok
    • mog
    • 30 janeiro 2014

    Nenhum professor da FP foi despedido. Professores contratados não viram o seu contrato renovado. Mas um professor contratado não pertence à Função Pública.


    Tecnicamente poderá não pertencer à função pública, vulgo "quadros". Mas pormenores técnicos/juridicos à parte, a verdade é que trabalhavam para um organismo público. Caso contrário, podemos dizer que um contratado a termo, ou a "prazo" numa empresa privada então não pertence ao sector privado!
    • eu
    • 30 janeiro 2014
    Colocado por: J.FernandesGeneralizações bacocas.

    Concordo. Mas sabe, é mais fácil ver as generalizações bacocas dos outros, do que as nossas próprias...
    Concordam com este comentário: becas
  8. Colocado por: mogMas pormenores técnicos/juridicos à parte, a verdade é que trabalhavam para um organismo público.


    Não é a mesma coisa. Imagine que há ali um agricultor que vende couves para uma cantina de uma escola pública. De repente a escola encontra um fornecedor de couves que vende as couves mais baratas e muda. O agricultor fica sem trabalho e "no desemprego". Era ele um funcionário público? Não. O seu trabalho dependia da necessidade de um organismo público? Sim.

    Que eu saiba a única garantia de consumo protegida por lei é o consumo do trabalho. Quem vende directamente trabalho ao estado tem essa venda garantida de forma perpétua, legal e constitucionalmente. Quem vende indirectamente serviços ou produtos apenas tem as garantias contratuais. O facto dos produtos e serviços que vende também saírem do seu trabalho é "mera coincidência".
    Concordam com este comentário: eu, two-rok
    • eu
    • 30 janeiro 2014
    Colocado por: antoniolxQue bom seria haver concorrência ao Estado!

    E há em muitos setores.

    Por exemplo, pode inscrever os seus filhos na Universidade Lusófona em vez do Instituto Superior Técnico.
    • mog
    • 30 janeiro 2014

    Isso mesmo! Que bom seria haver concorrência ao Estado!


    Já há casos em que tal acontece (p.e., ensino superior, saúde). Noutros, é impossível que venha a acontecer (p.e., justiça). Noutros não há mas se calhar poderia haver (assim de repente não me estou a lembrar de nenhum,mas...)


    Passei por isso no passado: na reengenharia de processos, cheguei a propor repetidamente acabar com processos que não fazim sentido. Mas não podia ser, porque esses processos que não faziam qualquer sentido, alimentavam muitas bocas...

    Infelizmente, é mais um triste caso em que a burocracia é um fim em si mesmo. Porque interessa a algumas pessoas.
    • mog
    • 30 janeiro 2014
    Colocado por: danobrega

    Não é a mesma coisa. Imagine que há ali um agricultor que vende couves para uma cantina de uma escola pública. De repente a escola encontra um fornecedor de couves que vende as couves mais baratas e muda. O agricultor fica sem trabalho e "no desemprego". Era ele um funcionário público? Não. O seu trabalho dependia da necessidade de um organismo público? Sim.

    Que eu saiba a única garantia de consumo protegida por lei é o consumo do trabalho. Quem vende directamente trabalho ao estado tem essa venda garantida de forma perpétua, legal e constitucionalmente. Quem vende indirectamente serviços ou produtos apenas tem as garantias contratuais. O facto dos produtos e serviços que vende também saírem do seu trabalho é "mera coincidência".
    Concordam com este comentário:eu


    Danobrega, não é a mesma coisa. O trabalhador, independentemente da forma do contrato, trabalha na empresa/organismo, tem uma relação de trabalho subordinada. O agricultor é uma empresa privada e o organismo público é um cliente. Se e deixar de levar o meu carro a uma oficina de mecânica e se daí resultar uma perda significativa na respectiva facturação, e consequente despedimento de um trabalhador, não fui eu que o despedi.
    • mog
    • 30 janeiro 2014
    Peço desculpa por ter repetido o comentário anterior, foi sem querer:)
  9. Recebi no meu email um comentario do Jcardoso que entretanto desapareceu, pelo que fica um bocado estranho comentar o que não existe.

    A si Jcardoso só tenho a dizer que não emigro porque gosto muito do que faço!

    E a sair ia para o privado mas fazer uma coisa completamente diferente!
    (Não precisava de ser tão violento, e obviamente que me refiro ao meu circulo de colegas).
  10. E acrescento Jcardoso, talvez eu pense de alguns FP o mesmo que você...
 
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