Colocado por: mogDanobrega, não é a mesma coisa. O trabalhador, independentemente da forma do contrato, trabalha na empresa/organismo, tem uma relação de trabalho subordinada. O agricultor é uma empresa privada e o organismo público é um cliente. Se e deixar de levar o meu carro a uma oficina de mecânica e se daí resultar uma perda significativa na respectiva facturação, e consequente despedimento de um trabalhador, não fui eu que o despedi.
Recebi no meu email um comentario do Jcardoso que entretanto desapareceu
Colocado por: marco1com tanta imbecilidade em todo o lado quer publico ou privado
Não é FP, mas para o efeito é o mesmo
A taxa de desemprego desceu de 15,6 para 15,3% no último trimestre. O Negócios escrevia ontem que Emigração explica parte da queda do desemprego. O Económico faz hoje manchete com a notícia de que Emigração explica dois terços da descida do desemprego. O que é que a emigração explica de facto?
Os dois títulos chegam a esta conclusão de forma bastante simples. Contabilizam a descida do número de desempregados e ‘separam’ esta descida em duas componentes: a criação de empregos e a redução da população activa. Contas feitas, houve menos 96.000 desempregados, sendo que apenas um terço se converteu em aumento do emprego. De seguida, assume-se que os restantes desempregados foram absorvidos pela emigração.
É legítimo perguntar: a recuperação do mercado laboral é um mito (ou é, pelo menos, bastante mais dúbia do que é sugerido pelas headline figures)? Não. E é importante perceber porquê.
As conclusões de ambos os jornais resultam de uma análise homóloga, comparando o quarto trimestre de 2013 com o mesmo trimestre de 2012. Ao longo deste período a população activa teve de facto uma quebra impressionante – mas toda a quebra se concentra no primeiro trimestre de 2013, quando a taxa de desemprego estava a subir. O efeito população activa pode ter ajudado a mitigar esta subida, mas deu um contributo nulo para as três quedas subsequentes.
Uma forma diferente de ver esta questão. Em baixo apresento a diferença da taxa de desemprego desde que esta começou a descer (ou seja, desde o 2º trimestre) relativamente ao ‘pico’ atingido no primeiro trimestre de 2013. A variação acumulada da taxa é decomposta em dois factores: aumento do emprego e variação da população activa. A metodologia é exactamente a mesma do Negócios e do Económica. Só os resultados é que são diferentes.
Por esta altura, o leitor poderá já estar confuso. E (compreensivelmente) irritado com o facto de toda esta disputa girar, em boa verdade, em torno de períodos de referência. Se estamos todos a olhar para os mesmos valores de emprego e desemprego, não deveria ser uma questão secundária o ponto temporal com o qual comparamos os dados actuais?
A resposta simples é um: «Sim, mas» (e a resposta longa está aqui). Se a taxa de desemprego cair durante vários trimestres sucessivos, tal acabará por se reflectir necessariamente numa queda da taxa de desemprego homóloga – só é mesmo preciso esperar mais tempo. A vantagem de comparações homólogas é que elas permitem eliminar movimentos ‘erráticos’ provocados por sazonalidade ou outros factores do género; a desvantagem é que novas tendências (como inversões de ciclo) só se tornam perceptíveis bastante depois de terem começado a ocorrer.
A este respeito, um exercício que pode ser interessante: se todas as variáveis laborais se mantiverem inalteradas no primeiro trimestre de 2014, então a mesma comparação homóloga feira pelo Diário Económico/Negócios concluirá que houve uma descida de 2,4 pontos percentuais da taxa de desemprego, que essa descida conduziu menos 125.000 desempregados e que a totalidade destes desempregados transitou para uma situação de emprego. E, entretanto, nem sinais de emigração.
Ou seja: a razão por que é incorrecto dizer que a recuperação do mercado laboral assenta na emigração é simples: porque a recuperação começou no segundo trimestre de 2012; mas a comparação homóloga ‘apanha’ um trimestre em que o mercado laboral não só não melhorou como até piorou bastante.
Uma forma um pouco diferente de olhar para a questão. Suponhamos que a população activa teria continuado a crescer em 2008-2013 ao mesmo ritmo que entre 2002 e 2007. Suponhamos ainda que toda esta população activa adicional fosse considerada desempregada. A taxa de desemprego seria, como é óbvio, muito mais alta. Qual seria o impacto desta ‘neutralização’ artificial do factor emigração no comportamento da taxa de desemprego? Não muito.
Note-se que este cálculo fornece um caso extremo, porque assume, de forma obviamente irrealista, que i) a população activa teria crescido ao mesmo ritmo que no período 2002-2007; ii) que este ‘desaparecimento’ da população activa corresponde integralmente a emigração líquida, e não a questões demográficas; iii) que toda a população activa adicional estaria desempregada. Mesmo com todos estes pressupostos, a taxa de desemprego teria descido de forma considerável nos últimos trimestres. A emigração pode ter evitado uma subida mais pronunciada da taxa de desemprego antes, mas não é essa a explicação para a descida posterior.
Nota: A título de curiosidade, a projecção de crescimento da população activa deixa esta variável em 5.892 milhares de pessoas no final de 2013 – mais 500.000 pessoas do que o valor efectivamente registado.
Colocado por: pedromdfAinda ontem embarcaram 70 enfermeiros para Inglaterra.
Colocado por: Jorge Santos - FaroSe os governos fizessem um estudo sobre as reais necessidades
Colocado por: euRelativamente à formação: o saber não ocupa lugar e eu pago de bom grado impostos que se destinem à educação.
Colocado por: Jorge Santos - Faro
Mas acha que por serem enfermeiros têm direito a um emprego ? Já toda a gente sabe que há enfermeiros a mais e daqui a 4 anos médicos a mais !
Há montes de escolas privadas e publicas a viver a conta dos estudantes que estudam para depois não ter emprego... Não sou eu que depois tenho que pagar impostos para lhe pagar o ordenado !
Na China não é bem assim ... Está tudo planeado, são as vantagens de não terem democracia nem eleições ...
Se os governos fizessem um estudo sobre as reais necessidades aí sim não teríamos desemprego em malta licençiada ... O desemprego era só para a malta que "nada sabe fazer", tais como pedreiros, serralheiros, carpinteiros empregados fabris etc...