Colocado por: luisvvEm português mais simples: não se trata de pagar por ser honrado, trata-se de continuar a ter défice todos os anos, e portanto ser forçado a pedir dinheiro emprestado. Renunciar a isso, significa ser forçado a ter défice ZERO no dia a seguir. Isso implica fazer uma de duas coisas, ou uma mistura das duas:
A crise do euro estende-se ao norte da Europa
A crise do euro estende-se aos países do norte da Europa. Os problemas financeiros agudizaram-se na Bélgica, Finlândia, Áustria, Noruega e Suécia.
Fonte: http://www.cartamaior.com.br/?%2FEditoria%2FEconomia%2FA-crise-do-euro-estende-se-ao-norte-da-Europa%2F7%2F30406
As qualificações de crédito da Bélgica e da Finlândia desceram rapidamente. Enquanto isso, a Áustria enfrenta sérios problemas com o Banco Hypo Alpe Adria que recebeu 5 bilhões de euros do governo e está à beira da falência. A França enfrenta um alto endividamento e um crescimento estagnado. Noruega e Suécia sofreram quedas na produção industrial e no emprego.
Para dizer a verdade, Grécia, Chipre e Espanha já não estão na vanguarda da crise ainda que os problemas que estes países têm sejam de longo alcance. A crise começou a deslocar-se para os países do norte da Europa e isto não pode ser visto como uma tempestade num copo de água. Há algumas semanas apontávamos que as provas de stress do Banco Central Europeu dão negativo a grande parte da banca europeia e requerem 770 bilhões de euros de capital fresco.
Os bancos que requerem esta soma (mais de um trilhão de dólares) não são precisamente da Grécia, Chipre ou Espanha, mas sim dos grandes países europeus: Alemanha, França e Itália. São de lá os bancos que estão com grandes problemas, e a sua magnitude ameaça provocar sérias consequências nos seus países e nos países vizinhos dado que absorveram bilionários resgates de governos que hoje estão altamente endividados.
Dos 770 bilhões de dinheiro fresco que requer a banca, os banqueiros franceses precisam de 285 bilhões de euros, os alemães de 200 bilhões de euros e os italianos de 150 bilhões de euros. Isto é muito mais que o montante total dos resgates da Grécia, Chipre e Espanha, pelo que não deve ser considerado um problema menor.
O Banco Central Europeu (BCE), sob o comando de Mario Draghi, ofereceu quantidades ilimitadas de financiamento aos bancos, sem reconhecer que eles representam um sistema parasitário da economia real.
A corda bamba dos créditos é uma faca de dois gumes que reverte a atividade pela via da deflação e da estagnação económica. Não consegue dar um empurrão à economia real. As medidas do BCE não puderam dar um impulso à inflação, e esta, em toda a zona euro, mantém-se muito abaixo dos objetivos de política monetária. Por isso existem duas opções para o tratamento destas provas de stress: ou se realizam de maneira objetiva e livres de qualquer pressão política; ou Alemanha, França e Itália exercem toda a pressão política que têm com o fim de manipular os resultados reais das provas. Destas duas opções a segunda é a que passa mais despercebida, mas é também a mais amigável para os banqueiros experientes na manipulação de resultados.
Tenho ideia que no último ano o que se pagou de gestão da dívida pública foi superior ao défice público. Quando tiver tempo confirmo.
Há muitos mais problemas que podem acontecer se se tomar a atitude de não pagar. Na prática, a questão é mais genérica. Trata-se de saber se ficamos melhor com a atitude "não pagar" ou com a atitude "fingir que vamos pagar". No dia em que a percepção for: "É melhor deixar de pagar", certamente será isso que vai acontecer.
Afinal o que é tão óbvio para alguns, afinal tem nuances do tipo, não pagar, fingir que pagamos, ou ir pagando.
Portanto para quem paga acaba por ser a mesma coisa. Os que roubaram o dinheiro que falta, querem continuar a abastecer-se e fazem pagar os que nada tiveram com isso, mesmo que eles próprios já não tenham intenção de pagar fingindo que vão pagando.
Nós vamos acabar por "não pagar a dívida". Nos sistemas vigentes, as dívidas dos países vão crescer, crescer, crescer... até ao default. É só uma questão de saber quando vai ocorrer.
A dívida pública é uma espécie de esquema piramidal em que os últimos a comprar é que se lixam...
Colocado por: luisvvNão necessariamente. Em muitos sítios a coisa resolve-se com inflação.
Colocado por: pedromdfSe não é para pagar, está a ir para o bolso de alguém.
Colocado por: luisvv
A questão é a infantilidade da argumentação: se deixarmos de pagar a dívida porque eles merecem, ficamos em melhores condições e os malandros dos governantes não o fazem porque sãobichos-papões, perdão, neo-liberais.
O Governo admitiu hoje que quer reduzir as indemnizações por despedimento sem justa causa, mas lembrou que a medida já constava do memorando de entendimento anterior e explica que pretende dinamizar o mercado laboral.
Salários só podem aumentar "quando os portugueses trabalharem como os alemães"
O que é certo é que não é para pagar mas vamos sendo espremidos. Se não é para pagar, está a ir para o bolso de alguém.
Não vale andar sempre a chamar estúpido e idiota. Não argumente com ofensas. Há quem nunca se enxergue!
As explicações do tipo estado ingénuo que coitados gastavam mais do que cobravam de impostos, é só para entreter. Falta aí um quociente que corresponde ao roubo descarado. Como se explica um político acabado de sair das lides transportar para Paris uma conta de milhões e passar a viver à grande à sombra dessa fortuna descomunal. Até há bem pouco isto correspondia a um qualquer ditador africano acossado. Agora também temos disso. Uns mais descarados que os outros.
Sempre a mexerem os cordelinhos para grandes tachos, de onde depois desviam as quantias milionárias.
Sempre houve dinheiro para funcionarmos, agora a novidade foi a ganância completamente desgovernada que assolou a nossa (falta de)classe política.