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  1.  # 1

    • Boa tarde!

    Gostaria que me ajudassem, se possível, a esclarecer algumas questões. Vou começar por contar o meu problema.
    Eu e o meu marido andávamos já algum tempo para comprar casa. No final do ano passado fomos ver uma casa, através da Imobiliária Era, que nos agradou bastante, tanto a casa em si como também o espaço livre. Foi- nos informado que a casa tinha piscina + equipamentos de manutenção, furo + bomba, caldeira a gasóleo, ou seja tudo isto valoriza o imóvel. Na visita à casa pudemos verificar a existência dos equipamentos referidos, mas como não havia luz não foi possível verificar o seu funcionamento. Partimos do principio que estaria tudo a funcionar corretamente uma vez que não nos foi dada nenhuma informação em contrario e também pelo facto de terem feito questão de referenciar a existência dos mesmos. Também durante as varias visitas feitas à casa pedimos para que nos fosse aberto o portão da garagem (existe dois portões o da frente da casa e o que dá acesso à parte de trás) primeiro diziam que não havia chaves depois só conseguiam a chave do portão de trás. O imóvel estava a ser vendido pelo Banco Santander Totta, através da TottaUrb (penso que é assim que se escreve). Apresentamos a nossa proposta, o empréstimo foi aceite e marcamos a escritura. Só no dia da escritura (02/04/2013) é que nos foi dado o Contrato de Promessa Compra e Venda, admito que por nossa ingenuidade e também porque íamos assinar a escritura não demos muita atenção ao CPCV. E os problemas começam aqui, após a escritura fomos logo pedir a colocação de luz e então a bomba do furo não funcionava, após a sua substituição verificamos que existe algum problema na circulação de água porque o balão enche mas depois a água recolhe toda para trás o que faz com que a bomba esteja sempre a disparar. Tivemos desde as 9h até às 22h duas bombas submersas mais a bomba da piscina a tirar água ela chegou ao meio e não saiu mais, no dia a seguir a piscina estava cheia novamente. Foram vários dias a tentar esvaziar e voltava sempre a encher. Percebemos depois que a piscina tem a "lona" rasgada e alguma fissuras na estrutura. Quando passaram os dia de chuva a piscina esvaziou sozinha e agora não "segura" lá a água. Também nos começou a chover na cozinha, ao chamar um profissional para perceber o que se estava a passar disse- nos que na varanda que está por cima o construtor colocou isolante mas como não levou azulejo apodreceu e acumula a água na placa passando depois para a cozinha (divisão que está por baixo). O portão da garagem está partido, não abre corretamente (penso que terá sido por isso que nunca havia chave). No dia 19/04/2013 apresentamos uma reclamação escrita no banco Santander Totta. A resposta deles foi que o imóvel era vendido no estado físico em que se encontra, não se responsabilizando por danos visíveis ou ocultos estando isto no CPCV. Neste momento não posso usufruir da minha casa na sua totalidade.
    Pelo que pesquisei o imóvel tem 5 anos de garantia, a minha questão é se esta garantia se sobrepõe ao CPCV. E uma vez que o banco já tinha o imóvel à 3 anos (terá sido entregue em 2010), já deveria ter conhecimento destas situações, até porque a "lona da piscina já tinha outros remendos, se poderá ser responsabilizado.

    Agradeço desde já a vossa disponibilidade.

    Obrigada,

    Sónia Simões
  2.  # 2

    Bom dia Sónia,

    Já recebi quase uma dúzia de processos como o que aqui relata, com o Santander do outro lado... Exactamente como aqui contou... Primeiro é uma coisa e depois são surpreendidos com surpresas (passe a redundância)... Na maior parte desses casos as pessoas só não se borrifaram para o imóvel porque tinha celebrado CPCV e entregue uma boa maquia a título de sinal...

    Quando lhes reportar a situação vai obter um simpático "você é que sabe... ou compra como está ou desiste da compra e perde o sinal..."

    Você pode sempre alegar que não compra porque "foi enganada" e intentar acção para exigir a anulação do negócio e devolução do sinal... ou então exigir que o preço seja reduzido proporcionalmente face aos defeitos que encontrou... mas isso são (se a outra parte não quiser resolver as coisas) grandes batalhas jurídicas...

    Colocado por: Soniacatsimóvel era vendido no estado físico em que se encontra, não se responsabilizando por danos visíveis ou ocultos


    Na minha opinião esta cláusula é nula...

    Pelo que pode pedir responsabilidades ao vendedor (Santander) ou (caso o imóvel tenha sido construído há menos de 5 anos) ao empreiteiro.

    Cumps
  3.  # 3

    O problema é que se a casa está na mão do banco, a probabilidade de o empreiteiro ter falido é enorme.

    Se faliu, na prática não há ninguém a quem pedir "a garantia".


    Confesso que não entendo esta obsessão pelas casas dos bancos. Há tantas opções com financiamento a spreads baixos sem serem imóveis dos bancos!

    Estas alturas mexem com o mais intimo do povo português, a necessidade de fazer um negócio melhor que os outros fazem.
    Na larga maioria das vezes fazem um negócio muito pior, forçados pela ilusão da compra da "pechincha".

    Comprar uma casa a um banco é o mesmo que ir comprar bifes ao sapateiro.
    Pode até correr bem, mas a probabilidade de correr mal é enorme.
  4.  # 4

    Colocado por: Silver WolfConfesso que não entendo esta obsessão pelas casas dos bancos.

    Cada vez aparecem aqui mais casos destes e eu estou farto de dizer que as pessoas compram casas como quem compra uma torradeira, e depois vão cegamente atrás das pechinchas dos bancos. Eu como ex promotor imobiliário, a quem os bancos fazem concorrência desleal, não posso deixar de sentir alguma satisfação. As minhas desculpas à Sónia, mas é mais forte do que eu :((

    Se alguém tem conhecimento de algum banco que fez alguma reparação após a venda, que apresente aqui o seu testemunho.
    Concordam com este comentário: DOGMA
  5.  # 5

    Percebo perfeitamente o sentimento do Picareta.

    Até vou mais longe. A compra das casas dos bancos é, a prazo, o desvalorizar do próprio imóvel.
    Enquanto os bancos conseguirem ir vendendo os seus imóveis, continuarão a acentuar as diferenças de financiamento entre os seus imóveis e os outros, dificultando a venda "dos outros" e por consequência desvalorizando-os.

    A curto/médio prazo é uma opção devastadora para todos nós.
  6.  # 6

    Boa tarde,

    Obrigada desde já pelas vossas respostas. Erga Omnes eu não posso desistir do negocio porque já assinamos a escritura. O que estaria em causa seria acionar o prazo de garantia até porque poderíamos considerar de má fé só nos terem dado o CPCV para assinar no dia da escritura.
    Em relação ao motivo da compra não foi por ser mais barato (pagamos o preço de mercado), foi por gostarmos mesmo da casa, era o que idealizamos. Já tínhamos visto varias casas e esta foi amor à primeira vista. Além disso tivemos a mediação da Era embora tenha sido apenas durante as visitas à casa porque depois não tivemos apoio nenhum quer durante o processo de aprovação quer agora. O empreiteiro não faliu, mas a casa é de 2006 a responsabilidade já não é dele. Mas pelo que percebi do que li, tenho uma garantia de 5 anos por parte do vendedor, certo?
    Eu sei que é difícil a reparação por parte do banco, mas tenho que tentar, se as pessoas não fizerem nada aí é que os problemas não se resolvem. Neste momento tenho um orçamento de cerca de 25000€ para reparar as situações que relatei acima.
  7.  # 7

    Colocado por: Picareta
    Se alguém tem conhecimento de algum banco que fez alguma reparação após a venda, que apresente aqui o seu testemunho

    Eu tenho!
    Comprei a minha casa a um banco, sem intermediação imobiliária e, quando me mudei, verificamos que a parte elétrica do fogão não funcionava. Coisa simples e barata, mas a reparação (100.00€) foi paga pelo banco.
    Felizmente não havia mais reclamações a fazer.
 
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