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      imbs
    • 11 julho 2013 editado

     # 1

    Fico parva com determinadas situações, e se soubesse o que sei hoje...

    Adquiri um aspirador Orima - já sei, marca portuguesa, fraquinha, alguns até chamam marca branca - adiante, na altura, andei a ver tudo o que era modelo e até elogiei o aspirador aqui no fórum, pois pelas qualidades e face ao preço, era a melhor opção na altura.

    Ora adquiri-o em Agosto de 2012. Em Outubro de 2012, estou eu a aspirar e o gajo manda-me o quadro abaixo e não se liga mais. Contacto a Orima, peço a morada da assistência mais perto de mim e lá vou eu. 37km para um lado, mais outros tantos para voltar. Foi o motor, teve que levar um novo, na altura não me incomodei muito, pois em todos os electrodomésticos que compramos (novos e para a casa toda) era o única que tinha dado problemas, e até hoje igual. Por isso, sabia que nem estava assim com tanto azar! Não perguntei porquê, nem nada. Limitei-me a ir buscá-lo. 37km para lá mais outros tantos para cá.

    Ora, em fins de Maio, o gajo faz-me a mesma coisa. Estou eu a aspirar, ele tremelica-se-me as luzes de casa e vai-se tudo a baixo. Aqui, já não gostei, pois adivinhava que o problema era o mesmo.
    Desloquei-me à mesma loja de assistência, bati com o nariz na porta, pois encerrou. Ligo para a Orima que me informa que levanta os equipamentos em qualquer parte do país, sem custo para o cliente - óptimo.

    Passado uma semana chega o senhor da transportadora e diz-me que não pode levar o aspirador sem caixa. E eu: 'Homem, você é da transportadora, não tem uma caixa?', 'Ah não tenho autorização, vou falar com a Orima e eles é que têm de enviar a caixa, depois telefonam para si'.
    Duas semanas passadas e nada. Ligo para a Orima, ora sô dona cliente, você é que tem de arranjar a caixa, tá bem? Sim senhora. Eu como infelizmente trabalho, tenho pouco tempo até para ir aos ctt ou ikea comprar uma caixa. Ainda espreitei em caixotes do lixo, mas não tive sorte.

    Passou-se mais uma semana, lá arranjei uma caixa e pedi por email que o viessem levantar. No dia a seguir, cá estava o senhor da transportadora, 'agora sim senhora'. Vieram buscar sexta-feira, recebi-o hoje, quinta-feira. Nem uma semana, excelente. Mas falarem comigo, nada. Nem com o aspirador veio nada a que se pareça um relatório de reparação. Apenas uma carta tipo factura, em que diz a referência do aspirador e em letras maiúsculas REPARAÇÃO.

    Telefonei, afinal queria saber o que é que o gajo tinha. Mesmo problema. Substituíram o motor e agora vieram-me com a conversa dos filtros. Eu que limpo e lavo SEMPRE os filtros depois de utilizar o aspirador, fui informada que fazia má manutenção do aspirador, que tenho que comprar os filtros de vez em quando e vejam lá, que até são baratos! Ora, de Agosto a Outubro do ano passado - e já que o problema era o mesmo - era suposto eu em dois meses ter que comprar filtros novos? E agora passados 7 meses, também?

    Das duas uma, ou isto precisa de muita manutenção, ou alguma coisa está errada.
    O aspirador em questão é este:
    http://www.cajaf.pt/product.php?id_product=1432

    Não estou satisfeita com o aspirador, muito menos com o serviço de assistência que se mostrou sempre muito vagaroso e agora a culpar-me a mim pela má manutenção do dito cujo. Já 'ameacei' que se isto voltar a acontecer, quero o dinheiro de volta, mas vieram-me com a conversa que não devolvem o dinheiro mas que se ainda estiver dentro da garantia, resolvem - também pudera! Eles têm mesmo razão? O avariar constante, e sendo o problema o mesmo, não dá direito à devolução?

    Se soubesse o que sei hoje, tinha comprado um aspirador com saco, dos mais primários.
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      FD
    • 11 julho 2013

     # 2

    Colocado por: imbsEles têm mesmo razão? O avariar constante, e sendo o problema o mesmo, não dá direito à devolução?

    Ao vendedor pode exigir a devolução do dinheiro:

    Artigo 3.º
    Entrega do bem
    1 — O vendedor responde perante o consumidor por qualquer falta de conformidade que exista no momento em que o bem lhe é entregue.
    2 — As faltas de conformidade que se manifestem num prazo de dois ou de cinco anos a contar da data de entrega de coisa móvel corpórea ou de coisa imóvel, respectivamente, presumem -se existentes já nessa data, salvo quando tal for incompatível com a natureza da coisa ou com as características da falta de conformidade.

    Artigo 4.º
    Direitos do consumidor
    1 — Em caso de falta de conformidade do bem com o contrato, o consumidor tem direito a que esta seja reposta sem encargos, por meio de reparação ou de substituição, à redução adequada do preço ou à resolução do contrato.
    2 — Tratando -se de um bem imóvel, a reparação ou a substituição devem ser realizadas dentro de um prazo razoável, tendo em conta a natureza do defeito, e tratando-se de um bem móvel, num prazo máximo de 30 dias, em ambos os casos sem grave inconveniente para o consumidor.
    3 — A expressão «sem encargos», utilizada no n.º 1, reporta -se às despesas necessárias para repor o bem em conformidade com o contrato, incluindo, designadamente, as despesas de transporte, de mão -de -obra e material.
    4 — Os direitos de resolução do contrato e de redução do preço podem ser exercidos mesmo que a coisa tenha perecido ou se tenha deteriorado por motivo não imputável ao comprador.
    5 — O consumidor pode exercer qualquer dos direitos referidos nos números anteriores, salvo se tal se manifestar impossível ou constituir abuso de direito, nos termos gerais.
    6 — Os direitos atribuídos pelo presente artigo transmitem -se a terceiro adquirente do bem.

    http://www.dre.pt/pdf1sdip/2008/05/09800/0288802894.PDF

    Ao produtor porém (fabricante/representante/importador), apenas pode exigir a reparação ou substituição:

    Artigo 6.º
    Responsabilidade directa do produtor
    1 — Sem prejuízo dos direitos que lhe assistem perante o vendedor, o consumidor que tenha adquirido coisa defeituosa pode optar por exigir do produtor a sua reparação ou substituição, salvo se tal se manifestar impossível ou desproporcionado tendo em conta o valor que o bem teria se não existisse falta de conformidade, a importância desta e a possibilidade de a solução alternativa ser concretizada sem grave inconveniente para o consumidor.
    2 — O produtor pode opor -se ao exercício dos direitos pelo consumidor verificando -se qualquer dos seguintes factos:
    a) Resultar o defeito exclusivamente de declarações do vendedor sobre a coisa e sua utilização, ou de má utilização;
    b) Não ter colocado a coisa em circulação;
    c) Poder considerar -se, tendo em conta as circunstâncias, que o defeito não existia no momento em que colocou a coisa em circulação;
    d) Não ter fabricado a coisa nem para venda nem para qualquer outra forma de distribuição com fins lucrativos, ou não a ter fabricado ou distribuído no quadro da sua actividade profissional;
    e) Terem decorrido mais de 10 anos sobre a colocação da coisa em circulação.

    http://www.dre.pt/pdf1sdip/2008/05/09800/0288802894.PDF
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      imbs
    • 11 julho 2013

     # 3

    Engraçado que a primeira vez que reclamei, via email, sei não ser a forma mais formal, mas enfim, enviei para o vendedor e para o fabrincante, sendo que o vendedor nem sequer me respondeu.

    Mas se voltar a acontecer, é o que farei.
    Obrigada FD.
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      FD
    • 11 julho 2013

     # 4

    E o coiso custou 55€ (ou lá perto)?
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      imbs
    • 11 julho 2013

     # 5

    Colocado por: FDE o coiso custou 55€ (ou lá perto)?


    Não, em Agosto do ano passado o melhor que consegui foi 89€.
 
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