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  1. Colocado por: enf.magalhaes"É inacreditável que se diga que o que arde em Portugal é floresta. Não é. O que arde são bosques, são zonas com tantas árvores por hectare que ninguém lá consegue passar", defende António Campos ao JN. Completa que qualquer floresta noutros países não tem mais do que 1400 árvores por hectare, enquanto em Portugal há hectares com 10 mil árvores.

    O ano passado passei por terras dos "nuestros hermanos", e vi bosques piores que os Portugueses, em encostas que metiam medo, e engraçado, não ardem(tanto)!!
  2. Caros foristas;
    Sou residente no concelho de Tábua, distrito de Coimbra, um dos concelhos mais fostigados pela passagem dos incêndios do passado Domingo e segunda feira, possivelmente com uma área "florestal" ardida no seu concelho superior a 50%.
    O orgulho e o gosto pela nossa região era grande, e Tábua começava a estar na "moda" a taxa de dormidas aumentara e o turismo estava em ascensão, disse eu algumas vezes que era região mais bonita de Portugal, tinhamos uma paisagem única e invejável sendo essa a nossa maior riqueza, a qualidade de vida por cá era boa, a taxa de desemprego era baixa e notava-se claramente alegria no rosto das gentes que por cá habitam.

    Ainda antes do amanhecer de Domingo deflagraram incêndios de grandes dimensões, Lousã, incêndio a cerca de 50km da região, e Seia a 30km, mais tarde a meio da manhã, Oliveira do Hospital tem um incêndio nascente no limite do seu concelho com Seia, os meios de combate das corporações locais foram empenhados naqueles teatros de operações, na tentativa de dominar as chamas com o princípio da proteção de pessoas e bens... ao início da trade deflagram 2 grandes incêndios quase à mesma hora no concelho de Arganil em duas encostas da serra do Açor, por aquilo que ouvi, a situação era já incontrolável mesmo ainda antes dos bombeiros lá chegarem, e ao que sei não havia meios de reforço disponíveis para aqueles locais, ou seja serião as corporações locais a fazer o que podiam, o vento começou a instalar-se por volta das 16h, começando a caír folhas e ramos queimados vindos não sei de onde, a região ficou coberta de várias colunas de fumo ficando a sensação de estar a ficar de noite.

    Por volta das 19h instala-se o caus na região, ventos ciclonicos fazem propagar o incêndio em todas as direções, "milhares" de projecções provocam novos incêndios várias frentes de fogo de grande energia varriam tudo o que apanhavam á frente, invadindo até mesmo o centro das aldeias, a velocidade do incêndio não dava tempo para pensar/planear o que quer que fosse. Não havia bombeiros que chegassem sequer para acalmar as chamas, às pessoas restou apenas esconderem-se ou de uma forma mais defensiva protegendo os seus bens com a pouca água da rede pública que ainda restava, a balde ou com recurso a mangueiras.
    Apartir daquele momento tudo foi abaixo, as telecomunicações quer fossem fixas ou móveis foram as primeiras a ceder, depois a energia eléctrica, por fim e muito rapidamente a água da rede pública, água essa que é comum ás bocas de incêndio e marcos de água, os poucos bombeiros não tinham como abastecer os veículos, tiveram de recorrer a tanques e piscinas mais próximos, que eu saiba nenhuma captação de água detém gerador a fim de manter o nível de água dos depósitos da rede pública com mínimos admissíveis por falta de energia na rede eléctrica.

    Fala-se tanto nas árvores autocnes, que servem de barreira ao fogo, havia algumas áreas com carvalhos e sobreiros mas isso de nada serviu à fúria das chamas, ardeu tudo o que era árvore, até mesmo uma palmeira de jardim no meio da povoação sem ter rama, apenas com o tronco, começou de arder no topo sem nada ao seu redor, reparem até mesmo os terrenos e as bermas das estradas que estavam limpas arderam, não há palavras para descrever tal cenário, só visto porque contado é difícil de acreditar.

    Algo que custa a acreditar é o número tão elevado de habilitações no meio das povoações totalmente ou parcialmente destruídas, criando algumas famílias desalojadas, realojadas em casa de familiares ou temporáriamente em casas emprestadas, e num caso isolado dentro de uma carrinha (por opção própria penso eu) 2 cidadãos de origem estrangeira residentes em Portugal que ficaram sem seus documentos de identificação (passaporte). Haverá muitos e muitos mais casos, semelhantes mas são os que conheço actualmente.
    Os incêndios das habitações começaram principalmente nas coberturas, estruturas de suporte em madeira altamente seca que quando em contacto com as várias partículas incandescentes inflamaram-se, quando os bombeiros chegavam ainda havia a esperança de minimizar estragos mas a velocidade de propagação era tão grande para os meios existentes que acabava por ser tudo consumido.
    Barracões, casas devolutas, palácios de brasões isso então foi uma razia...
    Concordam com este comentário: Sergio Rodrigues
    Estas pessoas agradeceram este comentário: eu
    • eu
    • 22 outubro 2017
    Obrigado pelo testemunho. Isto podia ter sido escrito por um habitante de Penacova, Arganil, Tondela, Vouzela ou Marinha grande. Aconteceu o mesmo um pouco por toda a zona centro.

    Destaco isto:

    Colocado por: C. Loboventos ciclonicos fazem propagar o incêndio em todas as direções, "milhares" de projecções provocam novos incêndios várias frentes de fogo de grande energia varriam tudo o que apanhavam á frente, invadindo até mesmo o centro das aldeias, a velocidade do incêndio não dava tempo para pensar/planear o que quer que fosse


    Colocado por: C. LoboFala-se tanto nas árvores autocnes, que servem de barreira ao fogo, havia algumas áreas com carvalhos e sobreiros mas isso de nada serviu à fúria das chamas, ardeu tudo o que era árvore, até mesmo uma palmeira de jardim no meio da povoação sem ter rama, apenas com o tronco, começou de arder no topo sem nada ao seu redor, reparem até mesmo os terrenos e as bermas das estradas que estavam limpas arderam,
  3. Colocado por: euDestaco isto:

    Eu destaco isto:


    Colocado por: C. LoboFala-se tanto nas árvores autocnes, que servem de barreira ao fogo, havia algumas áreas com carvalhos e sobreiros mas isso de nada serviu à fúria das chamas, ardeu tudo o que era árvore


    Colocado por: enf.magalhaesNo domingo, o fogo esteve próximo dos seus terrenos em Oliveira do Hospital, mas apenas três árvores arderam. "Tinha uma bordadura de carvalhos a proteger os meus terrenos, que estavam rodeados de eucaliptais e pinhais de terrenos vizinhos", aponta
  4. Colocado por: C. LoboAinda antes do amanhecer de Domingo deflagraram incêndios de grandes dimensões, Lousã, incêndio a cerca de 50km da região, e Seia a 30km, mais tarde a meio da manhã, Oliveira do Hospital tem um incêndio nascente no limite do seu concelho com Seia,

    E não acha isto estranho??
    Antes do amanhecer deflagram incêndios de grandes dimensões, como? Muito antes das temperaturas extremas e dos ventos fortes, afinal parece que o mal já lá estava...
  5. Aqui na minha região, felizmente, não tem havido grandes incêndios, e os que há acabam por ser controlados com facilidade. Isto deve-se ao facto de a maioria dos terrenos estarem cultivados com oliveiras e videiras na "terra quente" e castanheiro na "terra fria".

    Há 28 anos houve uma tentativa da Soporcel para "invadir" os terrenos com o eucalipto, tal como aconteceu um pouco por todo o país com o incentivo do governo da altura, mas por aqui não somos dóceis a defender o que é nosso! :) https://www.noticiasmagazine.pt/2017/valpacos-luta-eucaliptos/

    Neste momento, que eu conheça, não sei de um único eucalipto que exista neste concelho.
    Concordam com este comentário: Anonimo16062021
  6. Será que em muitos outros locais onde o eucalipto proliferou, não existiriam outro tipo de culturas agrícolas rentáveis? Será que se a população tivesse resistido como este exemplo não teríamos o interior do país mais agrícola e mais povoado? Será que este flagelo dos incêndios atingiria as proporções que vemos...?
  7. Colocado por: j cardosohttps://www.noticiasmagazine.pt/2017/valpacos-luta-eucaliptos/
    Concordam com este comentário:ghost12


    Coloquei esse link acima...
    • luisvv
    • 23 outubro 2017 editado
    https://www.google.pt/url?sa=t&rct=j&q=&esrc=s&source=web&cd=1&cad=rja&uact=8&ved=0ahUKEwi2juGY2obXAhXLPxQKHTqdAr8QFggmMAA&url=https%3A%2F%2Flink.springer.com%2Farticle%2F10.1051%2Fforest%2F2009013&usg=AOvVaw0vzXdJuPJHD_2meYxQbxDK

    Abstract

    • Fire management activities can greatly benefit from the description of wildland fuel to assess fire hazard.

    • A forest typology developed from the Portuguese National Forest Inventory that combines cover type (the dominant overstorey species) and forest structure defined as a combination of generic stand density (closed or open) and height (low or tall) is translated into fuel models. Fire behaviour simulations that accounted for the fire environment modification induced by stand structure resulted in an objective and quantitative assessment of fire hazard for 19 forest types.

    • The range of fire risk is similar between and within cover types. Stand structure, rather than cover type, is the major determinant of fire vulnerability. This indicates a potentially prominent role of stand and fuel management in wildfire mitigation. Four fire hazard groups are defined: (1) open and tall forest types, and closed and tall Quercus suber and diverse forests; (2) closed, low woodlands of deciduous oaks, Q. suber and diverse forests, closed and tall Pinus pinaster woodland and tall Eucalyptus globulus plantations; (3) open and low forest types; (4) dense low stands of P. pinaster, E. globulus and Acacia. Potential fire risk increases from (1) to (4).
  8. No tempo da austeridade o xôr Passos só fazia cortes brutais. Depois vieram as reduções fofinhas.
    Como dizia o MST após Pedrogão durante 4 meses as reuniões da geringonça só tratavam de aumentos de salários, horas extraordinárias, redução de horas de trabalho. E nós vamos pagando e rindo.
      investimento-oe.jpg
  9. Tenho andado na ajuda à reconstrução das 3 casas (para já uma delas) que arderam na família.
    Basta um fim de semana fora para isto acrescentar uma data de páginas de modo que nem sei o que se tem dito por aqui.
    Por lá está tudo convencido que não vale a pena esperar por "apoios" e é mãos à obra que a malta não pode ficar meses na rua. Os apoios verdadeiros é entre vizinhos ...
    Em vez de se perder tempo e manifs deviam era arregaçar as mangas e trabalhar na recuperação.
    Concordam com este comentário: jmcxl, rafaelisidoro, C. Lobo
    • eu
    • 23 outubro 2017
    Colocado por: CarvaiNo tempo da austeridade o xôr Passos só fazia cortes brutais. Depois vieram as reduções fofinhas.

    Afinal o Carvai é a favor do aumento da despesa pública ou não?
  10. Mais importante: afinal o Costa estava ou não a brincar quando criticava os cortes do Passos (já que os deles são mais expressivos)?

    E continua na brincadeira quando persiste em dizer que virou a página da austeridade, continuando a aumentar a carga fiscal?
  11. Colocado por: pedromdf...Em vez de se perder tempo e manifs deviam era arregaçar as mangas e trabalhar na recuperação


    Acho que ambas as coisas são importantes, não contraditórias e nem sequer exclusivas.
    Claro que no terreno toda a ajuda é importante.
    Mas se nós continuarmos, sistematicamente a arregacar maos a obra a recuperar o que alguem estragou, e não manifestarmos a nossa indignação perante o poder vigente, e até a nossa revolta, quem as faz continuara a faze-las.
    Agora numa situacao destas ha que saber manifestar-se, e isso passa por algo apartidario sobre o assunto em causa.
    Concordam com este comentário: Bricoleiro
    • eu
    • 24 outubro 2017
    Colocado por: euAfinal o Carvai é a favor do aumento da despesa pública ou não?


    Colocado por: J.Fernandesafinal o Costa estava ou não a brincar quando criticava os cortes do Passos (já que os deles são mais expressivos)?


    Em ambos os casos, são manifestações de pura incoerência...
    • eu
    • 24 outubro 2017 editado
    Colocado por: J.Fernandescontinuando a aumentar a carga fiscal?

    O IRS tem baixado... a sobretaxa acabou...

    No global, parece-me que a carga fiscal sobre a classe média tem baixado, e bem...
 
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