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  1.  # 21

    Colocado por: luisvv

    Bom, então está na altura de se assumir que os bancos são para cair, e que os depósitos não são depósitos, são para se esfumarem. Porque, assim de repente, um pequeno banco como o Banif tem cerca de 8 mil milhões em depósitos, e não é preciso ser economista para saber que o Fundo de Garantia não tem sequer uma pequena parte deste valor disponível.


    Oh Colega.... qual é o futuro de um banco como o BANIF? hoje ( ja ha muitos dias) esta a valer 1 centimo cada acção....noutros tempos ja tinha sido alvo de uma OPA....mas nem para isso ninguem se chega a frente!
  2.  # 22

    Se é demasiado grande para poder cair também é demasiado grande para ser privado, ou não?


    Porquê, sendo do Estado não cai?
  3.  # 23

    Está a fugir à questão.Se for do estado pode cair, claro. Cai aquilo que é do estado e onde está o dinheiro de todos - mas enquanto durar também os posíveis lucros os são. Esta alternativa é não deixar cair o que é de alguns com o dinheiro de todos. É isto o liberalismo?
  4.  # 24

    Como chegou a esse valor, luis?


    Foi uma estimativa por baixo. Afinal, são 60%.
  5.  # 25

    Oh Colega.... qual é o futuro de um banco como o BANIF? hoje ( ja ha muitos dias) esta a valer 1 centimo cada acção....noutros tempos ja tinha sido alvo de uma OPA....mas nem para isso ninguem se chega a frente!


    Não é isso que está em causa. O Banif serviu apenas como referência para o tamanho do estrago.
    • Neon
    • 7 outubro 2013

     # 26

    Colocado por: luisvvFoi uma estimativa por baixo. Afinal, são 60%.


    Mas o luis esta a extrapolar dados globais com o caso especifico do Banif, será correcto?
  6.  # 27

    Está a fugir à questão.Se for do estado pode cair, claro. Cai aquilo que é do estado e onde está o dinheiro de todos - mas enquanto durar também os posíveis lucros os são. Esta alternativa é não deixar cair o que é de alguns com o dinheiro de todos. É isto o liberalismo?


    A alternativa é de facto deixar cair e pronto.
    Mas acima de tudo acabar com a ficção da garantia dos depósitos até 100.000 euros, porque é fácil de ver que, tomando como referência isto:

    Apesar destes clientes serem responsáveis por depósitos no valor de 65,6 mil milhões de euros, ou 41% do total depositado em Portugal,


    Se os depósitos acima de 100.000 euros totalizam 65,6 mil milhões de euros e correspondem a 41% do total de depósitos, o valor coberto pelo FGD serão uns estonteantes 95 mil milhões.

    É fácil de ver que não existe garantia nenhuma, ponto final.
    • luisvv
    • 7 outubro 2013 editado

     # 28

    Mas o luis esta a extrapolar dados globais com o caso especifico do Banif, será correcto?


    Não. Estava a pegar num banco menor e a tentar dar a dimensão do universo em causa. Entretanto, com 5 minutos no Google encontrei dados globais: 65 mil milhões de euros correspondentes a 41% dos depósitos bancários estão excluídos do FGD. Regra de três simples, os restantes 59% correspondem portanto a cerca de 95 mil milhões de valores garantidos pelo FGD.

    Correcção: segundo o relatório e contas do FGD:
    3. DEPÓSITOS DE TITULARES ABRANGIDOS PELA GARANTIA DO
    FUNDO2
    A 31 de Dezembro de 2011, o número total de depositantes abrangidos pela garantia do FGD ascendia
    a cerca de 16,4 milhões e o montante total de depósitos cobertos pela garantia do FGD – i.e. depó-
    sitos de titulares abrangidos, contabilizados apenas até ao limite de 100 000 euros – ascendia a cerca
    de 111 570 milhões de euros.


    Aparentemente, são 71% do valor dos depósitos. Assumindo que no Banif a distribuição é semelhante à média, 71% de 8 mil milhões são 5.75 mil milhões de euros - e trata-se de um pequeno banco.
    • Neon
    • 7 outubro 2013

     # 29

    Colocado por: luisvvSe os depósitos acima de 100.000 euros totalizam 65,6 mil milhões de euros e correspondem a 41% do total de depósitos, o valor coberto pelo FGD serão uns estonteantes 95 mil milhões.

    É fácil de ver que não existe garantia nenhuma, ponto final.


    Mas o luis está a ser tendencioso...indirectamente está a associar que toda o sistema bancário vai por agua abaixo.

    Essa é a história do papão, que sempre nos venderam para justificar a **** que querem fazer. A velha historia do efeito sistémico...bah
    • adias
    • 7 outubro 2013 editado

     # 30

    Colocado por: luisvvSe os depósitos acima de 100.000 euros totalizam 65,6 mil milhões de euros e correspondem a 41% do total de depósitos, o valor coberto pelo FGD serão uns estonteantes 95 mil milhões.


    Excepto.... se...
    levarmos em conta que se os bancos falirem, não se esfumam todos os activos que eles tem. Que estes serão chamados a garantir os depósitos.
    Em caso de falencia de vários bancos, estimo que os custos para o fundo de garantia sejam bem aceitáveis.
    Bem menos escandalosos que os 5 mil milhões dados ao BPN e mil milhoes dados ao BANIF, esses sim, esfumados.

    Entre o fundo, o estado ou o BCE, enfim nós, terem de garantir 20 ou 30 mil milhões para os depósitos ou termos de pagar 6 mil milhões para garantir a fortuna de uns poucos corruptos, prefiro garantir os depósitos de uma larga maioria honesta.

    Entre perder 20 e ter alguma capacidade de exigir o mercado imobiliário racionalizar, alguns corruptos presos, alguns agiotas presos ou perder 10 para continuar a alimentar uma profunda malha podre que liga banqueiros ao poder de decisão, prefiro perder 20.
  7.  # 31

    Mas o luis está a ser tendencioso...indirectamente está a associar que toda o sistema bancário vai por agua abaixo.

    Não, de todo. Estou a dar-lhe um exemplo de um banco pequeno, e do que significaria accionar uma garantia para os depósitos até 100.000 euros.
    Também do relatório e contas de 2011 do FGD :
    Em 31 de Dezembro de 2011, os recursos próprios o Fundo totalizavam 1 397,0 milhões de euros, o que significa um aumento de 43,0 milhões de euros (3,2%) comparativamente ao final de 2010


    Essa é a história do papão, que sempre nos venderam para justificar a **** que querem fazer. A velha historia do efeito sistémico...bah


    Só há uma solução para o fim do papão: acabar com a ficção.
  8.  # 32

    Colocado por: j cardosoCai aquilo que é do estado e onde está o dinheiro de todos - mas enquanto durar também os posíveis lucros os são.

    Acha que o cidadão comum ganha alguma coisa com eventuais lucros de bancos públicos? Veja-se o caso da CGD que quando não precisa que o tesouro nacional faça aumentos de capital, serve para financiar brilhantes ideias de novas áreas de negócios, saídas de brilhantes cabeças amigas de governantes, que têm tanto de inovador como de ruinoso; ou servem para financiar empresas em pré-falência para aguentarem mais uns meses sem despedimentos até às eleições; ou servem ainda para comprarem imóveis do estado para se reduzir o défice orçamental. Em suma, servem para nos enterrar ainda mais no lodo.
    Concordam com este comentário: eu
    • Neon
    • 7 outubro 2013

     # 33

    Colocado por: adiaslevarmos em conta que se os bancos falirem, não se esfumam todos os activos que eles tem. Que estes serão chamados a garantir os depósitos.


    uiiii , o estado e a malta da alta finança papam isso em 3 tempos.
  9.  # 34

    Acha que o cidadão comum ganha alguma coisa com eventuais lucros de bancos públicos? Veja-se o caso da CGD que quando não precisa que o tesouro nacional faça aumentos de capital, serve para financiar brilhantes ideias de novas áreas de negócios, saídas de brilhantes cabeças amigas de governantes, que têm tanto de inovador como de ruinoso; ou servem para financiar empresas em pré-falência para aguentarem mais uns meses sem despedimentos até às eleições; ou servem ainda para comprarem imóveis do estado para se reduzir o défice orçamental. Em suma, servem para nos enterrar ainda mais no lodo.

    A CGD é o que quiseram fazer dela, ou acha que uma gestão séria não é possível só porque é pública? Não sendo bom, continuo a achar bem pior ter financiar a banca privada, também essa um antro de negócios ruinosos - para não dizer ilegais - e um antro de promiscuidade com o poder político. Não aguentam? Que caiam!
    • Neon
    • 7 outubro 2013

     # 35

    Colocado por: luisvv
    Não, de todo. Estou a dar-lhe um exemplo de um banco pequeno, e do que significaria accionar uma garantia para os depósitos até 100.000 euros.
    Também do relatório e contas de 2011 do FGD :


    Eu vi esse relatório, ainda assim para o que estamos a falar vale batatas.

    Obviamente que se amanha todos os bancos estiverem falidos não existe "garantia" para ninguém. ponto final. parágrafo.
    Nem em Portugal, nem na maioria dos países ditos "civilizados".
    No entanto a possibilidade de isso acontecer é ínfima (apesar de nos quererem fazer crer a todos que não). o Luis sabe melhor do que eu que há BANCOS e há bancos. Por esse mundo fora existem falências de bancos e ainda não vi que tenha sido decretado o fim do sistema bancário.
    Agora se me demonstrar que o fundo de garantia não cobre o caso de falência do Banif, ai tiro-lhe o chapéu seu guruzão da desgraça :)


    Todos sabemos, o que está por trás desta historia do lobo mau.

    Já agora só por mera curiosidade, qual a notação das agências de rating á divida dos EUA, perante os últimos acontecimentos?
    • mog
    • 7 outubro 2013

     # 36

    Fala-se muito da questão da garantia dos depósitos mas esquece-se de um pequeno pormenor: muita boa gente subscreveu (e continua a subscrever) produtos bancários como se de depósitos se tratassem e que não estão garantidos por coisa nenhuma. Estamos a falar de pessoas com baixíssima literacia financeira a quem lhes é prometida uma rentabilidade maior (não necessariamente grande ) e que nem se dão conta dos riscos associados. Não estamos a falar só de milhões, estamos a falar de pequenas poupanças conseguidas ao longo de uma vida de trabalho. Por isso nunca fui tão severo quanto isso no que respeita às críticas da nacionalização do BPN: muita gente simples teria ficado sem nada, e não apenas os tubarões.

    Pronto... desculpem lá o desabafo.
  10.  # 37

    Colocado por: Neon
    Mas o luis está a ser tendencioso...indirectamente está a associar que toda o sistema bancário vai por agua abaixo.

    Essa é a história do papão, que sempre nos venderam para justificar a **** que querem fazer. A velha historia do efeito sistémico...bah


    O sistema que permite que a quantidade de dinheiro que tem vindo a ser criado está condenado a falhar, mais tarde ou mais cedo. Algo vai ter de ser alterado na estrutura do sistema. No limite o sistema pode-se manter tal e qual como está mas havendo hiper inflação. Nada aguenta um crescimento com um ritmo exponencial e o sistema actual depende dele.



    http://dollardaze.org/blog/?post_id=00653
    Concordam com este comentário: eu
  11.  # 38

    Colocado por: j cardosoA CGD é o que quiseram fazer dela, ou acha que uma gestão séria não é possível só porque é pública?

    A CGD é o que os governos quiserem fazer dela, ou seja é mais uma ferramenta para se ganharem eleições. Não é uma questão de ter ou não uma gestão séria, a questão é que quem manda nela faz o que é racional fazer - usá-la em proveito próprio - tanto mais que o estado aí está para roubar, extorquir e enra...r os accionistas sempre que for necessário mais capital.

    Colocado por: j cardosoNão sendo bom, continuo a achar bem pior ter financiar a banca privada, também essa um antro de negócios ruinosos - para não dizer ilegais - e um antro de promiscuidade com o poder político. Não aguentam? Que caiam!

    Aqui estamos de acordo, em circunstância nenhuma um banco privado deveria ser resgatado com dinheiros públicos. Não há razão nenhuma para todos nós termos de assumir os prejuízos de riscos que foram tomados por accionistas, investidores e depositantes de bancos falidos.
    Concordam com este comentário: maria rodrigues
    • eu
    • 7 outubro 2013

     # 39

    Colocado por: danobregaNada aguenta um crescimento com um ritmo exponencial

    E nós sabemos como acabam os sistemas instáveis de crescimento exponencial. O que me assusta é que vai ser tudo muito rápido e à escala global.
  12.  # 40

    Colocado por: J.FernandesNão é uma questão de ter ou não uma gestão séria, a questão é que quem manda nela faz o que é racional fazer - usá-la em proveito próprio - tanto mais que o estado aí está para roubar, extorquir e enra...r os accionistas sempre que for necessário mais capital.


    Se é assim tão mau negócio os accionistas podem vender as acções, ou não?
 
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