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1. • Ramiro Costa
   • 25 fevereiro 2014

    # 1

   Amigos,
   
   Tenho um armazém devoluto aqui na área de Lisboa.
   
   Surgiu-me hoje a hipótese de o poder alugar, mas apenas por 1 mês. O interessado é uma grande empresa, que vai receber, por navio, uma mercadoria já para a semana e não tem onde a colocar.
   Notei que há uma grande urgência por parte deles (pediram-me resposta para amanhã!), mas que também querem fazer tudo legalmente, pois, evidentemente, querem o recibo de aluguer para as suas contas.
   
   Só que eu fiquei um pouco sem saber o que fazer... Fazer um contrato de arrendamento apenas por 1 mês? Registá-lo nas finanças? Quem trata da água e da luz (estão ambos desligados)? Essas coisas...
   
   Os amigos, o que me aconselham fazer?
2. • Estrumpf
   • 25 fevereiro 2014

    # 2

   Não arrende, ou então peça um valor correspondente a 6 meses.
3. • Ramiro Costa
   • 25 fevereiro 2014

    # 3

   Colocado por: EstrumpfNão arrende, ou então peça um valor correspondente a 6 meses.

   
   
   Tomara eu arrendar o armazém por 6 meses!...
   
   Entre ter o armazém fechado ou alugá-lo, mesmo que por um mês... prefiro receber algum, como é lógico! O diretor da empresa disse-me até que poderão ser dois meses, mas foi muito franco comigo e disse-me que esta situação era pontual/extraordinária, e que portanto não iria para além disso.
   
   Estamos a falar de uma renda na ordem dos 4.500€/mês, logo... não é de "deitar fora"! (Eu sei que o Estado vai buscar uma "grossa fatia" em impostos, mas mesmo assim...)
   E depois é a velha história, se não me alugarem a mim, não faltam armazém vazios naquela área onde eles possam alugar. Infelizmente, está assim...
   
   Sinceramente, julgo que seria uma oportunidade para mim, contudo, não sei o que hei-de fazer em termos "legais". Eles querem "Recibo" (e eu também, já que gosto de tudo legal) e eu não sei se posso/devo fazer com eles um contrato de arrendamento por 1 mês (ou dois) e se o posso/devo registar nas Finanças.
   
   Esta é uma situação inédita para mim e eu não sei como devo proceder.
   Por exemplo, este "contrato de arrendamento" por apenas 1 mês deve ser redigido tal e qual os contratos de arrendamento "normais" ou será que deve ser diferente? Em quê?
   Será que me devo acautelar de alguma forma?
   
   Poderão dar-me um conselho de como devo fazer?
4. • size
   • 25 fevereiro 2014 ^editado

    # 4

   Pode e deve, formalizar o contrato de arrendamento por escrito, por prazo certo de 1 mes, ou 2 e proceder ao pagamento do respectivo imposto de selo junto das Finanças.
   É a forma normal e correcta de o fazer, sendo irrelevante o prazo do mesmo.
   
   Depois, é fazer a declaração do rendimento no anexo F do modelo 3 em sede de IRS respeitante ao ano de 2014.

   Concordam com este comentário: JOCOR

   Estas pessoas agradeceram este comentário: Ramiro Costa
5. • Ramiro Costa
   • 26 fevereiro 2014

    # 5

   Colocado por: sizePode e deve, formalizar o contrato de arrendamento por escrito, por prazo certo de 1 mes, ou 2 e proceder ao pagamento do respectivo imposto de selo junto das Finanças.
   É a forma normal e correcta de o fazer, sendo irrelevante o prazo do mesmo.
   
   Depois, é fazer a declaração do rendimento no anexo F do modelo 3 em sede de IRS respeitante ao ano de 2014.

   Concordam com este comentário:JOCOR

   
   
   E como escrevo no contrato, por exemplo, no cabeçalho "CONTRATO DE ARRENDAMENTO COM PRAZO CERTO ( 1 MÊS )" ??
   E caso de eles necessitarem ficar mais 1 mês? Devo colocar uma alinea a dizer que o contrato pode ser prorrogável por iguais períodos? Quantos?...
   
   Não tenho grande experiência com contratos de arrendamento e este vai fugir muito ao que é normal nestes casos. Por outro lado, se vou pedir a um advogado para o redigir, então aí é que se vai o "lucro" todo... porque eles levam uma "pipa de massa" seja pro que for.
   
   Estou um bocadinho atrapalhado, sem saber o que fazer, e tenho que dar a resposta já amanhã...
6. • JOCOR
   • 26 fevereiro 2014

    # 6

   Colocado por: Ramiro Costaporque eles levam uma "pipa de massa" seja pro que for.
   

   
   O "Erga" já aqui disse que leva 30 euros ... :)
   
   
   

   Colocado por: Ramiro Costacomo escrevo no contrato, por exemplo, no cabeçalho "CONTRATO DE ARRENDAMENTO COM PRAZO CERTO

   
   Por exemplo.
   
   
   

   Colocado por: Ramiro CostaDevo colocar uma alinea a dizer que o contrato pode ser prorrogável por iguais períodos?

   
   Pode; mas isso deve combinar antecipadamente com o inquilino. E, se for necessário, depois do prazo acabado também pode acordar a continuação do contrato. Sendo assim, é preferível não ficar escrito no contrato um limite para as eventuais renovações do mesmo (senão lá vão mais outros 10% para as Finanças.
   
   
   

   Colocado por: Ramiro Costatenho que dar a resposta já amanhã...

   
   Daqui a 2 minutos estamos em amanhã. Já lhes pode responder.

   Estas pessoas agradeceram este comentário: Ramiro Costa
7. • Ramiro Costa
   • 26 fevereiro 2014

    # 7

   Registo o seu sentido de humor, JOCOR, mas o assunto é sério.
   Como o interessado é uma grande empresa conhecida, eles devem ter advogado para redigir o contrato de arrendamento. Assim a estratégia que vou seguir vai ser: 1- Chegar a acordo com a renda (o busílis principal). 2- Depois, havendo acordo, vou atirar o contrato para o advogado deles, dizendo que depois de estar redigido o apreciarei. Penso que assim é melhor.
   Mas 1 temos que nos acertar com a renda, apesar desta ser única e espero que "à cabeça".
8. • JOCOR
   • 26 fevereiro 2014

    # 8

   Colocado por: Ramiro Costaespero que "à cabeça".

   
   Terá que ser adiantada (em contrato de 1 ou 2 meses).
   
   
   

   Colocado por: Ramiro Costaeles devem ter advogado para redigir o contrato

   
   Assim você já poupou 30 euros.
9. • Ramiro Costa
   • 26 fevereiro 2014

    # 9

   Colocado por: JOCOR
   Assim você já poupou 30 euros.

   
   Não se trata de "poupar". O facto é que, muito possivelmente, faça eu o contrato que fizer, eles terão de o rever e introduzir alterações. Assim, prefiro ser eu a analisar o contrato (redigido pelo advogado deles) e ser eu a introduzir as alterações que achar convenientes.
   De qualquer forma, esta questão formal do contrato ainda é o mesmo, porque se as coisas forem como eu pretendo (a renda única paga no acto de entrega da chave e um prazo de duração de 1 mês renovável por igual período), o caso é tão simples e curto no tempo, que nem há muito a escrever.
   A questão principal será mesmo o valor deste pagamento único (nem lhe vou chamar renda). Há pouco estive ao telefone com o diretor da empresa e combinamos um almoço para daqui a pouco. Nessa altura discutiremos os números e condições e, penso, tudo ficará resolvido. Vejo que há interesse por parte deles e, por mim, também me interessa, portanto...
10. • Joao Dias
    • 26 fevereiro 2014 ^editado

     # 10

    ...
11. • loverscout
    • 26 fevereiro 2014

     # 11

    Colocado por: Joao DiasAntes de mais sabe de que mercadoria se trata?

    
    
    se ficar tudo legal, no aluguer..... que interessa isso?
    
    ate podem ser kilos e kilos kilos de coca.....o senhorio nem pode aceder ao imovel durante o aluguer, sem autorização..... nao vejo o problema?!!!
12. • Joao Dias
    • 26 fevereiro 2014 ^editado

     # 12

    ...
13. • Ramiro Costa
    • 26 fevereiro 2014 ^editado

     # 13

    Colocado por: Joao Dias
    Você só pode estar a brincar!!!
    Eu até explicava mas sendo assim limito-me a dizer que dependendo da mercadoria e seu volume a taxa de stockagem em Porto poderia ser consideravelmente mais baixa do que os tais 4.500,00€ tornando-se assim um arrendamento "isquisito"... Mas pronto siga para a frente.

    
    
    O arrendamento não tem nada de "esquisito".
    Por conveniência minha, tive oportunidade de almoçar hoje com o diretor da empresa interessada e com um comercial da dita empresa e, nesse almoço, foi-me esclarecido a finalidade do arrendamento por tão curto espaço de tempo. Não vou aqui entrar em pormenores, mas eu compreendi perfeitamente os argumentos que me apresentaram (aliás, nem tinham nada que o fazer, diga-se, mas o diretor teve a cortesia de me explicar a situação, muito pontual, que o força a ter que alugar um espaço). Seja como for, o "esquisito" nem me passou pela cabeça, já que se trata, como eu já disse aqui, de uma grande e conhecida empresa de trabalho/exploração/trânsito portuário, que há muitos anos opera aqui em Lisboa e no norte. Portanto, essa "suspeita", para além de infundada (julgo tratar-se de empresa séria e com muitas décadas de atividade), nem me diz respeito como senhorio.
    
    Bem, mas adiante...
    
    Nesta reunião, eu avancei com os números do pagamento que pretendo (nem lhe vou chamar renda) e deixei bem vincado que pretendia tudo vertido a escrito e dentro da máxima legalidade. Remeti a redação do contrato de arrendamento para o "gabinete jurídico" da empresa, tendo-lhes entregue uma fotocópia do contrato anterior, para ficarem detentores dos dados necessários. Disse-lhes que depois analisava "com o meu advogado" o documento, introduzindo as propostas que achasse convenientes. Pedi, finalmente, que o pagamento fosse integralmente efetuado aquando da entrega da chaves, com retenção na fonte de IRS.
    
    Notei que o número que apresentei não agradou muito ao diretor. É natural. Puxei um bocadinho "a corda" com o intuito de ter margem de recuo negocial e procurei aproveitar a pressa que eles evidenciaram. O Engº disse-me imediatamente que tinham outros armazéns em vista, talvez não tão bem localizados nem com tão boa área, mas que os preços eram bem mais em conta para eles. Enfim, o "jogo" típico dos negócios...
    
    Terminámos o almoço, aliás muito agradável, já passava das 15h. Por coincidência, ambos estivemos na região Kuito/Bié durante a guerra colonial e, naturalmente, isso avivou muitas recordações desses tempos.
    
    O que ficou decidido, foi eles "irem pensar no assunto" e que amanhã me dariam uma resposta, fosse qual fosse a decisão.
    
    Agora, portanto, só me resta aguardar.
14. • lfvmagalhaes
    • 26 fevereiro 2014

     # 14

    Se calhar esticou a corda demais.
15. • carlosj39
    • 26 fevereiro 2014 ^editado

     # 15

    concordo, o "irem pensar" com tanta pressa no aluguer leva a crer isso.

    Colocado por: lfvmagalhaesSe calhar esticou a corda demais.

    
    
    Quanto ao "esquisito" é obvio que o senhorio á partida não pode por lei, arrendar nenhum imóvel para nenhuma actividade ilegal .
16. • Ramiro Costa
    • 26 fevereiro 2014 ^editado

     # 16

    Colocado por: carlosj39
    Quanto ao "esquisito" é obvio que o senhorio á partida não pode por lei, arrendarnenhumimóvel para nenhuma actividade ilegal .

    
    Ao voltarem a falar nessa questão das "atividades ilegais", os amigos ou não leram o que eu escrevi antes ou estão condicionados ou com alguma "reserva mental" relativamente a este assunto.
    Repito o que disse já: a) os interessados são uma empresa conhecida e de dimensão ao nível dos transitários/portuários; b) eu e eles, queremos seguir todos os tramites legais do arrendamento (como seu sempre fiz na minha vida); c) eles explicaram-me para que queriam o armazém para 1 mês (ou 2 no máximo) e eu compreendi perfeitamente o porquê; d) não houve uma aceitação imediata do preço (longe disso) e pretenderam "desvalorizar" nitidamente o armazém, por forma a "provocarem" uma descida do preço da minha parte (o habitual em negócios)...
    
    Portanto, perante isto, haverá alguma sombra de "ilegalidade"?? Por amor de Deus!... Tenho cabelos brancos, netos lindos e a última coisa que pretendo é, sequer, ter agora qualquer tipo de suspeições nos meus negócios. Se eu próprio sentisse alguma mácula de suspeita, por mais pequena que fosse, eu desinteressavamente imeditamente deste aluguer. Ainda para mais por um mês... Que fique claro, por favor!
17. • Ramiro Costa
    • 28 fevereiro 2014

     # 17

    Para concluir este assunto que eu próprio abri, deixo a informação que acabei por arrendar o armazém à empresa que estava interessada.
    Fizeram-me uma proposta para 2 meses, renovável por períodos sucessivos de 1 mês e eu aceitei. Os números foram os que eu apresentei, com um ligeiro arredondamento para baixo. Negociar é assim mesmo...
    Vão transferir para a minha conta, na segunda-feira, os 2 meses de rendas e eu depois entrego as chaves. O contrato será entretanto redigido, assinado e registado nas finanças. Tudo legalíssimo. Tenho pena que este arrendamento seja apenas por 2 meses, mas... foi o possível, tendo em conta as necessidades/premência da empresa.
    No meu caso, tenho que ser realista: mais vale estar alugado e a render (mesmo que por 2 meses) do que ter aquilo às moscas...
    Agradeço reconhecido a ajuda/colaboração prestada pelos amigos deste fórum neste assunto.
    Bem hajam!

    Estas pessoas agradeceram este comentário: Pedro Barradas, carlosj39, maria rodrigues
18. • lfvmagalhaes
    • 28 fevereiro 2014

     # 18

    Final feliz então :).
    
    Agora que tem esse contacto com essa empresa se calhar futuramente poderá calhar-lhe mais vezes esse tipo de oportunidade, que como você diz, não é dos melhores pois é apenas 1 ou 2 meses, mas ao menos sempre tem algo rendimento a sair desse espaço :).
19. • Ramiro Costa
    • 28 fevereiro 2014

     # 19

    Colocado por: lfvmagalhaesFinal feliz então :).
    
    Agora que tem esse contacto com essa empresa se calhar futuramente poderá calhar-lhe mais vezes esse tipo de oportunidade, que como você diz, não é dos melhores pois é apenas 1 ou 2 meses, mas ao menos sempre tem algo rendimento a sair desse espaço :).

    
    
    Sim, vamos vivendo um dia de cada vez. Gostaria de alugar o armazém por mais tempo, nem que fosse por uma renda mais baixa, mas esta é a realidade dos nossos dias - a precariedade até chegou aos arrendamentos, imaginem!...