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1. •  
     FD
   • 2 junho 2014 ^editado

    # 1

   No outro dia estava a pensar numa coisa e gostava de saber se alguém pode acrescentar algo sobre isso.
   
   Há por aí alguns empreendimentos que se auto intitulam condomínios fechados, seja lá o que isso for.
   A mim não me faz impressão o facto de o serem mas, faz-me alguma confusão outras coisas.
   
   Por exemplo, sabemos que num "prédio" o condomínio tem que ser pago e é, para todos os efeitos, uma prestação mensal eterna - nunca deixará de ter que ser paga.
   Naqueles prédios pequenos, com um elevador ou até sem elevador, o esforço mensal exigido é, regra geral, relativamente baixo.
   Coloco relativamente porque, num apartamento de um prédio pequeno, só com um elevador, pagava quase 40€ e não tinha nada de especial...
   
   Nesses prédios, o condomínio é pago, a gestão pode ser feita por uma empresa mas, todo o prédio é dos proprietários.
   
   E nos condomínios fechados ou semi-abertos de dimensão relativamente grande?
   Não pode ser tudo dos proprietários, certo? Vilamoura, por exemplo, não é tudo dos comproprietários, ou é?
   Se não é, quem é que paga os arruamentos, as limpezas, os jardineiros e a manutenção em geral? Com que verbas?
   Eu até sei que são os comproprietários mas, por falta de conhecimento/experiência, não sei com que e em que condições.
   
   É que, se tudo é como penso que é, um promotor com um terreno "grande" desenvolve o tal condomínio e vende os lotes ou fracções.
   Mantém a propriedade do lote "grande", não tendo a propriedade dos lotes "pequenos".
   Num caso "normal", sem "condomínio fechado", o lote grande é do estado, da cidade e, as despesas são pagas pelas câmaras, nestes condomínios serão pagas pelos comproprietários.
   
   E estes comproprietários estão eternamente ligados ao promotor, às condições que o mesmo lhes impuser?
   O que impede o promotor de subir o condomínio para uns... sei lá, 500€ por mês?
   E como é que o comproprietário sabe que a gestão do condomínio está a ser "moralmente correcta" e não há ali uma fonte de rendimento limpinha com alto retorno?
   
   É que parece-me relativamente fácil eu comprar um terreno grande, vender lotes nesse terreno e depois, constituir-me entidade gestora e cobrar um x aos comproprietários para sempre a título de despesas de manutenção, entre as quais, se inclui o meu ordenado de 25.000€/mês... é mesmo assim?
   Existe por aqui alguém com conhecimento próprio?
2. • Silver Wolf
   • 2 junho 2014

    # 2

   Geralmente esse terreno grande é comum às fracções ou lotes, uma espécie de logradouro comum.
   
   Os únicos casos que conheço em que alguém ligado ao promotor fica bastante tempo a gerir o condomínio com condições princepescas, são aldeamentos de grandes dimensões, com quantidades enormes de diferentes proprietários e geralmente em zonas de férias, onde é difícil conseguir uma maioria que vá às assembleias para nomear novas administrações.
   
   
   Neste tema, o que me faz confusão é o conceito de "condomínio privado".
   Nunca consegui perceber a diferença entre um condomínio fechado e um condomínio privado.
   Parece-me ser uma treta à portuguesa, porque todos os condomínios são privados. :)
3. • pedromdf
   • 3 junho 2014

    # 3

   Eu conheço uma situação de um condomínio fechado (ou será privado?) em que um casal amigo paga 350€ de condomínio mensalmente. Sei que as despesas apresentadas pela administração, assegurada por empresa externa, são verificadas a pente fino pela maioria dos condóminos e portanto está tudo muito bem controlado. Quem tem dinheiro paga mas também exige e tem até capacidade para pagar a alguém que garanta que as coisas fiquem bem controladas.
4. • Neon
   • 3 junho 2014

    # 4

   Boas
   
   Vou dar o meu ponto de vista.
   
   Condomínio fechado, na minha opinião, é uma designação vulgarizada e a apelar ao chique, para as operações de loteamento sem cedência de infra-estruturas.
   
   Ao fim e ao cabo não passa de uma operação de loteamento em que os arruamentos, estacionamentos, passeios, espaços verdes, espaços de utilização colectiva e todas as infra-estruturas se integram no domínio privado.
   A legislação prevê esta figura e indica que todas estas áreas e infra-estruturas são partes comuns dos lotes e edifícios e regem-se pelo disposto no código civil (artigos referentes à propriedade horizontal)
   
   Sendo assim todas as despesas de manutenção serão dos respectivos proprietários
   
   Obviamente este tipo de empreendimentos possui uma inerência de despesas que não é comportável por toda a gente, dai que será mais acessível e/ou apetecível por classes sociais mais abastadas.
   
   Outros exemplos embora em outra área são as antigas ALE - áreas de localização empresarial, actualmente designadas por ZER - Zonas Empresariais Responsáveis que não são mais que os parques empresariais, que estão sob gestão de uma determinada entidade com regras e regulamentos próprios.
   
   
   Relativamente a estas questões...
   
   

   Colocado por: FDE estes comproprietários estão eternamente ligados ao promotor, às condições que o mesmo lhes impuser?
   O que impede o promotor de subir o condomínio para uns... sei lá, 500€ por mês?
   E como é que o comproprietário sabe que a gestão do condomínio está a ser "moralmente correcta" e não há ali uma fonte de rendimento limpinha com alto retorno?

   
   
   Como já referi, aplicam-se as regras da propriedade horizontal :) com as respectivas vantagens e desvantagens
   
   abraços
5. • Maria Luísa
   • 3 junho 2014

    # 5

   Posso dar o meu exemplo.
   
   Vendi um apartamento num aldeamento turístico para , entre outros, me ver livre de condomínios.
   Comprei uma moradia e eis senão quando vou pagar a conta da água , sou confrontada com uma conta mensal de 60 euros para manutenção de infra-estruturas , juntamente com a conta da água. Aquilo não é nenhum condomínio , foi construído por uma urbanização há mais de 20 anos e eu sou obrigada a pagar uma fatura mensal exorbitante para a recolha do lixo, os esgotos , etc.
   Ou seja, para além de um imi principesco, ainda tenho que pagar esta conta mensalmente. E o que me garante que se lhes apetecer não cobram o dobro, ou o triplo? Que regras são estas ? Saliento que está empresa é uma empresa pública.