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    • luisvv
    • 17 abril 2014 editado

     # 341


    Mesmo a calhar.

    Que achas disto Luis?

    http://saude.sapo.pt/noticias/peso-nutricao/ministerio-da-saude-vai-encarecer-produtos-com-excesso-de-sal-e-acucar-em-2015.html


    Mais um passo no caminho que já vinha sendo trilhado. Depois da diminuição obrigatória do sal no pão, da quantidade de açucar em cada pacote individual, e de tantas outras, lá vem mais uma taxinha. E não serão poucos a aplaudi-la, porque confundem os seus gostos e preferências com o que "deve ser"...

    Filhos da mãe destes gajos do governo mais liberal de sempre.
  1.  # 342

    Colocado por: luisvvA possibilidade de não cumprir está sempre presente antes da eleição, e a sua confirmação tem uma penalização óbvia - a perda de confiança do eleitor numa futura eleição. Adicionalmente, certos actos, comportamentos ou omissões dão ou podem dar origem à queda do governo ou à dissolução do Parlamento. Enquanto tudo for feito by-the-book, é aguentar a bronca.

    Um parlamento com deputados eleitos que pensassem por si e não se comportasse como um rebanho de ovelhas, podia a qualquer instante, atendendo às vozes populares e se achasse que as circunstâncias o exigissem, tomar a iniciativa de fazer cair o governo, mesmo votando contra as orientações do partido. Com a eleição por círculos uninominais talvez se chegasse lá, porque doutra forma deputado que não obedece é deputado que fica fora das próximas listas.

    Esta parece-me, a única via aceitável e by-the-book para o descontentamento popular se materializar em substituição do governo.
  2.  # 343

    ignorância?? por vezes quando não se sabe atira-se com uma piada.eheheh

    "O coração é um músculo, e não está mais frio que o resto do corpo. Lamento desiludi-lo, mas não basta dizer que é preciso fazer alguma coisa pelos desprotegidos - querer não chega, é preciso saber se o que se faz, mesmo bem intencionado, melhora ou piora a situação. "

    o luis parece saber, tão convicto que é...ou não? ah pois apenas sabe que se temos 10 não podemos gastar 12, ok

    a evolução e destino da humanidade está nas sua conclusões tão realistas e pragmáticas.
  3.  # 344

    Colocado por: euSe o demolhar para tirar todo o sal, tenho direito a um reembolso do imposto?


    Sim. Vai haver um balcão nas finanças para devolveres o sal com cheiro a bacalhau.
  4.  # 345

    Ó pá, e o presunto pá??! Porra pá... o presunto já é caro agora vão taxar o presunto. TÁ MUITA FIXE!
  5.  # 346

    Colocado por: marco1pois eu continuo a acreditar num eventual novo maio de 68

    Já cá faltava esta treta do Maio de 68 e tudo o que ele representa: disparates juvenis, vazio completo de ideias, e tudo por uma estética de rebeldia e desafio ao poder instituído.
    Nunca como neste caso, os canhões de água e os bastões policiais foram mais oportunos.
    • luisvv
    • 17 abril 2014 editado

     # 347

    ignorância?? por vezes quando não se sabe atira-se com uma piada.eheheh


    O marco1 é perito nisso. Às vezes prefere utilizar uma analogia manipulada e sem qualquer relação, ainda que remota, com o assunto - e quando não funciona, remata dizendo que não podemos levar o que escreve à letra.



    o luis parece saber, tão convicto que é...ou não?

    Apenas sei que quando se discutem medidas como benéficas para os mais pobres, como por exemplo o aumento do salário mínimo, a argumentação deixa de ser racional e descarta os argumentos contrários. Tipicamente é assim:

    "O SMN é baixo e tem que ser aumentado".
    "Mas atenção, aumentos de salário mínimo tendem a gerar desemprego e a ter efeitos secundários negativos"
    "Se as empresas não podem pagar mais X, não devem existir".
    "Bom, se essas empresas não existirem, tenderá a haver ainda mais desemprego".
    "Não podemos apostar num modelo económico de salários baixos".

    E pronto, a conversa fica-se por aqui. Satisfaz o coração dos bem-intencionados, que acham que melhoraram a vida a não sei quantos, mas escolhem deliberadamente ignorar o prejuízo que causam a um número indeterminado de outros, que perdem o seu emprego, ou diminuem as hipóteses de obter um..




    ah pois apenas sabe que se temos 10 não podemos gastar 12, ok
    a evolução e destino da humanidade está nas sua conclusões tão realistas e pragmáticas.

    Não, marco1, o destino e progresso estão na sua mão. É proibido proibir, sejamos realistas, peçamos o impossível, etc. E entretanto, se não for muito incómodo, alguém que vá imprimindo umas notitas....
  6.  # 348

    Colocado por: luisvvMas atenção, aumentos de salário mínimo tendem a gerar desemprego e a ter efeitos secundários negativos


    Não é necessário que isso aconteça, depende de onde vem o dinheiro para pagar os aumentos dos salários. Pode acontecer que as empresas não aumentem os salários mínimos para não deixarem de ser competitivas, apesar de estarem com capacidade para o fazer. Neste caso negociar um aumento de forma colectiva pode fazer sentido.

    O contrário também acontece. Ali ao lado no Dubai onde têm o problema inverso do nosso, onde há cada vez mais capital a circular no país, ninguém quer ser o primeiro a aumentar os salários e a ter de aumentar os preços das coisas que produzem com medo de deixar de ser competitivo. O estado chega-se à frente e ordena que se aumente os ordenados de forma generalizada.
  7.  # 349

    Colocado por: luisvvApenas sei que quando se discutem medidas como benéficas para os mais pobres, como por exemplo o aumento do salário mínimo, a argumentação deixa de ser racional e descarta os argumentos contrários.

    Num país com o nível de desemprego jovem e não qualificado tão alto como o nosso, aumentar o SMN é um verdadeiro crime. Toda a gente, de sindicatos a associações patronais, fica muito reconfortada com o alegado reforço da dignidade de quem ganha o salário mínimo, mas todos também sabem - mas cinicamente calam-se - do elevado preço que se vai pagar. Basta perguntar-lhes porque se batem por 515€ e não reclamam logo 1000€, aí já todos dizem que se aumentaria muito o desemprego e as falências. É uma questão de grau, os efeitos contraproducentes são os mesmos.
    Concordam com este comentário: two-rok
  8.  # 350

    Colocado por: J.FernandesBasta perguntar-lhes porque se batem por 515€ e não reclamam logo 1000€


    Strawman.

    Colocado por: J.Fernandesmas todos também sabem - mas cinicamente calam-se - do elevado preço que se vai pagar


    Não, não sabem. Há efectivamente pessoas que pensam de forma diferente, e que acham que em determinadas circunstâncias pode ser benéfico aumentar o salário mínimo.

    http://en.wikipedia.org/wiki/Minimum_wage#Debate_over_consequences
  9.  # 351

    mas todos também sabem - mas cinicamente calam-se - do elevado preço que se vai pagar

    Eu não sei, importa-se de dizer quais são e a quanto montam esses custos?

    porque se batem por 515€ e não reclamam logo 1000€

    E porque não 100 euros, acha que seria uma medida positiva?
  10.  # 352


    Não é necessário que isso aconteça, depende de onde vem o dinheiro para pagar os aumentos dos salários. Pode acontecer que as empresas não aumentem os salários mínimos para não deixarem de ser competitivas, apesar de estarem com capacidade para o fazer. Neste caso negociar um aumento de forma colectiva pode fazer sentido.

    O argumento em concreto não é relevante para o caso, era apenas uma forma de exemplificar como a argumentação é irrelevante, quando se escolhe ignorar deliberadamente os argumentos contrários.

    No entanto, levando a conversa para esse aspecto concreto, há evidência de que em Portugal, aumentos de salário mínimo diminuem a probabilidade de manter o emprego, e dificultam a obtenção de novo emprego.
    http://www.bportugal.pt/pt-PT/BdP%20Publicaes%20de%20Investigao/AB201110_p.pdf

    Qual é o impacto do aumento do salário mínimo sobre o emprego, o nível dos salários e a desigualdade salarial em Portugal? De 2002 a 2006, o salário mínimo, descontado da inflação, permaneceu estável, mas até ao final da década registou fortes aumentos.Em consequência, a desigualdade salarial aumentou na aba inferior da distribuição dos salários até 2006 e diminuiu fortemente no período mais recente. Contudo, os aumentos do salário mínimo diminuíram a probabilidade de emprego entre dois anos consecutivos para os trabalhadores com salário compreendido entre os salários mínimos dos dois anos. Esta elasticidade é semelhante à obtida para os Estados Unidos, um país com um salário mínimo baixo face ao salário médio e menor do que a obtida para a França, um país com um salário mínimo alto. A elasticidade do salário a variações do salário mínimo é naturalmente maior para os trabalhadores que num determinado ano ganham exatamente o salário mínimo. Os salários de todos os outros trabalhadores não acompanham este crescimento. Globalmente os resultados apontam para um efeito negativo de aumentos do salário mínimo do emprego de trabalhadores com baixos salários, que tem como contrapartida pequenos ganhos salariais.



    Este estudo
    permitiu analisar milhões de empregos regista‐ dos entre 2002 e 2010 na Segurança Social e concluir que, para os trabalhadores do salário mínimo, cada aumento de 5% no valor do que recebem faz diminuir em três pontos percentuais a probabilidade de conservarem o emprego. Os autores referem que estes dados são consistentes com cálculos realizados nos Estados Unidos e em França.
    O mesmo estudo também detectou outro efeito perverso dos aumen‐ tos do salário mínimo: a diminuição dos salários dos restantes tra‐ balhadores. De acordo com os seus cálculos, um ponto percentual de aumento do salário mínimo tende a ter como consequência que, na próxima revisão salarial, os trabalhadores com salários abaixo da mediana vão ter aumentos 0,1 pontos percentuais abaixo do que esperariam. Mário Centeno, numa obra recente, nota que estes efeitos perversos prejudicam mais os jovens, «dada a sua baixa experiência no mercado de trabalho e a ainda elevada taxa de insucesso escolar». Ou seja, «o seu emprego cai mais e os seus salários são mais sensíveis ao salário mínimo».

    No mesmo sentido aponta o relatório final do «Estudo sobre a Retribuição Mínima Mensal Garantida em Portugal», de Setembro de 2011, realizado pelo Centro de Economia e Finanças da Universidade do Porto e pelo NIPE – Núcleo de Investigação em Políticas Económi‐ cas da Universidade do Minho, a pedido do Ministério da Economia e do Emprego. Nele conclui‐se que o rápido aumento do salário mínimo depois de 2006 teve um impacto negativo no emprego – «a variação real da massa salarial (salários‐base) que decorreu dos aumentos do SMN posteriores a 2006 originou uma diminuição do emprego por conta de outrem entre 0,56 por cento e 0,85 por cento» – e que isso afectou sobretudo os trabalhadores mais jovens – «estima‐se que os jovens com idade inferior a 25 anos e, especialmente, os jovens entre os 16 e os 18 anos, sejam os mais penalizados pelo aumento do SMN, sofrendo perdas de emprego muito significativas, acima dos 5 por cento desde 2007». Nesse mesmo estudo também se concluía que os trabalhadores abrangidos pelos aumentos do salário mínimo passavam a estar mais expostos à hipótese de serem despedidos.
    No mesmo ano, 2011, uma revisão da bibliografia existente sobre o efeito do salário mínimo sobre o emprego juvenil, realizada a pedido da Low Pay Commission do Reino Unido, analisou mais de sessenta estu‐ dos académicos realizados em 12 países diferentes, incluindo Portugal, e concluiu que o impacto negativo, no mercado de trabalho juvenil, da existência de um salário mínimo «tende mais a ser negativo nos países onde não existe um salário mínimo diferenciado (mais baixo) para os jovens». Ora, é precisamente isso que acontece em Portugal, onde todos os que têm mais de 18 anos beneficiam do mesmo salário mínimo. Antes, até 1 de Janeiro de 1987, o salário mínimo para os trabalhadores com 18 ou 19 anos era 75% do salário mínimo normal; a partir dessa data procedeu‐se à uniformização dos salários mínimos, o que na altura significou um aumento automático de 49,3% entre Dezembro de 1986 e Janeiro de 1987 (para os trabalhadores com menos de 18 anos a uniformização do salário mínimo só teve lugar em 1998; actualmente só se permite uma redução de 20%, por um período máximo de um ano, a praticantes e aprendizes).
    Em 2003, Sónia Pereira tentou avaliar o impacto desta medida no emprego jovem e detectou uma menor procura de trabalhadores daquela faixa etária. Três anos depois, noutro estudo, Pedro Portugal e Ana Rute Cardoso verificaram que, após a subida do salário mínimo para jovens, a percentagem de jovens entre os novos contratados dimi‐ nuíra 4%. Estes dois autores também confirmaram outra realidade prevista pela teoria económica: a existência do salário mínimo diminui os incentivos ao investimento na formação dos trabalhadores por parte dos seus empregadores. Ou seja, o aparente benefício de curto prazo para quem consegue emprego – um salário mais elevado – tende a traduzir‐se num prejuízo de médio e longo prazo, pois os novos trabalhadores não beneficiam de formação e não conseguem evoluir nas suas profissões, como seria desejável tanto para eles como para as empresas


    Em resumo, o meu ponto é: discutir o aumento do salário mínimo esquecendo que há necessariamente um trade-off serve apenas para consolar consciências.
    Estas pessoas agradeceram este comentário: danobrega
  11.  # 353

    Colocado por: j cardosoEu não sei, importa-se de dizer quais são e a quanto montam esses custos?

    Mais desemprego jovem e não qualificado é o preço a pagar. Não sei se alguém será capaz de quantificar, mas os dados estatísticos históricos mostram uma relação clara entre desemprego jovem e nível do SMN, em vários países desenvolvidos.

    Colocado por: j cardosoE porque não 100 euros, acha que seria uma medida positiva?

    Não acho positiva nem negativa, nunca defendi a existência de um SMN, o salário deve resultar apenas da livre negociação entre funcionário e empregador, se daí resultar um salário de 100€ ou 10.000€, para mim é igual.
    Concordam com este comentário: two-rok
    • eu
    • 17 abril 2014

     # 354

    Passar o salário mínimo para 515 euros vai provocar desemprego? Será? Será que um ou dois euros por dia fazem assim tanta diferença para a empresa?
  12.  # 355

    Colocado por: euPassar o salário mínimo para 515 euros vai provocar desemprego? Será? Será que um ou dois euros por dia fazem assim tanta diferença para a empresa?

    Não, o que acontece é que a barreira que impede gente jovem e não qualificada de arranjar emprego (mais de 30% de desempregados nesta faixa etária), apenas sobe mais um bocado.
  13.  # 356

    os dados estatísticos históricos mostram uma relação clara entre desemprego jovem e nível do SMN, em vários países desenvolvidos.

    Gostava de ver esses dados, importa-se de os mostrar?

    o que acontece é que a barreira que impede gente jovem e não qualificada de arranjar emprego (mais de 30% de desempregados nesta faixa etária), apenas sobe mais um bocado.

    E porque acha que o desemprego jovem deve merecer mais atenção que o desemprego "não jovem"?

    E porque não deixar que sobrevivam apenas as empresas que podem (e, pelos vistos, até querem) pagar uma salário maior? Porque razão considera que o maior rendimento (melhores custos com salários) é um argumento para defender a sobrevivência de uma empresa mas já não aceita o mesmo argumento em favor dos trabalhadores?
  14.  # 357


    Passar o salário mínimo para 515 euros vai provocar desemprego? Será? Será que um ou dois euros por dia fazem assim tanta diferença para a empresa?


    Se quiser fazer as contas ao aumento por hora o valor parece ainda mais insignificante.

    Na verdade, quando discutimos os assuntos dessa forma, tudo parece acomodável. Depois, na prática, as coisas são um pouco diferentes.
    30 euros de aumento representam quase o dobro em despesa efectiva da empresa. Empresas com mão-de-obra paga com salário mínimo trabalharão, tipicamente, com margens relativamente baixas, pelo que é natural que haja repercussões, e especificamente em individuos que seriam supostamente beneficiários do aumento.

    Para não falar de que aumentos desligados de produtividade tornam mais atractiva a automatização de processos, por exemplo..
  15.  # 358

    E porque acha que o desemprego jovem deve merecer mais atenção que o desemprego "não jovem"?

    Por mim, considero que não deve. Mas não é esse exactamente o ponto : o argumento é que o aumento do SMN, beneficiando aparentemente o seu destinatário, prejudica quem não recebe salário porque não tem emprego, e dentro desse grupo, predominantemente mulheres e jovens - e talvez por coincidência, regularmente surgem nos media queixas da desigualdade no trabalho, ou do alarmante nível de desemprego jovem.
    Mas há outros efeitos: a nível regional, por exemplo. Ter o mesmo SMN na aldeia do meu pai ou em Lisboa é insano.



    E porque não deixar que sobrevivam apenas as empresas que podem (e, pelos vistos, até querem) pagar uma salário maior?

    Seria um argumento fantástico se coubesse a alguém escolher quais devem sobreviver. E se fosse razoável esperar que um SMN nacional


    Porque razão considera que o maior rendimento (melhores custos com salários) é um argumento para defender a sobrevivência de uma empresa mas já não aceita o mesmo argumento em favor dos trabalhadores?
  16.  # 359

    luisvv

    felizmente os seus argumentos não valem nada para mim, tava feito tava com tanto obscurantismo no cérebro

    mas em jeito de remate, desses tais cinco em que você com certeza pensa que é um dos dois que sobrevive, eu como sou dos outros 3 que vão fora, faço portanto ouvidos moucos a tudo o que diz ou seja não vale nada e a única coisa que me compete fazer é discordar de tudo o que diz, alias tal como o luis faz em relação a tudo o que não seja a treta do costume : não há dinheiro blalbla bla, quando toda a gente vê que espremido é só ideologia do empobrecimento mais nada.
    Concordam com este comentário: jpvng
  17.  # 360

    j. fernandes

    se você soubesse o quanto deve ao tal maio de 68 estava é caladinho.

    e quanto mais isto já me cheira é a iliteracia a mais. realmente a leitura/conhecimento ainda faz muita falta.
 
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