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  1.  # 361

    Seria um argumento fantástico se coubesse a alguém escolher quais devem sobreviver.

    Então já não é o mercado que decide?

    o argumento é que o aumento do SMN, beneficiando aparentemente o seu destinatário, prejudica quem não recebe salário porque não tem emprego, e dentro desse grupo, predominantemente mulheres e jovens

    A dúvida é a mesma: onde está escrito que as mulheres e os jovens devem ter primazia no acesso ao emprego?
    PS: essa preocupação com o desemprego feminino ou jovem em vindo de um liberal traz o sabor de desculpa esfarrapada

    Ter o mesmo SMN na aldeia do meu pai ou em Lisboa é insano.

    Terá de explicar porquê. As empresas vendem os seus produtos mais baratos na aldeia do seu pai? Os bancos praticam aí taxas de juro mais favoráveis? As oportunidades de emprego são aí maiores? Está melhor servida de serviços de saúde, educação, justiça, transportes, etc,?
  2.  # 362


    Então já não é o mercado que decide?


    Claro que decide. Se aumentar o SMN para 1000 euros, por exemplo, é capaz de nao sobreviver nenhuma, embora a intenção seja nobre.

    Dito isto, o argumento mantém-se: porque caberia a alguém que nao o próprio o direito de determinar por quanto é que A deve poder negociar o seu trabalho? E da mesma forma, porque haverá de alguém considerar que uma empresa merece ou nao existir?
  3.  # 363

    porque haverá de alguém considerar que uma empresa merece ou nao existir?

    Não é "alguem", é o seu sacrossanto mercado

    porque caberia a alguém que nao o próprio o direito de determinar por quanto é que A deve poder negociar o seu trabalho?

    Pessoalmente eu vejo um motivo para isso: evitar os abusos de quem está numa posição dominante. Já sei que há quem defenda que qualquer um deve poder assumir o contrato que quiser, o que levaria inclusivé a situações como a escravatura consentida. Não é a minha opinião. Por outro lado parece-mne uma medida inteligente, a história mostra-nos muitos exemplo do que pode acontecer quando uma boa parte da população é submetida a condições extremas de sobrevivência - a revolução francesa e a revolução bolchevique são bons exemplos
  4.  # 364


    A dúvida é a mesma: onde está escrito que as mulheres e os jovens devem ter primazia no acesso ao emprego?


    Mas quem disse que devem? Eu só me limitei a enumerar alguns dos prejuízos e dos prejudicados, sem qualquer juízo de valor. Para a validade do argumento é irrelevante se são jovens ou velhos, mulheres ou homens, ou até homens asiáticos transexuais. A referencia a essas categorias é apenas contextual, mas se quiser também serve para exemplificar os efeitos colaterais indesejados da acção estatal.

    PS: essa preocupação com o desemprego feminino ou jovem em vindo de um liberal traz o sabor de desculpa esfarrapada


    Nao sei onde vê preocupação especial, apenas tresleu.

    PS- apesar do que sugere, nada impede um liberal de se preocupar com o seu semelhante, antes pelo contrario. De facto, a essência do liberalismo é a valorização do indivíduo, e a ênfase na liberdade individual nao implica qualquer omissão de responsabilidade, antes promove a solidariedade (a verdadeira, porque voluntária).
    E se mais razões nao houvesse, bastaria a evidência do efeito contrario ao desejado da acção estatal para justificar o reparo.
  5.  # 365

    Deixe que lhe faça uma pergunta: qual é para si o direito primordial, o direito à vida ou o direito à propriedade (e, por favor, não diga que o direito à vida é uma forma de direito à propriedade)
  6.  # 366


    Terá de explicar porquê. As empresas vendem os seus produtos mais baratos na aldeia do seu pai? Os bancos praticam aí taxas de juro mais favoráveis? As oportunidades de emprego são aí maiores? Está melhor servida de serviços de saúde, educação, justiça, transportes, etc,?

    Pela mesma razão que é insano igualar o SMN português ao de outros países: porque o salário tem uma relação estreita com a produtividade e nenhuma lei altera isso. E da mesma forma que o SMN espanhol arruinaria Portugal (e creio que muita gente o intui mesmo sem saber qual o mecanismo envolvido), o SMN igual em todo o território prejudica os cidadãos das regiões mais pobres.
    • luisvv
    • 17 abril 2014 editado

     # 367


    mas em jeito de remate, desses tais cinco em que você com certeza pensa que é um dos dois que sobrevive, eu como sou dos outros 3 que vão fora, faço portanto ouvidos moucos a tudo o que diz ou seja não vale nada e a única coisa que me compete fazer é discordar de tudo o que diz, alias tal como o luis faz em relação a tudo o que não seja a treta do costume : não há dinheiro blalbla bla, quando toda a gente vê que espremido é só ideologia do empobrecimento mais nada.


    Fax o marco1 muito bem. Deus/Buda/whatever nos livre de ter que pensar em argumentos contrários aos nossos. Ainda nos dava uma coisinha má...

    Ps: Sous les pavés, la plage, sempre !!!
  7.  # 368

    Colocado por: j cardosoDeixe que lhe faça uma pergunta: qual é para si o direito primordial, o direito à vida ou o direito à propriedade (e, por favor, não diga que o direito à vida é uma forma de direito à propriedade)

    Embora lhe desagrade, o direito que funda todos os outros é para mim a self-ownership. A posse de si próprio, que justifica quer o direito à vida, quer o direito de propriedade (e que podemos considerar como variantes da self-ownership).
  8.  # 369

    A self-ownership tem limites impostos pelo direitos dos outros?
  9.  # 370

    Colocado por: j cardosoE porque não deixar que sobrevivam apenas as empresas que podem (e, pelos vistos, até querem) pagar uma salário maior? Porque razão considera que o maior rendimento (melhores custos com salários) é um argumento para defender a sobrevivência de uma empresa mas já não aceita o mesmo argumento em favor dos trabalhadores?

    Defender empresas competitivas, com os menores custos laborais possíveis (apenas dependentes da negociação entre as partes e sem perturbação estatal) é, em última análise, defender os trabalhadores e o emprego.

    Impor metas salariais que levem ao fecho de empresas beneficia quem? Os que ficam sem emprego?

    Nunca consegui perceber as pessoas que acham mais digno estar no desemprego sem ganhar nada do que estar empregado com um salário de 300€ ou 400€.
  10.  # 371

    Defender empresas competitivas, com os menores custos laborais possíveis (apenas dependentes da negociação entre as partes e sem perturbação estatal) é, em última análise, defender os trabalhadores e o emprego.


    Então porque não fixar um saário mínimo de 100 euros?
  11.  # 372

    Nunca consegui perceber as pessoas que acham mais digno estar no desemprego sem ganhar nada do que estar empregado com um salário de 300€ ou 400€.

    Eu também não, acho que se apenas me pagasem 400 euros por um mês de trabalho eu preferiria roubar que aceitar esmolas - e sentir-me-ia nesse direito.
    Concordam com este comentário: treker666
  12.  # 373

    Colocado por: j cardosoA self-ownership tem limites impostos pelo direitos dos outros?

    Já por aqui discutimos isto. Imagino que você queira chegar à seguinte pergunta: " Uma pessoa a morrer de fome tem o direito de violar a propriedade de outrem para se alimentar? "

    A minha resposta a esta pergunta é, não. Ninguém tem o direito de violar a minha propriedade seja por que motivo for.

    Quem defende o contrário deve encarar com naturalidade se um dia destes chegar a casa e encontrar um mendigo na cozinha a comer do seu frigorífico.
    Concordam com este comentário: two-rok
  13.  # 374

    " Uma pessoa a morrer de fome tem o direito de violar a propriedade de outrem para se alimentar? "

    A minha resposta a esta pergunta é, não.

    Lá está a diferença, eu NUNCA deixaria um fiho meu morrer à fome ainda que para isso tivesse de roubar as batatas do campo do vizinho
  14.  # 375

    Colocado por: j cardosoEntão porque não fixar um saário mínimo de 100 euros?

    Você ainda não percebeu a minha posição, eu não defendo nenhum salário mínimo, se quiser, para mim impor 1€ por mês já seria um abuso do estado, as pessoas devem livremente negociar o seu salário com a entidade patronal.

    Aliás, o que defendo não é nenhuma originalidade, só agora na Alemanha vai ser instituído um SMN. Vai ser um bom caso a seguir, vamos ver como se vai comportar o desemprego nos próximos anos.
  15.  # 376

    Colocado por: j cardosoLá está a diferença, eu NUNCA deixaria um fiho meu morrer à fome ainda que para isso tivesse de roubar as batatas do campo do vizinho

    Então também deve estar preparado para, um dia destes, alguém que você nunca viu na vida e que está a morrer, reclamar um dos seus rins para sobreviver.
  16.  # 377

    Pede a alguém que te faça um desenho.

    A frase não é minha, é uma citação de outro user. Sabe o que é uma citação?
  17.  # 378

    Afinal a Ermelinda é o "falecido" estrumpf. Já foste.
  18.  # 379

    Colocado por: j cardosoLá está a diferença

    Como quem diz, lá está a prova da minha superioridade moral.

    E se calhar já partilhei mais coisas minhas com pessoas necessitadas do que você. Mas eu não misturo as coisas, uma coisa é eu ter o dever moral de solidariedade e compaixão, outra é o direito legal à inviolabilidade da minha propriedade (inviolabilidade relativa, já que estamos reféns da discricionariedade do estado).
  19.  # 380

    Já acontece algo parecido,, nunca ouviu falar da compra de órgãos em países dsubdesnvolvidos a gente que não tem de comer para serem transplantados a gente endinheirada de todo o mundo? É ao que leva o tipo de sociedade que defende
 
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