Não é nada. A realidade é queas empresassão pouco produtivas. Os trabalhadores são apenas uma pequena parte das empresas, normalmente com pouca responsabilidade na produtividade.
Desta forma, para o 'chairman' da Sonae, que voltou a defender que a competitividade em Portugal só pode ser estimulada através da "educação das pessoas e [da] aquisição das máquinas corretas",
Faria mais sentido o Belmiro dizer que não se podem aumentar os salários dos trabalhadores, porque os gestores Portugueses são menos competentes que os gestores Alemães.
Belmiro de Azevedo é seguramente dos melhores empresários não financeiros do pós-1974. O grupo Sonae, que fundou, foi uma escola para dezenas de gestores, alguns dos quais criaram depois as suas próprias empresas, e é um dos maiores empregadores do país.
Só pode ter sido, portanto, por manifesta infelicidade que Belmiro veio agora dizer que os trabalhadores portugueses produzem um terço dos trabalhadores alemães - deixando entender que a culpa é dos primeiros.
Belmiro sabe, melhor que ninguém, que a produtividade depende de muitos factores: da organização das empresas, da liderança, da aposta na formação, das condições de trabalho e, já agora, do tipo de bens que produzem.
O preço por hora de quem trabalha numa fábrica de conservas ou de quem trabalha na BMW é seguramente muito desfavorável para o primeiro trabalhador - embora ele possa trabalhar mais tempo e melhor que o segundo. E porquê? Porque, como é óbvio, o bem final produzido é muito mais valorizado no caso do segundo trabalhador que no primeiro.
Só que não são os trabalhadores que decidem que bens devem produzir. São os empresários, são os investidores. E se constatarmos que na última década em Portugal, o investimento caiu em sete, percebemos que quem mais tem contribuído para a baixa produtividade da economia portuguesa são... os empresários.
Além do mais, as PME, que representam cerca de 99% do tecido produtivo português, são obviamente menos produtivas que as grandes empresas e as multinacionais, que apresentam grandes ganhos pela escala a que laboram. Ora também não são os trabalhadores que se opõem ao crescimento das empresas, quer por via orgânica, quer por via de fusões e aquisições.
Finalmente, Belmiro sabe que empresas multinacionais que se encontram em Portugal, trabalhando esmagadoramente com portugueses, são das mais produtivas dos grupos onde se inserem (vidé os casos da Autoeuropa ou da Siemens ou da Nokia Siemens Networks). E sabe também que os trabalhadores do grupo Sonae devem ser altamente produtivos, porque senão ele, Belmiro, não seria um dos homens mais ricos de Portugal.
Há muitas razões para a baixa produtividade da economia portuguesa. Mas as principais não têm a ver com os trabalhadores, ao contrário do que Belmiro de Azevedo disse. Mas como uma inverdade, muitas vezes repetida, passa a verdade, é bom que se desmonte a muito papagueada inverdade.
Colocado por: luisvvA frase refere-se às remunerações dos trabalhadores, e nesse sentido está correcta: um trabalhador português poderá ganhar o mesmo que um alemão quando produzir o mesmo que um alemão
Colocado por: euum trabalhador português poderá ganhar o mesmo que um alemão, quandoa empresa Portuguesaproduzir o mesmo quea empresa Alemã.
Não, a frase está errada. A frase correta é: um trabalhador português poderá ganhar o mesmo que um alemão, quandoa empresa Portuguesaproduzir o mesmo quea empresa Alemã.
Porque se o problema fosse a produtividadedos trabalhadores, então como já alguém disse, a solução seria simples: era contratar trabalhadores Alemães e pagar-lhes salários Alemães.
Colocado por: luisvvInteressa apenas que, quando essa diferença de produtividade não existir, a diferença de salários também poderá não existir.
Colocado por: euComo o danobrega diz e bem, o que interessa realmente é o valor das receitasda empresa.
Claro que sim... se a produtividade que menciona for a produtividadeda empresa. Porque é isso que interessa.
Como o danobrega diz e bem, o que interessa realmente é o valor das receitas da empresa.
Colocado por: J.FernandesO que as estatísticas nos dizem é que, em média, a riqueza gerada por uma empresa alemã
Colocado por: J.FernandesO que as estatísticas nos dizem é que, em média, a riqueza gerada por uma empresa alemã com metade dos trabalhadores de uma congénere portuguesa, é a mesma nos dois casos.
Colocado por: HDiasO Euro está muito forte, optimo para Alemanha e péssimo para Portugal e qualquer outro país que não tenha o tecido económico ajustado..
Colocado por: eu
Não é nada. A realidade é queas empresassão pouco produtivas. Os trabalhadores são apenas uma pequena parte das empresas, normalmente com pouca responsabilidade na produtividade.
Faria mais sentido o Belmiro dizer que não se podem aumentar os salários dos trabalhadores, porque os gestores Portugueses são menos competentes que os gestores Alemães.Concordam com este comentário:marco1
Colocado por: eu
Não, a frase está errada. A frase correta é: um trabalhador português poderá ganhar o mesmo que um alemão, quandoa empresa Portuguesaproduzir o mesmo quea empresa Alemã.
Porque se o problema fosse a produtividadedos trabalhadores, então como já alguém disse, a solução seria simples: era contratar trabalhadores Alemães e pagar-lhes salários Alemães.Concordam com este comentário:jpvng
Colocado por: pedromdfAfinal sempre há corrupção! E eu também penso que sim. Portanto dizer que a classe política em Portugal é corrupta não será má educação.
http://www.dn.pt/inicio/portugal/interior.aspx?content_id=1882724
É divulgado nos órgãos de comunicação!
Colocado por: Jorge Santos - Farocom salários mais baixos que na china e vizinhos.