Colocado por: branco.valterA ADSE não é só um belíssimo seguro de saúde para os funcionários públicos. É também um belíssimo seguro de vida para os grupos privados da Saúde.
Colocado por: TyrandeAtenção que não estou a dizer que quem não tem rendimentos não tem direito à saúde... Só acho ridículo virem apontar o dedo aos FP, que PAGAM, e bastante, para usufruir de cuidados médicos..
Colocado por: treker666Desde sempre e obrigados ate ha bem pouco tempo.
Colocado por: aveirinhorealmente a ignorância... se os FP descontam (antes 2,5 e agora 3,5) do ordenado para um sistema de saúde, onde é que os outros contribuintes que não são FP têm de suportar a ADSE? não me diga que acredita que o aumento de 1% que agora eles fazem a mais é mesmo para o sistema de saúde...? É QUE É PRECISAMENTE AO CONTRÁRIO!
Colocado por: luisvv
Pois é : quando se pagava metade do custo real e depois se aproxima do valor real, o negócio deixa de ser tão bom..Concordam com este comentário:two-rok
Colocado por: two-rok
Coitados, têm pago 25% de um serviço que usufruem. Como se sentirão aqueles que pagam o restante e nem podem lá meter os pés?
Colocado por: two-rok
Qual é a parte de "António Ferreira mostrou que, em 2011, aquele subsistema teve uma despesa oficial de 559,3 milhões de euros a que adicionou 270 milhões de despesa dos hospitais públicos para tratar doentes da ADSE e 32 milhões de despesa dos hospitais com a saúde dos seus funcionários e familiares, ou seja um total de 861,3 milhões. Como as contribuições das entidades empregadoras foi de apenas 221,5 milhões, o défice real da ADSE em 2011 foi de 639,8 milhões de euros.", que o aveirinho não percebeu?
Esta tinha mesmo de partilhar. :)
Este r. Ramos é um pândego. Só nos faltava mesmo um pseudo historiador para nos contar uma história para meninos. Não há quem não saiba – porque está comprovado -, que o verdadeiro objectivo dos ‘planos de resgate’ foi salvar os bancos.
O tão elogiado “ajustamento” errado, que apenas salvou os investidores estrangeiros, principalmente alemães, de perderem nos maus investimentos que fizeram, mina a confiança nas instituições democráticas dos países afectados. Os Governos e os Parlamentos desses países transformaram-se apenas marionetas nas mãos de desconhecidos, e não eleitos, burocratas estrangeiros. E, ou, de investidores.
A ideia de resolver o problema da dívida através da austeridade falhou completamente. A dívida é agora ainda mais insustentável do que era, há três anos. Os programas são, também, extremamente enviezados. Todo o fardo é assumido pelos trabalhadores e pelos contribuintes normais, enquanto as elites privilegiadas, que conseguem evadir a sua riqueza através dos offshores, e que são as maiores responsáveis pela crise, até conseguem lucrar com os programas de ajustamento. Por exemplo, quando conseguem comprar activos valiosos ao Estado a preços de saldo.
Este intelectualoide – que agora é contra as bolsas de estudo mas que usufruiu delas para agora vomitar uns quantos disparates -, tem uma visão niilista da realidade, porque os neo-liberais das tais elites – eufemismo para designar a “burguesia” tão estigmatizada por Karl Marx – afinal nem estão dispostas a cumprirem o seu papel de empreendedoras, nem conseguem evitar o desmascaramento na praça pública pela corrupção, que guia intrinsecamente os seus negócios. Basta ver o que se passa no BES. Que elites são estas que nos governam? Elites que construíram impérios. Feitos de papel e encharcados em querosene. Elites que conviveram de braço dado com o poder, e que foram poder. Que país deixam? Um país cheio de vícios, onde empresários partilham a mesa com banqueiros, que convidam políticos, que concedem favores em troca de outros, caixas de outros. E achamos tudo normal.
É normal banqueiros receberem dinheiro via offshore e recorrerem a amnistias fiscais. É normal durante estes três anos os reguladores e supervisores terem feito vista grossa ao que se passava. É normal que muitos soubessem o que se passava e ninguém tivesse falado. É normal que empresas de auditoria ganhem milhões para no final nada verem. É normal quando estes casos são divulgados os jornalistas serem acusados de partidários e de marionetes de jogos de interesse. Estas são as elites que nos deveriam liderar pelo exemplo. Mas que apenas lideram na vergonha.
Estamos, de facto, a viver um tempo interessante em que o capitalismo dá sinais de ruptura por todo o lado, mas tarda em surgir a alternativa que o possa relegar definitivamente para a condição de curiosidade histórica e possibilite uma sociedade mais justa e igualitária.
Daí a importância do debate à esquerda para ultrapassar os impasses ideológicos em que ela pareceu enlear-se desde que o Muro de Berlim caiu
Ainda assim, e só passados estes anos todos, só a partir deste ano é que os utentes da ADSE terão de começar a pagar a totalidade desse sistema de saúde, pois até agora aqueles que a Tyrande chama de coitadinhos de esquina têm andado a pagar para a Tyrande e outros usufruírem.
Colocado por: PeSilvaCurioso:
A ADSE é tão má, tão má, tão cara, tão cara, que em 1.300.000 beneficiários desde que podem renunciar, menos de 1.000 o fizeram.
Colocado por: PeSilvaCurioso:
A ADSE é tão má, tão má, tão cara, tão cara, que em 1.300.000 beneficiários desde que podem renunciar, menos de 1.000 o fizeram.
Colocado por: PeSilvaCurioso:
A ADSE é tão má, tão má, tão cara, tão cara, que em 1.300.000 beneficiários desde que podem renunciar, menos de 1.000 o fizeram.
Colocado por: two-rokhttp://observador.pt/opiniao/se-eu-fosse-mesmo-um-neo-liberal/
Falando num debate corporativo, Vítor Bento, economista, conselheiro de Estado, disse, no mesmo dia em que novos dados sobre a gravidade do empobrecimento dos portugueses vieram a público, que "o país empobreceu menos do que parece. O país já era pobre, vivia era com vida de rico" (…). "Criávamos a aparência de ser mais ricos".
Deixo de barato a questão do sujeito da frase, esse perverso "nós", que nos iguala a todos diante do professor com a palmatória na mão, mas volto-me para o que, nesta tese, é revelador dos discursos situacionistas dos nossos dias. Para além do desprezo e da nonchalance de falar assim do "empobrecimento" dos outros, e que tem entranhada uma condenação moralista dos maus hábitos dos portugueses, estes homens virtuosos como Vítor Bento dizem-nos coisas reveladoras. Uma é que, no actual empobrecimento, há duas razões: uma conjuntural – "teve de se ajustar a despesa para o rendimento que existe e, no processo, o rendimento caiu" –, que foi uma maçada ter acontecido; e a outra estrutural – "o resto é empobrecimento aparente, porque a riqueza também era aparente", ou seja, outra maneira de dizer que "vivíamos acima das nossas posses", que é um programa económico, social, político e… moral.
Num momento em que o conjunto de explicações simplistas e reducionistas à volta do "ajustamento" mostra os primeiros sinais de estar a perder força na sua circulação no espaço público, ele torna-se ao mesmo tempo mais defensivo e mais agressivo. Eu não menosprezo o seu sucesso mediático e a sua interiorização nas pessoas comuns, que foi e é maior do que os seus contraditores desejariam, muitas vezes como culpa, mas hoje pode-se ver como elas conduziram a um impasse quer no pensamento quer na acção. Ao passarem do imediato, da resposta quase pavloviana à bancarrota de Sócrates, para o mais longo prazo do pós-troika, elas revelaram enormes fragilidades a todos os níveis, do económico ao político.
Voltemos às teses de Vítor Bento. Elas começam por nos falar do passado e percebe-se que não é o passado imediato da actual crise. Se fossem apenas os desvarios de Sócrates, dificilmente se encontraria justificação para ir mais longe do que corrigi-los. Não, eles precisam de algo mais de fundo, para poderem fazer a revolução dos maus costumes portugueses. A coisa já vem de trás, mas desde quando? Desde quando é que os portugueses foram "ricos"? Quantos portugueses fizeram, como ele diz, "vida de rico"? Quando é que se viveu uma "riqueza que era aparente"? Em 2005, quando Sócrates começou a cortar o défice, com um aplauso hoje esquecido? Em 2004, no rápido reino de Santana Lopes quando anunciou ao Frankfurter Allgemeine que vinha aí a "retoma", o "fim da crise", a "economia a recuperar", "todos os sinais são bons" e "nova baixa de impostos"? Em 2002, quando estávamos de "tanga" e ou era ou estradas ou criancinhas? Nos anos de Guterres, onde se distribuiu o bodo (como aliás com Sócrates) aos mesmos empresários e banqueiros que louvaram esses governos com a mesma intensidade com que louvam o actual? No tempo de Cavaco Silva e dos milhões que chegavam todos os dias? Ou desde o 25 de Abril, em que se perdeu o respeito pelo ouro das caves do Banco de Portugal? Estamos a falar de Portugal?
Mas de que "riqueza" é que estamos a falar? Não é a dos ricos da Forbes. Eu sei o que é a "vida de rico" a que ele se refere, quer àquela que serve para ilustrar o moralismo do discurso, quer àquela que verdadeiramente o preocupa. Para agitar a bandeira moral, servem algumas patetices avulsas: as férias a Acapulco, os divãs da Conforama, os plasmas para ver jogos de futebol, os jipes do FEOIGA (atenção que aqui já se está a entrar por outro caminho perigoso, não vá a CAP protestar), comprar um molho numa loja gourmet para épater les bourgeois do emprego ou a bourgeoise, gastar dinheiro insensato nos centros comerciais, alguma capacidade de consumo lúdico a que pela primeira vez muitos portugueses tiveram acesso e que mostraram a marca do novo-riquismo e da silly season. Ele não se refere a isso, mas a "vida de rico" incluí também comprar o Expresso aos sábados, ter televisão por cabo, ser sócio do Benfica e ir aos jogos, ir ao restaurante de vez em quando, comer marisco, comprar livros do José Rodrigues dos Santos, ter expectativas europeias, de ser como os franceses que se vêem nos filmes, ter um carro, mandar os filhos à universidade e ser parte da muito escassa opinião pública. (By Pacheco Pereira)
Foi há pouco mais de uma semana. Sem registo de achaques, fanicos ou camoecas, o Presidente da República, qual peregrino de Nossa Senhora de Fátima - a tal que, em maio de 2013, "inspirou" o fecho da sétima avaliação da troika -, "ajoelhou-se" perante o seu homólogo alemão para acatar a lógica punitiva que encima a liderança merkeliana da Europa.
"Aprendemos a lição dos últimos anos", afirmou o professor Cavaco diante do senhor Gauck. Isto é, na narrativa enunciada agora pelo Chefe de Estado, os portugueses todos, de quem, insiste em afirmar, é o Presidente, foram, durante anos a fio, mandriões, viveram acima das suas possibilidades e às custas dos virtuosos e generosos alemães. E, portanto, os mil e tal dias de expiação violenta dos pecados a que já fomos sujeitos - e que hão de continuar - são justos e merecidos, até porque quem não tem dinheiro não tem vícios, que é como quem diz, casa própria, carro, televisão para ver a bola e as novelas, sofás da Moviflor (roubado ao Pacheco Pereira), os putos na escola e outros luxos, como funcionários públicos bem pagos ou reformados com pensões acima de 700 euros. Tudo conseguido, está bom de ver, à custa do crédito, ou seja, do endividamento.
Definitivamente, Cavaco não tem emenda. Bem sei que talvez fosse pedir demais ao inquilino de Belém que, como Matteo Renzi no Parlamento Europeu, recordasse ao senhor Gauck que a Alemanha só é hoje uma economia pujante e que cresce porque, em 2003, quando foi pioneira na violação do défice inscrito no Pacto de Estabilidade e Crescimento, a União Europeia condescendeu na flexibilização das regras. Isto para já não falar da solidariedade europeia, traduzida em perdões, na era da reconstrução do após-guerra ou no tempo da reunificação alemã. Já que não lhe passou sequer pela cabeça citar os seus próprios roteiros no que à incapacidade de pagar a nossa dívida diz respeito, de acordo, naturalmente, com as regras estabelecidas no Tratado Orçamental, e que por isso têm fatalmente de ser revistas, bastava apenas que tivesse ficado em silêncio, em vez de nos ter sujeitado a nova humilhação.
Cavaco Silva é homem de metro e oitenta. Mas isso faz dele, apenas, um Presidente grande. Não um grande Presidente. E esse pormenor da perspetiva com que se olha para a estatura faz toda a diferença. Nos últimos dias, aliás, a dimensão cavaquista ficou evidente, mais uma vez, em dois momentos distintos.
Primeiro, ao ignorar o prémio internacional com que Carlos do Carmo foi distinguido. É certo que não é um Óscar ou sequer um Nobel da Literatura. É só um Grammy Latino, coisa sem importância, pela excelência da carreira de mais de 50 anos. Cavaco é assim, politicamente pequenino, politicamente rancoroso, politicamente mesquinho. Tal como já acontecera, por exemplo, na morte de Saramago, o Presidente da República foi incapaz de mostrar nobreza e afirmar-se orgulhoso por mais este feito de um embaixador da cultura portuguesa. E tudo porque Carlos do Carmo não faz parte da corte cavaquista, e não hesita em criticar frontalmente e em público os defeitos políticos de Cavaco. Ser Presidente de todos os portugueses é saber conviver com as diferenças e com a crítica, felicitando todos os que se destacam e não apenas aqueles que o bajulam.
E depois houve o Conselho de Estado. Mais uma vez, Cavaco Silva está preocupado, sobretudo, com o seu lugar na história. Apelar a "consensos", "compromissos", "pontes de diálogo construtivo" entre partidos, a um ano de eleições legislativas, ainda para mais com o Partido Socialista feito em frangalhos é, obviamente, politicamente desleal e irrealista. Serve, tão-só, o propósito para que o Presidente possa prosseguir a construção da sua narrativa favorita. Ou seja, que avisou, que tudo fez para que as forças políticas do chamado "arco da governação" se comprometessem num pacto, e que não foi por falta de ter tentado ou por sua responsabilidade que isto, eventualmente, não acontecerá.