Iniciar sessão ou registar-se
  1. Colocado por: euas empresas Portuguesas têm ao seu dispor trabalhadores a ganhar o salário mínimo mais baixo do sul da Europa (mas de longe) e mesmo assim têm problemas de competitividade? Algo está muito errado.

    Esta "narrativa" não está completa se não dissermos que apenas 11% dos trabalhadores recebem o SMN e que a sua produtividade é cerca de 60% a dos mais produtivos da Europa.
    Concordam com este comentário: two-rok
  2. Têm problemas de competitividade porque esta rege-se por 3 eixos: custo, produtividade e moeda. Ou baixa-se o custo, ou aumenta-se a produtividade ou desvaloriza-se a moeda.

    Este último já não é possível, portanto restam as outras duas. Aumentar a produtividade não se faz por decreto nem sem capital. Nesse caso a solução seria diminuir os custos...
    • eu
    • 24 setembro 2014
    Colocado por: J.FernandesEsta "narrativa" não está completa se não dissermos que apenas 11% dos trabalhadores recebem o SMN e que a sua produtividade é cerca de 60% a dos mais produtivos da Europa.

    Esse é o argumento mais demagógico e falacioso que existe quando se fala deste assunto. Não é nada de pessoal contra si, pois até concordo consigo em muitos outros assuntos, mas esse argumento mete-me nojo.

    Meu caro, a produtividade não é "dos trabalhadores", é de todo o processo produtivo e depende acima de tudo da gestão das empresas, e não dos trabalhadores. Se uma empresa é mal gerida, se os produtos ou serviços que produz têm baixo valor acrescentado, obviamente que a produtividade é baixa. E a culpa dessa baixa produtividade é dos trabalhadores? Ou da gestão?
    Concordam com este comentário: j cardoso, becas, branco.valter
  3. Se o Pordata diz que que "só" emigraram 36.000 Portugueses ou não sabem fazer as contas ou há muito pouca fiabilidade nesses números tanto para um caso como para o outro. Já agora e desde o começo da dita "crise"?
  4. Colocado por: euMeu caro, a produtividade não é "dos trabalhadores", é de todo o processo produtivo e depende acima de tudo da gestão das empresas, e não dos trabalhadores. Se uma empresa é mal gerida, se os produtos ou serviços que produz têm baixo valor acrescentado, obviamente que a produtividade é baixa. E a culpa dessa baixa produtividade é dos trabalhadores? Ou da gestão?

    Lá vem você com a culpa. Não é uma questão de culpa, é uma questão de áreas produtivas diferentes de país para país - no nosso de menos valor acrescentado que noutros -, de gestão e obviamente de força laboral, que é menos bem formada que outras.
    Concordam com este comentário: two-rok
  5. Colocado por: branco.valterSe o Pordata diz que que "só" emigraram 36.000 Portugueses ou não sabem fazer as contas ou há muito pouca fiabilidade nesses números tanto para um caso como para o outro. Já agora e desde o começo da dita "crise"?

    Eu não falei em número de emigrantes, falei em saldo migratório. Mas se você desconfia da fiabilidade destes números, pesquise outros e traga-os para a discussão.
  6. Colocado por: eu
    Esse é o argumento mais demagógico e falacioso que existe quando se fala deste assunto. Não é nada de pessoal contra si, pois até concordo consigo em muitos outros assuntos,mas esse argumento mete-me nojo.

    Meu caro, a produtividade não é "dos trabalhadores", é de todo o processo produtivo e depende acima de tudo da gestão das empresas, e não dos trabalhadores. Se uma empresa é mal gerida, se os produtos ou serviços que produz têm baixo valor acrescentado, obviamente que a produtividade é baixa. E a culpa dessa baixa produtividade é dos trabalhadores? Ou da gestão?
    Concordam com este comentário:becas,branco.valter


    Isto não é assim tão simples.

    Quando se diz que a produtividade é baixa, obviamente que se tem em conta os VABs. Não adianta um tipo fabricar 500 pares de sapatos por dia. O que interessa são produtos de elevado valor acrescentado: máquinas industriais, químicos, produtos transformados, etc.

    E isso não é culpa 'da gestão'. É culpa da falta de capital, conjuntamente com outras questões relacionadas com o país, como os seus recursos naturais, ou simplesmente suas idiossincrasias.
    • eu
    • 24 setembro 2014
    Colocado por: J.FernandesLá vem você com a culpa. Não é uma questão de culpa, é uma questão de áreas produtivas diferentes de país para país - no nosso de menos valor acrescentado que noutros -, de gestão e obviamente de força laboral, que é menos bem formada que outras.

    Então não refira a "baixa produtividade dos trabalhadores", mas sim a "baixa produtividade das empresas".

    A sério, eu fico fora de mim sempre que alguém se refere à "produtividade dos trabalhadores".
  7. Colocado por: euA sério, eu fico fora de mim sempre que alguém se refere à "produtividade dos trabalhadores".

    Não fique porque é a verdade. Ou acha que a baixa escolaridade e formação dos portugueses não influi por um lado, no baixo valor acrescentado das empresas que se mantêm e nas que são criadas e por outro lado, no próprio desempenho destas?
    Achar que nada disto é importante é o mesmo que dizer que um grupo de serralheiros e pedreiros com a quarta classe produzirá a mesma riqueza que um grupo de engenheiros electrotécnicos.
    Concordam com este comentário: two-rok
  8. Tyrande

    de vez em quanto tem tendência para derrapar

    o pessoal que não levou com os cortes foi também na mesma afectado e muito pela crise, tem que ver a coisa com outros olhos.

  9. Os privados pagam os ordenados garantidos? Tendo em conta a % de privados que fogem aos descontos (que seriam reutilizados para, entre outras coisas, pagar o salário do FP) e o que os FP's descontam obrigatoriamente todos os meses. Quase que dá para dizer que os FP's pagam a maior parte dos seus próprios salários. Se não concorda mostre-me a sua folha de vencimentos com os seus descontos, que eu mostro-lhe a minha.


    Essa é a típica frase lançada para o ar, com uns saltos lógicos no meio, não resiste a uma verificação preguiçosa.

    Uma mera questão de salsicha aritmética: os salários da FP são pagos pelas receitas do Estado, as receitas do Estado são quase exclusivamente os impostos (e a dívida), os ordenados da FP equivalem a cerca de 15% do PIB, o IRS TOTAL (privados incluídos) em 2013 valia cerca de 7,2% do PIB.


    Há grande diferença? Estou a falar em termos práticos, já que por cá emigra-se bem mais do que lá.


    Parece supor que quem emigra não tem emprego cá, o que está longe de ser um dado adquirido.

    Será que é mesmo assim? Será que 20 euros por mês são significativos? Se uma empresa não consegue pagar mais 1 euro por dia aos seus trabalhadores, então mais vale fechar, pois não tem qualquer viabilidade...


    Tem piada: o CM de hoje refere-se a um aumento de 20€/mês, que corresponde a 4,1%, como "SMN aumenta um café", ou algo do género (subentenda-se que aumenta pouco). Tenho a certeza absoluta que, tratando-se de uma diminuição (mesmo que de 2%, por exemplo), a manchete não seria "SMN diminui um café"..

    Tudo isto para dizer que sim, para muitas empresas e entidades - condomínios com porteiros, por exemplo - , 20€/mês/trabalhador podem fazer diferença.
    Além do mais, convém não esquecer que Portugal apresenta um dos menores diferenciais entre SMN e salário mediano, o que tende a relacionar-se com os efeitos do aumento do SMN no aumento do desemprego.

    A mim o que me preocupa é o seguinte: as empresas Portuguesas têm ao seu dispor trabalhadores a ganhar o salário mínimo mais baixo do sul da Europa (mas de longe) e mesmo assim têm problemas de competitividade? Algo está muito errado.


    Também pode formular a coisa assim:
    as empresas Portuguesas têm ao seu dispor trabalhadores a ganhar o salário mínimo mais baixo do sul da Europa (mas de longe) com a mais baixa taxa de escolarização da Europa (não só do Sul), mas de longe, e mesmo assim têm problemas de competitividade?

    ou

    Se as empresas Portuguesas, competem com outros países, mas insistimos em comparar-nos com o Sul da Europa, ou a média europeia?



    mas esse argumento mete-me nojo.
    Meu caro, a produtividade não é "dos trabalhadores", é de todo o processo produtivo e depende acima de tudo da gestão das empresas, e não dos trabalhadores. Se uma empresa é mal gerida, se os produtos ou serviços que produz têm baixo valor acrescentado, obviamente que a produtividade é baixa. E a culpa dessa baixa produtividade é dos trabalhadores? Ou da gestão?


    Assunto já batido por aqui: não interessa a culpa. A realidade é o que é, e a "culpa" não a altera. No fim do dia, a produtividade continuará a ser baixa em comparação com aqueles que gostaríamos que fossem os nossos concorrentes.

    Melhores remunerações virão de melhores negócios, melhores negócios virão com mais capital, mais capital virá com... bom, na verdade não virá. Por cá, continuaremos a chorar o IVA da restauração e a necessidade de "injectar dinheiro na economia" para "reanimar o consumo".
    Concordam com este comentário: two-rok

  10. Eles não passaram ao lado da crise: quem vive do SMN vivem sempre em crise!


    Ou não.
    O SMN é pago a muita gente - e tanto podem ser o único sustento da família, como um jovem no primeiro emprego, ou alguém que acabou de entrar à experiência numa empresa.
    • luisvv
    • 24 setembro 2014 editado

    Se uma empresa não consegue pagar mais 1 euro por dia aos seus trabalhadores, então mais vale fechar, pois não tem qualquer viabilidade...


    Se calhar consegue, mas não quer. O mais provável é o restaurante que tem 10 funcionários passar a ter 9. Os 9 que ficam, devem adorar, o que saltar fora é capaz de não achar tanta graça.

    Paralelamente, noutras actividades, o incentivo para a automatização e mecanização do trabalho passa a ser maior.

    Quando se olha para as coisas mais de perto, percebemos melhor:

    Em Abril de 2011 havia 10%, ou mais, de trabalhadores a receber o mínimo nas "indústrias transformadoras" (14,3%), no "comércio por grosso e retalho" (11%), "alojamento e restauração" (17%), "actividades imobiliárias" (17,2%) e "outras actividades" (22,7%), seguindo a divisão feita pelo BEE. Já em Abril de 2013, aos sectores referidos juntaram-se as "indústrias extractivas" (antes com 6,7% e agora com 10%), de "captação ou tratamento e distribuição" (de 6,2% para 10,7%), "construção" (9,5% para 11,8%), "actividades administrativas" (9,6% para 14,8%), as "actividades de saúde humana" (9,7% para 13,2%) e as "actividades artísticas" (8% para 10,3%). É ainda de notar o agravamento de alguns casos, como o salto de 3,8 p. p. no "alojamento e restauração", hoje com 21% dos trabalhadores pagos pelo mínimo legal - eram 17% em 2011.
  11. Mas o salário mínimo sobe à custa de um desconto para o patrão na SS, portanto estamos os mesmos a pagar mais uma vez.
    •  
      Tyrande
    • 24 setembro 2014 editado
    Colocado por: marco1Tyrande

    de vez em quanto tem tendência para derrapar

    o pessoal que não levou com os cortes foi também na mesma afectado e muito pela crise, tem que ver a coisa com outros olhos.


    E o pessoal que levou com os cortes, não foi? Quer ver que o pãozinho na padaria ficou mais caro só para o que ganha SMN e não para o resto? quer ver que o preço dos transportes só aumentou para um lado?
    Essa treta de se não quero levar cortes é pedir o SMN ao patrão é muito lindo..de boca... quando toca aos outros. Se eu não me importasse de ganhar o SMN não tinha abandonado a cidade em que cresci, não tinha ficado anos longe da família e feito N outros sacrifícios, que me saíram do pêlo...se calhar tinha ficado a trabalhar lá no Pingo Doce da terra e prontos...se calhar até era mais feliz!
    Eu não estou a pedir para cortar nada ao pessoal que ganha o SMN. Só não acho justo virem cortar a uns, e ao mesmo tempo aumentarem outros! Isto é cuspir na cara do trabalhador de classe-média que vai olhar para o vencimento no fim do mês e ver os cortes lá a baterem.

    Eu não sou contra aumentar o SMN. Nunca fui. Tal como o disse no post inicial, acho que para o custo médio de vida em Portugal, é baixo.
    Sou contra aumentar o SMN numa altura em que não temos capacidade econômica-financeira para isso e principalmente enquanto a classe-média está de rastos com os cortes que ainda estão em vigor.

    Quer dizer, ainda no mês passado o Governo voltou a implementar cortes na FP que tinham sido chumbados pelo TC porque senão "lá se iam as contas públicas" e a meta orçamental e blablabla...
    Um mês depois, vamos aumentar o SMN..yeee! (ai isto já não vai mexer nas contas públicas??? Não vai atrapalhar a meta orçamental?)
    Não há lógica que resista....
  12. Colocado por: luisvv


    Melhores remunerações virão de melhores negócios, melhores negócios virão com mais capital, mais capital virá com... bom, na verdade não virá. Por cá, continuaremos a chorar o IVA da restauração e a necessidade de "injectar dinheiro na economia" para "reanimar o consumo".


    Concordo com tudo, excepto com a questão do IVA da restauração. Em termos de Contas Nacionais compensa reduzir o IVA (ou melhor, compensaria ter mantido).
  13. Tyrande

    também disse eu. ou não leu direito??

    dividir para reinar, parece que está a dar resultado, enfim...
    • eu
    • 24 setembro 2014
    Colocado por: luisvvTudo isto para dizer que sim, para muitas empresas e entidades - condomínios com porteiros, por exemplo - , 20€/mês/trabalhador podem fazer diferença.

    Então e devemos manter o salário mínimo em níveis imorais, para que os condomínios possam continuar a ter um porteiro baratinho?

    Colocado por: luisvvAssunto já batido por aqui: não interessa a culpa. A realidade é o que é, e a "culpa" não a altera. No fim do dia, a produtividade continuará a ser baixa em comparação com aqueles que gostaríamos que fossem os nossos concorrentes.

    De acordo. Mas então refiram-se à "produtividade das empresas" e não à "produtividade dos trabalhadores". Se diz que não interessa a culpa, então para ser coerente não pode dizer que a culpa da baixa produtividade é dos trabalhadores, certo?
    Concordam com este comentário: j cardoso
    • eu
    • 24 setembro 2014
    Colocado por: luisvvSe calhar consegue, mas não quer. O mais provável é o restaurante que tem 10 funcionários passar a ter 9. Os 9 que ficam, devem adorar, o que saltar fora é capaz de não achar tanta graça.

    Um restaurante com 10 funcionários, não consegue pagar mais 10 euros por dia ? Isso são estórias da carochinha...
    Concordam com este comentário: j cardoso
  14. Colocado por: marco1Tyrande

    também disse eu. ou não leu direito??

    dividir para reinar, parece que está a dar resultado, enfim...


    No post que citei? Disse eu?
    Onde?
 
0.7116 seg. NEW