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  1.  # 1

  2.  # 2

    Colocado por: pedromdf
    ...


    É chover no molhado, e não é tão sexy ler o que o homem efectivamente disse. Mas enfim:

    O empresário Belmiro de Azevedo afirmou ontem à noite que sem mão-de-obra barata "não há emprego para ninguém" e afirmou não perceber quando dizem que não se deve ter uma economia baseada em trabalho de custo reduzido.
    O presidente do conselho de administração da Sonae, que falava no sétimo aniversário do Clube dos Pensadores, em Vila Nova de Gaia, referiu que "a economia só pode pagar salários que tenham uma certa ligação com a produtividade" e deu, como exemplo, o setor agrícola.
    "Diz-se que não se devem ter economias baseadas em mão-de-obra barata. Não sei por que não. Porque se não for a mão-de-obra barata, não há emprego para ninguém", declarou Belmiro de Azevedo, assinalando aquilo que considera ser uma "vantagem comparativa" para Portugal face aos países concorrentes.
    Para o empresário nascido no Marco de Canavezes, "há muitas atividades, nomeadamente no setor primário, em que a mão-de-obra, que Portugal tem muita e em excesso, é indispensável para que possam continuar".
    Belmiro de Azevedo destacou o que disse ser ainda outra vantagem comparativa para o setor primário: o clima, algo que "é de borla".
    Concordam com este comentário: two-rok
  3.  # 3


    Quanto ao Belmiro... Não é dos grandes empresários que eu mais Admiro ... Aliás ele limitou-se a sacar as empresas da Familia Pinto Magalhães se não estou em erro. Roubar ou jogar na bolsa não é a mesma coisa que criar !
    O Salvador Caetano sim foi um empresário ... Começou do zero!


    Independentemente de outras considerações sobre o mérito ou falta dele, a SONAE da família Pinto Magalhães não era nada que se assemelhasse ao que é hoje.
    Concordam com este comentário: two-rok
    • luisvv
    • 10 março 2014 editado

     # 4


    Se a Europa quer pagar bem tem que se proteger dos paises com mão de obra barata, senão qualquer dia só sobrevivemos com salários mais baixos que na china e vizinhos.


    Isso. O chato depois é descobrir que a Europa não pode pagar bem se não fizer trocas comerciais com o resto do mundo.

    PS: Nem vale a pena falar aqui da ambiguidade moral de sugerir manter o resto do mundo na pobreza ..
    Concordam com este comentário: two-rok
  4.  # 5

    • eu
    • 11 março 2014

     # 6

    Eu diria antes, que é inevitável... basta analisar a evolução da dívida para perceber que é insustentável...
  5.  # 7

    Carta a uma Geração Errada
    12 Março, 2014

    de José Gomes Ferreira

    Caros João Cravinho, Manuela Ferreira Leite, Bagão Félix, Ferro Rodrigues, Sevinate Pinto, Vitor Martins e demais subscritores do manifesto pela reestruturação da divida publica: Que tal deixarem para a geração seguinte a tarefa de resolver os problemas gravíssimos que vocês lhes deixaram? É que as vossas propostas já não resolvem, só agravam os problemas. Que tal darem lugar aos mais novos?

    Vi, ouvi, li, e não queria acreditar. 70 das mais importantes personalidades do país, parte substancial da nossa elite, veio propor que se diga aos credores internacionais o seguinte:


    – Desculpem lá qualquer coisinha mas nós não conseguimos pagar tudo o que vos devemos, não conseguimos sequer cumprir as condições que nós próprios assinámos, tanto em juros como em prazos de amortizações!

    Permitam-me uma pergunta simples e direta: Vocês pensaram bem no momento e nas consequências da vossa proposta, feita a menos de dois meses do anúncio do modo de saída do programa de assistência internacional?

    Imaginaram que, se os investidores internacionais levarem mesmo a sério a vossa proposta, poderão começar a duvidar da capacidade e da vontade de Portugal em honrar os seus compromissos e poderão voltar a exigir já nos próximos dias um prémio de risco muito mais elevado pela compra de nova dívida e pela posse das obrigações que já detêm?

    Conseguem perceber que, na hipótese absurda de o Governo pedir agora uma reestruturação da nossa dívida, os juros no mercado secundário iriam aumentar imediatamente e deitar a perder mais de três anos de austeridade necessária e incontornável para recuperar a confiança dos investidores, obrigando, isso sim, a um novo programa de resgate e ainda a mais austeridade, precisamente aquilo que vocês dizem querer evitar?

    Conseguem perceber que, mesmo na hipótese absurda de os credores oficiais internacionais FMI, BCE e Comissão Europeia aceitarem a proposta, só o fariam contra a aceitação de uma ainda mais dura condicionalidade, ainda mais austeridade?

    Conseguem perceber que os credores externos, nomeadamente os alemães, iriam imediatamente responder – Porque é que não começam por vocês próprios?

    Os vossos bancos não têm mais de 25 por cento da vossa dívida pública nos seus balanços, mais de 40 mil milhões de euros, e o vosso Fundo de Capitalização da Segurança Social não tem mais de 8 mil milhões de euros de obrigações do Tesouro? Peçam-lhes um perdão parcial de capital e de juros.

    Conseguem perceber que, neste caso, os bancos portugueses ficariam à beira da falência e a Segurança Social ficaria descapitalizada?

    Nenhum de vós, subscritores do manifesto pela reestruturação da dívida pública, faria tal proposta se fosse Ministro das Finanças. E sobretudo não a faria neste delicadíssimo momento da vida financeira do país. Mesmo sendo uma proposta feita por cidadãos livres e independentes, pela sua projeção social poderá ter impacto externo e levar a uma degradação da perceção dos investidores, pela qual vos devemos responsabilizar desde já. Se isso acontecer, digo-vos que como cidadão contribuinte vou exigir publicamente que reparem o dano causado ao Estado.

    Conseguem perceber porque é que o partido que pode ser Governo em breve, liderado por António José Seguro, reagiu dizendo apenas que se deve garantir uma gestão responsável da dívida pública e nunca falando de reestruturação?

    Pergunto-vos também se não sabem que uma reestruturação de dívida pública não se pede, nunca se anuncia publicamente. Se é preciso fazer-se, faz-se. Discretamente, nos sóbrios gabinetes da alta finança internacional.

    Aliás, vocês não sabem que Portugal já fez e continua a fazer uma reestruturação discreta da nossa dívida pública? Vitor Gaspar como ministro das Finanças e Maria Luis Albuquerque como Secretária de Estado do Tesouro negociaram com o BCE e a Comissão Europeia uma baixa das taxas de juro do dinheiro da assistência, de cerca de 5 por cento para 3,5 por cento. Negociaram a redistribuição das maturidades de 52 mil milhões de euros dos respetivos créditos para o período entre 2022 e 2035, quando os pagamentos estavam previstos para os anos entre 2015 e 2022, esse sim um calendário que era insustentável.

    Ao mesmo tempo, juntamente com o IGCP dirigido por João Moreira Rato, negociaram com os credores privados Ofertas Públicas de Troca que consistem basicamente em convencê-los a receber o dinheiro mais tarde.

    A isto chama-se um “light restructuring”, uma reestruturação suave e discreta da nossa dívida, que continua a ser feita mas nunca pode ser anunciada ao mundo como uma declaração de incapacidade de pagarmos as nossas responsabilidades.

    Sabem que em consequência destas iniciativas, e sobretudo da correção dos défices do Estado, dos cortes de despesa pública, da correção das contas externas do país que já vai em quase 3 por cento do PIB, quase cinco mil milhões de euros de saldo positivo, os credores internacionais voltaram a acreditar em nós. De tal forma que os juros das obrigações do Tesouro a 10 anos no mercado secundário já estão abaixo dos 4,5 por cento.

    Para os mais distraídos, este é o valor médio dos juros a pagar pela República desde que aderimos ao Euro em 1999. O valor factual já está abaixo. Basta consultar a série longa das Estatísticas do Banco de Portugal.

    E sim, Eng. João Cravinho, é bom lembrar-lhe que a 1 de janeiro de 1999, a taxa das obrigações a 10 anos estava nos 3,9 por cento mas quando o seu Governo saiu, em Outubro desse ano, já estava nos 5,5 por cento, bem acima do valor atual.

    É bom lembra-lhe que fazia parte de um Governo que decidiu a candidatura ao Euro 2004 com 10 estádios novos, quando a UEFA exigia só seis. E que decidiu lançar os ruinosos projetos de SCUT, sem custos para o utilizador, afinal tão caros para os contribuintes. O resultado aí está, a pesar na nossa dívida pública.

    É bom lembrar aos subscritores do manifesto pela reestruturação da dívida pública que muitos de vós participaram nos Conselhos de Ministros que aumentaram objetivamente a dívida pública direta e indireta.

    Foram corresponsáveis pela passagem dos cheques da nossa desgraça atual. Negócios de Estado ruinosos, negócios com privados que afinal eram da responsabilidade do contribuinte. O resultado aí está, a pesar direta e indiretamente nos nossos bolsos.

    Sim, todos sabemos que quem pôs o acelerador da dívida pública no máximo foi José Sócrates, Teixeira dos Santos, Costa Pina, Mário Lino, Paulo Campos, Maria de Lurdes Rodrigues com as suas escolas de luxo que foram uma festa para a arquitetura e agora queimam as nossas finanças.

    Mas em geral, todos foram responsáveis pela maneira errada de fazer política, de fazer negócios sem mercado, de misturar política com negócios, de garantir rendas para alguns em prejuízo de todos.

    Sabem perfeitamente que em todas as crises de finanças públicas a única saída foi o Estado parar de fazer nova dívida e começar a pagar a que tinha sido acumulada. A única saída foi a austeridade.

    Com o vosso manifesto, o que pretendem? Voltar a fazer negócios de Estado como até aqui? Voltar a um modelo de gastos públicos ruinosos com o dinheiro dos outros?

    Porque é que em vez de dizerem que a dívida é impagável, agravando ainda mais a vida financeira das gerações seguintes, não ajudam a resolver os gravíssimos problemas que a economia e o Estado enfrentam e que o Governo não tem coragem nem vontade de resolver ao contrário do que diz aos portugueses?

    Porque é que não contribuem para que se faça uma reforma profunda do Estado, no qual se continuam a gastar recursos que não temos para produzir bens e serviços inúteis, ou para muitos departamentos públicos não produzirem nada e ainda por cima impedirem os empresários de investir com burocracias economicamente criminosas?

    Porque não canalizam as vossas energias para ajudar a uma mudança profunda de uma economia que protege setores inteiros da verdadeira concorrência prejudicando as famílias, as PME, as empresas exportadoras e todos os que querem produzir para substituir importações em condições de igualdade com outros empresários europeus?

    Porque não combatem as práticas de uma banca que cobra os spreads e as comissões mais caros da Europa?

    Um setor elétrico que recebe demais para não produzir eletricidade na produção clássica e para produzir em regime especial altamente subsidiado à custa de todos nós?

    Um setor das telecomunicações que, apesar de parcialmente concorrencial, ainda cobra 20, 30 e até 40 por cento acima da média europeia em certos pacotes de serviços?

    Porque não ajudam a cortar a sério nas rendas das PPP e da Energia? Nos autênticos passadouros de dinheiros públicos que são as listas de subvenções do Estado e de isenções fiscais a tudo o que é Fundações e Associações, algumas bem duvidosas?

    Acham que tudo está bem nestes setores? Ou será que alguns de vós beneficiam direta ou indiretamente com a velha maneira de fazer negócios em Portugal e não querem mudar de atitude?

    Estará a vossa iniciativa relacionada com alguns cortes nas vossas generosas pensões?

    Pois no meu caso eu já estou a pagar IRS a 45 por cento, mais uma sobretaxa de 3,5 por cento, mais 11 por cento de Segurança Social, o que eleva o meu contributo para 59,5 por cento nominais e não me estou a queixar.

    Sabem, a minha reforma já foi mais cortada que a vossa. Quando comecei a trabalhar, tinha uma expectativa de receber a primeira pensão no valor de mais de 90 por cento do último salário. Agora tenho uma certeza: a minha primeira pensão vai ser de 55 por cento do último salário.

    E não me estou a queixar, todos temos de contribuir.

    Caros subscritores do Manifesto para a reestruturação da dívida pública, desculpem a franqueza: a vossa geração está errada. Não agravem ainda mais os problemas que deixaram para a geração seguinte. Façam um favor ao país – não criem mais problemas. Deixem os mais novos trabalhar.
    Concordam com este comentário: Tavares Miguel
    Estas pessoas agradeceram este comentário: eu, two-rok
  6.  # 8

    Esse Jose Gomes ferreira sabe-se bem aquilo que representa e quem apoia. È a opinião dele. Duvido que tenha mais valor do que qualquer outra.
    Concordam com este comentário: JOCOR
  7.  # 9

  8.  # 10

    Colocado por: PsilipposOs Alemães não produzem quatro vezes mais do que os Portugueses


    Produtividade do trabalho, por hora de trabalho (PPS, UE27=100) na Alemanha - 124,8
    Produtividade do trabalho, por hora de trabalho (PPS, UE27=100) em Portugal - 64,3

    Isto é, em média um trabalhador português produz metade do que produz um alemão...

    Remunerações dos empregados per capita (PPS) na Alemanha - 16.164
    Remunerações dos empregados per capita (PPS) em Portugal - 9.283

    ...Mas recebe quase 60% do que um alemão recebe.
    Concordam com este comentário: two-rok
  9.  # 11

    Colocado por: luisvv

    Produtividade do trabalho, por hora de trabalho (PPS, UE27=100) na Alemanha - 124,8
    Produtividade do trabalho, por hora de trabalho (PPS, UE27=100) em Portugal - 64,3

    Isto é, em média um trabalhador português produz metade do que produz um alemão...

    Remunerações dos empregados per capita (PPS) na Alemanha - 16.164
    Remunerações dos empregados per capita (PPS) em Portugal - 9.283

    ...Mas recebe quase 60% do que um alemão recebe.


    "Em média, os Alemães produziam por hora 1,7 vezes mais e ganhavam por hora 2,2 vezes mais do que os Portugueses. Destes dados resulta que, para estarem, proporcionalmente, ao nível salarial dos Alemães, os Portugueses deveriam ganhar, em média, mais 29%, sem precisarem de aumentar a sua produtividade."
    • eu
    • 14 março 2014

     # 12

    Colocado por: luisvvIsto é, em média um trabalhador português produz metade do que produz um alemão...

    Outra vez a mesma treta da produtividade associada aos "trabalhadores"?

    A frase correta é: "em média, cada Português produz metade do que produz um alemão"
    Concordam com este comentário: Jorge Santos - Faro
  10.  # 13

    Colocado por: euA frase correta é: "em média,cada Portuguêsproduz metade do que produz um alemão"

    Assim é que está incorrecta, porque inclui a população não activa, e só a população empregada serve para cálculo deste indicador.

    Ainda do Pordata:

    " Este indicador, PIB por hora de trabalho, permite comparar a produtividade das economias nacionais com a média da União Europeia (UE27). Se o índice de um país é superior a 100, o nível de PIB por hora de trabalho desse país é superior à média da UE27, e vice-versa. Ao considerar a produtividade por hora de trabalho, eliminam-se as diferenças na distribuição da população empregada a tempo completo e parcial."

    E essa frase citada por si foi originalmente escrita por mim, não pelo luisvv.
    Concordam com este comentário: two-rok
    • eu
    • 14 março 2014

     # 14

    Obviamente que me estava a referir implicitamente à população ativa.

    Colocado por: J.Fernandesa produtividade das economias

    Pelos menos a PORDATA não comete o erro grosseiro e falacioso de falar em "produtividade dos trabalhadores"...
  11.  # 15

    Pelos menos a PORDATA não comete o erro grosseiro e falacioso de falar em "produtividadedos trabalhadores"...


    Menos falacioso, em todo o caso, que o que deu origem ao repost: "os alemães não produzem 4 vezes mais que os portugueses".
  12.  # 16

    Esse Jose Gomes ferreira sabe-se bem aquilo que representa e quem apoia. È a opinião dele. Duvido que tenha mais valor do que qualquer outra.


    O que é ainda mais válido para os subscritores do manifesto - sendo que entre eles se encontram vários ex-ministros das finanças, e um espantoso número de 26 ex-governantes.
    Concordam com este comentário: eu, J.Fernandes, two-rok
    • eu
    • 14 março 2014

     # 17

    Colocado por: luisvvO que é ainda mais válido para os subscritores do manifesto - sendo que entre eles se encontram vários ex-ministros das finanças, e um espantoso número de 26 ex-governantes.

    Muitos deles responsáveis pela enorme dívida que temos atualmente...
    Concordam com este comentário: J.Fernandes, two-rok
  13.  # 18

    Colocado por: euMuitos deles responsáveis pela enorme dívida que temos atualmente...

    Exactamente. De entre esses setenta, estão uma grande parte dos responsáveis não só pela situação actual, mas também pelas duas situações de bancarrota anteriores - a de 77 e a de 83. Arruinar as finanças públicas e agora vir assinar um manifesto daquele teor, é de uma enorme irresponsabilidade e falta de vergonha na cara.
    Concordam com este comentário: eu, two-rok
    • eu
    • 14 março 2014

     # 19

    Colocado por: J.Fernandese falta de vergonha na cara.

    Principalmente isto. Aqueles gajos têm uma grande lata...
  14.  # 20

    O pr deles e eles querem que o país esteja a empobrecer nos próximos 20 a 30 anos.
    Isto é aceitável por alguns (interessados almofadados), esta situação só é possível fora da democracia, é nessa direcção que eles nos levam.

    O passos só vai sair de lá quando cair da cadeira.
 
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