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    • Neon
    • 11 fevereiro 2015

     # 741

    Hoje vai haver encontro de gente graúda....vamos ver o que sai.

    - Ou vai haver recuos de alguém
    - Ou se vai abrir a porta para a saída da Grécia

    Continuo "sadicamente" curioso com o desfecho disto tudo
  1.  # 742

    a recuperação económica da Alemanha a seguir à 2ª grande guerra não foi propriamente milagrosa, mas o resultado normal de três factores.

    1º tinham um pais completamente destruído, estradas, ferrovias, edifícios, etc, etc

    2º o plano marshal injectou 1.400 milhões de dolares na alemanha. não parece muito, mas a valores de hoje dá cerca de 120 mil milhões de dolares

    3º o perdão de parte da divida e o pagamento da restante indexada ao crescimento económico

    Ou seja havia dinheiro, havia onde o gastar e depois pela história da alemanha havia garantias que a economia ia crescer, pelo que o pagamento da divida estava mais ou menos garantida
    •  
      FD
    • 11 fevereiro 2015

     # 743

    Colocado por: maria rodrigues«Há 60 anos, 70 países decidiram perdoar quase dois terços da dívida externa alemã. O país duplicou o seu PIB na década seguinte. Um exemplo a seguir na actualidade? (...) A 27 de Fevereiro de 1953, a economia alemã, que tinha atingido o fundo após a II Guerra Mundial, deu um passo decisivo para uma recuperação classificada por muitos como milagrosa. Desembaraçou-se de quase dois terços da sua dívida externa e iniciou uma década em que conseguiu duplicar o seu PIB. (...) ».

    O que se lamenta é que Fraulein Merkel («Frau de Ferro»), nascida por trás do «muro de Berlim», tenha a insensibilidadearianaa correr-lhe nas veias e se recuse a ajudar quem já prestou ajuda à sua Alemanha!

    O facto de nessa altura o país estar completamente destruído pela guerra, de estar sob jugo de outros países, sem soberania a sério - nada como os gregos - são pormenores, não?

    Por outro lado, isso foi há 60 anos! As pessoas que fizeram essa guerra estão quase todas MORTAS. Durante quanto tempo os seus filhos e netos têm que carregar o peso do que os seus pais e avós fizeram?!
    Quem defende isso, também defenderá que nós devemos indemnizar os Angolanos, os Moçambicanos, os Guineenses e até os Brasileiros...
    A Grécia não está destruída, a Grécia não perdeu uma guerra, a Grécia não tem nenhum trauma, a Grécia perdeu rendimento que nunca teve, rendimento esse que provinha de crédito.

    É pena que o que vejo muitas vezes nestes argumentos não é uma posição pró-grega, é uma posição anti-alemã.
    Concordam com este comentário: eu, loverscout, Bricoleiro
    Estas pessoas agradeceram este comentário: eu
  2.  # 744

    a Alemanha sempre foi e sempre será uma país industrializado (e não a viver de turismo, ajudas e pseudo-serviços)... e isso quer dizer tudo... tem mão de obra... tem matéria prima... e acima de tudo tem visão de futuro (por vezes ate demais)
    Concordam com este comentário: eu
  3.  # 745

    Colocado por: FDPor outro lado, isso foi há 60 anos! As pessoas que fizeram essa guerra estão quase todas MORTAS. Durante quanto tempo os seus filhos e netos têm que carregar o peso do que os seus pais e avós fizeram?!


    Então qual o significado deste gráfico?
  4.  # 746

    Colocado por: FDÉ pena que o que vejo muitas vezes nestes argumentos não é uma posição pró-grega, é uma posição anti-alemã.


    São argumentos do mesmo tipo destes.
    Consegue dizer um sinal presente no SYRIZA que não seja perceptível na politica "normal".

    PS: Não tenho simpatia nenhuma pelo SYRIZA (que está nas antípodas daquilo que eu possa defender).
  5.  # 747

    Mais importante e mais preocupante é o encontro de hoje em Minsk.
    Concordam com este comentário: eu
    •  
      FD
    • 11 fevereiro 2015

     # 748

    Colocado por: PeSilvaEntão qual o significado destegráfico?

    O significado do gráfico é o que lá está. Tem legendas, é só ler.
    Coloquei-o por curiosidade, assim como coloquei anteriormente um sobre estereótipos.

    O PeSilva tem que profissão? Procurar contradições? Eheheheh...
    O mais curioso é que, se bem me recordo, ainda não vi a sua opinião - assim fica difícil eu fazer o mesmo. :D
  6.  # 749

    Colocado por: FDO PeSilva tem que profissão?


    Manguela;)

    Colocado por: FDO mais curioso é que, se bem me recordo, ainda não vi a sua opinião - assim fica difícil eu fazer o mesmo. :D


    Sobre?
    •  
      FD
    • 11 fevereiro 2015

     # 750

    Colocado por: PeSilvaSão argumentos do mesmo tipodestes.

    É o que eu digo.

    Caro PeSilva, até estes senhores chegarem ao poder não me viu a dizer fosse o que fosse dos gregos.
    O que me irrita e irritou foi a forma como estão a fazer as coisas.

    Quer usar essa irritação para me contradizer, faça-o.

    Colocado por: PeSilvaConsegue dizer um sinal presente no SYRIZA que não seja perceptível na politica "normal".

    Acabou de o citar.
    Não vi os políticos gregos anteriores a estes a fazerem este circo todo.
    Vi que não cumpriram a sua função plenamente mas, não vi esta fantochada.

    E por isso é que me vê a criticar estes gregos.
    Não vejo o tipo de comportamento que têm em quase nenhum político europeu.
    Mas, deixe estar que se o UKIP ou a Frente Nacional começarem com tretas, também cá estarei para criticar.
  7.  # 751

    Colocado por: FDO que me irrita e irritou foi a forma como estão a fazer as coisas.


    Como é que estão a fazer?
    Não, não é para implicar, sinceramente não vejo diferenças (a não ser da cobertura da comunicação social)

    Colocado por: FDAcabou de o citar.


    A pressa em escrever dá nisto, o "normal" (em contraponto com o bipolar) era seu e não meu.
  8.  # 752

    Colocado por: FDPor outro lado, isso foi há 60 anos! As pessoas que fizeram essa guerra estão quase todas MORTAS. Durante quanto tempo os seus filhos e netos têm que carregar o peso do que os seus pais e avós fizeram


    Quanto tempo vamos demorar a pagar a dívida actual? :-) Olha que se tudo correr bem, deve demorar bem mais que 60 anos.
    Concordam com este comentário: maria rodrigues
    •  
      FD
    • 11 fevereiro 2015

     # 753

    Colocado por: PeSilvaSobre?

    Sobre os gregos, sobre toda esta situação.

    Colocado por: PeSilvaComo é que estão a fazer?
    Não, não é para implicar, sinceramente não vejo diferenças (a não ser da cobertura da comunicação social)

    Não vê diferenças? Então não está a acompanhar as coisas com muita atenção.

    Colocado por: danobregaQuanto tempo vamos demorar a pagar a dívida actual? :-) Olha que se tudo correr bem, deve demorar bem mais que 60 anos.

    São situações diferentes.
    Mas, concordo com o danobrega, é coisa que também me irrita sobremaneira, o legado (a dívida) que se deixa - acho que quem nos colocou nesta situação merecia ficar sem reforma... se bem que, a julgar por muitos dos casos que vejo, a reforma dos responsáveis é para pagar as despesas correntes, pouco mais do que isso, as "poupanças" servem bem para não terem que se preocupar com reformas...
  9.  # 754

    Colocado por: FDSobre os gregos, sobre toda esta situação.


    Demasiado desconhecimento, demasiadas variáveis, para ter uma opinião objectiva de se devem pagar ou não, se devem receber ou não.
    Mas num plano mais geral: era para mim evidente e expectável que o desenho da EU e do EURO iria dar em situações deste género e que no fundo só teriam repercussões em quem menos culpa tem.

    Colocado por: FDNão vê diferenças? Então não está a acompanhar as coisas com muita atenção.


    É provável, mas pode exemplificar?
    Eu agradeço ;)
    •  
      FD
    • 11 fevereiro 2015 editado

     # 755

    Colocado por: PeSilvaÉ provável, mas pode exemplificar?
    Eu agradeço ;)

    Escrevi lá para trás alguns exemplos que posso ir buscar.
    Mas, face ao seu "histórico" já estou a ver que me vai arranjar não sei quantos exemplos de situações similares noutros casos... :D

    A primeira coisa que o Tsipras fez enquanto primeiro ministro foi ir depositar flores no monumento aos gregos mortos na WWII.
    Atitude conciliadora e apaziguadora.

    A segunda coisa que fizeram foi, literalmente, cancelar o programa da troika, com o qual o governo anterior concordou. Por exemplo, recontrataram as tais empregadas de limpeza para o ministério das finanças.
    Veja-se bem a poesia da coisa: podiam ter recontratado montes de outras pessoas, podiam ter feito montes de outras coisas, mas não, foram buscar as senhoras da LIMPEZA para as FINANÇAS. Para mim, há uma clara mensagem subliminar nesta acção.
    Mais uma atitude conciliadora e apaziguadora.

    Depois, recebe lá o holandês do eurogrupo e diz-lhe na tromba, em plena conferência de imprensa que não vão mais falar com a troika.
    Relembro: a Holanda é um dos países com saldo pagador, é daqueles que os anda a sustentar...
    Mais uma atitude conciliadora e apaziguadora.

    Agora, vão visitar aqueles países que gostam ou que vão gostar da mesma cartilha - países socialistas (França, Itália), países com problemas financeiros (Chipre, Irlanda), tudo países com problemas a médio/longo prazo e até países que andam a falar mal da Europa (Reino Unido).
    Mas, reparem como não visitam Espanha ou Portugal... porquê?
    Primeiro, não temos governos socialistas. Depois, não temos peso.
    Além disso, esses países estão numa situação muito similar à da Grécia - austeridade, descontentamento da população, ressalvando a devida distância.
    Na França, os socialistas não estão a cumprir, como os socialistas na Grécia o fizeram.
    Na Itália, idem.
    Ora, esses socialistas andam com medo que lhes aconteça exactamente o que aconteceu ao PASOK e então, que melhor estratégia que dizer ao seu eleitorado que têm uma "ligação", que apoiam o Syriza? Assim, impedem o surgimento da extrema esquerda que lixou o PASOK. Os gregos, sabendo isso, aparecem a apertar as mãos desses tipos, do estilo: "estes estão connosco, contra a austeridade, contra a Alemanha".
    Mais uma vez, a negociar nas costas dos pagadores mas, mostrando-lhes isso mesmo: "olha, ando a ver se te lixo, pelas costas, estás a ver?"
    Mais uma atitude conciliadora e apaziguadora.

    Pelo meio e nos entretantos, para a população, mandam mensagens conciliatórias, retraem-se, aparecem como salvadores, vamos falar com toda a gente (é? não tenho visto isso), eles é que não querem falar connosco...

    Ou seja, somos bonzinhos, só queremos é tempo mas, ao mesmo tempo, fazemos tudo para provocar e criar mal estar.

    Posso acrescentar o episódio dos italianos: vão lá buscar apoio e tal e coisa, a coisa correu bem, houve um diálogo interessante.
    No dia a seguir, divulga conversas privadas e diz que o próximo país a ter problemas vai ser a Itália.

    E ainda posso acrescentar o episódio dos russos: ah, ou nos dão o que queremos ou, apesar de estarmos na UE, apesar se vos estarmos a dever dinheiro, apesar de as relações UE/Rússia estarem complicadas, vamos ter com a Rússia para resolvermos os nossos problemas.
  10.  # 756

    Colocado por: FDMas, face ao seu "histórico" já estou a ver que me vai arranjar não sei quantos exemplos de situações similares noutros casos... :D


    Antes de o fazer: acha que o consigo?
  11.  # 757

    Colocado por: FDE ainda posso acrescentar o episódio dos russos: ah, ou nos dão o que queremos ou, apesar de estarmos na UE, apesar se vos estarmos a dever dinheiro, apesar de as relações UE/Rússia estarem complicadas, vamos ter com a Rússia para resolvermos os nossos problemas.


    Se os gregos conseguirem resolver os seus problemas com acordos com a Rússia, acha que não o devem fazer?
    • Neon
    • 11 fevereiro 2015

     # 758

    Colocado por: FDCaro PeSilva, até estes senhores chegarem ao poder não me viu a dizer fosse o que fosse dos gregos.
    O que me irrita e irritou foi a forma como estão a fazer as coisas.


    Entendo perfeitamente aquilo que quer dizer
    A postura com que chegaram rompe com tudo aquilo a que estamos habituados até hoje. Podemos até mesmo alegar que existe uma falta de ética, de moral e recurso à chantagem quer de forma aberta quer de forma dissimulada.

    Mas assim como critica que existe aqui uma posição anti-alemanha, não caia na tentação de ser anti-grego só porque não gosta da cara ou da postura dos seus representantes.

    Trava-se aqui uma batalha demasiado importante.
    O cerne da questão, independentemente das lutas de galos e confronto de orgulhos, é perceber se a austeridade é ou não o caminho para a saída deste enorme problema, seja dos gregos, de Portugal ou da Europa
  12.  # 759

    Colocado por: NeonPodemos até mesmo alegar que existe uma falta de ética, de moral e recurso à chantagem quer de forma aberta quer de forma dissimulada.


    Pior que o referendo na Irlanda por exemplo?
    •  
      FD
    • 11 fevereiro 2015

     # 760

    Colocado por: PeSilvaAntes de o fazer: acha que o consigo?

    Actual e similar, acho que não.

    Não vi/ouvi portugueses, espanhóis, irlandeses, cipriotas no poder a terem este tipo de comportamento.
    Destes países todos: http://www.imf.org/external/np/fin/tad/extarr11.aspx?memberKey1=ZZZZ&date1key=2020-02-28
    Não vejo ninguém a ter o comportamento da Grécia.

    O único país, que me lembre, que se armou um bocado aos cucos, foi a Argentina.
    E a coisa não correu (alguém se lembra das notícias?) nem tem corrido muito bem (não conseguem dinheiro emprestado)...
 
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