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    •  
      FD
    • 11 fevereiro 2015

     # 761

    Eu até diria que o PeSilva é psicanalista: responde a perguntas com perguntas.
  1.  # 762

    Colocado por: FDNão vi/ouvi portugueses, espanhóis, irlandeses, cipriotas no poder a terem este tipo de comportamento.


    Porquê só comparar só esses, ou seja, num sentido apenas?
  2.  # 763

    Colocado por: FDEu até diria que o PeSilva é psicanalista: responde a perguntas com perguntas.


    Seria um problema?
  3.  # 764

    Colocado por: FDNão vejo ninguém a ter o comportamento da Grécia.


    Pelo exemplo que dei: considera o comportamento dos gregos pior que o da EU em relação ao referendo na Irlanda?
    •  
      FD
    • 11 fevereiro 2015

     # 765

    Colocado por: Neonnão caia na tentação de ser anti-grego só porque não gosta da cara ou da postura dos seus representantes

    Tenho tido o cuidado de falar neste governo, "nestes" gregos, porque sei que foram 36% de votos, com uma abstenção considerável e que, tal não representa, de longe, a maioria da população.

    Colocado por: Neoné perceber se a austeridade é ou não o caminho para a saída deste enorme problema, seja dos gregos, de Portugal ou da Europa

    Em Portugal, na Espanha, na Irlanda, a coisa tem resultado.

    Porém, e parece-me que nisto estamos todos de acordo, como falei na analogia dos alunos lá mais para trás, há um problema que se tem que resolver mas, não assim.

    Durante anos a ideia foi: países mais ricos dão dinheiro aos países mais pobres para que estes se desenvolvam e consigam chegar ao nível dos mais ricos.
    Institui-se a moeda única, abolem-se fronteiras, estimula-se a circulação de pessoas e bens, criamos uma "nação" gigante, forte, sem guerra e com ideais europeus.
    Desta forma, todos ficaríamos mais ou menos equiparados e, seríamos uma Europa una, coesa e solidária.

    O problema é que, as mentalidades e os contextos dos povos europeus são diferentes.
    Alguns países receberam o dinheiro mas, não o usaram bem, por causa da mentalidade, por causa da ineficiência, por causa de alguma ignorância ou inocência, por muitas causas.
    Usaram-no para um crescimento falseado, sem sustentabilidade a longo prazo, sem uma estratégia pensada.
    E agora, aqui estamos. Países como a Grécia que não têm forma de crescer, de produzir riqueza, de se equilibrarem, sem que não seja através de recursos europeus ou dívida.

    Este é o problema de fundo mas, não pode nem deve desculpar o actual comportamento grego de pedir dinheiro e depois logo se vê.
    •  
      FD
    • 11 fevereiro 2015

     # 766

    Colocado por: PeSilvaPorquê só comparar só esses, ou seja, num sentido apenas?

    Porque não?

    Colocado por: PeSilvaSeria um problema?

    Para si, é um problema?

    Colocado por: PeSilvaPelo exemplo que dei: considera o comportamento dos gregos pior que o da EU em relação ao referendo na Irlanda?

    O que é que o PeSilva acha?

    Eheheheh, também consigo... :D
  4.  # 767

    Colocado por: LuisPereira

    Pela sua lógica a Espanha devia ser o 4 ou 5 país mais rico da EU e devia emprestar na vez de pedir emprestado, logo seguida da Polónia e imagine-se Roménia.


    A minha lógica engloba coisas simples que qualquer pessoa simples e com vontade em perceber chega lá. Contribuição não significa emprestar e a Roménia é um exemplo de PIB per capita desastroso, pois é inferior ao de Portugal e o país é maior. Espanha tem 6 ou 7 vezes o nosso território e o PIB per capita é pouco superior ao nosso.
  5.  # 768

    Colocado por: FDPorque não?


    Porque primeiro faz uma analogia sem limites e depois coloca-lhe limites.
    Convirá que não será muito coerente.
    (mas não será por aqui que a tarefa ficará complicada)

    Colocado por: FDPara si, é um problema?


    Às vezes.

    Colocado por: FDO que é que o PeSilva acha?


    O que eu acho é importante para o FD poder responder?
  6.  # 769

    FD

    na India a coisa também o está a irritar??

    na minha opinião a coisa tem mais a ver com mudança de paradigma do que falta de ética e outras coisas.
  7.  # 770

    Em resumo, e recentrando:

    1) Os gregos elegeram um governo que prometeu algo - grosseiramente, o fim da austeridade e o alívio da dívida.
    2) Os eleitos procuraram criar um efeito "uau" logo nos primeiros dias, marcar posição.
    3) O ministro das finanças, que se tornou o principal protagonista, é um especialista da teoria dos jogos.
    4) As posições marcadas publicamente são, aparentemente, de ruptura e de pressão da Grécia sobre os parceiros e vice-versa.
    5) Não me repugna a ideia de cada um usar as armas que (acha que) tem para obter os resultados que pretende.
    6) A posição grega parte da avaliação de determinados pressupostos sobre os interesses, conveniências, convicções e limites de cedência dos parceiros, que pode ou não estar correcta. Do lado da UE, o mesmo.


    Tudo o que se passa é, no fundo, um jogo em que cada um procura a melhor posição possível.

    Com franqueza, diria que algumas das acções e declarações públicas produzem um efeito negativo para as posições gregas, assumindo que o interesse deles é a permanência no Euro e na UE, mas o especialista em teoria dos jogos é o Varoufakis.
  8.  # 771

    Colocado por: luisvvTudo o que se passa é, no fundo, um jogo em que cada um procura a melhor posição possível.


    Como sempre foi. :)

    Colocado por: luisvvCom franqueza, diria que algumas das acções e declarações públicas produzem um efeito negativo para as posições gregas, assumindo que o interesse deles é a permanência no Euro e na UE, mas o especialista em teoria dos jogos é o Varoufakis.


    Tudo isto tem alta probabilidade de dar asneira para os Gregos, porque são os que vão na fileira da frente. Mas parece-me já algum tempo que isto tudo é inevitável. O crescimento exponencial da dívida é, por definição, insustentável. Nada pode crescer perpétuamente, e ter um sistema que assenta no crescimento perpétuo só pode dar asneira, mais tarde ou mais cedo.

    O jubileu da dívida não comercial é um acontecimento que tem acontecido periodicamente ao longo da história, e vai acontecer outra vez. Seja de forma mais directa, ou de forma mais mascarada (ie: quantitative easing).
    • Neon
    • 11 fevereiro 2015

     # 772

    Colocado por: FDEm Portugal, na Espanha, na Irlanda, a coisa tem resultado.

    Porém, e parece-me que nisto estamos todos de acordo, como falei na analogia dos alunos lá mais para trás, há um problema que se tem que resolver mas, não assim.

    Durante anos a ideia foi: países mais ricos dão dinheiro aos países mais pobres para que estes se desenvolvam e consigam chegar ao nível dos mais ricos.
    Institui-se a moeda única, abolem-se fronteiras, estimula-se a circulação de pessoas e bens, criamos uma "nação" gigante, forte, sem guerra e com ideais europeus.
    Desta forma, todos ficaríamos mais ou menos equiparados e, seríamos uma Europa una, coesa e solidária.

    O problema é que, as mentalidades e os contextos dos povos europeus são diferentes.
    Alguns países receberam o dinheiro mas, não o usaram bem, por causa da mentalidade, por causa da ineficiência, por causa de alguma ignorância ou inocência, por muitas causas.
    Usaram-no para um crescimento falseado, sem sustentabilidade a longo prazo, sem uma estratégia pensada.
    E agora, aqui estamos. Países como a Grécia que não têm forma de crescer, de produzir riqueza, de se equilibrarem, sem que não seja através de recursos europeus ou dívida.

    Este é o problema de fundo mas, não pode nem deve desculpar o actual comportamento grego de pedir dinheiro e depois logo se vê.


    FD repare que Espanha, Portugal, Irlanda e Grécia são países com carateristicas diferentes e com problemas diferentes e temos de aceitar isso.

    Por exemplo na Irlanda (ainda bem que falou neste caso), o problema que tiveram prendeu-se com a falência da banca.
    O estado teve de assumir de um dia para o outro a falência de n entidades bancarias o que obviamente foi um soco no estomago. O problema deles não era um arrastar de desequilíbrios nas contas publicas, até ao inicio da crise em 2008, eles eram uma nação relativamente equilibrada, uns anos com deficit outros com superhavit
    Obviamente que a partir do momento que "optam" por assumir o problema da banca tudo se desequilibrou.
    Ainda assim lembro-me de na altura terem aplicado um pacote de austeridade com dispensa funcionários públicos, baixaram o SM, aumentaram impostos no consumo, reduziram os apoio sociais e o investimento publico. Ainda assim os mercados consideraram que as medidas eram pouco ambiciosas!!!

    Que a austeridade é necessária, não tenho a mínima duvida. Agora também não tenho a mínima duvida que a receita tem que ser adaptada a cada situação.
    Por isso a grande questão é saber encontrar o ponto de equilíbrio entre o deve e o haver. E repare que o próprio FMI já assumiu que as politicas tomadas na Grécia tiveram consequências prejudiciais.

    Em bom rigor (e mais uma vez sem deixar bem claro que os gregos são responsáveis pelas dividas que fizeram e as devem pagar) temos de perceber se o montante da divida mais juros é efectivamente comportável, Pois mesmo quem tem dinheiro a haver tem de ter a inteligência de perceber se a divida é cobrável ou não! E na perspectiva dos devedores (neste caso a Grécia) e independentemente de a postura ser condenável....todos pensarão até que ponto eu estou disposto a sacrificar-me para pagar uma divida, até que ponto estou a escolher entre o inferno e o purgatório, até que ponto mando isto tudo ás urtigas?

    Mais uma vez volto a frisar, nos últimos anos e se não contar com a amortização da divida e pagamento dos juros, a Grécia tem as contas publicas equilibradas. Agora o que é deslocado e muito bem, para pagar divida não chega...o que consequentemente ou a divida se torna incobrável ou se ciram melhores condições para que ela seja paga.

    Tudo o resto, que tem surgido de encosto à China e Russia, o não falar com a troika, o dizer que ninguém manda na Grécia, etc etc ....se analisarmos friamente tudo isso é fait diver
  9.  # 773


    Em bom rigor (e mais uma vez sem deixar bem claro que os gregos são responsáveis pelas dividas que fizeram e as devem pagar) temos de perceber se o montante da divida mais juros é efectivamente comportável, Pois mesmo quem tem dinheiro a haver tem de ter a inteligência de perceber se a divida é cobrável ou não!

    Sim, a dívida é grande em volume. Mas, e há sempre um mas os juros dessa dívida representam um peso bastante reduzido em termos de percentagem do PIB - mais baixo do que muitos outros países da UE com dívidas mais pequenas.




    Mais uma vez volto a frisar, nos últimos anos e se não contar com a amortização da divida e pagamento dos juros, a Grécia tem as contas publicas equilibradas. Agora o que é deslocado e muito bem, para pagar divida não chega...o que consequentemente ou a divida se torna incobrável ou se ciram melhores condições para que ela seja paga.

    A sugestão de indexar pagamento da dívida ao crescimento económico só tem um exemplo recente e correu muito mal para os credores - a Argentina.
    Por isso é que, parecendo razoável, é na verdade pouco provável que seja aprovada - e se o for implicará um grau de perda de soberania (nomeadamente, além de eventuais contrapartidas, o controlo de toda a informação estatística) e que a Grécia dificilmente poderá aceitar depois das posições assumidas recentemente.


    Tudo o resto, que tem surgido de encosto à China e Russia, o não falar com a troika, o dizer que ninguém manda na Grécia, etc etc ....se analisarmos friamente tudo isso é fait diver

    São movimentos para ganhar vantagem negocial, claro.
  10.  # 774

    Colocado por: Gipser
    (Nao é verdade)

    17. Juli 1954 in Hamburg als Angela Dorothea Kasner

    Depende de que lado do Muro se estiver... Que lhe parece? Já sabíamos que nasceu em Hamburgo (com a internet, todos sabemos tudo), e que viveu em Templin, do outro lado da "cortina de ferro".

    Colocado por: eu

    É abusivo estabelecer aqui uma relação de causa-efeito.

    Porquê? Tanta gente a opinar - políticos, politólogos, aprendizes de política - cada um com a sua apreciação; alguns, feitos arautos da desgraça, a torcer para que a Grécia fique encurralada -, dão o seu parecer; discordamos de uns concordamos com outros e, também, aprovamos que se exerça o contraditório. Não temos que pensar todos, de igual para igual. É verdade: torcemos para que a Grécia sobreviva a todo este cerco perpetrado pela velha e esfrangalhada Europa, ao serviço da senhora Merkel.
  11.  # 775

    A questão tem muito a ver com coração e genitais, que os nossos políticos nunca tiveram, são mais possuidores de uma coluna muito flexível que tende bastante para não sustentar a cabeça.

    Vamos ver como é que um país se afunda em defesa da dignidade do seu povo, o que já não é a primeira vez que acontece e tanto quanto parece aqueles que arriscaram essa via ficaram melhor.

    Vão haver "lesões" em ambas as partes do "conflito".

    Nós cá vamos cantando e rindo, com mais um caso de monumental corrupção ...
  12.  # 776

    a mim nao me incomoda nada que ele se junte á china ou á russia....

    a grecia nao tem nada para oferecer em troca da ajuda da china ou da russia
    a russia está com problemas financeiros....duvido muito que se chegue á frente!
    a china tambem está a ter os seus problemas....

    assim sendo ... ele que se vire para eles...
  13.  # 777

    Colocado por: loverscouta mim nao me incomoda nada que ele se junte á china ou á russia....

    a grecia nao tem nada para oferecer em troca da ajuda da china ou da russia
    a russia está com problemas financeiros....duvido muito que se chegue á frente!
    a china tambem está a ter os seus problemas....

    assim sendo ... ele que se vire para eles...


    Devia se preocupar...

    Pode ser bastante grave para a europa (nós) caso a Greecia receba "ajuda" por parte da Russia.

    Obviamente depende das contrapartidas que a Grécia dará á Russia mas ...
    • eu
    • 11 fevereiro 2015

     # 778

    Colocado por: maria rodriguesPorquê?

    Porque associar dois eventos não basta para provar que um foi a causa do outro.

    De qualquer das formas, a Grécia também teve um perdão equivalente, ou esquece-se disso?
  14.  # 779

    Colocado por: LuisPereira

    Devia se preocupar...

    Pode ser bastante grave para a europa (nós) caso a Greecia receba "ajuda" por parte da Russia.

    Obviamente depende das contrapartidas que a Grécia dará á Russia mas ...



    a mim nao me preocupa e expliquei o porque.... duvido muito mas mesmo mesmo muito que a Russia ou a china deem dinheiro á grecia!
    sim...dar dinheiro, porque efectivamente quem la puser guita ja sabe de antemao que é a fundo perdido....alem de que a Grécia nao tem nada para dar em troca.... a nao ser que venda umas ilhas aos russos para passarem férias....mas até isso os russos ja teem ali bem ao lado.... o Chipre! e se bem se lembram ate para a russia emprestar dinheiro ao Chipre impos condições..... e numa altura que a moeda da Russia estava bem de saude!
    • Neon
    • 11 fevereiro 2015

     # 780

    Colocado por: luisvvSim, a dívida é grande em volume. Mas, e há sempre um mas os juros dessa dívidarepresentam um peso bastante reduzido em termos de percentagem do PIB - mais baixo do que muitos outros países da UE com dívidas mais pequenas.


    Luis já é a 2.ª intervenção que faz onde se foca nessa particularidade de que a taxa não é elevada.

    Imagino o que vai na sua cabeça

    Quero deixar bem vincado que não estou a acusar os credores de aplicar taxas de juros escandalosas...não sei quais as taxas, nem acho que isso seja relevante para o que quero expressar.
    Para ser ainda mais cristalino, direi então que mesmo que a taxa de juro fosse ZERO, a divida é tão descomunal que aquilo que tem que devolver (portanto, incluindo juros ou não) poderá ser incobrável.





    Colocado por: loverscouta mim nao me incomoda nada que ele se junte á china ou á russia....

    a grecia nao tem nada para oferecer em troca da ajuda da china ou da russia
    a russia está com problemas financeiros....duvido muito que se chegue á frente!
    a china tambem está a ter os seus problemas....

    assim sendo ... ele que se vire para eles...


    Mas devia incomodar
    O que está em causa não se trata apenas de uma mera questãozeca de contas
    Poderá...e friso bem o Poderá...estar em causa a manutenção da união a sua credibilidade e sabe-se la que mais.
    O que acharia de voltar ao escudo neste momento?
    Nestas questões nunca sabemos bem a proporção que as coisas podem tomar, nem as dimensões que as questiunculas tomam a jusante. O grande problema é que se a montanha parir um rato ninguém vai ligar nenhuma, agora se o rato parir uma montanha temos o caldo entornado.
 
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