Colocado por: NeonO que acharia de voltar ao escudo neste momento?
E Potugal? Iríamos nós atrás, como diz Varoufakis? Neste momento isso depende sobretudo de nós, mas viveremos sempre sob essa ameaça. Há coisas que nos estão na massa do sangue e nunca seremos como os alemães ou como os finlandeses, por muito que alguns sonhem com isso.
Por isso, mais tarde ou mais cedo, temos de ir à tal discussão sobre como se desmancha esse enorme erro que foi o euro – e não cair no erro ainda maior de federalizar ainda mais a Europa contra a vontade dos seus povos. O ideal, digo eu, seria a Alemanha e alguns países satélites saírem eles primeiro da moeda única, uma ideia que já há quem defenda em Berlim. Por mim vou acender uma velinha a ver se isso acontece.
É verdade: torcemos para que a Grécia sobreviva a todo este cerco perpetrado pela velha e esfrangalhada Europa, ao serviço da senhora Merkel.
Vamos ver como é que um país se afunda em defesa da dignidade do seu povo, o que já não é a primeira vez que acontece e tanto quanto parece aqueles que arriscaram essa via ficaram melhor.
Luis já é a 2.ª intervenção que faz onde se foca nessa particularidade de que a taxa não é elevada. Imagino o que vai na sua cabeça
Quero deixar bem vincado que não estou a acusar os credores de aplicar taxas de juros escandalosas...não sei quais as taxas, nem acho que isso seja relevante para o que quero expressar.
Para ser ainda mais cristalino, direi então que mesmo que a taxa de juro fosse ZERO, a divida é tão descomunal que aquilo que tem que devolver (portanto, incluindo juros ou não) poderá ser incobrável.
Colocado por: maria rodriguesDepende de que lado do Muro se estiver..
Colocado por: luisvvO argumento "A Grécia tem uma dívida de 175% do PIB e precisa de reduzi-la para aliviar hoje as suas contas" é falacioso exactamente por isto, porque o peso da dívida não é especialmente significativo nas contas hoje.
Colocado por: luisvvNão é (só) uma questão de taxa - é o peso, medido em percentagem do PIB, que a Grécia suporta com o serviço da dívida. No fundo, aquilo que efectivamente paga pela dívida que contraiu.
Contas feitas, é dos países com mais baixo peso do serviço da dívida em relação ao PIB.
Colocado por: luisvvNão sei porquê. A dívida, como tão bem foi dito por um ilustre filósofo, não é para pagar em sentido estrito. O seu custo é essencialmente os juros pagos - e esses são, de um modo geral, suportáveis, na medida em que tantos outros países da zona euro suportam pesos superiores sem especiais queixumes.
Enquanto for possível ir rolando a dívida e mantendo os encargos a este nível, a dívida é perfeitamente suportável.
O argumento "A Grécia tem uma dívida de 175% do PIB e precisa de reduzi-la para aliviar hoje as suas contas" é falacioso exactamente por isto, porque o peso da dívida não é especialmente significativo nas contas hoje.
Colocado por: GipserEm Hamburgo nao existia muro
Andamos todos contentes porque já nos financiamos a 2,tal % e até vamos antecipar o pagamento ao FMI (ok jogada inteligente reconheço) contudo pergunto já chegámos ao superhavit? ou vamos continuar a avolumar valor da divida até chegar ao ponto dos nosso amigos gregos?
A ver vamos se em pouco tempo não estamos como eles
A direita está claramente assanhada com a vitória do Syriza. Passos Coelho nem lhe pronuncia o nome (deve achar que queima). Mas pior mesmo é dizer-se que as intenções dos gregos mais não são do que um "conto de crianças".
É óbvio que o programa do Syriza levanta dúvidas (e é preciso perceber o que é que realmente é exequível), mas um primeiro-ministro comparar o programa de um partido, que acaba de ser eleito, a uma história infantil é no mínimo pouco respeitoso. Talvez no próximo Conselho Europeu, Passos e Tsipras possam trocar uns galhardetes sobre La Fontaine.
Mas aproveitemos a onda infanto-juvenil e peguemos nas histórias de embalar que Passos também contou. Sim, o PSD do atual primeiro-ministro também tinha o seu "conto de crianças".
Lembram-se em 2011?
- "O PSD chumbou o PEC4 porque tem de se dizer basta: a austeridade não pode incidir sempre no aumento de impostos e no corte de rendimento"
- "Para salvaguardar a coesão social prefiro onerar escalões mais elevados do IRS de modo a desonerar a classe média e baixa"
- "A ideia que se foi gerando que o PSD vai aumentar o IVA não tem fundamento"
- "Se vier a ser necessário algum ajustamento fiscal, será canalizado para o consumo e não para o rendimento das pessoas"
- "Vamos ter de cortar em gorduras e poupar. O Estado vai ter de fazer austeridade, basta de aplicá-la só aos cidadãos.
- " Se formos Governo, posso garantir que não será necessário despedir pessoas nem cortar mais salários para sanear o sistema português".
Claro que podia ainda lembrar que Passos disse que "cortar o 13º mês era um disparate" e tantas outras declarações que tornaram evidente a distância entre o que se diz e o que faz. A chegada ao poder muda muita coisa e o choque com a realidade faz o resto. Foi assim com Passos e será assim com muitas das propostas do Syriza.
Mas o que também nos mostra esta história, até pelas reações, é que a direita parece recear os sinais que chegam de Atenas (e não só). Já tenta "hollandizar" a nova situação grega dizendo que se a França de Hollande não foi a lado nenhum, a Grécia muito menos conseguirá. Mas esquecem-se de Renzi, de Le Pen, do Podemos.
O futuro é ainda uma incógnita. Mas Tsipras é mais um a somar numa Europa (sobretudo a do sul) onde cada vez mais se exige outra direção. Passos pr efere continuar a vincar diferenças entre nós e eles. Nós num caminho certo (?). E eles, os gregos inconsequentes, que nos põem a todos em perigo. O PM que quis ir mais além do que Troika, desta vez conseguiu até superar a própria Merkel, cuja reação foi mais moderada.
A semana passada, Passos foi obrigado a dar uma cambalhota por causa da decisão do BCE. No futuro pode sempre recorrer ao flic-flac. Assumir já e desta forma que o Syriza de nada serve, é como acreditar que nos "contos de crianças" há sempre um bicho papão.
Colocado por: maria rodriguesO que não oferece dúvidas é que havia duas Alemanhas: a Alemanha Oriental - República Democrática Alemã, de duvidosa democracia - e a Alemanha Ocidental ou a República Federal da Alemanha, divididas por um Muro, o Muro da Vergonha! Mais uma metáfora...
Colocado por: maria rodriguesAlemanha Ocidental ou a República Federal da Alemanha, divididas por um Muro, o Muro da Vergonha!
É possível que as categorias com que nos habituámos a olhar para a política estejam elas próprias em crise, e tenham cada vez mais dificuldade em explicar o nosso presente.
Nesse sentido, talvez valha a pena introduzir na equação um segundo eixo político, ao qual podemos simplesmente chamar alto/baixo, mas que já não se confunde com a velha luta de classes marxista, cujo lastro histórico nos faz ainda hoje confundir, de uma forma que me parece já absolutamente ilegítima, a direita com os ricos e a esquerda com os pobres. Neste novo “alto” poderíamos incluir tanto a habitual casta económica e política, como os detentores de privilégios corporativos, os burocratas que dificultam a livre iniciativa ou os especialistas na arte de fugir aos impostos; enquanto no novo “baixo” poderíamos colocar não só os pobres, mas também os reformados que se sentem espoliados, os jovens que nunca conseguiram um emprego, e todos aqueles que vêem a sua ascensão social dificultada pelas mais variadas redes de interesses que dominam os estados contemporâneos.
Convém ter presente que ninguém chega ao poder sendo completamente estúpido ou sem ter razão em assunto algum. As ideias políticas do Syriza no eixo esquerda/direita são bastante tontas, e a atitude de pedinte furibundo, zangado nos dias pares e de mão estendida nos dias ímpares, não se recomenda a ninguém. Mas, no eixo alto/baixo, o Syriza tem muita razão. Aquilo que o eleitorado grego, espanhol ou francês está a demonstrar é um descontentamento mais do que legítimo em relação a um sistema que tem produzido desigualdades profundas e protegido as mais lamentáveis castas. E a justeza dessas críticas não pode ser ignorada. Da mesma forma que a esquerda precisa de encontrar um bom discurso económico, a direita precisa de encontrar um bom discurso social – um discurso sólido de “direita baixa”, que impeça a esquerda de reclamar o eterno exclusivo do combate à injustiça e à desigualdade.
Colocado por: PeSilvaO que eu acho é importante para o FD poder responder?
Colocado por: marco1FD
na India a coisa também o está a irritar??
na minha opinião a coisa tem mais a ver com mudança de paradigma do que falta de ética e outras coisas.
Colocado por: luisvvTudo o que se passa é, no fundo, um jogo em que cada um procura a melhor posição possível.
Colocado por: GipserComo se isso para mim fosse uma novidade (anos 80 ate finais de 90 farto de porcorrer milhares de quilometros entre DDR/RDA)
Colocado por: GipserMuro esse,em betão armado que só existia a dividir Cidade de Berlim ao meio/Berlim Oriental-Berlim Ocidental,os restantes 66,5 km eram dividido com redes metálicas electrificadas..
Colocado por: sergyioe não é mesma coisa que a Russia está a fazer? estão todos atrás do mesmo!!!Não me diga que a Russia quer dar dinheiro á Ucrânia ????
Colocado por: rafaelisidoroNão me diga que a Russia quer dar dinheiro á Ucrânia ????