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    • Neon
    • 11 fevereiro 2015

     # 781

  1.  # 782

    Colocado por: NeonO que acharia de voltar ao escudo neste momento?


    E Potugal? Iríamos nós atrás, como diz Varoufakis? Neste momento isso depende sobretudo de nós, mas viveremos sempre sob essa ameaça. Há coisas que nos estão na massa do sangue e nunca seremos como os alemães ou como os finlandeses, por muito que alguns sonhem com isso.

    Por isso, mais tarde ou mais cedo, temos de ir à tal discussão sobre como se desmancha esse enorme erro que foi o euro – e não cair no erro ainda maior de federalizar ainda mais a Europa contra a vontade dos seus povos. O ideal, digo eu, seria a Alemanha e alguns países satélites saírem eles primeiro da moeda única, uma ideia que já há quem defenda em Berlim. Por mim vou acender uma velinha a ver se isso acontece.

    http://observador.pt/opiniao/grecia-vai-sair-euro-talvez-seja-melhor/
  2.  # 783

    Cavaco: “Muitos milhões estão a ser tirados dos bolsos dos portugueses para a Grécia”
    Mariana Adam

    11/02/15 11:03
    Cavaco: “Muitos milhões estão a ser tirados dos bolsos dos portugueses para a Grécia”

    Presidente da República considerou esta quarta-feira que, ao contrário da Grécia, Portugal está hoje numa “situação sólida”.

    "Muitos milhões de euros estão a ser tirados dos bolsos dos portugueses" para apoiar a Grécia, afirmou, por mais de uma vez, esta quarta-feira de manhã o Presidente da República. Cavaco Silva defende que "o que não tem faltado é solidariedade perante a Grécia", recordando que Portugal, mesmo em dificuldades, já emprestou 1.100 milhões" ao país e "tem vindo a transferir para a Grécia o produto do juros das obrigações na posse do Banco de Portugal".

    Em declarações aos jornalistas à margem do Congresso do Milho, a decorrer em Lisboa, o Chefe de Estado insistiu na ideia de que "solidariedade tem que vir ao lado da responsabilidade" e, num tom critico para com o recém-eleito governo grego, Cavaco declarou que "cada um não pode fazer aquilo que bem entende, porque pode prejudicar o outro" dado que "as economias nos sistemas financeiros estão interligadas".

    Sobre o encontro de hoje do Eurogrupo, onde os ministros das Finanças da zona euro se vão reunir extraordinariamente para debater a crise helénica, Cavaco diz ter "esperança" que o executivo liderado por Tsipras "continue a corrigir as suas posições". "O governo grego já apreendeu algumas coisas. As propostas têm vindo a evoluir, já abandonou a ideia de perdão de divida, cada dia parece que demostram evolução. Tenho esperança de que continuem a corrigir as suas posições". Isto porque, para Cavaco Silva seria "um desastre para a Grécia sair do euro".

    Cavaco fez ainda questão de frisar que Portugal, no seu entendimento, está a anos-luz da Grécia. "Portugal encontra-se numa sessão bem favorável: cumprimos os compromissos, conquistamos as confianças do mercado, a economia está a crescer", afirmou. Para o demostrar Cavaco lembrou que ainda esta manhã os juros portugueses a 10 anos estavam a aliviar, no mercado secundário, até aos 2,3%, enquanto a ‘yield' grega, na mesma maturidade, ascende a 20%. O Chefe de Estado sublinhou ainda o "ganho" de Portugal por ter conseguido folga para antecipar o pagamento do empréstimo ao FMI.
  3.  # 784

    Cavaco só no Prato ... então e ele não tira milhões aos seus Portugueses e não faz nada de util ????
    • Neon
    • 11 fevereiro 2015

     # 785

    Pesilva a ideia não me aterroriza, desde que seja feita com cabeça tronco e membros e existe um período suave de transição
  4.  # 786


    É verdade: torcemos para que a Grécia sobreviva a todo este cerco perpetrado pela velha e esfrangalhada Europa, ao serviço da senhora Merkel.

    Outros designarão esse suposto cerco como não ceder a chantagem, e ainda questionarão a insistência em identificar tudo com a Merkel.


    Vamos ver como é que um país se afunda em defesa da dignidade do seu povo, o que já não é a primeira vez que acontece e tanto quanto parece aqueles que arriscaram essa via ficaram melhor.


    Exemplos?

    Luis já é a 2.ª intervenção que faz onde se foca nessa particularidade de que a taxa não é elevada. Imagino o que vai na sua cabeça
    Quero deixar bem vincado que não estou a acusar os credores de aplicar taxas de juros escandalosas...não sei quais as taxas, nem acho que isso seja relevante para o que quero expressar.

    Não é (só) uma questão de taxa - é o peso, medido em percentagem do PIB, que a Grécia suporta com o serviço da dívida. No fundo, aquilo que efectivamente paga pela dívida que contraiu.
    Contas feitas, é dos países com mais baixo peso do serviço da dívida em relação ao PIB.


    Para ser ainda mais cristalino, direi então que mesmo que a taxa de juro fosse ZERO, a divida é tão descomunal que aquilo que tem que devolver (portanto, incluindo juros ou não) poderá ser incobrável.

    Não sei porquê. A dívida, como tão bem foi dito por um ilustre filósofo, não é para pagar em sentido estrito. O seu custo é essencialmente os juros pagos - e esses são, de um modo geral, suportáveis, na medida em que tantos outros países da zona euro suportam pesos superiores sem especiais queixumes.
    Enquanto for possível ir rolando a dívida e mantendo os encargos a este nível, a dívida é perfeitamente suportável.

    O argumento "A Grécia tem uma dívida de 175% do PIB e precisa de reduzi-la para aliviar hoje as suas contas" é falacioso exactamente por isto, porque o peso da dívida não é especialmente significativo nas contas hoje.
  5.  # 787

    Colocado por: maria rodriguesDepende de que lado do Muro se estiver..

    Em Hamburgo nao existia muro
    • eu
    • 11 fevereiro 2015

     # 788

    Colocado por: luisvvO argumento "A Grécia tem uma dívida de 175% do PIB e precisa de reduzi-la para aliviar hoje as suas contas" é falacioso exactamente por isto, porque o peso da dívida não é especialmente significativo nas contas hoje.

    Exatamente.
    • Neon
    • 11 fevereiro 2015

     # 789

    Colocado por: luisvvNão é (só) uma questão de taxa - é o peso, medido em percentagem do PIB, que a Grécia suporta com o serviço da dívida. No fundo, aquilo que efectivamente paga pela dívida que contraiu.
    Contas feitas, é dos países com mais baixo peso do serviço da dívida em relação ao PIB.


    Colocado por: luisvvNão sei porquê. A dívida, como tão bem foi dito por um ilustre filósofo, não é para pagar em sentido estrito. O seu custo é essencialmente os juros pagos - e esses são, de um modo geral, suportáveis, na medida em que tantos outros países da zona euro suportam pesos superiores sem especiais queixumes.
    Enquanto for possível ir rolando a dívida e mantendo os encargos a este nível, a dívida é perfeitamente suportável.

    O argumento "A Grécia tem uma dívida de 175% do PIB e precisa de reduzi-la para aliviar hoje as suas contas" é falacioso exactamente por isto, porque o peso da dívida não é especialmente significativo nas contas hoje.


    Luis tudo isso são meias verdades

    Como já lhe referi antes, percentagens disto e daquilo, para min não são mais do que formas de moldar resultados e canalizar opiniões.

    Vamos então a um raciocinio lógico

    Consigo perceber a tão famigerada frase de que a divida não é para ser paga mas sim gerida.
    Peguemos numa qualquer empresa que cresce com suporte em empréstimos sucessivos ano após ano.
    Tal é possivel se o que a empresa vale crescer de forma proporcional ano após ano, ou seja a divida da empresa até pode ter aumentado 100 vezesnum prazo de 20 anos, se no mesmo prazo o seu valor e as suas garantias tiverem aumentado 150 ou 200 vezes.
    O credor sente segurança e não tem receio, aposta na empresa e sabe que o retorno é garantido.

    Porém este é o cenario ideal que nem sempre é o real.

    Passemos agora para o caso "Pais - Grécia" (vou atira uns valorzecos que pesquisei por alto mas que julgo não estarem muito longe da realidade - referem-se a 2013)

    PIB da grécia - 182 000 milhões de euros
    Divida da grécia - 319 000 milhões de euros

    Superhavit primario em 2013 - sensivelmente 3000 milhões de euros
    superhavit primario em 2014 - sensivelmente 3500 milhões de euros

    Cono o luis disse e muito bem a Grécia goza de um plano excepcional de pagamentos onde numa primeira fase está isenta de juros em alguns pacotes de emprestimos (fundo europeu de estabilidade), e onde tem de pagar juros desde o inicio em outros pacotes de emprestimos (essencialmente ao FMI que são a gente com mais pelo na tromba), para além disso tem que devolver os valores do empréstimos também em diferentes prazos (mais apertados para o FMI mais dilatados para os restantes credores)

    Segundo me constou teria um prazo máximo de 40 anos para pagar o que devia.

    Vamos então ser loucos de todo e dizer à Grécia o seguinte....olhem vocês podem pagar o que devem em 40 anos e a juro zero.
    Vamos então dividir os 319000 milhoes por 40 anos, e teremos 7975 milhoes de euros (epa vamos ser ainda mais louco e perdoar 75 milhoes de euros á Grécia todos os anos e arredondar isto para os 7900 milhoes de euros)

    Vamos agora so relembrar que já foram aplicadas medidas de austeridade por lá e o ambiente está agreste

    Mas a coisa não corre mal de todo em 2 anos conseguiram um superhavit de 6500 milhoes de euros....bom 2 anos não chega para pagar o abatimento de um ano!!!!!
    E agora?
    O que será preciso mais para passar de um ganho de 3500 milhoes de euros para 7900 milhoes de euros?
    Mais austeridade? eventualmente sim mas quais as consequencias disso? o povo aguenta? o povo está disponivel? e para além disso a economia aguenta? é que se o pib baixa lá se vão as contas outra vez!!!

    Então mais divida?
    Afinal a divida gere-se, paga-se o que vence hoje com a divida de amanha...isso sim seria possivel mas apenas no tal cenário idilico da empresa que cresce em paralelo com a divida, que é o caso que não se aplica aqui.
    É que o credor como desconfia pede uma taxa mais alta, por sua vez as agências de ratingo como tem uma taxa mais alta reduz a notação pois acham que não vai pagar, e no emprestimo seguinte o credor como a nota é mais baixa exige uma taxa mais alta e como a taxa é mais alta a agencia de rating desce ainda mais a nota.....and so on
    Como tal a tendencia da divida não é ser gerida mas sim ser aumentada e teriamos mais do mesmo.

    Em conclusão, com ou sem juro, acho que está bem claro que a divida atingiu valores desproporcionais
    E o que eles estão a dizer é "não queremos mais desta ****"

    Agora a titulo de finalização, onde o luis me pode convencer de que os gregos tem uma saida não é pelo argumento de que as taxas são optimas e as condições do crédito são supercalifragilisticexpialidocious
    https://www.youtube.com/watch?v=tRFHXMQP-QU

    Mas sim evocando que eles vendam os aneis e fiquem com os dedos, porém tambem percebo a renitencia deles em se libertar do património.

    E agora a titulo de curiosidade, vamos olhar para o nosso umbiguinho
    Andamos todos contentes porque já nos financiamos a 2,tal % e até vamos antecipar o pagamento ao FMI (ok jogada inteligente reconheço) contudo pergunto já chegámos ao superhavit? ou vamos continuar a avolumar valor da divida até chegar ao ponto dos nosso amigos gregos?
    A ver vamos se em pouco tempo não estamos como eles

    E agora vou tratar aqui da sminhas papeladas e deixo aqui este videozinho dedicado ao FD
    Se ele estiver diponivel comprometo-me a ensaiar com ele e a fazer a performance num proximo almoço qualquer https://www.youtube.com/watch?v=fPWU8hy0McY
  6.  # 790

    Colocado por: GipserEm Hamburgo nao existia muro

    Pois não! Era uma metáfora. Irónica metáfora que parecia subentendida, mas não foi. Paciência..., nem sempre nos fazemos entender. O que não oferece dúvidas é que havia duas Alemanhas: a Alemanha Oriental - República Democrática Alemã, de duvidosa democracia - e a Alemanha Ocidental ou a República Federal da Alemanha, divididas por um Muro, o Muro da Vergonha! Mais uma metáfora...
  7.  # 791

    Colocado por: Neon
    Andamos todos contentes porque já nos financiamos a 2,tal % e até vamos antecipar o pagamento ao FMI (ok jogada inteligente reconheço) contudo pergunto já chegámos ao superhavit? ou vamos continuar a avolumar valor da divida até chegar ao ponto dos nosso amigos gregos?
    A ver vamos se em pouco tempo não estamos como eles

    Não sou experta em macro nem em microeconomia. Mal percebo de economia doméstica, mas aposto um centavo em como o actual governo e seguintes, vão aumentar... aumentar... o valor da dívida, até ao infinito!
    Não são os «nossos amigos gregos» e sim os «arqui-inimigos» de PPCoelho. Basta consultar a imprensa escrita. Quanto mais ouço PPCoelho menos gosto da senhora Merkel. A subserviência deste a Berlim é afrontosa e antipatriótica. Desta vez foi mais papista do que a própria Merkel! Detesto-lhe a figura, aquele fácies com o seu ricto amargo, sempre com cara-de pau. Depois deste governo neoliberal, não sei o que mais no irá acontecer!... Para que não fique no esquecimento:

    A direita está claramente assanhada com a vitória do Syriza. Passos Coelho nem lhe pronuncia o nome (deve achar que queima). Mas pior mesmo é dizer-se que as intenções dos gregos mais não são do que um "conto de crianças".

    É óbvio que o programa do Syriza levanta dúvidas (e é preciso perceber o que é que realmente é exequível), mas um primeiro-ministro comparar o programa de um partido, que acaba de ser eleito, a uma história infantil é no mínimo pouco respeitoso. Talvez no próximo Conselho Europeu, Passos e Tsipras possam trocar uns galhardetes sobre La Fontaine.

    Mas aproveitemos a onda infanto-juvenil e peguemos nas histórias de embalar que Passos também contou. Sim, o PSD do atual primeiro-ministro também tinha o seu "conto de crianças".

    Lembram-se em 2011?

    - "O PSD chumbou o PEC4 porque tem de se dizer basta: a austeridade não pode incidir sempre no aumento de impostos e no corte de rendimento"
    - "Para salvaguardar a coesão social prefiro onerar escalões mais elevados do IRS de modo a desonerar a classe média e baixa"
    - "A ideia que se foi gerando que o PSD vai aumentar o IVA não tem fundamento"
    - "Se vier a ser necessário algum ajustamento fiscal, será canalizado para o consumo e não para o rendimento das pessoas"
    - "Vamos ter de cortar em gorduras e poupar. O Estado vai ter de fazer austeridade, basta de aplicá-la só aos cidadãos.
    - " Se formos Governo, posso garantir que não será necessário despedir pessoas nem cortar mais salários para sanear o sistema português".

    Claro que podia ainda lembrar que Passos disse que "cortar o 13º mês era um disparate" e tantas outras declarações que tornaram evidente a distância entre o que se diz e o que faz. A chegada ao poder muda muita coisa e o choque com a realidade faz o resto. Foi assim com Passos e será assim com muitas das propostas do Syriza.

    Mas o que também nos mostra esta história, até pelas reações, é que a direita parece recear os sinais que chegam de Atenas (e não só). Já tenta "hollandizar" a nova situação grega dizendo que se a França de Hollande não foi a lado nenhum, a Grécia muito menos conseguirá. Mas esquecem-se de Renzi, de Le Pen, do Podemos.

    O futuro é ainda uma incógnita. Mas Tsipras é mais um a somar numa Europa (sobretudo a do sul) onde cada vez mais se exige outra direção. Passos pr efere continuar a vincar diferenças entre nós e eles. Nós num caminho certo (?). E eles, os gregos inconsequentes, que nos põem a todos em perigo. O PM que quis ir mais além do que Troika, desta vez conseguiu até superar a própria Merkel, cuja reação foi mais moderada.

    A semana passada, Passos foi obrigado a dar uma cambalhota por causa da decisão do BCE. No futuro pode sempre recorrer ao flic-flac. Assumir já e desta forma que o Syriza de nada serve, é como acreditar que nos "contos de crianças" há sempre um bicho papão.



    Ler mais: http://expresso.sapo.pt/passos-e-tsipras-cada-qual-com-o-seu-conto-de-criancas=f908362#ixzz3RUtZrTxU
    • Gipser
    • 12 fevereiro 2015 editado

     # 792

    Colocado por: maria rodriguesO que não oferece dúvidas é que havia duas Alemanhas: a Alemanha Oriental - República Democrática Alemã, de duvidosa democracia - e a Alemanha Ocidental ou a República Federal da Alemanha, divididas por um Muro, o Muro da Vergonha! Mais uma metáfora...

    Como se isso para mim fosse uma novidade (anos 80 ate finais de 90 farto de porcorrer milhares de quilometros entre DDR/RDA)
    • Gipser
    • 12 fevereiro 2015 editado

     # 793

    Colocado por: maria rodriguesAlemanha Ocidental ou a República Federal da Alemanha, divididas por um Muro, o Muro da Vergonha!

    Muro esse,em betão armado que só existia a dividir Cidade de Berlim ao meio/Berlim Oriental-Berlim Ocidental,os restantes 66,5 km eram dividido com redes metálicas electrificadas..
  8.  # 794

    Um texto simples com muito sentido e ignorado por muitos:

    Esquerda, direita, alto, baixo
    JOÃO MIGUEL TAVARES

    É possível que as categorias com que nos habituámos a olhar para a política estejam elas próprias em crise, e tenham cada vez mais dificuldade em explicar o nosso presente.


    Nesse sentido, talvez valha a pena introduzir na equação um segundo eixo político, ao qual podemos simplesmente chamar alto/baixo, mas que já não se confunde com a velha luta de classes marxista, cujo lastro histórico nos faz ainda hoje confundir, de uma forma que me parece já absolutamente ilegítima, a direita com os ricos e a esquerda com os pobres. Neste novo “alto” poderíamos incluir tanto a habitual casta económica e política, como os detentores de privilégios corporativos, os burocratas que dificultam a livre iniciativa ou os especialistas na arte de fugir aos impostos; enquanto no novo “baixo” poderíamos colocar não só os pobres, mas também os reformados que se sentem espoliados, os jovens que nunca conseguiram um emprego, e todos aqueles que vêem a sua ascensão social dificultada pelas mais variadas redes de interesses que dominam os estados contemporâneos.


    Convém ter presente que ninguém chega ao poder sendo completamente estúpido ou sem ter razão em assunto algum. As ideias políticas do Syriza no eixo esquerda/direita são bastante tontas, e a atitude de pedinte furibundo, zangado nos dias pares e de mão estendida nos dias ímpares, não se recomenda a ninguém. Mas, no eixo alto/baixo, o Syriza tem muita razão. Aquilo que o eleitorado grego, espanhol ou francês está a demonstrar é um descontentamento mais do que legítimo em relação a um sistema que tem produzido desigualdades profundas e protegido as mais lamentáveis castas. E a justeza dessas críticas não pode ser ignorada. Da mesma forma que a esquerda precisa de encontrar um bom discurso económico, a direita precisa de encontrar um bom discurso social – um discurso sólido de “direita baixa”, que impeça a esquerda de reclamar o eterno exclusivo do combate à injustiça e à desigualdade.


    http://www.publico.pt/politica/noticia/esquerda-direita-alto-baixo-1685780
    •  
      FD
    • 12 fevereiro 2015 editado

     # 795

    Colocado por: PeSilvaO que eu acho é importante para o FD poder responder?

    Não.
    Mas, não me dou muito bem com círculos argumentativos. Por inaptidão, tenho dificuldades em recorrer ou entender figuras teóricas e raciocínios abstractos.
    Ou são dificuldades ou é falta de vontade, não sei bem, ainda não decidi.

    Colocado por: marco1FD

    na India a coisa também o está a irritar??

    na minha opinião a coisa tem mais a ver com mudança de paradigma do que falta de ética e outras coisas.

    Na Índia? O que é que se passa na Índia?
    Se isto é uma mudança de paradigma, para mim, estamos a ir de burro para pónei...

    Mudar de paradigma, no bom sentido, para mim, seria trazer a candura à política.
    Claro que isso é impossível e uma utopia, esses dois termos até podiam ser antónimos.

    Colocado por: luisvvTudo o que se passa é, no fundo, um jogo em que cada um procura a melhor posição possível.

    Se me permite acrescentar, um jogo idiota.
    Claro que os homens estão entre a espada e a parede - prometeram algo inflamado que não conseguem cumprir - mas, este "jogo" parece-me muito pouco sensato.

    Bem, por mim, cesso por enquanto a troca de argumentos, não me parece muito mais produtiva, a partir daqui parece-me que vai chover no molhado.
    Alguns acham que o Syriza é solução, que não se pode continuar como até aqui.
    Outros acham que o Syriza não é solução mas que, também não se pode continuar como até aqui.
    E aqui estamos. Veremos o que acontece e depois poderemos discutir mais qualquer coisa.
    A coisa que aguardo com algum interesse é, não o desfecho da dívida mas, a implementação das acções de um governo de extrema esquerda. Quero mesmo ver se é extrema esquerda ou, se hoje em dia é quase tudo a mesma coisa.
    Já não temos na Europa uma experiência social há muito tempo...
  9.  # 796

    Colocado por: GipserComo se isso para mim fosse uma novidade (anos 80 ate finais de 90 farto de porcorrer milhares de quilometros entre DDR/RDA)

    Colocado por: GipserMuro esse,em betão armado que só existia a dividir Cidade de Berlim ao meio/Berlim Oriental-Berlim Ocidental,os restantes 66,5 km eram dividido com redes metálicas electrificadas..

    Muito bem... Eu própria não seria tão preciosa, porque não sou viajada e gosto mais de ironias e metáforas. Para bom entendedor, meia palavra basta.
  10.  # 797

    chega-te UCrania , queremos te emprestar dinheirinho , os teus terrenos tão produtivos queremos aguardar no saquinho , vamos te emprestar dinheirinho e pedir em troca que nos fiques a dever para pagares com juros as nossas empresas que vais financiar com o nosso dinheirinho ... depois quando estiveres como os outros todos fo***** só te resta dividas para pagares ... chega Ucrania ... chega Ucrânia a Alemanha espera por Ti com os braços abertos para te acolher bem ...


    ora bem querem ver que isto ainda vai dar bomba para a EUROPA .
  11.  # 798

    e não é mesma coisa que a Russia está a fazer? estão todos atrás do mesmo!!!
  12.  # 799

    Colocado por: sergyioe não é mesma coisa que a Russia está a fazer? estão todos atrás do mesmo!!!
    Não me diga que a Russia quer dar dinheiro á Ucrânia ????
    •  
      FD
    • 12 fevereiro 2015

     # 800

    Colocado por: rafaelisidoroNão me diga que a Russia quer dar dinheiro á Ucrânia ????

    Não. A Rússia quer anexar a Ucrânia ou, pelo menos, partes da Ucrânia.
 
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