Comprei um apartamento novo que tem na sala uma instalação de recuperador de calor na sala. A marca do recuperador é Art e Font (penso que em Portugal se chama Arte e Fogo). Uma das coisas que me agradou na casa foi o facto de ter esta instalação na sala, pois desde sempre morei em casa com lareira e portanto, se existir, utilizo.
O recuperador está inserido numa hotte em pladur. Tem duas grelhas na lateral da hotte para permitir a saída de ar quente. Testei o recuperador pela 1ª vez no final do Outono passado e, aparentemente correu tudo bem. Fuma bem, sente-se o ar quente a sair pelas grelhas e o vidro aquece bem (a determinada altura não se consegue ter lá a mão).
Acendi uma 2ª vez durante mais tempo (um serão). O mesmo comportamento, ao que se juntou um cheiro, muito suave, de also sintético queimado. Já estava à espera que algo deste género acontecesse, uma vez que o equipamento ainda não tinha sido estreado.
À 3ª continuou tudo a correr em mas o cheiro intensificou-se mais.
À 4ª vez que acendi, o cheiro era de tal maneira que parece que se tinha colado às paredes da sala. No dia seguinte tive que ter as janelas todas abertas para que aquele cheiro esquisito saísse finalmente da sala.
Achei isto estranho, porque o que estava à espera é que o cheiro desaparecesse e não que intensificasse com mais utilizações. Consultei este fórum, vi alguns posts que falavam de instalações defeituosas e retirei uma das grelhas para ver o interior da hotte. A paredes em pladur estão forradas com lã de rocha que apesar de terem folha de alumínio apresentam algumas falhas ficando a lâ exposta. Por outro lado existem duas placas desta lã ao redor do recuperador e nestas não lhes vejo folha de alumínio. A parede não está forrada com nada e pelo que me parece, o recuperador está assente em cima de uma bancada feita em tijolo. Apesar da instalação não me parecer tão má como algumas que já vi em fotos indicadas a partir daqui, fiquei de pé atrás com a lã de rocha e na forma como esta está aplicada. Não sei se o cheiro pode mesmo vir desta lã estar a ser queimada.
Não consigo recorrer ao construtor nem tenho garantia. Para além daquilo em que me puderem ajudar aqui, queria a recomendação de um técnico na instalação deste tipo de coisas, que opere na região de Lisboa e que me consiga fazer uma avaliação isenta da obra feita e caso aplicável, me apresente um orçamento para deixar aquilo em condições.
Pelo que vi aqui, até há pessoas entendidas nestas matérias mas ou trabalham longe, ou não consigo saber qual o contacto. Indo á net há muitas opções, mas já ando escaldado com algumas más experiências noutro tipo de empreitadas que para reparar algo novo tentam vender-me quase um edifício novo :)
Consegue ter acesso à lã rocha? Se sim, aponte um secador de cabelo à mesma e veja se o cheiro é semelhante. Se for, está aí o problema. Se não for, terá que ser outro material qualquer a deitar o cheiro.
faz uma abertura na hotte, retira toda a lã de rocha, e volta a fechar, se nao souber fazer contacte um profissional de gesso cartonado e não se esqueça... aberturas em baixo na hotte (para entrar ar frio) e aberturas em cima (para sair o ar aquecido)
nos recuperadores novos é normal deitar um pouco de cheiro nas primeiras utilizações, mas pelo que descreve deve haver ai mais alguma coisa
Já fiz o teste proposto pelo FD. Tirei uma das grelhas laterais e aqueci a lâ de rocha que ficou exposta com o secador. Apesar de muito menos intenso, consegui sentir aquele cheiro. Independentemente do resultado deste teste, já estava tentado em fazer qualquer coisa à instalação uma vez que a colocação da lâ de rocha apresenta deficiências (não está totalmente isolada do ar pela folha de alumínio).
Até posso decidir-me por tirar a lâ de rocha, mas é só tirar e já está? Não se põe nada para substituir o isolamento térmico dado pela lã de rocha? Nem à volta do recuperador?
De qualquer forma, acho que não me vou meter nesse trabalho sozinho pois acho que ultrapassa as minhas competências de bricolage :) e portanto se me pudessem dar a referência de alguém entendido no assunto e que opere na área de Lisboa, agradecia.