Venho solicitar a vossa ajuda relativamente à questão.
Vivo num prédio multifamiliar composto por 20 moradores no total, distribuidos por 10 pisos, sendo que cada prumada possui 10 frações.
Acontece que quando um vizinho acede à sua lareira (temos recuperador de calor) enche a minha habitação ( e a de outros) de fumo.
Já foram limpas as chaminés e a empresa que procedeu ao trabalho, afirma que o fumo ocorre devido à deficiente colocação das chaminés (as nossas estão em escadinha), isto é que a chaminé da fração do piso mais elevado é a mais baixa e a chaminé mais alta a que provém do piso terreo. Será assim que devia ser???
Também afirmaram que o fumo só repassa até a tubagem de exaustão aquecer/dilatar as condutas spiro
Apresentaram um conjunto de soluções nomeadamente a colocação de grelhas de ventilação apesar de nós já termos, colocação de cordão térmico no recuperador e desaconselharam a colocação das girândolas por estarmos localizados numa zona ventosa.
As minhas questões são: A forma de como estão dispostas as chaminés nas cobertura estará correcta? Será que as girândolas não são aconselhadas neste caso? Outras soluções possiveis.
Um dos problemas pode ser, de facto, haver partilha de condutas. Mas uma vez que diz que as chaminés estão em "escadinha", parece-me que cada apartamento tem a sua conduta independente. Posto isto, pode de facto haver retorno de fumo de uma chaminé para a outra, i.e., o fumo que sai de uma chaminé entra e desce por outra chaminé ao lado. Isso acontecia-me, tal e qual.
Em rigor, as chaminés deveriam estar todas bem abastadas umas das outras.
O seu recuperador de calor não tem um registo na exaustão? Se tiver, mantenha-o fechado quando não o usa.
Eu tive o mesmo problema e após quatro anos de "luta", a utilizacão de lareiras foi interdita. Pusemos girândolas, etc, não resolveu. Chamámos técnicos
Mas não foi fácil, a alternativa era uma vistoria da câmara, que acabaria por obrigar a partir tudo para resolver problema, que é estrutural.
Foram muitas noites sem dormir, muita troca de correspondência, incluindo cartas registadas e um incidente em que me saltou a tampa e perguntei a quem usava a lareira se estava disposto a matar alguém... Porque os gases tóxicos não eram visíveis mas a dificuldade em respirar acusava a sua presença.
Colocado por: Pedro Barradas Tem a certeza que diversas lareiras não partilham uma mesma conduta?
Cada fração possui a sua chaminé/tubagem individual
Em relação à minha lareira, já para mais de 4 anos que não utilizo, não por causa dos fumos, mas sim pq não necessito devido ao desempenho energértico devido ao isolamento térmico e a correcta calafetagem dos envidraçados.
A chaminé mais à esquerda na foto é do meu vizinho do lado.
A chaminé em primeiro plano é a minha.
As condutas são independentes.
Originalmente não existia o tubo inox com o chapeuzinho em cone (já se vai ver mais abaixo porquê).
Tanto eu como o meu vizinho tínhamos lareiras convencionais abertas. Ele usava a dele amiúde, eu não.
O resultado era o fumo dele acumular-se por debaixo das coberturas pretas e entrar pela minha chaminé, mesmo que não houvesse aparentemente nada a criar depressão em minha casa (exaustor, etc...). Essa entrada dependia das condições atmosféricas em cada dia, nos piores dias viam-se mesmo rolos de fumo a entrar na minha sala pela boca da lareira.
Entretanto instalei uma salamandra a pellets. O tubo de inox de exaustão de fumos vai pelo interior da conduta existente (a salamandra exige tubo mais fino que uma lareira) e fez-se o desencontro das chaminés como se vê, com aquelas curvas. Após a passagem do tubo a chaminé foi entaipada em cima (com chapa e argamassa de cimento) e em baixo (com gesso e sisal).
Vou aproveitar esta discussão para pedir a vossa ajuda. Comprei um apartamento no primeiro andar (por baixo são lojas e garagens) com um terraço bastante grande. O prédio tem 8 andares. Apesar de ter aquecimento a gas, não tem o que sempre quis, que era uma lareira/salamandra/recuperador. Haverá alguma possibilidade de a colocar na sala que está virada para o terraço?