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  1.  # 1

    Boa tarde,

    Vou comprar um imóvel com o meu namorado. Já assinámos o contrato promessa com as assinaturas reconhecidas no notário, e agora só falta a última parte.

    Decidimos pagar a casa a meias, e pagar o empréstimo a meias. O meu receio é que se lhe suceder alguma coisa, por ser apenas meu namorado e não meu marido, eu perco metade da casa para o herdeiro dele, o seu pai, que sempre foi contra eu comprar uma casa a meias com o seu filho (porque já tenho uma minha que arrendo e uso como fonte de rendimento).

    (Explicação dos meus receios e que não interessa para a pergunta, caso haja alguma pergunta sobre o porquê dos meus receios. Não leiam se se estiverem a borrifar para isso):
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    O seu pai queria que ele comprasse uma casa nos arredores, barata, e que se eu quisesse ir viver com ele, ia, e ajudava a pagar as despesas. Eu pelo contrário, achei que ele não tinha nada com o assunto, e que juntos podiamos comprar uma casa melhor, num local melhor, e que dessa forma não andava a pagar uma casa que nunca me pretenceria. O meu namorado concordou, e foi o que fizémos.

    Esta atitude leva-me a crêr que caso o meu namorado morra, o seu pai ia querer ficar com a metade da casa do filho. O facto de estarmos a viver numa casa da minha família com o meu recheio durante mais de seis anos e que sustentei o filho dele durante o seu final de estudos para nada contaria. Felizmente do meu lado da família esse tipo de ideias não existe, e caso eu morra, sabem que a casa é para ele. Vivemos como casal há quase sete anos em perfeita harmonia.
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    Voltando ao assunto:

    Disseram-me que posso no momento da escritura, fazer um testamento em como ele ficaria com a minha parte caso eu morresse, e ele o mesmo, mas não encontrei nada até agora que confirma a existência dessa possibilidade.

    A única certeza que tenho é que posso fazer um testamento em como passo até 1/3 dos meus bens a quem eu quiser.

    A minha questão é: sabem se essa hipótese de garantir que cada um fica com a outra metade da casa na eventualidade de morte do outro é verdadeira?

    Muito obrigada pela vossa atenção,

    AC
  2.  # 2

    Eu conhecendo tantos casais casados de fresco e que agora divorciaram,com problemas devido ao credito e partilhas,depois de ler nem sei como ainda se vai meter num crédito sem se casar e com essas dúvidas,a minimaa faísca vai ser uma dor de cabeça as partilhas!
    • tnjp
    • 27 abril 2015

     # 3

    Em vez de assinar um papel com o título "testamento" assine outro onde diz "casamento". Resolve o seu problema e basta assinar um papel...
    Concordam com este comentário: FD, Pedro Barradas, eu, JPN761
  3.  # 4

    Boa tarde Ana,

    Pode fazer uma escritura repartida.
    Na escritura pode determinar a percentagem para cada um dos proprietários, neste caso, 50/50.

    Em caso de óbito, a sua percentagem vai para o seu descendente/herdeiro.

    Vai pagar mais na escritura pois é como se estivesse a fazer 2 escrituras mas assim determina a percentagem para cada um e evita os problemas no futuro.
    Estas pessoas agradeceram este comentário: Ana M C C
  4.  # 5

    estão a começar vida agora? se sim, não comprem já casa. É um passo muito importante.

    aluguem uma casa, se já estiver mobilada melhor, se daqui a uns anos ainda acharem que a relação está sólida, comprem então casa.

    um crédito habitação (salvo algumas excepções) é um compromisso para a vida toda, mas à muito tempo que as relações o deixaram de ser.
  5.  # 6

    Colocado por: Ana M C Ccaso o meu namorado morra, o seu pai ia querer ficar com a metade da casa do filho
    Não fica para o filho do seu namorado?
    • SCMS
    • 27 abril 2015 editado

     # 7

    Olá Ana,

    Parece-me que de acordo com o que descreve podem sempre optar por oficializar uma união de facto (Têm de ter a mesma morada fiscal a mais de dois anos).

    Em caso de união de facto, a situação que descreve está prevista, pode por exemplo ler-se aqui: http://saldopositivo.cgd.pt/10-perguntas-e-respostas-sobre-unioes-de-facto/
    Concordam com este comentário: Toino
    Estas pessoas agradeceram este comentário: Ana M C C
    • eu
    • 27 abril 2015

     # 8

    Colocado por: pauloagsantosum crédito habitação (salvo algumas excepções) é um compromisso para a vida toda, mas à muito tempo que as relações o deixaram de ser.

    Uma grande verdade...

    A ligação ao banco é mais sólida que a(o) companheiro(a). E por vezes há também uma relação sexual com o banco, pois somos bem f0di--- pelo banco...
    Concordam com este comentário: JPN761
  6.  # 9

    Colocado por: eu
    Uma grande verdade...

    A ligação ao banco é mais sólida que a(o) companheiro(a). E por vezes há também uma relação sexual com o banco, pois somos bem f0di--- pelo banco...


    pelos vistos sao mesmo bem fu..... porque a malta nao se cansa e sempre que lhe apetece volta la, para mais um round! =D
  7.  # 10

    Colocado por: pauloagsantosestão a começar vida agora?

    Colocado por: Ana M C CVivemos como casal há quase sete anos em perfeita harmonia
    • SCMS
    • 27 abril 2015 editado

     # 11

    Ana, aqui tem um exemplo do que pode acontecer e ser decidido em tribunal na vossa situação:

    Direitos a imóveis.
  8.  # 12

    Colocado por: tnjpEm vez de assinar um papel com o título "testamento" assine outro onde diz "casamento". Resolve o seu problema e basta assinar um papel...
    Concordam com este comentário:Pedro Barradas,eu


    Sim, caso isto não se resolva de mais nenhuma forma já falámos sobre casar. Obrigada ;)



    Colocado por: fcouceloBoa tarde Ana,

    Pode fazer uma escritura repartida.
    Na escritura pode determinar a percentagem para cada um dos proprietários, neste caso, 50/50.

    Em caso de óbito, a sua percentagem vai para o seu descendente/herdeiro.

    Vai pagar mais na escritura pois é como se estivesse a fazer 2 escrituras mas assim determina a percentagem para cada um e evita os problemas no futuro.


    Pois,isso será feito de certeza absoluta, a parte dos 50/50. Não sabia que ficava mais caro por ser assim! Obrigada pelo aviso!


    Colocado por: pauloagsantosestão a começar vida agora? se sim, não comprem já casa. É um passo muito importante.

    aluguem uma casa, se já estiver mobilada melhor, se daqui a uns anos ainda acharem que a relação está sólida, comprem então casa.

    um crédito habitação (salvo algumas excepções) é um compromisso para a vida toda, mas à muito tempo que as relações o deixaram de ser.


    Não, já estamos a viver juntos faz quase sete anos e até à data nunca tive uma relação que tivesse corrido tão bem, e todos os dias acho estranho como é que duas pessoas se dão tão bem em comparação com relações prévias e com relações de quem me é mais próximo. Comprar casa a pagar menos de 300 euros ao banco por mês é muito mais aliciante do que pagar 900 de renda por mês pela mesma casa. O risco de separação até à data parece-me ser mínimo (e eu sempre vivi numa família de divorciados, até os avós :/ ).



    Colocado por: bel99Não fica para o filho do seu namorado?


    Se ele tivesse filho ;). Vamos começar a tratar dessa parte em breve.



    Colocado por: SCMSOlá Ana,

    Parece-me que de acordo com o que descreve podem sempre optar por oficializar uma união de facto (Têm de ter a mesma morada fiscal a mais de dois anos).

    Em caso de união de facto, a situação que descreve está prevista, pode por exemplo ler-se aqui:


    Muito obrigada, vou ver isso. Tenho um documento passado pela Junta a dizer que estamos em união de facto, mas as nossas moradas fiscais nunca foram as mesmas :(
  9.  # 13

    Colocado por: bel99Comprar casa a pagar menos de 300 euros ao banco por mês é muito mais aliciante do que pagar 900 de renda por mês pela mesma casa


    sem dúvida que sim, mas a casa que compra ao banco por 300€ mes não é a mesma que paga uma renda de 900€. A menos que tenha um bom pé de meia para dar de entrada.

    Se vivem à 7 anos sem problema, formalizem a união de facto que já fica salvaguardada. e depois se estão a pensar em ter filhos, o seu "sogro" nunca irá receber nada, apenas o seu filho.
  10.  # 14

    Colocado por: SCMSAna, aqui tem um exemplo do que pode acontecer e ser decidido em tribunal na vossa situação:

    Direitos a imóveis.


    Bem, com o facto de termos o papel da união de facto mas não termos a mesma morada fiscal, cheira-me mesmo a casamento.

    Obrigada pelo exemplo, que experiência mais desagradável :(
    • tnjp
    • 27 abril 2015

     # 15

    Se ele tivesse filho ;). Vamos começar a tratar dessa parte em breve.


    Sempre pode ir por este caminho!
  11.  # 16

    Colocado por: pauloagsantos

    sem dúvida que sim, mas a casa que compra ao banco por 300€ mes não é a mesma que paga uma renda de 900€. A menos que tenha um bom pé de meia para dar de entrada.

    Se vivem à 7 anos sem problema, formalizem a união de facto que já fica salvaguardada. e depois se estão a pensar em ter filhos, o seu "sogro" nunca irá receber nada, apenas o seu filho.


    Pois, essa parte do bom pé de meia é o nosso caso, porque juntámos as nossas duas poupanças. Pedimos metade do valor do empréstimo. Sei que a casa que vamos comprar valeria uns 900/mês de renda porque estivémos a pensar em a colocar no mercado de arendamento a fim a pagarmos tudo em pouco tempo.

    Se como dizem a união de facto leva dois anos a formalizar, por ser necessário ter a mesma morada fiscal há dois anos, o meu papelito da Junta que diz que estamos em união de facto de nada serve (ele sempre manteve a morada fiscal dos tempos em que vivia com o pai) então espero que um bebé apareça antes, até porque o relógio biológico está a tocar... ou mesmo mais rápido é o casamento (só acho triste 'ter de me casar' por motivos legais, mas pronto, que se lixe o romantismo).
    • SCMS
    • 27 abril 2015

     # 17

    Façam um bébé!
    O país também agradece! =)
    Concordam com este comentário: eu
    Estas pessoas agradeceram este comentário: Ana M C C
    • tnjp
    • 27 abril 2015

     # 18

    Se como dizem a união de facto leva dois anos a formalizar, por ser necessário ter a mesma morada fiscal há dois anos, o meu papelito da Junta que diz que estamos em união de facto de nada serve (ele sempre manteve a morada fiscal dos tempos em que vivia com o pai) então espero que um bebé apareça antes, até porque o relógio biológico está a tocar... ou mesmo mais rápido é o casamento (só acho triste 'ter de me casar' por motivos legais, mas pronto, que se lixe o romantismo).


    Essa questão dos dois anos com a mesma morada fiscal é um requisito para termos fiscais (entrega da declaração de IRS juntamente, por exemplo), não sei se para outras situações será assim também.
    A questão do casamento... se vive já com o seu namorado há sete anos penso que a maior parte do romantismo já passou! É como eu disse, o casamento é apenas assinar um papel. O romantismo normalmente está associado à cerimónia religiosa, à festa, etc... e isso pode ficar para outra altura. (estou na mesma situação que a sua, só que ainda não penso em comprar casa. Quando chegar a altura e caso ocorra um azar com um de nós, já temos uma herdeira para "tomar conta de tudo" :) )
    Estas pessoas agradeceram este comentário: Ana M C C
  12.  # 19

    Colocado por: tnjp

    Essa questão dos dois anos com a mesma morada fiscal é um requisito para termos fiscais (entrega da declaração de IRS juntamente, por exemplo), não sei se para outras situações será assim também.
    A questão do casamento... se vive já com o seu namorado há sete anos penso que a maior parte do romantismo já passou! É como eu disse, o casamento é apenas assinar um papel. O romantismo normalmente está associado à cerimónia religiosa, à festa, etc... e isso pode ficar para outra altura. (estou na mesma situação que a sua, só que ainda não penso em comprar casa. Quando chegar a altura e caso ocorra um azar com um de nós, já temos uma herdeira para "tomar conta de tudo" :) )


    Haha boa! Parabéns pela pequenita.

    O 'romantismo' era mais ele pedir-me em casamento e não "arrrgh vamos casar depressa porque pode haver %$#&@”. Nunca gostei de casamentos e sempre achei que se me casar não ia querer festa com outras pessoas (ai a minha mãe se ler isto). Quanto muito era uma lua de mel num sítio porreiro.

    Quanto à parte da morada fiscal talvez ser apenas necessária para assuntos fiscais, era bom que assim fosse! A ver se descubro como é.
  13.  # 20

    Colocado por: Ana M C Ce que sustentei o filho dele durante o seu final de estudos para nada contaria
    Tinha percebido mal esta frase...
    Casem e fica o assunto arrumado.
    Estas pessoas agradeceram este comentário: Ana M C C
 
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