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  1.  # 41

    Colocado por: euClaro, mas assumindo que no futuro a economia será cada vez mais digital e intangível, pode haver crescimento económico sem haver crescimento do consumo de energia.


    Pode haver, durante umas décadas, tal como houve crescimento baseado no contrário durante umas décadas valentes. Mas não pode haver crescimento sustentado. Algum dia acaba. As tuas questões são todas colocadas pelo economista da "conversa" que ai liguei.
  2.  # 42


    ó pá, ó eu... para haver actividade, tem de haver energia despendida. Não há volta a dar. Os recursos materiais, podes tentar alegar que os consegues usar de forma renovável (vamos reciclando os mesmos o que ironicamente iria usar montes de energia). Agora para haverem coisas a ser produzidas, serviços a ser feitos, tem de haver "coisas a mexer". Para as coisas mexerem, tens de gastar energia.

    Passar de uma economia com predominância industrial para uma economia de serviços permite, obviamente, uma redução do consumo de energia.



    Há quem tente contra argumentar com crescimento baseado em ganhos de eficiência, mas como é óbvio não consegues ter um ganho de eficiência perpétuo e ainda por cima exponencial.
    •  
      FD
    • 1 junho 2015 editado

     # 43

    Numa coisa concordo - o crescimento baseado em recursos naturais é finito.
    Algum dia o mundo actual terá que começar a ser totalmente sustentável.
    Nessa altura, penso que voltaremos, em muito, ao que fomos em tempos - equilibrados com a natureza e de actividade reduzida, uma espécie de velocidade de cruzeiro.
    Penso que com reciclagem a 100% ou perto e energias renováveis lá chegaremos.
    Fazendo uma analogia, para chegarmos a essa velocidade de cruzeiro, estamos agora em velocidade warp. :)

    A questão é que ninguém sabe ou quer muito saber quando e onde é que será o ponto de não retorno, o momento a partir do qual o desequilíbrio se torna definitivo e a sustentabilidade deixa de ser possível.
    Esse é o verdadeiro perigo.

    Na minha opinião, quando a humanidade chegar a esse momento, já cá não estarei há muito tempo...
  3.  # 44

    Colocado por: luisvvPassar de uma economia com predominância industrial para uma economia de serviços permite, obviamente, umareduçãodo consumo de energia.


    Assim como passar de economia de predominância agrícola para industrial permite, obviamente, crescimento económico. Daí não se pode tirar a conclusão que vai haver sempre maneira de manter crescimento económico.

    Colocado por: FDA questão é que ninguém sabe ou quer muito saber quando e onde é que será o ponto de não retorno, o momento a partir do qual o desequilíbrio se torna definitivo e a sustentabilidade deixa de ser possível.
    Esse é o verdadeiro perigo.


    Mas antes desse tens outro problema, que é o que estou a descrever. Tens o problema de viveres um sistema que depende do crescimento, e vai ser cada vez mais difícil manter o crescimento.

    Colocado por: FDNa minha opinião, quando a humanidade chegar a esse momento, já cá não estarei há muito tempo...


    Não estou assim tão convencido disso. :\
  4.  # 45

    Colocado por: danobrega

    Assim como passar de economia de predominância agrícola para industrial permite, obviamente, crescimento económico. Daí não se pode tirar a conclusão que vai haver sempre maneira de manter crescimento económico.



    Mas antes desse tens outro problema, que é o que estou a descrever. Tens o problema de viveres um sistema que depende do crescimento, e vai ser cada vez mais difícil manter o crescimento.



    Não estou assim tão convencido disso. :\


    Basicamente, a longo prazo, como vivemos num planeta de recursos escassos e finitos, não podemos crescer economicamente para sempre. Nem que a população comece a diminuir, apenas adiaríamos a curva descendente.
    Se começarmos a usar só energias renováveis também só vamos adiar o problema, porque dizem os astrónomos que daqui a 5000 milhões de anos o Sol vai morrer. E nós com ele.

    A curto/médio prazo o problema do crescimento económico é algo que afectará essencialmente, as economias desenvolvidas, que têm populações envelhecidas, grandes despesas sociais e altas taxas de desemprego. Mas é algo que já está a acontecer, com mais acuidade desde os últimos 15 anos, e em particular em Portugal.
    O paradigma social e económico vai mudar muito nos próximos anos, a bem ou a mal.
    Os países pobres, em especial África, tudo indica que a acelerarão ainda mais o seu crescimento económico.

    Tentar explicar toda esta complexidade com a função exponencial só como piada.
 
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