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      FD
    • 7 abril 2009 editado

     # 1

    Pois é... todo o cuidado é pouco.

    Técnico da Câmara vendeu moradia onde foram detectados danos
    2009-04-02
    ALEXANDRA SERÔDIO

    Um engenheiro civil da Câmara de Leiria começou esta quarta-feira a ser julgado pelos crimes de burla qualificada, infracção de regras de construção, dano em instalações e perturbação de serviços. Ao tribunal garantiu que a acusação é falsa.

    Em causa está a venda de uma moradia, em Parceiros, concelho de Leiria, por parte do técnico superior da autarquia, e onde foram detectados defeitos de construção. De acordo com o Ministério Público, a casa vendida em Agosto de 2001 e habitada pelo casal Francisco e pelos três filhos menores a partir de Outubro, terá sido construída em cima de uma conduta de águas pluviais.

    Refere o MP que, aquando da construção, o empreiteiro terá alertado Manuel S. para a existência da conduta no subsolo e para "a necessidade e conveniência de ali ser feito um tipo diferente de construção, ao nível das edificações a construir e do desvio ou reforço da conduta".

    Refere a acusação que o engenheiro "não tratou de desviar (a conduta) do seu percurso original" nem "efectuou qualquer trabalho visando a sua conservação e reforço, bem como a consolidação das terras adjacentes".

    Os problemas na moradia surgiram em 2002, tendo-se verificado abatimentos do piso em vários locais, quebra de mosaicos e fissuras nas cantarias dos alçados posterior e norte da moradia, entre outros. Refere o MP que os danos na vivenda ocorreram porque o arguido "não acautelou o risco de construir em terreno onde se encontrava uma conduta de águas pluviais e de não ter providenciado por uma correcta consolidação dos terrenos".

    Ao colectivo de juízes, o engenheiro garantiu que "nada disto é verdade". Explicou ter contratado um empreiteiro que fez a obra e um projectista que elaborou o projecto. Diz ter vendido a casa com os acabamentos por fazer e afiançou mesmo ser "vítima" do "senhor Francisco" a quem vendeu a casa, e que este agiu de "má-fé" com ele.

    Emocionado e a soluçar, Manuel S. diz que sempre "agiu de boa fé", que apesar de não ter responsabilidades sobre a construção sempre se mostrou disponível para resolver os problemas e até passou "cheques para pagar as obras". O ano passado indemnizou a família em 70 mil euros, no âmbito de um processo cível.

    Sandra Paula, proprietária da moradia, garantiu desconhecer a existência da conduta e que o negócio da venda foi feito com o ex-marido, desconhecendo os contornos.

    http://jn.sapo.pt/paginainicial/pais/concelho.aspx?Distrito=Leiria&Concelho=Leiria&Option=Interior&content_id=1188251
  1.  # 2

    Quanto a mim sr engenheiro da câmara agiu e está a agir como um verdadeiro "sr engenheiro da câmara":
    É como se não fosse engenheiro e, como bom funcionário público, não sabe nem quer saber o que significa ser responsável (ou, portuguesmente, é adepto do «quem vem asseguir que feche a porta»).
  2.  # 3

    Calma não vamos já queimar o homem só porque é engenheiro (se bem que isso já fosse motivo suficiente) nem porque é engenheiro da câmara.
    Quantos "Patos Bravos" não há por aí que agem da mesma forma?
    Talvez este senhor quer pela sua formação e posição devesse ter uma outra actitude, mas tb não sabemos a história toda.
    Fico contente por estas irresponsabilidades começem a ser julgadas e condenadas. Só assim talvez possamos começar a limpar o mundo da construção de algumas ovelhas ranhosas.
  3.  # 4

    Ó zedasilva,
    Aqui entro eu em defesa da honra da classe dos engenheiros civis!!

    Está a comparar um promotor imobiliário com a "preparação técnica" de Pato Bravo, com a de um engenheiro civil, ainda por cima da câmara?

    Se a história se confirma (e ele já foi condenado em processo cível) esse "sr engenheiro da câmara" devia levar era uma pena a dobrar!!
  4.  # 5

    Até concordo consigo Luis
    Gostaria era de ver caso este senhor seja condenado a sua ordem a tomar igualmente uma posição se ele for associado.
 
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