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  1.  # 241

    E o buraco aumentou porquê?
    Concordam com este comentário: two-rok
  2.  # 242

    Colocado por: valtoresE o buraco aumentou porquê?


    Não vale a pena referir novamente o que já foi discutido aqui extensivamente.

    É preferível olhar para a frente e ver o que é necessário fazer para tirar Portugal da agonia que vive. Os portugueses estão acomodados ao seu destino que é trabalhar para sobreviver e pagar as contas. O problema é que com esse espirito o país dificilmente se volta a reerguer. É necessário criar condições para as pessoas encararem o futuro com otimismo.

    Penso que um dos grandes problemas de Portugal é o desequilíbrio na distribuição da riqueza. É obvio que não se pode chegar às pessoas e tirar à força a uns para dar a outros. No entanto essa distribuição deve ser feita de forma natural e meritória. Para tal é necessário que as pessoas ganhem coragem e arrisquem. Não faltam em Portugal pessoas capazes e bem formadas que apenas precisam de uma oportunidade para acrescentar algo ao que já existe.

    No entanto, nos dias que correm, isso torna-se difícil porque os portugueses estão receosos e as oportunidades estão vedadas a quem dispõe do capital necessário. É por isso fundamental que essas pessoas recebam apoio e indicadores positivos por parte de quem gere o país.

    A politica da austeridade é necessária para equilibrar as contas públicas e compensar desequilíbrios sistémicos mas se não houver ao mesmo tempo uma politica de investimento na economia, a primeira está condenada ao fracasso. Se o país não produz e não inova, tudo o que o estado poderá cobrar não será suficiente para fazer face às despesas inevitáveis.

    O PSD tardou em perceber isso, preferindo manter até à ultima o papel do gestor de falências, e por isso acabou por perder as eleições. Esperemos que o novo governo saiba manter o equilíbrio entre a poupança necessária e o investimento indispensável.
    Concordam com este comentário: JOCOR, maria rodrigues, Sabrina
    • eu
    • 4 janeiro 2016

     # 243

    Colocado por: simplesA politica da austeridade é necessária para equilibrar as contas públicas e compensar desequilíbrios sistémicos mas se não houver ao mesmo tempo uma politica de investimento na economia, a primeira está condenada ao fracasso. Se o país não produz e não inova, tudo o que o estado poderá cobrar não será suficiente para fazer face às despesas inevitáveis.

    Num cenário de contas públicas controladas (o que alguns chamam de austeridade), o que impede o setor privado de produzir e inovar ?
    Concordam com este comentário: two-rok
  3.  # 244

    Colocado por: eu
    Num cenário de contas públicas controladas (o que alguns chamam de austeridade), o que impede o setor privado de produzir e inovar ?


    Generalizando, pouca procura, impostos, e créditos cortados.
  4.  # 245

    Colocado por: eu
    Num cenário de contas públicas controladas (o que alguns chamam de austeridade), o que impede o setor privado de produzir e inovar ?


    falta de capital, impostos altissimos (IRC, IVAs, etc), e pouquissima procura devido ao baixo poder de compra em Portugal. Eu sei que se abrir uma empresa vou ter muitas dificuldades devido aos baixos rendimentos de quem me compra um produto.
    Há excepçoes e empresas que de facto investem e conseguem retorno, mas uma economia nao vive de excepçoes. Uma empresa precisa de ser criada, ter lucro, pagar ordenados, etc... e para isso é preciso que alguem compre o produto ou serviço. Se as pessoas compram pouco, ou pagam pouco.. é dificil isto andar para a frente.
    Concordam com este comentário: Bricoleiro
  5.  # 246

    Colocado por: valtoresEu sei que se abrir uma empresa vou ter muitas dificuldades devido aos baixos rendimentos de quem me compra um produto.

    Não necessariamente.
    Quando cria uma empresa convém ter o publico alvo bem identificado. E conhecer bem o mercado onde se vai lançar. Tem que saber se existe procura pelo que está a oferecer e qual o preço que o seu cliente está disposto pagar para o obter.
    Hoje em dia, e cada vez mais, não faz sentido abrir uma empresa e não pensar no mercado internacional.

    Colocado por: valtoresSe as pessoas compram pouco, ou pagam pouco.

    Se as pessoas compram pouco é porque o que está a oferecer é caro ou desinteressante. Se pagam pouco é porque, provavelmente o que está a oferecer ou não tem qualidade ou é mais do mesmo.
  6.  # 247

    Colocado por: André BarrosSe as pessoas compram pouco é porque o que está a oferecer é caro ou desinteressante. Se pagam pouco é porque, provavelmente o que está a oferecer ou não tem qualidade ou é mais do mesmo.


    Discordo, onde está a hipótese de pagam pouco porque não têm dinheiro?
  7.  # 248

    Colocado por: André Barros
    1. Se as pessoas compram pouco é porque o que está a oferecer é caro ou desinteressante. Se pagam pouco é porque, provavelmente o que está a oferecer ou não tem qualidade ou é mais do mesmo.


    eu compro pouco porque nao tenho dinheiro para comprar mais.
    o que compro é barato, porque nao tenho dinheiro para comprar o que gostava, e que é caro (sejam telemoveis, carros, produtos para a casa, alimentaçao, etc).
    Ando sempre a esmiuçar os preços mais baixos.

    Logo, a sua teoria, embora faça algum sentido, não está certa.
    As pessoas nao compram mais nem mais caro, porque nao tem dinheiro.

    Claro que é preciso ter cabeça e apostar num mercado bem identificado. Mas somos um país pequenos, e ha empresas para tudo e para nada. Não é facil arranjar mercado...

    sim, o internacional é uma opção, mas tambem aqui nao é facil (ha muito chines e espanhol a vender barato por aí fora, e nós nao conseguimos uma produçao assim tao barata que permita competir com os preços deles). Safa-se o mercado de luxo (calçado, por exemplo), mas para esse mercado é necessario ter muito dinheiro para se investir e boa mao de obra, que nao é barata.

    não é só querer... isto não é facil por cá.

    mas sim, tudo é possivel... haja muita criatividade e visão.

    só digo é que 95% das empresas não têm essa visão... e os 5% nao chegam para a economia andar para a frente.
  8.  # 249

    Acho que não estão a interpretar as coisas como eu gostaria.

    O que eu quero dizer é que o poder de compra não pode ser desculpa para a falta de inovação e empreendedorismo.
    É preciso criar necessidade, criar procura em relação ao que estamos a oferecer.
    Basta ir pela rua e olhar para os lados, ele é cafés, pastelarias, stands, etc, etc...É óbvio que não existe procura para tanta oferta e o resultado só pode ser 1.
  9.  # 250

    Colocado por: BricoleiroDiscordo, onde está a hipótese de pagam pouco porque não têm dinheiro?


    Essa hipótese não se coloca porque eu quando lanço um produto sei (ou devo saber) que existem pessoas que me pagam o que eu quero.
    Repare na Apple, os smartphones mais caros do mercado (ou dos mais caros) e os que mais vendem. Eu vejo toda a gente de Iphone. Afinal há ou não há €?
    Concordam com este comentário: two-rok
  10.  # 251

    Colocado por: André Barros
    1. Repare na Apple, os smartphones mais caros do mercado (ou dos mais caros) e os que mais vendem. Eu vejo toda a gente de Iphone. Afinal há ou não há €?


    e acha que o comum dos mortais, os 99% dos tugas com rendimentos modestos, conseguem criar uma apple ou qualquer empresa que inove grandemente? É aí que está o problema, é que é muito caro (impossivelmente caro) para o comum Portugues, fazer isso que você diz (que está certo em teoria). E não é o 1% do Português com capital para investir em grande e de forma disruptiva, que faz a economia mexer.

    Concordo que é preciso inovar e ser disruptivo. Mas sem poder de compra, sem publico, e sem condições e beneficios fiscais para que isso aconteça... a coisa vai andar sempre muito, muito devagar.
  11.  # 252

    Colocado por: valtorese acha que o comum dos mortais, os 99% dos tugas com rendimentos modestos, conseguem criar uma apple ou qualquer empresa que inove grandemente?

    Valtores eu apenas dei um exemplo que um produto "caro" com alta procura. Apenas isso, um exemplo.

    Colocado por: valtoresÉ aí que está o problema, é que é muito caro (impossivelmente caro) para o comum Portugues, fazer isso que você diz

    O que é que é muito caro?Pensar e planear antes de abrir uma empresa?É que é apenas isso que eu estou a dizer.
  12.  # 253

    Colocado por: André Barros

    Essa hipótese não se coloca porque eu quando lanço um produto sei (ou devo saber) que existem pessoas que me pagam o que eu quero.
    Repare na Apple, os smartphones mais caros do mercado (ou dos mais caros) e os que mais vendem. Eu vejo toda a gente de Iphone. Afinal há ou não há €?


    Mas isso é uma parte do mercado, não retrata a economia de nenhum país num todo.
    Há Ferraris à venda e vendem-se, então Itália deveria estar rica?
  13.  # 254

    Colocado por: valtorese acha que o comum dos mortais, os 99% dos tugas com rendimentos modestos, conseguem criar uma apple ou qualquer empresa que inove grandemente?

    E olhe que até me atrevo a dizer. Se a ideia for boa, o dinheiro aparece.

    Colocado por: BricoleiroMas isso é uma parte do mercado, não retrata a economia de nenhum país num todo.
    Há Ferraris à venda e vendem-se, então Itália deveria estar rica?

    Bricoleiro eu não estou a falar de economias, estou a falar de empresas. Mas é óbvio que se um qualquer país tiver um tecido empresarial saudável só tem a lucrar com isso.
  14.  # 255

    Colocado por: André BarrosBricoleiro eu não estou a falar de economias, estou a falar de empresas. Mas é óbvio que se um qualquer país tiver um tecido empresarial saudável só tem a lucrar com isso.


    Claro que sim, só que não estava a falar de empresas já lançadas nem de quem consegue investir e formar uma empresa sem recorrer a ajudas e créditos. É óbvio e também concordo que há ramos de negócio que conjugados com o sítio e o cliente perfeito ou alvo, terá quase sempre sucesso. E os outros?
  15.  # 256

    Colocado por: valtorese acha que o comum dos mortais, os 99% dos tugas com rendimentos modestos, conseguem criar uma apple ou qualquer empresa que inove grandemente? É aí que está o problema, é que é muito caro (impossivelmente caro) para o comum Portugues, fazer isso que você diz (que está certo em teoria). E não é o 1% do Português com capital para investir em grande e de forma disruptiva, que faz a economia mexer.

    Concordo que é preciso inovar e ser disruptivo. Mas sem poder de compra, sem publico, e sem condições e beneficios fiscais para que isso aconteça... a coisa vai andar sempre muito, muito devagar.


    A Apple não abriu portas e lançou logo os produtos que a fizeram o que é hoje. Iniciou numa garagem, houve muito fracasso antes do grande boom, muitos altos e baixos, e pelo meio ainda tiveram de ir pedir ao Jobs para voltar depois de o despedirem, senão teria sido falência na certa, nem aqui estaríamos a falar da Apple, nem tão pouco saberíamos o que é um iPhone. Tudo isto para dizer que a Apple não se criou, foi-se criando, desde, salvo erro, os anos 80, e o grande boom só aconteceu já neste século.
 
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