Boa tarde, Coloco-vos a seguinte questão que me anda a tirar o sono e a qual agradecia muito a vossa ajuda. Tenho duas casas, uma na Amadora e outra o Alentejo. As casas têm mais ou menos o mesmo valor de mercado actualmente. A minha filha mais nova vive na minha casa em Lisboa. Eu e a minha mulher, mãe das minhas filhas, vivemos na casa do Alentejo.
Pretendo fazer a doação de uma casa para cada uma das minhas filhas. A que vive na Amadora fica com a casa de Amadora e continua lá a viver. A casa do Alentejo fica para a outra, mas com reserva de direito de usufruto para nós (os pais).
Estarei eu a ser justo para com a minha filha que fica com a casa do Alentejo tendo em conta que fica com uma casa sobre a qual apenas terá posse e usufruirá se calhar daqui a 20 ou 30 anos?
Seja optimista. Parta do princípio que a sua mais velha ficará com o direito à casa do Alentejo daqui a 50 anos.
Entretanto, a mais nova usufruiu durante todos esses anos de uma casinha na Amadora, poupando, digamos... 500euros de renda/mês. Isto é, se não houvesse inflação, a sua filha mais nova teria poupado durante esses 50 anos o equivalente a um par de casas (300.000euros)!
Portanto, para ser justo a sua filha mais nova devia estar a pagar METADE do valor da renda da casa da Amadora à filha mais velha, até que esta tivesse a propriedade plena da propriedade no Alentejo.
Mas isto, assumindo que ambas as casas têm exactamente o mesmo valor patrimonial.