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  1.  # 1

    O Prémio Pritker, equivalente ao Óscar da Arquitetura, foi atribuído ontem ao arquiteto chileno, de 48 anos, Alejandro Aravena.

    Segundo o júri, o trabalho de Aravena representa uma "oportunidade económica para os menos privilegiados, atenua os efeitos dos desastres naturais, reduz o consumo energético e providencia o bem-estar no espaço público".

    Lembrei-me de colocar aqui esta notícia não só porque tem havido neste fórum muitas discussões interessantes acerca da arquitetura portuguesa, mas também porque estava aqui a ler um outro post sobre a possibilidade de construir moradia até 100 mil euros.

    Ouvi ontem um consagrado arquiteto da nossa praça que a "arquitetura não faz sentido se não for para o bem das pessoas que serve". Parece-me um cliché que ouvem no primeiro ano do curso e que muitos (saliento, não todos) já não se lembram quando saem da faculdade. Sinceramente, não creio que esses arquitetos portugueses de renome façam desse princípio o seu lema profissional, bem antes pelo contrário.

    Mas, como se vê, para ganhar o maior galardão da Arquitetura pode pensar-se em projetar habitação a custo controlado. Basta ser bom, digo, muito bom Arquiteto. Não conheço Aravena, não tenho ligação nenhuma a esta área, mas fiquei satisfeito com a atribuição deste prémio.

    Habitação a custo controlado, dando possibilidade ao cliente de, no futuro, continuar a sua obra, através do fabrico por módulos, vai ser o futuro da construção. A habitação não tem que estar concluída no dia em que se entrega a chave ao cliente, pode ter vida e sofrer metamorfoses. E aqueles que conseguem ver o que mais nenhum vê, bem antes no tempo, são visionários e merecem todo o reconhecimento. Agora, só há que seguir o mesmo caminho...
    Concordam com este comentário: nunogouveia
    Estas pessoas agradeceram este comentário: CMartin
  2.  # 2

    Interessante notícia e também interessante a arquitectura que ganhou o prémio tal como a apresenta - a custo controlado e com possibilidade de a casa crescer e evoluir connosco.
    Acho-a contraditória ao que estou habituada, da casa feita ao nosso espelho e ao maior investmento que consigamos, também jà com intenção de abarcar todas as necessidades actuais e de preferência as de futuro (numero de filhos que vamos ter por exemplo..).
    Muito inovador e faz-me todo o sentido essa nova arquitectura. Obrigada pela partilha.
 
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