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  1.  # 1

    Ola.

    É o meu 1º post escrito neste fórum, embora já tenha lido muitos mais, pelo que em primeiro lugar cabe-me cumprimentar todos os que nele participam e contribuem com as suas opiniões para esclarecer as dúvidas de cidadãos mais curiosos... como eu

    Infelizmente o caso que trago não é o mais feliz: eu e a minha namorada adquirimos um T3 juntos, com boas áreas e acabamentos de luxo, numa zona bem localizada do Barreiro. Ambos auferimos um rendimento razoavel que nos permitia sustentar a prestação da casa sem grande dificuldade. Agora a nossa relação entrou em ruptura e nestes casos surge a seguinte opção:

    - ou uma das partes adquire a casa (à partida seria eu, pois ela não tem suporte financeiro da família contrariamente a mim);
    - ou vendemos a casa.

    Vender a casa parece a solução mais justa para ambas as partes, mas também é uma solução que na conjuntura actual nos vai fazer perder dinheiro (e muito), correndo-se o risco de nem dar para conseguir suportar a hipoteca, para além de ser um processo que provavelmente se vai arrastar por meses (ou anos!) a não ser que se venda a casa ao desbarato. E neste momento, mesmo em situação de rotura estamos ambos a viver na mesma casa, até encontrarmos uma solução, o que é uma situação, no mínimo desconfortável!

    Por outro lado posso tentar ficar com a casa para mim, o que fará com que ela saia de casa mais depressa, mas fico com grandes encargos, que neste momento até consigo suportar devido à descida das taxas de juro (e ao spread de 0.35 que consegui negociar na altura), mas nunca sabemos o que o futuro nos trás - e o empréstimo ainda dura mais 48 anos...

    Agora eis as minhas dúvidas propriamente ditas e partindo do principio que consigo chegar a acordo com ela, sem entrarmos em litígio:

    - se tentar ficar com a casa para mim, qual a solução com menor custos, nomeadamente a nível de cartórios / escrituras? É possível ela realizar-me uma doação da parte dela ou a dívida que ambos temos ao banco invalida essa opção? Sou sempre obrigado a fazer nova escritura + pagamento de IMT + imposto de selo da parte dela?

    - devido à boa localização da casa (5 min a pé do Hospital e a 5 min a pé da faculdade de engenharia do barreiro )e tendo em conta outros posts, parece-me que não é uma má altura para procurar alugar a casa (ou pelo menos 1 ou 2 quartos), visto que para uma pessoa só a casa é muito grande. Que passos necessitaria para alugar quartos? Por que prazos os poderia alugar? E para além do benefício óbvio da renda mensal, que tipo de custos poderia ter com esta solução? (nomeadamente a nível de IRS?

    Desculpem a extensão do post, mas isto é um grande imbróglio e é tudo muito novo para mim. Ando um pouco perdido no meio de tudo isto e o facto de andar emocionalmente em baixo também não ajuda nada :(
  2.  # 2

    Olá frodosda,
    Hoje parece ser o dia das rupturas, porque há mais um caso aqui no forum hoje, parecido com o que conta, o qual comentei, e que espero não se importar, vou usar as mesma palavras para comentar o seu. Não é uma resposta personalizada, é uma espécie de "one-fits-all", mas é a minha opinião, e aqui está "copy-paste" com algumas pequenas alterações para se adaptar á sua questão:
    "Posso também dizer-lhe que o mais difícil são os primeiros anos de convivência, porque embora as pessoas gostem uma da outra, o atrito causado por feitios diferentes, educações diferentes, e maneiras de estar diferentes, estão ali todas, á flor da pele...depois, com o tempo, as pessoas vão-se moldando uma à outra, até sem se aperceberem, ou então fazendo cedências conscientes que é para o bem dos dois.E as coisas melhoram, e a relação torna-se mais pacífica e agradável, muito agradável e chega um dia e sentimo-nos verdadeiramente felizes por termos feito essa opção, e o esforço. Sentimos que valeu a pena. É muito bom chegar aí.
    Li algures escrito por A.Bessa-Luis que os casais de hoje não dão tempo para que as feridas cicactrizem, fogem, e nunca chegarão áquele ponto que vemos nos pais, nos avós, que contam as suas "peripécias" de casal e riem-se delas, o que pareceu tão grave um dia, torna-se com o passar do tempo uma memória que dá vontade de rir em conjunto. Hoje em dia nunca teremos isto, se continuarmos sempre com esta vontade de fugir à primeira, ou segunda, terceira. Não nos aguentamos tempo suficiente para conseguirmos ter essa memória, das feridas cicatrizadas que nos dão vontade de rir."

    Agora, se mesmo depois de ter lido isto, continuam com a intenção de se separarem, e para resolverem o assunto da casa, há uns tempos, vendia-se a casa, mas como diz vender não é grande opção actualmente pelas razões que diz, mas pode tentar fazê-lo, continuando a viver juntos (muito desagradável, eu acho, conheço dois casais que o fizeram,) até se concretizar a venda.
    Não é um imbróglio tão grande assim se conversarem e estudarem a melhor solução em conjunto, podem chegar a um acordo perfeito para os dois. Cuidado com as soluções temporárias (alugar quartos, etc, só para "desenrascar" a actual situação, podem ser boas, podem ser más, meça os prós e contras.De resto terei que "passar a palavra" a outra pessoa mais entendida sobre "partilhas"
    Cumprimentos,
  3.  # 3

    Não resisto a fazer uns pequenos reparos:

    1º a localização perto do hospital só interessa a quem lá trabalhe ou a alguém que está constantemente doente, logo não pode apontar isso como um dos bons factores de localização da casa;

    2º o Barreiro não tem nenhuma faculdade de engenharia. As universidades têm faculdades e o barreiro tem um politécnico(zinho);

    3º se faltam 48 anos de prestações é porque fez empréstimo a 50 anos. Imagine-se agora reformado, com 66 anos, com o seu apartamento, velho, sujo e a cair de podre e no entanto ainda o está a pagar com a misera pensão que não lhe vai chegar para os medicamentos, quanto mais para a prestação do banco. Um empréstimo nunca deve ser contraido a 50 anos. Deve ser contraido num prazo menor, para que caso no futuro aconteça um imprevisto financeiro, você ter margem de manobra para aumentar o prazo do empréstimo e consequentemente diminuir a prestação de acordo com as suas necessidades;


    Criticas à parte, uma resposta a uma questão sua: caso compre a parte da casa correspondente à sua esposa, terá de pagar impostos sobre tal.
  4.  # 4

    Colocado por: marcoaraujoNão resisto a fazer uns pequenos reparos:

    1º a localização perto do hospital só interessa a quem lá trabalhe ou a alguém que está constantemente doente, logo não pode apontar isso como um dos bons factores de localização da casa;

    2º o Barreiro não tem nenhuma faculdade de engenharia. As universidades têm faculdades e o barreiro tem um politécnico(zinho);

    3º se faltam 48 anos de prestações é porque fez empréstimo a 50 anos. Imagine-se agora reformado, com 66 anos, com o seu apartamento, velho, sujo e a cair de podre e no entanto ainda o está a pagar com a misera pensão que não lhe vai chegar para os medicamentos, quanto mais para a prestação do banco. Um empréstimo nunca deve ser contraido a 50 anos. Deve ser contraido num prazo menor, para que caso no futuro aconteça um imprevisto financeiro, você ter margem de manobra para aumentar o prazo do empréstimo e consequentemente diminuir a prestação de acordo com as suas necessidades;


    Criticas à parte, uma resposta a uma questão sua: caso compre a parte da casa correspondente à sua esposa, terá de pagar impostos sobre tal.


    De facto, e desculpe dizer, mas não vejo em que as suas críticas possam ajudar. Pena estarmos sempre com esta vontade de criticar os outros.
    Cumprimentos,
  5.  # 5

    Obrigado CMartin pelas palavras de reflexão, mas a reconciliação é practicamente impossível uma vez que envolve terceiras pessoas.

    Marco, quando falei do Hospital e Politecnico estava a falar de potenciais inquilinos para os quartos para alugar. Quanto à outra crítica, que eu cometi um erro dos grandes na compra da casa já percebi, não precisava de me relembrar. Entendi também que na sua opinião o melhor será vender a casa, ou estou errado?

    Voltando às minhas questões originais, se alguém me poder responder:


    - se tentar ficar com a casa para mim, qual a solução com menor custos, nomeadamente a nível de cartórios / escrituras? É possível ela realizar-me uma doação da parte dela ou a dívida que ambos temos ao banco invalida essa opção? Sou sempre obrigado a fazer nova escritura + pagamento de IMT + imposto de selo da parte dela?

    Que passos necessitaria para alugar quartos? Por que prazos os poderia alugar? E para além do benefício óbvio da renda mensal, que tipo de custos poderia ter com esta solução? (nomeadamente a nível de IRS?

    Muito obrigado pela compreensão.
  6.  # 6

    Agora eis as minhas dúvidas propriamente ditas e partindo do principio que consigo chegar a acordo com ela, sem entrarmos em litígio:

    - se tentar ficar com a casa para mim, qual a solução com menor custos, nomeadamente a nível de cartórios / escrituras? É possível ela realizar-me uma doação da parte dela ou a dívida que ambos temos ao banco invalida essa opção? Sou sempre obrigado a fazer nova escritura + pagamento de IMT + imposto de selo da parte dela?

    - devido à boa localização da casa (5 min a pé do Hospital e a 5 min a pé da faculdade de engenharia do barreiro )


    boa tarde frodosda

    Dado que está no Barreiro, tente passar por aqui com certeza que o ajudam a tirar as suas dúvidas quanto à melhor forma de escriturar e mais barata na parte fiscal. São uns tipos bestiais, do melhor a nivel do atendimento. E, acima de tudo, são honestos.

    Boa sorte na resolução do seu caso
  7.  # 7

    Ah, as terceiras pessoas que às vezes invadem os nossos jardins, valendo a pena, podemos sempre, e a dois, querendo, apagar a seu "acontecimento" com uma grande borracha e começar de novo (embora eu não seja apologista disto pessoalmente, já vi casos em que valeu a pena). Desculpe, estou a divagar de novo.

    Sendo assim, é uma partilha, Ou fazem nova escritura ou doação da parte dela para si, que eu saiba a dívida não invalida essa opção, e pagaria menos em termos processuais. Telefone ao seu gerente de conta, ele confirmar-lhe-á esta informação.(E já agora o gerente não vai saber responder - não gostam destes assuntos - porque dizem que são melindrosos e o casal pode-se desentender, bla bla, (dizem eles por vezes), por causa da informação que o banco deu - esqueça isso, eles como banco apenas têm que dar a informação correcta e não se satisfaça enquanto não derem - vão consultar e ficam de dar resposta, e tal, faz parte, não desanime). Vá lá pessoalmente se preciso for.

    Para alugar quartos, tem que fazer contrato, tem que declarar às finanças que vai fazê-lo, (Tendo bonificação não se pode alugar, é ilegal). Em termos de IRS vai ser um rendimento, não se pode falar em valores porque claro isso depende da declaração dos restantes rendimentos e das despesas que faz em IRS, acrescenta mais esse rendimento.
    Há aqui no forum gente mais entendida em aluguer, passo-lhes a palavra.

    Cumprimentos,
  8.  # 8

    E pode ir a um cartório publico, onde informam gratuitamente.
 
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