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  1.  # 1

    Boas!

    Eu e o meu companheiro pretendemos comprar casa nos próximos tempos, mas queríamos evitar fiadores porque não temos ninguém. Juntos auferimos pouco menos de 2000€/mês, ele tem contrato sem termo desde há mais de 3 anos na mesma empresa, mas eu todos os anos fico desempregada por 2 meses no verão, só reiniciando em setembro. Não temos cartões de créditos, não temos qualquer crédito nem dívidas. Acham possível concederem-nos empréstimo sem fiador nestas condições? Ajudará se dermos entrada/adiantamento com algum valor? Os valores das casas na zona que andamos a pesquisar rondam entre os 90mil e os 130mil.

    Peço desculpa se estou a escrever barbaridades de tão óbvias que as coisas possam parecer, mas nem um nem outro percebemos nadinha de nada sobre crédtios, Spreads, taxas não sei quê... Se alguém quiser fazer um desenho somos todos ouvidos :)

    Agradeço quem possa ajudar/opinar!

    Até breve :)
  2.  # 2

    Nada como ir a uns bancos e pedir umas simulações.

    Não estou muito a par da realidade atual mas tenho ideia de os bancos serem mesmo muito renitentes em conceder crédito sem fiador, se é que concedem de todo. Gato escaldado...
    Se concederem, a menos que me diga que têm uns valentes milhares poupados, sem fiador e com a Maryann, para todos os efeitos, sem emprego/salário fixo, certamente será com condições muito pouco simpáticas.
    Estas pessoas agradeceram este comentário: Maryann
  3.  # 3

    Tente ver imoveis dos bancos... São sempre muito mais flexiveis...
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  4.  # 4

    Lembrei-me de repente de uma opção: já que não estão casados, façam o crédito e a compra da casa só em nome do seu companheiro e dê-se a si como fiadora. Nesse caso, pelo sim pelo não, talvez seja conveniente não dizerem que vivem juntos, alguém mais informado que diga de sua justiça.
    Estas pessoas agradeceram este comentário: Maryann
  5.  # 5

    Não acho boa ideia. Se o empréstimo é para os 2, devem constar os 2 como titulares. A taxa de esforço é muito mais simpática...
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  6.  # 6

    Eu comprei o meu apartamento mais ou menos nas mesmas condições que relata.
    Os rendimentos são semelhantes mas estamos ambos efectivos. O valor de compra também foi inferior.
    Não precisei de fiadores. Entretanto já mudei de banco e também não pediram fiadores.
    Mas cada caso é um caso e terá que pedir simulações em vários bancos e analisar.

    Boa sorte.
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    • nmex
    • 17 junho 2016

     # 7

    os bancos emprestam dinheiro hoje, em troca de um pagamento mensal, durante o período acordado (vulgo renda ou prestação) e que mensalmente é a soma das seguintes parcelas)

    - capital (valor que reduz no valor que deve ao banco)

    - juros ("ganho do banco" por lhe ter emprestado esse dinheiro)

    - seguro de vida (normalmente "exigido", para no caso de algo lhe acontecer (morte, doença e até pode incluir em alguns casos desemprego (mas muito específico) o banco ter a certeza que recebe o dinheiro que lhe devem


    muito simplificado, e para ter bases para procurar mais informação bem mais detalhada:

    para definir o que o banco lhe cobra (juros) por lhe ter emprestado o dinheiro, é normalmente definido um spread (que simplificando é o lucro que o banco ganha com o emprestar-lhe o dinheiro) associado a um indexante.

    o indexante pode ser variável (as famosas euribor), ou variável (chamadas taxa fixa)

    o valor do spread obtém-se da oferta comercial (concorrência) de cada banco e do poder negociar que possa ter junto de cada banco (rendimentos, garantias, etc..), a Euribor é um número que varia segundo o seu ciclo (3, 6, 12 meses os mais usados no credito habitacao) , e que tanto pode subir como descer (neste momento está em mínimos históricos)

    a soma do spread com o indexante chama-se TAN, e se for procurar a definição (de prosito não defino) encontrará que existem mais algumas como a TAE TAER, etc... e que é tão importante olhar para o spread (TAN) como para a TAER (aqui muita gente falha, porque escolhe onde os spread são mais baixos, mas depois as TAER são superiores)

    pesquise sobre estes conceitos básicos, perceba como funcionam e depois dirija-se aos bancos para ver a oferta comercial que lhe oferecem para a sua situação em particular.

    como dizia alguém hoje num tópico aqui ao lado (que lhe aconselho a ler também) "...comparamos a diferença de cêntimos num pacote de leite e temos preguiça de renegociar um spread ou falta-nos a disciplina ..."
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  7.  # 8

    Agradeço desde já a todos! :)

    Outra questão: se arranjarmos uma agente imobiliária que tente negociar o empréstimo com os bancos, não vale a pena irmos nós os dois pessoalmente aos bancos? Podemos "confiar"? A nós não nos custa nada, porque temos pelo menos 7 instituições bancárias aqui à volta...
  8.  # 9

    Sem ser imóvel de banco e sem fiador poupe 20% do imóvel para dar de entrada. Caso não o faça acho difícil que consiga um bom spread.
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  9.  # 10

    Colocado por: MaryannAgradeço desde já a todos! :)

    Outra questão: se arranjarmos uma agente imobiliária que tente negociar o empréstimo com os bancos, não vale a pena irmos nós os dois pessoalmente aos bancos? Podemos "confiar"? A nós não nos custa nada, porque temos pelo menos 7 instituições bancárias aqui à volta...

    Evite intermediários, sejam eles quem forem. Se tem disponibilidade aconselho a deslocarem-se vocês aos bancos negociar as vossas condições.
    Concordam com este comentário: mhpinto, ana1991
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  10.  # 11

    Colocado por: MaryannAgradeço desde já a todos! :)

    Outra questão: se arranjarmos uma agente imobiliária que tente negociar o empréstimo com os bancos, não vale a pena irmos nós os dois pessoalmente aos bancos? Podemos "confiar"? A nós não nos custa nada, porque temos pelo menos 7 instituições bancárias aqui à volta...


    7 bancos? São poucos! Peça simulações a todos os bancos que conhecer. Não se esqueça de apresentar os mesmos dados em todos eles. Só isso lhe poderá esclarecer quais as melhores propostas. Relativamente à questão dos fiadores, depende do banco, eu por exemplo nem sequer coloquei a hipótese de apresentar fiador, e fiz saber isso a todos os bancos que fui.
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  11.  # 12

    Os fiadores não são importantes se as suas condições económicas forem favoráveis. Mas mais que isso, nunca pense em fiadores: é um peso demasiado pesado para alguém a mais que não os intervenientes na aquisição.
    Concordam com este comentário: Paulo Porto
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  12.  # 13

    Colocado por: tozepalmaNão acho boa ideia. Se o empréstimo é para os 2, devem constar os 2 como titulares. A taxa de esforço é muito mais simpática...

    A taxa de esforço seria mais simpática se fossem os dois efetivos. Não o sendo, e dada a situação, que me parece altamente precária, da Maryann - desempregada dois meses por ano - suspeito que incluí-la no empréstimo não só não deverá trazer mais-valia como vai complicar desnecessariamente o processo (mais papelada) e com jeitinho ainda terá custos acrescidos (mais um seguro de vida? já não me lembro).
    Quando fui eu, como a minha Maria tem um historial clínico assustador, já o meu gestor estava a ver se eu chegava à conclusão que talvez fosse melhor não declarar aquilo tudo à seguradora, que ia pagar muito de seguro de vida, quando eu perguntei se não a meter como titular me agravaria a prestação. Como o meu salário era bem superior ao dela, não só ficou tudo igual como se bem me lembro ainda poupei o seguro de vida dela. Ficou só como fiadora.

    Colocado por: André BarrosEu comprei o meu apartamento mais ou menos nas mesmas condições que relata.
    Os rendimentos são semelhantes mas estamos ambos efectivos.

    Ou seja, as duas situações pouco têm de parecido na perspetiva dos bancos.

    Colocado por: ANdieselOs fiadores não são importantes se as suas condições económicas forem favoráveis. Mas mais que isso, nunca pense em fiadores: é um peso demasiado pesado para alguém a mais que não os intervenientes na aquisição.

    Pois, mas eu diria que têm muito pouco de favoráveis, pelo que, ou há fiadores ou das duas uma: ou o spread não vai ser muito simpático ou, dependendo do valor que vão pedir, poderá nem sequer haver crédito.
    Quando se está numa posição de força (taxa de esforço confortável, valor pedido bastante abaixo da avaliação, situação laboral estável), será fácil fazer essas imposições à partida. Não sendo o caso, suspeito que as coisas não lhe correrão bem se quiser avançar com isto sem fiadores.

    Mas voltamos à questão essencial: não vale a pena falar no abstrato, ponham-se a fazer simulações (sem intermediários). Podem fazer as que quiserem. Não são vinculativas nem se pagam (ainda).
    Estas pessoas agradeceram este comentário: Maryann
    • slsg
    • 20 junho 2016

     # 14

    Colocado por: ANdieselEvite intermediários, sejam eles quem forem. Se tem disponibilidade aconselho a deslocarem-se vocês aos bancos negociar as vossas condições.


    Poderá não ser sempre assim... Eu comprei a minha casa pela remax, e eles tinham um consultor a trabalhar para eles que nos fez os pedidos de simulação aos bancos e embora tenha depois feito pelo meu banco, ele conseguiu valores inferiores ao que pedi a titulo pessoal noutros bancos e serviu para pressionar o meu banco a acompanhar o spread .

    Pode sempre tentar ver quais os valores que lhe propõem através da imobiliária e depois solicita-los a titulo particular para comparar...
    Estas pessoas agradeceram este comentário: Maryann
  13.  # 15

    tinha a ideia, provavelmente errada, que um crédito habitação, no caso dos casados que tinha que ser feito em nome das duas pessoas. É possível uma pessoa casada fazer um crédito habitação, apenas em nome dele, sem colocar o conjugue?
    Estas pessoas agradeceram este comentário: Maryann
  14.  # 16

    Colocado por: pauloagsantosÉ possível uma pessoa casada fazer um crédito habitação, apenas em nome dele, sem colocar o conjugue?


    Sim se forem casados em regime de separação de bens
    Estas pessoas agradeceram este comentário: Maryann
  15.  # 17

    Boa tarde a todos, só agora pude voltar aqui, e agradeço uma vez mais todos os comentários.

    Fomos hoje fazer a primeira simulação os dois ao Santander (sou cliente há 10 anos), e eis as condições que nos apresentaram (apresentámos valores de rendimentos por baixo, porque calhou passarmos no balcao e nao tinhamos documentos conosco):

    - Financiam 85%: para um valor de aquisição e avaliação de 130mil €, emprestam 110.500,00€ (dando nós entrada de 19.500,00€)
    - empréstimo a 45 anos
    - taxa de esforço de 30%
    - O meu namorado tem de confirmar o contrato dele para certificar que é sem termo e não a termo incerto. Caso seja termo incerto, necessitaremos de fiadores
    - Spread 2,50%
    - TAN: 2,487% (euribor a 12 meses: -0,013% + spread 2,500%)
    - TAE sem seguros: 2,622%; TAE com seguros: 3,978%
    - TAER minima: 3,978%; máxima: 4,007%
    - Prestação mensal, já com seguros, fica cerca de 390€/mês

    Amanhã voltamos à ronda dos bancos.

    Que vos parece esta primeira simulação?

    Uma vez mais, o meu muito obrigada. Vou ler agora com mais atenção tudo o que escreveram :)
  16.  # 18

    Onde escreve termo incerto deve estar a referir-se a termo certo, porque um contrato por termo incerto é como um contrato sem termo, isto é, sem fim determinado.
    Concordam com este comentário: Supporter
  17.  # 19

    Colocado por: Rui A. B.Onde escreve termo incerto deve estar a referir-se a termo certo, porque um contrato por termo incerto é como um contrato sem termo, isto é, sem fim determinado.


    Rui, no caso dele é um contrato que tem a duração desse projeto (fora de PT) e que, por nao se lhe adivinhar o fim, não tem termo certo nem prevê efetividade.
  18.  # 20

    Colocado por: Maryann

    Rui, no caso dele é um contrato que tem a duração desse projeto (fora de PT) e que, por nao se lhe adivinhar o fim, não tem termo certo nem prevê efetividade.


    Ok, já percebi, é um contrato diferente mas acaba por ser um contrato a termo ( finda com o terminar da obra).
 
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