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  1.  # 1

    Boa tarde amigos,

    Venho mais uma vez solicitar a vossa ajuda para um caso em que vai ser feita a reabilitação de um edifício, ora se para quase todas as especialidades e até para alguns artigos do RGEU, existem algumas isenções, para a Segurança Contra Incêndios não conheço nenhuma, pelo que suponho que qualquer operação de reabilitação, mesmo que tenha mais de 30 anos, deverá cumprir a regulamentação à risca.

    Coloco em anexo uma planta do piso 0 e outra do piso 1, para que possam ter noção do que se trata.

    Resumo do edificio:
    Habitação Multifamiliar
    Abaixo do plano de referência: utilização tipo I : 1 piso para arrecadações dos condóminos com cerca de 40 m2
    Acima do plano de referência: utilização tipo I : 4 pisos (rc + 3) para habitação com 3 apartamentos por piso
    Altura da utilização tipo I: 10,5 metros, portanto 2 ªcategoria de risco

    Por cerca de 1,5 metros de altura o edificio enquadra-se na 2ª ct. de risco, o que condiciona logo tudo.

    Tendo em consideração que tenho que proteger as VVE e a VHE de acesso ao exterior, as minhas dúvidas são:

    1:
    Estou a colocar portas corta-fogo na entrada de cada apartamento, com as seguintes caracteristicas:
    E30C
    função C
    largura mínima 1UP ( dar cumprimento ao ponto 2 do art.º58)
    Estou correcto nas caracteristicas?
    Posso ter a escada aberta (sem porta) na chegada ao piso 0 ?

    2:
    A verde represento uma parede de alvenaria de pedra existente e a manter, à volta da qual se vai desenvolver a escada (VVE).
    Vou ter que aumentar a largura das escadas para 1,40m, pelo que já li do art.º213 e me estava a escapar! certo?
    Quanto à escada se desenvolver à volta da parede, ou seja no sitio em que supostamente teria a bomba de escada, é permitido?
    (Não preciso da bomba de escada para dar cumprimento ao RGEU, já que esse artigo está isento ao abrigo do DL53/2014.)

    3:
    Para a desenfumagem da VVE, estou a considerar desenfumagem passiva, com uma claraboia na cobertura para tiragem térmica natural. Para admissão, tendo em conta que as escadas são interiores, através de condutas com bocas de admissão de ar. ligadas ao exterior.
    Estou correcto?

    Tenho ainda outras pequenas dúvidas, mas para não ser muito confuso, se me pudessem ajudar nestas para já, fico agradecido :)

    Abraços!
  2.  # 2

    Não , não precisa cumprir à risca.... Isso tem de ser estudado na sua globalidade ( globalidade do edificio) pelo projectista SCIE, pelo que não me irei pronunciar.
    Não sei também qual é o grau de alterações face o existente... Esse pormenor será também importante para defender isto ou aquilo....

    Não podendo ser cumprido na integra o RT-SCIE, terá de ser o projecto alvo de parecer da ANPC.... O autor elenca as desconformidasde todas.... soluções e medidas compensatórias se tal for o caso.. Ler Ar.t 14-A do RJ-SCIE.

    Sinceramente o amigo ricardo não me parece reunir os conehcimentos necessários para conduzir o projecto dentro destes termos. Tem de arranjar o "tal" projectista SCIE, para o ajudar a resolver a arquitectura. Ainda poupa dinheiro em obra... por exemplo essa escada de 1.40m... face o tipo de edifcio que descreve, pode perfeitamente ter 1.20m de largura... Existe um erro em que ese valor dos 1.40m deveria ser para edificio com h>28m...
    Mas as vias horizontais, deverão ter no minimo 1.40m ( porque é 2ªCRI) - veja a largura do atrio do piso 0 e da porta!!?

    Está a ver o sproblemas que existem e que devem ser saneados, fundamentados pelo projectista SCIE!?

    As arrecadações também tem requisitos para cumprir...

    É que isso, como é de 2ª CRI, vai parar ao RSB ao abrigo do protocolo que tem com a ANPC... e sabendo já como a coisa é.. vai haver "chatices"..
    ( em Lisboa só tenho feito SCIE, para 3ª CRI, pelo que não tenho tido grandes problemas, mas colegas meus especialista em SCIE.. já se me queixaram ;))

    Fica o meu conselho.
  3.  # 3

    ... E as portas não têm gola do lado da dobradiça? Não consigo perceber a arquitectura, tem uma compartimentação estranha no interior dos fogos ( pelo menos assim com o crop que está)

    Essa pertubação na alvenaria resistente com a caixa de escada é mesmo necessária? O que diz a engenharia civil dessa intervenção? onde andava a escada anterior?
    O piso 0, parece-me muito pouco dignificante para quem entrar nesse hall de distribuição/ acessos verticais...

    As couretes de instalações são nas escadas?... atenção que haverá de proteger esses ductos.
  4.  # 4

    Trata-se de uma situação em que todo o interior do edifício será demolido, só vão ser aproveitadas as paredes resistentes das fachadas e essa representada a verde no meio.

    A escada anterior está em mau estado e vai ser demolida, essa localização prende-se com a intenção de fazer o máximo aproveitamento possível do espaço e a engenharia civil concordou, porque manteve a parede resistente e apenas será necessário abrir vãos no sitio dos patamares, será mais económico também.

    Isto é um esquiço apenas, esses pormenores sobre a arquitectura que refere, irão ser trabalhados.

    As portas que identifico com E30C são as que dão acesso a cada apartamento, o resto no interior apaguei para tornar o desenho simples e por não julgar importante para este caso.

    "Existe um erro em que ese valor dos 1.40m deveria ser para edificio com h>28m"
    Parece-me mais adequado de facto, mas é um erro revisto em alguma publicação?
  5.  # 5

    Colocado por: ricardo.santosParece-me mais adequado de facto, mas é um erro revisto em alguma publicação?

    Não.... é um facto chato ;) Mas contornável.

    Faz bem em propor E30C nas portas de patim de cada um dos fogos. Mas nesta fase , se está ainda num afase embrionária, não me preocupava.

    Importante a reter. Se fazem a demolição integral do miolo... diminui as hipoteses de justificar opções de compartimentação e outras... ou seja haverá de cumprir praticamente na integra o RT-SCIE, tal como se fosse um edificio novo .
  6.  # 6

    Eu não estou preocupado nesta fase se são E30C, mas se considerando que essas portas são corta-fogo, não preciso de enclausurar a escada de outra forma, com mais portas?
    Ou seja, no fundo estava a perguntar se era válida a forma como enclausurei as escadas, nomeadamente no piso 0, onde no inicio da escada não tenho nenhuma porta, ou seja, tenho a VVE ligada à VHE (de acesso ao exterior no piso0) sem nenhuma porta a separar...

    Quanto à VHE o Pedro diz que aqui já tenho que cumprir os 1,40m, mas se dá para contornar nas escadas, porque não dá na VHE a que esta dá acesso?

    Não é o Art.61.º (ponto6), que determina a largura destas vias para habitação? Se sim, como se calcula o numero de utilizadores, para aplicar esse artigo? Já que não existe efectivo para habitação, considera-se o numero de utilizadores de cada fracção previsto no RGEU (por correspondencia ao tipo de tipologia) ?
  7.  # 7

    No teu caso, da UT I, não se calcula o efectivo para dimensionamento das VEH e VEV.... pois o regulamento já te prescreve quais as dimensões que tens de usar...

    METE um projectista SCIE já a acompanhar-te.. podes poupar chatices em coordenação e desenvolvimento de projecto e mais tarde, umas massas em obra.
  8.  # 8

    Sim, esta semana ainda vou ter uma reunião com o projectista.

    Obrigado pelas ajudas.

    Abraço
 
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