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1. • J.Fernandes
   • 4 junho 2009

    # 1

   Ouvi na comunicação social, que Portugal tem um parque habitacional de quase dois fogos por família. Quando vou em viagem na estrada vejo dezenas de casas fechadas, não habitadas, e ao lado a construção de prédios e moradias novos, muitas das vezes para ficarem anos à espera de comprador.
   Não deveria haver, a nível de PDM, uma muito maior restrição de zonas urbanizáveis, que forçaria muitas pessoas a ter de comprar uma casa velha e restaurá-la/demoli-la, em vez de multiplicarmos construções sem rei nem roque pelo País fora?
   Embora eu seja da arte da construção, penso muitas vezes, que faria mais sentido estar a demolir do que a construir.
   Já nem falo na reabilitação dos prédios da baixa de Lisboa ou Porto, que são uma vergonha nacional, apesar de todos os programas e pseudo-programas que têm aparecido ultimamente.
   Que é que os meus amigos pensam destas questões?
2. •  
     marco1
   • 4 junho 2009

    # 2

   Ouvi dizer que os italianos por exemplo já pouco constroem, fazem é muitas reabilitações.
   Realmente uma firma de demolições será o futuro em portugal.
3. • J.Fernandes
   • 4 junho 2009

    # 3

   uma firma que especialista em implosões, em Portugal há pouco quem faça...
4. • rjmsilva
   • 4 junho 2009

    # 4

   De facto tem razão e é uma questão bastante pertinente, quanto a soluções para esse problema, não me parece que seja fácil, uma delas seria como referiu a limitação a novas construções e um estimulo ás reabilitações/remodelações.
5. • zedasilva
   • 4 junho 2009

    # 5

   Como todos sabemos na maioria dos casos acaba por sair mais caro demolir e voltar a construir ou reablitar que construir de raiz.
   Este é sem dúvida um dos factores que tem impedido que se opte por estas soluções, aliado ao facto de termos mto poucas empresas e técnicos devidamente habilitados a realizar este tipo de trabalhos.
   Por outro lado a nossa cultura ainda vê a casa como "um filho" ou seja queremos que nasça e cresça de acordo com as nossa ambições e valores, não estamos preparados para "adoptar" uma casa que foi "filho" de outro alguém.
   Estes valores são difiçeis de mudar por isso creio que só lá vamos se formos a isso obrigados por uma lei qualquer.
   Temos o exemplo dos paineis solares. Quase toda a gente concorda mas mto pouca genmte iria implementar se a isso não fosse obrigado.
6. •  
     FD
   • 4 junho 2009 ^editado

    # 6

   Eu sou da mesma opinião mas... o que é que os especuladores faziam aos terrenos? Como é que enriqueciam? E as Câmaras? Que recebem impostos por fogo? Está-lhes a dizer para terem menos fogos, para receberem menos impostos? Não pode ser! Onde é que já se viu!
   Está-se a fazer exactamente o mesmo que os gestores que criaram esta crise financeira fizeram: persecução de objectivos com alcance e resultados imediatos.
   
   Subversão é a palavra certa para esta situação - a lei está certa e correcta na maior parte dos casos, mas os seus resultados não cumprem os objectivos, até fazem pior.
   
   É a mesma coisa que se passa com o subsídio de desemprego, instituído para salvaguardar a falta de rendimento em caso de desemprego, mas usado actualmente como umas férias alargadas pagas... ;)
   
   Mas, como a bolha que trouxe esta crise financeira, também esta bolha irá rebentar, mais tarde ou mais cedo... comprem guarda chuvas para não se molharem. ;)
   
   Quanto a recuperar casas, países há no norte da Europa que dão um prazo ao proprietário para recuperar e habitar o imóvel em zonas de interesse (histórico, económico, etc.). Se não o fizerem... expropriação.

   Estas pessoas agradeceram este comentário: Carlos M Silva
7. • Italiano
   • 7 março 2011

    # 7

   Colocado por: marco1Ouvi dizer que os italianos por exemplo já pouco constroem, fazem é muitas reabilitações.
   Realmente uma firma de demolições será o futuro em portugal.

   
   
   Absolutamente verdade. Em Itália vivi em 5 casas diferentes, e a mais recente tinha sido construída em 1922. A mais antiga deveria datar pelo menos do século XVIII. Todas em excelente estado, lindamente reabilitadas.
8. • rui1magano
   • 7 março 2011

    # 8

   Penso que a situação se irá alterar significativamente.
   Mas ainda assim temos vários problemas:
   - O proprietario/especulador pensa sempre que tem um poço de petroleo por baixo da sua propriedade.
   - Uma das fontes de receita das camaras municipais é a construção. Acabamos por estar na presença de um circulo vicioso, que por exemplo, degrada os nossos centros históricos!
   
   Pela minha parte, comprei em 2007 uma casa centenaria que obviamente ainda não é a casa dos meus sonhos, mas no futuro será!
9. •  
     danobrega
   • 7 março 2011 ^editado

    # 9

   Colocado por: J.FernandesNão deveria haver, a nível de PDM, uma muito maior restrição de zonas urbanizáveis, que forçaria muitas pessoas a ter de comprar uma casa velha e restaurá-la/demoli-la, em vez de multiplicarmos construções sem rei nem roque pelo País fora?

   
   
   Sim, e já agora porque não obrigar cada pessoa a morar na casa escolhida para ela pelo Sr. Presidente da Câmara. Podem deixar-me decidir o que quero fazer da minha vida? Que raio... E o mais engraçado é que mesmo com a embrulhada burocrática que há para fazer seja o que for, existe o caos urbanístico por todo o país. Deixe-me de **** mas é. Ainda este fim de semana vi um belo projecto de uma vivenda casa de apoio à agricultura com uma bela piscina tanque de rega. As regras são inventadas por um grupo restrito de iluminados, mas são só para alguns patos azarados.
10. • eu
    • 7 março 2011

     # 10

    Não se preocupem porque com a subida das taxas de juro e a dificuldade na obtenção de crédito, naturalmente a construção vai estagnar...
11. •  
      danobrega
    • 7 março 2011 ^editado

     # 11

    Colocado por: euNão se preocupem porque com a subida das taxas de juro e a dificuldade na obtenção de crédito, naturalmente a construção vai estagnar...

    
    
    Eu diria que se deixassem o mercado funcionar, se de facto há casas a mais à venda o preço delas deveria baixar e tornar-se atractivo. Pouca gente vai fazer uma casa de raiz se consegue comprar uma já feita e a remodelar por um preço significativamente mais baixo.
12. • hfviegas
    • 7 março 2011

     # 12

    As camarâs não precisam de novos fogos, basta efectuarem as reavaliações ás casas antigas, e a receita de IMI irá subir brutalmente.
    
    Não é justo comprar uma casa usada e pagar IMI sobre 160k e todo o restante prédio está a pagar sobre 10k.
13. • fpc
    • 7 março 2011

     # 13

    Resolvam a questão do arrendamento e este problema será em grande parte resolvido. Qual o incentivo que tem um proprietário em remodelar uma casa para depois arrendar e a seguir ter um problema com o inquilino que a lei proteje de forma despudorada se for incumpridor. Portugal não políticos capazes de contribuir para resolver os problemas. Pelo contrário contribuiem para os agravar...
14. • J.Fernandes
    • 7 março 2011

     # 14

    O mercado imobiliário funciona tal como outro sector qualquer - se não houver quem compre, baixa o ritmo da construção nova, os preços mais tarde ou mais cedo vêm por aí abaixo, muitas empresas promotoras e construtoras fecham portas, etc., etc.
    
    A diferença é que se a loja da esquina fechar, passados uns meses está, provavelmente, a abrir no mesmo espaço outro negócio. Com as casas já não é assim, a consequência da crise, é que mais uns milhares de mamarrachos vão ficar inacabados, fechados, devolutos. São mais umas quantas cicatrizes na nossa já decadente paisagem.
    
    Eu passo todos os dias por duas moradias inacabadas que estão assim há quase vinte anos e que servem de lixeira e de abrigo a marginais.
15. • Portugal
    • 7 março 2011

     # 15

    Em fão em pleno "calçadão" de frente à praia, reabilitado pela câmara tem umas poucas casas velhas, outras ainda em construção mas abandonadas a uma série de anos... e já lá vivem sem abrigos ou algo parecido.
    
    É um belo cartão de visita aos turistas.