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  1.  # 21

    Os tijolos de solocimento sao bastante divulgados no Brazil, onde o "graute" e lintéis desempenham o papel estrutural.
    Será possível em Portugal projetar a estrutura com esta técnica, ou seja, aplicar os tijolos e colocar regularmente betão nos buracos (cerca de 7-8cm de diâmetro), de forma a não necessitar dos pilares convencionais?
    Os códigos abrem essa possibilidade? Seria uma solução que a partida me agradaria.
    Obrigado pelos contributos!
  2.  # 22

    Nesta foto

    "arch-palace.webnode.com/tijolo-ecologico-explicacao-2/"
    é possível ver uma das "canaletas" e os "grautes".
    Outra: http://2.bp.blogspot.com/-fpIngZpnB94/UYw6bbz8YPI/AAAAAAAAA28/kGRBloR6CgI/s1600/SAM_0795.JPG
    Normalmente fazem parede simples, mas também já vi paredes duplas (2 tijolos lado a lado).
  3.  # 23

    Aqui em PT, além da térmica e acústica, tem de considerar a acção sísmica. Além da mão de obra mais cara, etc. Pelo que a técnica não deve ser interessante do ponto de vista económico, tendo em conta todos os requisitos técnicos que a construção tem de cumprir.
  4.  # 24

    No sul, onde será a obra, há construção com btc autoportante.
    Por experiência própria, a sensação térmica e higroscópica e 5*, pelo menos na que visitei.
    A "malha" em betão seria uma forma de garantir a estabilidade, mas quando falar disso ao engenheiro talvez me diga que isso não pode ser, que os códigos não permitem uma estrutura em malha de pilares finos e eu gostava de ter algum conhecimento de causa prévio.
    Quanto aos requisitos térmicos, uma das possibilidades seria reboco térmico (ou pano duplo com isolamento pelo meio).
  5.  # 25

    Faz em BTC, com betão armado projectado... Mas assim não deixa de ser uma parede em betão...

    Essa obra que viu, qual é a constituição da parede exterior? Espessura total, camadas, etc.

    Já fiz uns quantos blocos em BTC, num workshop de arquitectura de terra. Mas daí a usar isto para a realização de alvenaria estrutural, cumprido os Eurocodigos... Isso já é outro assunto.
  6.  # 26

    Os objetivos:
    - parede "respirável", com inércia térmica mais elevada (e "delay" térmico)
    (A permeabilidade da parede só poderia ser mantida com reboco térmico respirável, do tipo diathonite)
    - distribuição das cargas numa estrutura dividida por "pilares" menores, embutidos no tijolo, que faz lembrar a gaiola pombalina
    - possibilidade de gerir melhor a distribuição das paredes, pois não haveria pilares de grandes dimensões a limitar
    - possibilidade de deixar parede à vista em certas zonas
    - menor quantidade de cimento (menos impactos ambientais)

    Quanto ao comportamento estrutural, visitei um empreendimento na zona de Aljezur todo feito com BTC, sem qualquer betão, incluindo um restaurante (Shabouco) com pé direito alto. A espessura total, se bem me lembro, é em torno de 40 cm, lintel de madeira, com reboco exterior e interior à vista. Não tem nenhuma camada com função isolante - segundo o proprietário não precisa (conforto térmico comprovado e zero humidades).
    Se hoje seria aprovado, não sei.
  7.  # 27

    Colocado por: nunojesusOntem encontrei na internet vários sites brasileiros que vendem o tijolo ecológico modular, mas em Portugal não encontro nenhuma empresa que venda esse tipo de material, alguém conhece alguma?
      tijolos_furados-600x450.jpg

    Conseguiu fazer alguma coisa? Como correu?
  8.  # 28

    Colocado por: cardosoferreiraSe hoje seria aprovado, não sei.


    Se calhar... O que foi construído, não é o que foi descrito nos projectos de especialidade.
    Eu nessas coisas não embarco...
    Já assisti a muito seminário, workshop e aulas relacionadas com o tema. As coisas não são tão simples assim.
  9.  # 29

    Como referi, o objetivo não seria fazer autoportante, não seria uma solução a considerar.
    Questiono se o tipo de estrutura que descrevi, com vários lintéis (no Brazil colocam 3 por piso) e pilares com espessura reduzida e em grande número seria uma solução que os engenheiros possam considerar para a função estrutural.
    O engenheiro disse me que pode fazer em btc a preencher os espaços entre pilares, mas vou-lhe perguntar se como descrevi é permitido pelos códigos (queria estar informado de antemão).
  10.  # 30

    calculo por elemento finitos e pre-caracterização dessa alvenaria com dados laboratoriais/ ensaios...
    Depois aplicar os EUROCODIGOS, para Portugal.
    http://www.lnec.pt/pt/servicos/normalizacao-e-regulamentacao/normalizacao/ct-115-eurocodigos-estruturais/#sp

    O eng. de estruturas é que o tem de elucidar.
    Estas coisas, não se fazem recorrendo a softwares parametricos... Por isso o mais simples e prático é não ter a alvenaria como elemento estrutural. e utilizar um sistema porticado em Betão armado ou outro. sendo que os blocos irão somente contribuir como elementos de preenchimento.
  11.  # 31

    Obrigado pelos contributos, Pedro Barradas.
    Já agora, sem querer abusar, conhece alguma situação de aplicação de EPS granulado/ a "granel" entre panos de alvenaria dupla?
    A razão do granulado é a permeabilidade ao vapor; painéis de lã de rocha são permeáveis mas se houver alguma humidade... Cortiça tem o problema do preço!
    Obrigado
 
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