Iniciar sessão ou registar-se
  1.  # 1

    Colocado por: JotaP
    Discordo.
    As imobiliárias querem cobrar-se mesmo antes da conclusão do negócio.
    Exemplo: Angariam comprador que vai ao banco pedir crédito, nisto sinaliza o negócio mesmo antes de haver um CPCV. O vendedor da casa, por motivos que podemos divagar, desiste da venda e logo a imobiliária julga-se credora da totalidade da comissão, por alegadamente, ter cumprido com a sua parte...
    Mesmo sem sabermos sequer se o potencial comprador tinha capacidade de o vir a ser :)


    A imobiliária só recebe se cumprir a sua parte: intermediar um negócio. Naturalmente, se o o negócio falhar por motivo da responsabilidade do vendedor, a imobiliária poderá ter direito à comissão.


    A partir daí, cada caso concreto poderá ter um desfecho diferente, porque haverá motivos válidos (para este efeito) e outros nem por isso.
  2.  # 2

    Colocado por: mln2cPor acaso também me faz um bocado de confusão porque é que a concorrência entre as imobiliárias não leve a que os valores das comissões baixem?

    Parece haver um valor tabelado de 5% que todas as imobiliárias pedem e não se vê outras imobiliárias a fazerem concorrência com valores mais baixos de 2 ou 3% ou com um valor fixo. Há alguma regulação que impede as imobiliárias de concorrerem umas com as outras por via do preço? É que me parece que se por exemplo a Remax começar a cobrar 4% tem um argumento forte que é o de vender as casas 1% mais baratas que a concorrência. Com tantas imobiliárias em concorrência, esta seria a evolução expectável da concorrência em mercado livre, mas não acontece, pelo menos de forma generalizada o que me faz alguma confusão.

    Talvez exista aqui matéria para a Autoridade da Concorrência investigar.
    Concordam com este comentário:lprolog,GMCQ


    É a Domozo que virá desestabilizar mercado?
  3.  # 3

    Colocado por: luisvv
    Mas quais concertações? Está a falar de um mercado com milhares de intervenientes, num serviço que o cliente é livre de escolher..

    Essa agora foi engraçada... então e nas escolas de condução, p.ex., não há "milhares de intervenientes" e não é também um "serviço que o cliente é livre de escolher"? Até nos envelopes havia cartelização... fie-se na virgem!


    Está enganado. O que determina o preço seja do que for, num mercado sem monopólios impostos por vias legislativas, éem quanto é que o cliente valoriza o que está a comprar. Eu posso ter uma despesa de X, e querer vender o meu produto por X+Y, mas a minha vontade esbarrará sempre na valorização que o cliente faz.

    No caso das imobiliárias, há uma série de vantagens, nem todas aplicáveis a todos os clientes, e que levam os potenciais clientes a recorrerem a esse serviço: o ganho financeiro de vender mais cedo; o conhecimento dos procedimentos e regras; o tempo que o cliente não ocupa a tratar da venda; a promoção e divulgação, potencialmente mais eficaz junto de uma maior base de compradores;


    Não estou não, o preço é definido antes de chegar ao mercado e varia posteriormente de acordo com a oferta/procura, dentro de limites que garantam o lucro (que depende obviamente do custo de produção). Se o cliente não valorizar e não me garantir o lucro necessário, deixo de produzir/vender, não vou baixar até ficar sem lucro, ou com prejuízo.
  4.  # 4

    Colocado por: luisvv

    Mas em nenhum ponto do processo você sabe ou quer sequer saber qual o custo/hora dos trabalhadores envolvidos, nem as despesas que são reflectidas no preço final, nem sequer quanto do preço é lucro deste ou daquele. Você compra um produto final, para um determinado resultado pretendido.
    Se acha que as bananas são caras, é tão só porque tem memória de estarem mais baratas, não porque a empresa X ou o agricultor Y está a cobrar um preço/hora que você não conhecerá nunca. .


    Um produto novo chega ao mercado. Não há termo de comparação, como definir se é caro ou barato?
    Vou-lhe dar o exemplo de um produto "da moda", que vende aos milhões e que até tem termos de comparação no mercado - o iPhone; assim que sai, há vários a fazer o mesmo - calcular o custo de produção (e o lucro da Apple na venda). Talvez não seja o seu caso, mas muitos compradores gostam de saber o que estão a pagar e baseiam-se nisso para saber se é caro ou não (o que justifica o investimento de vários nestes estudos)
    http://fortune.com/2016/09/20/iphone-7-cost/
    Estas pessoas agradeceram este comentário: orozcodesign
  5.  # 5

    Colocado por: luisvv

    Não há poucas explicações, neste tópico já lhe explicaram várias vezes, até, e nem parece muito difícil de perceber: trata-se de uma actividade em que o resultado final de cada negócio é incerto, e em que uma das partes apenas cobra se concluir o negócio.

    A única parte com skin in the game é a imobiliária.


    Devo ter perdido alguns posts... eu e outros por aqui, porque explicações foram poucas e bastante agressivas.
    Pelos vistos cobra mesmo que não conclua o negócio, cobra é à pessoa errada.
  6.  # 6

    Colocado por: Palhava

    É a Domozo que virá desestabilizar mercado?


    Não me parece, o modelo de negócio é diferente (talvez para não implicar muito com os grandes jogadores do mercado), mas pode bem ser o inicio da mudança.
  7.  # 7

    Colocado por: lprolog
    Essa agora foi engraçada... então e nas escolas de condução, p.ex., não há "milhares de intervenientes" e não é também um "serviço que o cliente é livre de escolher"? Até nos envelopes havia cartelização... fie-se na virgem!


    Está a confundir planos. Práticas ilegais existem e existirão sempre. Daí a concertação de preços, como decorre do seu post, é inviável...



    Não estou não, o preço é definido antes de chegar ao mercado e varia posteriormente de acordo com a oferta/procura, dentro de limites que garantam o lucro (que depende obviamente do custo de produção). Se o cliente não valorizar e não me garantir o lucro necessário, deixo de produzir/vender, não vou baixar até ficar sem lucro, ou com prejuízo.


    O processo é feito ao contrário: os meus custos têm um tecto, que é o valor que o cliente atribui ao meu serviço. Se quiser, eu não contrato uma pessoa por X e depois calculo o preço do serviço - faço ao contrário..
  8.  # 8

    Colocado por: lprolog
    Um produto novo chega ao mercado. Não há termo de comparação, como definir se é caro ou barato?

    Simples: pelo valor que você atribui ao produto.



    Vou-lhe dar o exemplo de um produto "da moda", que vende aos milhões e que até tem termos de comparação no mercado - o iPhone; assim que sai, há vários a fazer o mesmo - calcular o custo de produção (e o lucro da Apple na venda). Talvez não seja o seu caso, mas muitos compradores gostam de saber o que estão a pagar e baseiam-se nisso para saber se é caro ou não (o que justifica o investimento de vários nestes estudos)


    Continua a ser um exercício fútil: a Apple vende Iphones, não horas de trabalho. Um Iphone é um produto que cada cliente valoriza de uma maneira diferente, porque cada um tem potencialmente interesses, necessidades e objectivos diferentes.
    O cliente não lhe compra "esforços", "intenções" ou "trabalho": compra um resultado final, que lhe satisfaz certa necessidade ou desejo, que ele valoriza mais que o dinheiro que despende na compra. É por isso que é irrelevante saber que um Iphone custa X ou Y a produzir - e é por isso que a Apple pode gabar-se de ter uma fatia esmagadora do total de lucros do mercado de smartphones...
  9.  # 9

    Colocado por: lprolog
    Devo ter perdido alguns posts... eu e outros por aqui, porque explicações foram poucas e bastante agressivas.
    Pelos vistos cobra mesmo que não conclua o negócio, cobra é à pessoa errada.


    Se A se compromete a encontrar um comprador para B, e por motivos da responsabilidade de B este declina o negócio, é razoável que A seja remunerado - porque A cumpriu a sua parte do contrato e produziu um resultado acordado com B. Há depois várias nuances que podem alterar a apreciação global da situação, mas de um modo geral parece simples..
 
0.0300 seg. NEW