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    • onibus
    • 1 setembro 2017 editado

     # 1

    Boas a todos.
    Criei este tópico com o intuito de obter algum aconselhamento dos caros foristas.
    Peço desde já desculpa pela longa espécie de autobiografia, mas é a única forma de me certificar que sou entendido e devidamente aconselhado.
    Vivo numa moradia V3 familiar. Ocupo o terceiro piso da moradia com a minha esposa.
    Eu e a minha esposa temos cerca de 30 anos de idade
    Esta casa foi comprada pelo meu avô materno há mais de 60 anos, e era apenas V1. Há 18 ou 19 anos atrás, o meu avô que já era viúvo, acedeu aos pedidos dos meus pais para passar a casa para o nome deles, com a finalidade destes contraírem um empréstimo de perto de 100 000€ para a demolição da casa existente e construção de uma nova V3, em que cada piso é um apartamento T2/T3 e em que apenas os últimos dois pisos partilham as escadas de acesso, mas todas as casas têm entrada independente. O meu avô só acedeu a este pedido ainda em vida, e ainda contribuiu com algumas das suas poupanças, com a condição de que no futuro seria um “apartamento” para os meus pais, outro para o meu irmão, e outro para mim.
    Alguns anos depois, o meu avô faleceu.
    O meu irmão desde os 17 anos que saiu para estudar, e nunca mais habitou nem a casa dos meus pais nem a “sua”, diz que vai viver sempre em Lisboa, pelo que justamente nunca contribuiu com nada para o pagamento do empréstimo para a construção, embora ao contrário de mim um dia também poderá ter uma casa sem contribuir com nada. A sua casa tem sido alugada a turistas durante todo o ano através de plataformas de alojamento e a clientes habituais, com bons lucros. Contudo só de há dois anos para cá, antes disso os lucros eram bem mais modestos e apenas no Verão. Fui eu que coloquei tudo on-line e tenho administrado as páginas, e aproveitando o boom e a localização turística, encontrei aqui uma forma de ajudar a família a pagar a divida da construção, com médias de 800€ de lucro bruto mensal no Inverno e muito mais no Verão.

    Já eu, em 2010 arranjei emprego no sector marítimo. O meu pai que sempre foi uma pessoa muito “ambiciosa” quando toca a dinheiro, menos de um ano depois disse-me que fosse viver para a “minha” casa, mas que deveria contribuir com 200€ para as despesas. Ainda que eu passasse 6 meses fora de casa, e 2 meses em casa para depois voltar para mais 6 meses de trabalho, eu acedi. Tal como agora, o meu salário não sendo milionário era bom e acima da média nacional. É de salientar que as 3 casas partilham o mesmo contador de água, luz e gás natural.
    Alguns meses depois, o meu pai achou que eu deveria contribuir com 250€, o que segundo ele não era nada mau para um T3 com despesas incluídas.
    Quando eu estava em casa, almoçava e jantava com os meus pais sendo eles a pagar praticamente toda a alimentação. Quando eu estava de férias não dava nada para a casa, e normalmente ao segundo meus, começavam os problemas com o meu pai. Não me pedia dinheiro, mas começavam as implicâncias.
    A minha mãe que era também titular da minha conta, todos os meses religiosamente fazia os levantamentos.
    Passou menos de um ano, termina a isenção do IMI, e sendo uma moradia de três pisos o novo imposto causou moça em casa. O meu pai pede-me que comece a contribuir com 320€ mensais, começa a falar em entregar a casa ao banco que não dava e tal… Na altura sem eu saber, o meu pai auferia mais de 1000€ de salário e a minha mãe o ordenado mínimo. Eu como bom filho, e com interesse na minha casinha acedi.
    Aí por meados de 2012, o empregador do meu pai abre falência, e ele cai no desemprego.
    Passa a pedir-me 400€ ao que eu acedo. Mais tarde ele arranja emprego a ganhar apenas 600€ por mês e ainda lá continua.
    Entretanto aparece uma imobiliária a dizer que a casa valia 350 000€ e o meu pai louco por dinheiro coloca de imediato a casa à venda, sem sequer me dizer nada!!
    Eu começo a pensar se não seria muito melhor comprar uma casa só para mim, mas como passava muito tempo fora, e era solteiro, erradamente achei melhor ficar com os meus pais.
    Começa a falar-se em passar a “minha” casa para meu nome.
    Em 2012 fico 5 meses em casa por causa de uma operação, e como estupidamente não contribuía para Portugal nem para lado nenhum, não ganhava dinheiro, e as implicâncias em casa foram muitas mesmas e tive de começar a comprar a minha comida e pela primeira os meus pais pedem-me dinheiro mesmo sem eu ganhar nada. Nesses 5 meses gastei muito dinheiro.
    Já em 2013, passado esses 5 meses, arranjo emprego noutro tipo de navios que me permite passar 2 meses em casa e 2 fora. E toca a contribuir com 400€ de novo…
    Em 2014 casei, e passar a casa para meu nome fica completamente fora de questão, porque segundo os meus pais, eu tinha um emprego de alto risco, podia morrer a qualquer momento, e ainda não tinham confiança na minha esposa que não é conhecida na terra.
    No primeiro Verão de casado, sob pressão, tive de deixar a minha casa com a minha esposa e ir para um anexo de menos de 30m2 no quintal, para que alugassem a “minha” casa aos turistas como era hábito todos os anos. Ainda pediu que eu continuasse a contribuir com os 400€, mas eu neguei-me a fazê-lo. Nos anos seguintes após muita discussão já não saímos da “nossa” casinha.
    Aí eu começo a ponderar comprar casa, mas a minha esposa não queria ser a “causa” aparente da divisão familiar e como felizmente durante dois anos ninguém comprou a casa pelos 350 000, e eu impus-me por estar a pagar algo que não sabia se ia perder de um dia para o outro, e ele lá acedeu a cancelar a possibilidade de venda, com a minha garantia que eu não o deixava perder a casa para o banco. Por comodismo, e após muita conversa lá ficámos, e foi um grande erro. Nesse tempo perdi uma excelente oportunidade de negócio: apartamentos T3 R/C com quintal grande por 110 000€ a pagar diretamente ao empreiteiro apenas 400€ ao mês valor fixo por 25 anos. Tudo por causa da divida do empreiteiro à banca e finanças. Um grande amigo meu aproveitou!
    Tudo aparentava estar na normalidade, e eu e a minha esposa começámos a investir na nossa casa, em novo mobiliário, tintas e outros tais…Eu depois de ter comprado carro, os 5 meses em casa, o nosso modesto casamento – sem qualquer contributo de pais ou sogros - e uma vida de solteiro despreocupado não tinha muito dinheiro junto, mas tinha uma quantia muito modesta.
    No final de 2015 há uma grande crise no sector marítimo, e eu passo a auferir 50% menos. Com o emprego da minha esposa, ainda assim era pouco para as despesas, e lá negociámos com os meus pais para pagar apenas 300€ por mês.
    Só no final de 2016 a minha situação melhorou e toca a dar 350€. Nessa altura a minha esposa ingressa num curso universitário que ainda lhe faltam 4 anos para terminar.
    Eu desde o inicio deste ano passo um mês a trabalhar, e um mês em casa.
    Os meus pais nunca gostaram muito da minha esposa. Já para mim, é a mulher da minha vida e cada dia a amo mais. Penso que a mãe por influencia do pai, que a viu como alguém que lhe estava a tirar algo, quer do meu dinheiro, quer da casa. Muito antes de casar eu falava que ia começar a amortizar-lhe o empréstimo o que nunca fiz.
    Eu sempre estimulei o convívio entre todos, e talvez o tenha feito demais. Nós partilhamos o quintal e um dos anexos para guardar ferramentas e outras coisas. De há algum tempo para cá, os meus pais meteram na cabeça que a minha esposa lhes trazia azar, e que sempre que convivem com ela algo de mau acontece.
    Agora após um jantar de aniversário da família em que eu não estive presente porque estar no mar, uma pessoa que os meus pais transportavam no carro partiu uma perna ao sair do carro, foram para o hospital e o carro do meu pai com mais de 20 anos e fraca manutenção, ficou sem embraiagem ao sair do primeiro hospital que foram. E voilá, táxi, reboque, tudo e toca de ir para o hospital distrital com outros familiares.
    De madrugado quando chegam a casa o meu pai passou-se e foi dizer à minha esposa que não a queria mais na sua casa, nem perto deles e que ela é a culpada de tudo de mal que lhes acontece. A minha esposa nessa noite ouviu os gritos deles a dizerem que o melhor era pô-la na rua!!
    A minha mãe chegou ao cumulo de andar a dizer à família que a minha esposa tem o espirito da sua sogra incorporado e que só deseja que ela saia de casa, mas que eu fique! Enfim…
    Para completar, quero dizer que não tive uma adolescência fácil para os meus pais. Ainda andava no 9º ano colocaram-me a trabalhar aos fins de semana, mas só para ganhar para mim. Assim acabou aí para eles despesas com roupas e outros tais… foi bom para mim, mas é pouco usual para jovens da minha geração começar a trabalhar aos 14 anos.
    Mas talvez por ter sempre dinheiro, fui um jovem um pouco problemático. Com cerca de 18 anos fumava haxixe, o que deixei muito cedo, nem o poderia fazer mais com os despistes que passo no sector marítimo, mas o meu pai lidou pessimamente quando descobriu, embora ele também o fizesse. Nunca reprovei na escola, mas depois do 9º decidi não estudar mais e ingressei num curso de um ano para uma área que nunca exerci. Resolvi continuar a estudar e fui para outro curso profissional o qual desisti por não gostar só ao fim de ano e meio. Depois contra a vontade do meu pai, mas ainda assim com autorização ingressei noutro curso profissional de 3 anos o qual conclui e me permitiu exercer a profissão que exerço. Depois de terminar o curso ainda estive quase 2 anos sem trabalho. Na área que vivo os empregos são muito sazonais e só há oferta de Verão. Nessa altura, já com 20 anos, um verdadeiro parasita em casa dos pais me confesso. Ainda assim trabalhava na pesca, ganhava muito pouco para um café, tabaco e pouco mais, mas sempre que ganhava algo de jeito dava pelo menos 30% para a casa. Eles sempre aceitaram, mas o meu pai tinha vergonha que eu trabalhasse na pesca, queria à força que eu arranjasse outro emprego, mas não eu não conseguia no local onde vivia e na época da crise. Muitas vezes quando eu vinha depois da meia noite não tinha chave na porta e ficava pelo quintal mesmo no Inverno até que ele fosse trabalhar de manhã e me permitisse a entrada. Era essa a sua forma de dissuadir que eu andasse com o que ele apelidava de “escumalha e gente reles” da pesca. Se eu fosse a um jantar de grupo ou sair à noite com outro tipo de gente, era na boa e podia vir a que horas entendesse.
    Devo ainda dizer que a minha avó paterna – o avô não conheci, e a avó, entretanto faleceu– sempre censurou fortemente e odiava o amor pelo dinheiro do meu pai. Tanto chamou a atenção que ele se afastou imenso dela
    Com tudo isto, queria perguntar se alguém consegue definir quais os meus direitos e da minha esposa para com esta habitação. Podem se lhes apetecer despejar-nos de um dia para o outro?
    É claro que só penso em sair, e comprar a minha casa deixar os meus pais para trás. Mas sem emprego fixo perante os bancos, uma vez que costumo assinar contratos de alguns meses que se vão renovando, a minha esposa estudante, sem fiadores e sem grande coisa para dar de entrada, deverá ser quase impossível obter financiamento para comprar. Arrendar também não nos atrai de todo, porque tenho umas dezenas de milhares de € no empréstimo da “minha” casa, mais em mobiliário, eletrodomésticos e pequenas obras.
    Ainda assim quando chegar a casa, vou tentar ver imóveis de bancos que poderá ser mais fácil.
    Há dias que tenho medo que despejem a minha esposa enquanto estou aqui, ou mudem fechaduras ou algo do género. Já telefonei, mas dizem não querer falar do sucedido ao telefone e que não vão fazer nada, mas… No caso disso o que devo ou posso fazer?
    Ps: praticamente desde que casei a minha contribuição para com os meus pais tem sido feita por transferência bancária.
  1.  # 2

    só existe uma coisa a fazer.... perde o amor ao dinheiro gasto e adquirir casa própria ou arrendar casa própria.

    acredito que muita das coisas que fala no seu texto, foram apenas combinadas de boca com o seu avó sem nenhum valor legal.
    Estas pessoas agradeceram este comentário: onibus
    • RCF
    • 1 setembro 2017

     # 3

    Grande testamento...
    Colocado por: speakerCom tudo isto, queria perguntar se alguém consegue definir quais os meus direitos e da minha esposa para com esta habitação. Podem se lhes apetecer despejar-nos de um dia para o outro?

    Moralmente, até poderá ter...
    Legalmente, não creio que tenha...
    A casa, originalmente, seria do seu avô. Apesar de o seu avô poder ter a intenção de, ao dividir a casa em três, deixar uma parte para os seus pais, uma para si e outra para o seu irmão, a verdade é que apenas a sua mãe era herdeira dele e, portanto, apenas a sua mãe terá ficado como proprietária do imóvel.
    É certo que tem vindo a contribuir para a casa, mas também dela tem usufruído e, por isso, esse contributo não lhe poderá dar direito a qualquer posse sobre ela.

    Colocado por: speakertenho umas dezenas de milhares de € no empréstimo da “minha” casa

    Esta parte não percebi bem. Mas, se se refere às prestações que foi pagando aos seus pais, já lhe respondi antes.

    Em conclusão, com pais assim é complicado. Bem fará o seu irmão e talvez não seja mais mal seguir o exemplo dele.
    Concordam com este comentário: Belhinho, onibus, JPN761
    Estas pessoas agradeceram este comentário: onibus
  2.  # 4

    Você é um arrendatário de um arrendamento ilegal. Se a coisa piorar, queixe-se nas finanças que paga a renda (comprova com as transferências) e não tem contrato nem recibos.
    Você apenas é herdeiro dos seus pais na mesma proporção do seu irmão.
    Concordam com este comentário: onibus
    Estas pessoas agradeceram este comentário: onibus
  3.  # 5

    Bem com um pai assim...
    Concordam com este comentário: onibus, byexinha
    Estas pessoas agradeceram este comentário: onibus
  4.  # 6

    Há muitos casos que não se compreendem, mas com família é mesmo triste...

    Não sei se terá algum direito legal a não ser o da sua herança em relação aos seus pais, e embora entenda que custa perder o "investimento" feito até agora, o que irá ganhar em descanso e paz mental (especialmente a sua esposa) vale bem mais...
    Quanto às família, às vezes mais vale perder a âncora que andar a arrastá-la...

    Cumprimentos e votos de melhoras na sua situação.
    Estas pessoas agradeceram este comentário: onibus
  5.  # 7

    Colocado por: pauloagsantossó existe uma coisa a fazer.... perde o amor ao dinheiro gasto e adquirir casa própria ou arrendar casa própria.

    acredito que muita das coisas que fala no seu texto, foram apenas combinadas de boca com o seu avó sem nenhum valor legal.
    Estas pessoas agradeceram este comentário:speaker


    Tanto que eu queria adquirir, já arrendar, e gastar em outra mobília à medida de uma casa que poderei largar a qualquer momento, não nos atrai muito.
    E sim, foi tudo apenas apalavrado, mas se o meu avô sonhasse que iria ser assim...





    Colocado por: RCF
    É certo que tem vindo a contribuir para a casa, mas também dela tem usufruído e, por isso, esse contributo não lhe poderá dar direito a qualquer posse sobre ela.

    .
    Concordam com este comentário:Belhinho,speaker
    Estas pessoas agradeceram este comentário:speaker


    O que eu desejo mesmo não é direito de posse, mas sim de usufruto o que é quase a mesma coisa, mas apenas com o intuito de não ser despejado. Tenho medo agora que estou fora, pela minha esposa.
    Imagine-se que a rapariga é despejada/expulsa de um dia para o outro? Como proceder?



    Colocado por: BelhinhoVocê é um arrendatário de um arrendamento ilegal. Se a coisa piorar, queixe-se nas finanças que paga a renda (comprova com as transferências) e não tem contrato nem recibos.
    Você apenas é herdeiro dos seus pais na mesma proporção do seu irmão.
    Estas pessoas agradeceram este comentário:speaker


    E depois o que poderá acontecer? Os meus pais serão lesados perante as finanças, mas que direitos adquiro com isso? Provavelmente uma ordem de despejo a correr nos termos e prazos legais, ou estou enganado?



    Colocado por: Alecto28Há muitos casos que não se compreendem, mas com família é mesmo triste...

    Não sei se terá algum direito legal a não ser o da sua herança em relação aos seus pais, e embora entenda que custa perder o "investimento" feito até agora, o que irá ganhar em descanso e paz mental (especialmente a sua esposa) vale bem mais...
    Quanto às família, às vezes mais vale perder a âncora que andar a arrastá-la...

    Cumprimentos e votos de melhoras na sua situação.
    Estas pessoas agradeceram este comentário:speaker


    Muito obrigado pelos seus votos, e conselhos. Bem como todos os conselhos e esclarecimentos prestados até agora por todos (as).
    Tenho de concordar, tanto que eu arrastei a âncora sempre na esperança que as coisas ficassem bem - e ficaram por breves períodos - mas isso só me prejudicou de diversas formas!
    Estas pessoas agradeceram este comentário: manelvc
    • Saki
    • 1 setembro 2017

     # 8

    Eu não sei qual o direito legal que tem ou não em ficar na casa mas tem a certeza que quer mesmo essa vida?

    Não sou apologista de se viver com/demasiado perto de sogros porque só vejo a dar problemas. E isto falando de pessoas normais. A sua mulher teve mais do que azar com os sogros, são os seus pais mas não os dela e viver a paredes meias com quem não a respeita, a trata mal e ainda a ameaça acha mesmo que vai dar bom resultado a longo prazo?
    Ela é uma santa!
    Eu sou mulher e garanto que por muito que amasse o meu marido a minha sanidade mental é mais importante. Se o previsto fosse viver assim anos ou para sempre lhe pedia o divórcio e ia à minha vida.
    Concordam com este comentário: onibus
  6.  # 9

    Colocado por: SakiEu não sei qual o direito legal que tem ou não em ficar na casa mas tem a certeza que quer mesmo essa vida?

    Não sou apologista de se viver com/demasiado perto de sogros porque só vejo a dar problemas. E isto falando de pessoas normais. A sua mulher teve mais do que azar com os sogros, são os seus pais mas não os dela e viver a paredes meias com quem não a respeita, a trata mal e ainda a ameaça acha mesmo que vai dar bom resultado a longo prazo?
    Ela é uma santa!
    Eu sou mulher e garanto que por muito que amasse o meu marido a minha sanidade mental é mais importante. Se o previsto fosse viver assim anos ou para sempre lhe pedia o divórcio e ia à minha vida.
    Concordam com este comentário:speaker


    Obrigado pelo alerta! Mas nem toda a gente é igual, a minha esposa nunca fez força para sair, o que não quer dizer que não queira...
    • Saki
    • 2 setembro 2017

     # 10

    De facto nem todas as pessoas são iguais mas acredita que essa situação não desgasta? Se ela viver um mau ambiente todos os dias corre o risco de isso acabar por influenciar também a vossa relação a dois. Já imaginou partilhar o espaço com pessoas que o odeiam e lhe fazem a vida negra ad eternum? Eu não conheço ninguém.

    Ela vive lá há poucos meses e já aguentou imenso, será que vai aguentar isso para sempre ou qualquer dia farta-se de viver nesse ambiente? E se investir mais nesse imóvel não se virá a arrepender se ela lhe disser que vai embora consigo ou sem si?

    Para mim o que relata faria com que viver nessa situação fosse o inferno. Se gosta tanto dela não deveria pensar também no bem-estar dela? Em conseguir paz e sossego no vosso lar?
    Concordam com este comentário: onibus
  7.  # 11

    Colocado por: SakiDe facto nem todas as pessoas são iguais mas acredita que essa situação não desgasta? Se ela viver um mau ambiente todos os dias corre o risco de isso acabar por influenciar também a vossa relação a dois. Já imaginou partilhar o espaço com pessoas que o odeiam e lhe fazem a vida negra ad eternum? Eu não conheço ninguém.

    Ela vive lá há poucos meses e já aguentou imenso, será que vai aguentar isso para sempre ou qualquer dia farta-se de viver nesse ambiente? E se investir mais nesse imóvel não se virá a arrepender se ela lhe disser que vai embora consigo ou sem si?

    Para mim o que relata faria com que viver nessa situação fosse o inferno. Se gosta tanto dela não deveria pensar também no bem-estar dela? Em conseguir paz e sossego no vosso lar?
    Concordam com este comentário:speaker


    Sim, dou-lhe toda a razão, mas ainda tenho esperança que possamos viver completamente independentes sem que nos venham incomodar e/ou que nem sequer falem para ela.
    Ela já lá vive há mais de 3 anos.
    E sim, é claro que nesse caso sairia com ela, e me arrependeria ainda mais que hoje de tudo o que investimos.
    Ficando ou saindo, tal como diz, tenho de garantir a paz e sossego no nosso lar, o que não está a acontecer!
  8.  # 12

    Speaker, nao tem credito nenhum ao banco, pelo que percebi, apenas gastou tintas e pouco mais...

    Pire.se homem. Alugue um apartamento, ou tente comprar um penhorado barato... Salve o seu casamento. Os cadamentos hoje em dia já têm poucas probalidafes de darem certo, nessas condicoes aumentam os riscos.

    Conheço pessoas que aluguam a imensos divorciados... Vai ser o futuro...

    Se vier a ter filhos a sua vida dá uma volta...
    Concordam com este comentário: onibus
    Estas pessoas agradeceram este comentário: onibus
  9.  # 13

    Colocado por: AssistentePTSpeaker, nao tem credito nenhum ao banco, pelo que percebi, apenas gastou tintas e pouco mais...

    Pire.se homem. Alugue um apartamento, ou tente comprar um penhorado barato... Salve o seu casamento. Os cadamentos hoje em dia já têm poucas probalidafes de darem certo, nessas condicoes aumentam os riscos.

    Conheço pessoas que aluguam a imensos divorciados... Vai ser o futuro...

    Se vier a ter filhos a sua vida dá uma volta...
    Concordam com este comentário:speaker
    Estas pessoas agradeceram este comentário:speaker


    Sim, não tenho qualquer tipo de crédito, nem sequer automóvel! Apenas dois cartões que pago sempre a 100%.

    Quando fala em comprar penhorados, refere-se aos das finanças?

    E como assim dá uma volta? Quer dizer que lá se vai a hipótese de comprar casa? Se tivermos filhos, provavelmente serão criados sem sogros por perto, o que não é fácil!
  10.  # 14

    Colocado por: speakerSe tivermos filhos, provavelmente serão criados sem sogros por perto, o que não é fácil!


    e pelo histórico acham que lhe vão ajudar a criar os filhos? ás tantas ainda vão levar dinheiro por isso.
    Concordam com este comentário: Saki
    • Saki
    • 4 setembro 2017

     # 15

    Os seus pais não mudaram até hoje vão mudar mesmo porquê? Eles fazem o que querem e ninguém lhes impõe limites de bom senso. Eles indirectamente chamaram bruxa à sua mulher, fazem-lhe a vida negra e tem 'esperança? Essa esperança vai perder quando? Se a agredirem? Só falta isso.

    O que não é fácil é criar filhos com pessoas assim por perto. Aliás com tudo o que fizeram à sua mulher acha que ela vai confiar neles para tomar conta dos filhos dela?
    Mesmo que diga agora que sim, após ser mãe o mais certo é os seus pais piorarem a atitude deles e tornarem-se mais intromissões, principalmente se ajudarem com os netos. E pelo historial prepare-se para tentarem envenenar os seus filhos contra a mãe deles (e se depois também ficar à espera que melhore vai dar muito mau resultado)

    A sua mulher aceita mesmo ter filhos enquanto vive com sogros assim? É corajosa.
    Concordam com este comentário: Obras em casa, onibus
    • Saki
    • 4 setembro 2017

     # 16

    *mais intromissivos
  11.  # 17

    Mais uma vez obrigado pelos comentários! Realmente ainda não tinha pensado nessa história do envenenamento, - que ingénuo que eu sou - normalmente é o que acontece nestes casos.
    E sim, muito provavelmente a minha esposa não irá ter confiança nenhuma neles.
    Ponderando tudo, será muito boa ideia mantê-los o mais afastado possível!
  12.  # 18

    Obrigado mais uma vez.

    Já começo a preparar a saída. Vou tentar um crédito habitação a 100%. É mais fácil com imóveis dos bancos, mas a oferta é pouca ou nenhuma na nossa área, pelo menos online! Vou consultar alguns consultores de crédito, se não for mesmo possível, vou para casa arrendada!

    Ontem à noite liguei para casa e atendeu o meu pai. De inicio não puxou conversa do último episódio que tiveram lá todos, como lhe era conveniente. Lá eu disse que já sabia do sucedido, e não falámos muito ao telefone, concordámos em falar quando eu chegasse, mas numa breve conversa basicamente disse-me:

    "Eu e a tua mãe, já decidimos que a pessoa com que tu estás não pode continuar aqui. Continuas a ser nosso filho, e bem vindo cá em casa mas ela não. Se for mesmo necessário até te ajudo numa renda ao início. Quando não estiveres com essa pessoa podes voltar a tua casa!"

    Eu ainda insisti na razão, se era pelos azares que tiveram recentemente, e ele não desmentiu, e disse que ela era muito má influência na casa e gostavam que eu ficasse, e que tá mais que provado que enquanto a minha esposa está perto só têm má sorte!
    Grande lool. Os velhos piraram de todo, meteram mesmo na cabeça que o espírito da minha avó materna, - a quem o meu pai, que não é filho, extorquiu muito dinheiro com a promessa de colocar no banco e nunca colocou - está presente na minha esposa e na moradia. Eu cá, cada vez amo mais a minha esposa, e jamais me vejo ao lado de outra mulher e muito menos sozinho. O que os meus pais têm atravessado, é apenas uma série de maus episódios ocasionados pela vida quotidiana, maioritariamente porque eles se têm metido a jeito.
    Engraçado também, é que há dias tinha ligado à minha mãe a dizer-lhe que era inadmissível a forma como trataram a minha esposa, e que ia embora o quanto antes, ela me disse que não o fizesse e que não era necessário. Das duas, uma, ou estava a falar literalmente, ou como disse a alguns familiares nossos, queria mesmo que eu ficasse e a minha esposa partisse. Pelo menos nessa parte talvez o meu pai esteja a ser mais realista.

    Perante toda esta prepotência e arrogância na nossa conversa de ontem, a cabeça diz-me que devo deixar tudo para trás pacificamente, e afastar-me o máximo possível, mas o coração manda-me cair em cima deles com tudo, e exigir tudo o que tiver direito, seja todo o dinheiro investido, seja deixar de pagar, apresentar queixa contra eles quer nas finanças, quer nas autoridades por injurias à minha esposa, e ficar à espera de uma ordem de despejo legítima para sair!
    Muito provavelmente daqui por uns dias acalmo e decido definitivamente a primeira opção, mas que mereciam, mereciam.
    De qualquer das formas num futuro próximo, serei eu o mau da fita que estou a criar os meus filhos com pouco ou nenhum contacto com os avós, e que abandonei os meus pais!
  13.  # 19

    speaker,

    #13 A questão dos filhos... não é fácil tentar transmitir por escrito, por minha pessoa as voltas que o mundo dá... Eu optei por mudar de emprego (localização)... Depois, tem a questão das creches que são muito poucas e só tem vaga nas privadas a pagar uma fortuna. (depende da sua localização), nos primeiros meses, a sua mulher precisará de muito apoio.. a gestão diária em casa muda bastante. Eu rotulei como "traumática" a experiência nos primeiros dois meses, a criatura só dormia 3 horas por dia... isto durante os primeiros 8 meses, foi algo humm... direi, complicado!

    A questão da pesquisa de casas, não se precipite, em escolhas rápidas, no caso de aquisição! Analise com a sua esposa, pensem na localização, no futuro o que poderá ser útil. Nem que alugue nesta fase de saída, para um período de 6 meses transição e dar tempo para pesquisa. (Atenção às "exigências" que alguns fazem no momento de alugar, tudo é negociável, mas esteja atento.

    Se o objetivo é a compra futuramente, convém, no meu entender, caso necessite de empréstimo, trabalhar a taxa de esforço, isto é, verificar os rendimentos e despesas e tentar estar abaixo os 35%... ter bom histórico extrato bancário, nos últimos 3 meses, se possível capacidade para uma entrada de 20%, no mínimo, para a sua futura casa... isto para conseguir condições interessantes, digo eu.

    Permita-me uma coisa... verifico pelo que escreve, está muito "apaixonado" pela esposa e ainda bem... mas este mundo dá muitas voltas! Desconheço como funciona a sua gestão, mas coloque o cenário - E se as coisas deixarem de funcionar ? Como é que eu fico ? ( Bem sei que podem alguns leitores lhes desagradar este pensamento, mas a vida dá muitassss voltas!!!)

    A questão dos seus Pais terem contacto com o neto, não se preocupe com isso! Logo vê o comportamento e vai gerindo essa aproximação.

    A questão do investimento e "do seu espaço" na casa dos seus Pais, eu porventura, faria o seguinte, inicialmente, dizia que saia mas o espaço devia estar disponível para si, sem utilização por ninguém, porque investiu e pode precisar... Futuramente, se eles quiserem isso para algo, dizia, ok, então devem-me comparticipar em X para compensar o meu investimento... (pelo que percebi é uma moradia de 3 andares independentes).

    [
    Concordam com este comentário: onibus
  14.  # 20

    Colocado por: AssistentePTspeaker,

    #13 A questão dos filhos... não é fácil tentar transmitir por escrito, por minha pessoa as voltas que o mundo dá... Eu optei por mudar de emprego (localização)... Depois, tem a questão das creches que são muito poucas e só tem vaga nas privadas a pagar uma fortuna. (depende da sua localização), nos primeiros meses, a sua mulher precisará de muito apoio.. a gestão diária em casa muda bastante. Eu rotulei como "traumática" a experiência nos primeiros dois meses, a criatura só dormia 3 horas por dia... isto durante os primeiros 8 meses, foi algo humm... direi, complicado!

    A questão da pesquisa de casas, não se precipite, em escolhas rápidas, no caso de aquisição! Analise com a sua esposa, pensem na localização, no futuro o que poderá ser útil. Nem que alugue nesta fase de saída, para um período de 6 meses transição e dar tempo para pesquisa. (Atenção às "exigências" que alguns fazem no momento de alugar, tudo é negociável, mas esteja atento.

    Se o objetivo é a compra futuramente, convém, no meu entender, caso necessite de empréstimo, trabalhar a taxa de esforço, isto é, verificar os rendimentos e despesas e tentar estar abaixo os 35%... ter bom histórico extrato bancário, nos últimos 3 meses, se possível capacidade para uma entrada de 20%, no mínimo, para a sua futura casa... isto para conseguir condições interessantes, digo eu.

    Permita-me uma coisa... verifico pelo que escreve, está muito "apaixonado" pela esposa e ainda bem... mas este mundo dá muitas voltas! Desconheço como funciona a sua gestão, mas coloque o cenário - E se as coisas deixarem de funcionar ? Como é que eu fico ? ( Bem sei que podem alguns leitores lhes desagradar este pensamento, mas a vida dá muitassss voltas!!!)

    A questão dos seus Pais terem contacto com o neto, não se preocupe com isso! Logo vê o comportamento e vai gerindo essa aproximação.

    A questão do investimento e "do seu espaço" na casa dos seus Pais, eu porventura, faria o seguinte, inicialmente, dizia que saia mas o espaço devia estar disponível para si, sem utilização por ninguém, porque investiu e pode precisar... Futuramente, se eles quiserem isso para algo, dizia, ok, então devem-me comparticipar em X para compensar o meu investimento... (pelo que percebi é uma moradia de 3 andares independentes).

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    Concordam com este comentário:speaker


    Obrigado pela sua resposta.
    Não há problema nenhum em mencionar a possibilidade de as coisas deixarem de funcionar com a minha esposa. São coisas que ninguém jamais poderá garantir. Mas nesse caso, também não quero voltar à casa de família. Saindo uma vez, saio sempre, o meu erro já foi ficar tanto tempo. Se não funcionou com a minha esposa porque haveria de funcionar com outra mulher?
    Quanto a compensações por parte dos meus pais, está completamente fora de questão, pois segundo o meu pai, apenas estive a pagar a mais que justa renda de um T3 perto de mar com despesas incluídas.
 
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