Iniciar sessão ou registar-se
  1.  # 1

    Hoje sou eu que inicío uma discussão.

    Fui chamado há dias a uma moradia (Restelo-Lisboa), porque era a segunda vez em pouco tempo que ocorria uma rotura no mesmo cano de água (quente).

    Da primeira vez, a Cia de Seguro colocou uma braçadeira onde o tubo (ferro galvanizado, com menos de 20 anos) estava perfurado e pingava.

    Desta vez foi lá um canalizador da minha confiança e, como o cano em questão não estava embebido na parede (estava atrás de um pano de tijolo, mas suspenso da lage, na zona oca por cima de um roupeiro), substituimo-lo integralmente.

    Este tubo , de 1" (25mm, no interior) em ferro galvanizado, já apresentava mais 2 pontos de corrosão e estava quase completamente entupido. O diâmetro estava reduzido a menos de 1cm.

    Em toda a casa a água das torneiras de água quente sai castanha, de ferrugem.

    Vim depois a saber que a casa tem uma bomba de circulação da água quente (com retorno), para que leve menos tempo a sair das torneiras.
    Se não me engano, é devido à circulação da água pelos metais de diferentes electronegatividades (ferro dos canos; cobre? da caldeira) que a corrosão do ferro está a ser tão acelerada.

    Que sugestões me dão para prolongar a vida dos canos de ferro «galvanizado»?
  2.  # 2

    Canos galvanizados que estejam em contacto com o ar (ou não acompanhados por massa (cimento) tendem a furar 1º nesses pontos.
    Visto existir uma bomba de retorno que faz com que a água quente circule permanentemente e assim sempre que se abre uma torneira sai água quente quase instantâneamente, esses tubos corroem mais rápidamente que outros, onde circule água quente mas que posteriormente arrefeçam.
    Para prolongar a vida desses canos não conheço nada, e em minha opinião a melhor forma é substituí-los por outros de qualquer outro material que não seja o galvanizado, mais a mais uma vez que em toda a casa a água sai castanha da ferrugem.

    Da caldeira poderia acontecer corroer mais rápidamente se a tubagem de aquecimento central fosse galvanizada e tivesse sido aplicado cilite nesse circuito com o intuito de proteger os radiadores, mas não é o caso e caso acontecesse seriam esses tubos corroídos muito mais rápidamente que os das águas sanitárias.

    Solução boa seria ou multipex ou PPR, mas isso implicaria em refazer todo o sistema de águas da casa.

    De outra forma vai ser um vai hoje reparar uma fuga, daqui a uns meses vai reparar outra etc, e acaba por substituir toda a tubagem com custos muito superiores para o cliente.

    Cumps
  3.  # 3

    Esclarecendo 2 pontos:

    - trata-se de uma caldeira mural, para aquecimento de água sanitária

    - o tipo de corrosão a que me refiro, é provocada pela transferência de iões entre metais de electronegatividades diferentes (há quem lhe chame «electrólise»), é o mesmo tipo de fenómeno que ocorre nos telhados de zinco quando as peças de fixação são noutro metal (ferro, etc...). Neste caso, em que há circulação de água quente, a transferência ocorre(?) entre a tubagem de ferro e a tubagem da caldeira (cobre?).
  4.  # 4

    Luis

    Que eu conheça, existe um método de parar a corrosão em metais, que se aplica por exemplo, no interior dos termos acumuladores e quando temos corrosão nas armaduras do betão armado e não é possivel demolir, tipo um pilar de uma ponte. Esquece-me é o raio do nome e do metal que se usa (magnésio?). Mas você não quer saber o preço daquilo garanto-lhe.

    Voltando à vaca fria, isso é simples, ou substitui ou meta-se a milhas disso. è daquela obras armadilhadas e como diz o Barba Negra, hoje é aqui, amanhã é ali e você ainda passa por aldrabão, porque se farta de lá ir a casa e nunca mais resolve nada. È caro? É, mas o que querem fazer? Milagres é noutro departamento e está fechado para obras, porque os tipos da segurança nunca mais o deixam abrir :)
  5.  # 5

    Paulo, :-)
    Não fazer nada ou fugir dali para fora está excluído. Não é opção.
    Trata-se de uma amiga de família que todos os 3 anos tem uma moradia para (eu) reconstruir de alto a baixo. E é a pessoa (comercialmente falando) mais correcta que conheço.
    Nunca me passou pela cabeça é que a lindíssima casa dela estivesse em vias de ser toda esburacada para meter canalização nova.
    Concordam com este comentário: Paul77
  6.  # 6

    Nesse caso é a unica soluçao. Por causa de uma treta dessa perdemos um belo cliente. Ele simplesmente não entendeu que remendos, são remendos e se calhar da nossa parte, fomos no desenrascanço habitual. Só quer mudar uma ponta do cano, nós mudamos. No fim passámos mal.

    A única solução realista é a substituição da canalização, para o bem de ambos. Explique-lhe isso, ela entenderá, o que ela não entenderá, será pagar e passado 2 meses ter uma fuga noutro ponto e passados mais 2, ter noutro ponto
  7.  # 7

    Amigo Luis o melhor alterar tudo, o barato sai caro...
  8.  # 8

    Boas

    Que sugestões me dão para prolongar a vida dos canos de ferro «galvanizado»?

    Fiquei curioso com a pergunta e coloquei-a a um conhecido meu, especialista em metais e metalurgia. Segundo ele nada há a fazer, pelo que a resposta à pergunta parece ser só uma: reforma antecipada

    cumps
    José Cardoso
  9.  # 9

    Colocado por: Luis K. W.Paulo, :-)
    Não fazer nada ou fugir dali para fora está excluído. Não é opção.
    Trata-se de uma amiga de família que todos os 3 anos tem uma moradia para (eu) reconstruir de alto a baixo. E é a pessoa (comercialmente falando) mais correcta que conheço.
    Nunca me passou pela cabeça é que a lindíssima casa dela estivesse em vias de ser toda esburacada para meter canalização nova.


    Caro Luis, essa transferência de iões, parece-me que só ocorre quando quando os metais (com electronegatividades diferentes) estão em contacto directo. Efeito à distância não me parece, embora que em algum lado os tubos diferentes vão ter que se ligar, e aí sim, corrosão até dizer chega...
  10.  # 10

    Luis K. W.:

    O facto de ser uma caldeira mural não interessa nada para o assunto, por exemplo os esquentadores também têm a câmara de combustão em cobre.
    O problema é que a água quente liberta o calcário, e essa calcário agarra-se ás paredes do tubo e começam a corroê-lo (e em tubos em suspensão em contacto com o ar são os primeiros a furar), uma vez que existe a bomba de retorno, este processo não pára nunca, ao passo que por exemplo onde não existe retorno já o processo não é tão rápido.
    Talvez já tenha ouvido dizer algures á muito tempo, que quando se acaba de tomar banho se deve tirar a água quente dos canos!

    No entanto e pelo que descreve, essa caldeira mural é de águas por acumulação (tem um depósito associado e depreendo que externo), e os depósitos costumam ter um ânodo de magnésio (como disse o PauloCorreia e muito bem, só que o anôdo que ele fala será outro para intercalar na tubagem, pelo que percebi e o qual eu desconheia que existia) que possivelmente nunca foi mudado (esse ânodo protege o depósito da corrosão uma vez que o calcário se agarra a ele em vez de ás paredes do depósito e da tubagem), de forma que a tubagem e o depósito ficam sem protecção .

    Como tal, neste momento toda a tubagem estará já danificada, bem como o respectivo depósito (quando o desligar logo verá o que sai do fundo dele onde é a entrada de água), pelo que sendo o cliente que é como diz, nada melhor que lhe prestar um serviço VIP 5 estrelas, e mudar também esse depósito, no entanto a cliente deve ter em atenção que de ano a ano deve mandar verificar o ânodo de magnésio (o qual não faz parte de qualquer garantia por razões mais que óbvias), por forma a proteger o circuito, e se a par disso quiser na entrada de água intercalar uns filtros por forma a evitar que os lixos (restos de canalização das condutas das ruas, areias etc), entrem para dentro de casa melhor, no entanto a cliente também terá de ter em conta a limpeza dos filtros e a sua substituição.

    Cumps
    Estas pessoas agradeceram este comentário: Luis K. W.
    • MDA
    • 20 fevereiro 2010

     # 11

    Bem só para acrescentar uma coisa que ainda não foi dita aqui.
    Os eléctrodos de magnésio são sacrificiais, ou seja têm que ser substituídos, nestes casos postos novos porque literalmente desaparecem, mas actualmente existem eléctrodos que utilizando corrente eléctrica contrariam o efeito electrolitico do fluido, são mais caros mas em cinco anos ficam pagos pelo que se gasta nos sacrificiais.
    Atenção que nem um tipo nem outro resolvem o problema do calcário, isso e outro calvário.

    De qualquer das formas uma maneira de substituir a canalização sem muitos buracos seria inserir tubo pex de menor diâmetro por dentro dos tubos de galvanizado, depois destes serem limpos com um bom banho acido para tirar o calcário e a ferrugem.
    Estas pessoas agradeceram este comentário: Luis K. W.
  11.  # 12

    Colocado por: MDADe qualquer das formas uma maneira de substituir a canalização sem muitos buracos seria inserir tubo pex de menor diâmetro por dentro dos tubos de galvanizado, depois destes serem limpos com um bom banho acido para tirar o calcário e a ferrugem.
    Creio que isso é impraticável numa canalização doméstica (os diâmetros já são muito pequenos).
    Outro problema são os "T" (para não falar nos joelhos, nas curvas a 90º...).

    Já alguém fez isso?
    • MDA
    • 20 fevereiro 2010

     # 13

    Pelo que tenho visto quando se põe galvanizado e sempre 1' e o mínimo e 3/4' com pex dava sempre para passar, e hoje em dia com as pressões que se utilizam o decréscimo de diâmetro facilmente e compensado pelo acréscimo de pressão, o fluxo e que passa a ser turbulento podendo haver alguns barulhos.
    Eu disse com menos buracos, não disse sem nenhum, nos joelhos o melhor e passar um arame primeiro e depois engatar o tubo e puxar, dependendo do diâmetro e da lubrificação, neste caso sabão e o ideal.
    Já fiz isso para situações pontuais em casa, mas depois rebentei com tudo e pus novo, mas no caso de ser imperioso preservar é uma ideia.
  12.  # 14

    Colocado por: MDAEu disse com menos buracos, não disse sem nenhum, .
    Eu reparei.

    No caso de revestimentos muito caros e que se pretenda preservar, é capaz de ser uma ideia... mas é preciso saber BEM onde passam os canos.
    Obrigado.
    • MDA
    • 20 fevereiro 2010

     # 15

    Se os canos são em galvanizado há detectores bastante fiáveis, nos T e joelhos pode sempre fazer um furo com uma serra craniana diamantada e depois compor.
    São as alternativas de que me lembro.
    Mais uma coisa veja bem o maximo de curvatura do pex que esta a utilizar e a relação com o ID dos tubos galvanizados.
  13.  # 16

    Colocado por: Luis K. W.Hoje sou eu que inicío uma discussão.

    Fui chamado há dias a uma moradia (Restelo-Lisboa), porque era a segunda vez em pouco tempo que ocorria uma rotura no mesmo cano de água (quente).

    Da primeira vez, a Cia de Seguro colocou uma braçadeira onde o tubo (ferro galvanizado, com menos de 20 anos) estava perfurado e pingava.

    Desta vez foi lá um canalizador da minha confiança e, como o cano em questão não estava embebido na parede (estava atrás de um pano de tijolo, mas suspenso da lage, na zona oca por cima de um roupeiro), substituimo-lo integralmente.

    Este tubo , de 1" (25mm, no interior) em ferro galvanizado, já apresentava mais 2 pontos de corrosão e estava quase completamente entupido. O diâmetro estava reduzido a menos de 1cm.

    Em toda a casa a água das torneiras de água quente sai castanha, de ferrugem.

    Vim depois a saber que a casa tem uma bomba de circulação da água quente (com retorno), para que leve menos tempo a sair das torneiras.
    Se não me engano, é devido à circulação da água pelos metais de diferentes electronegatividades (ferro dos canos; cobre? da caldeira) que a corrosão do ferro está a ser tão acelerada.

    Que sugestões me dão paraprolongar a vidados canos de ferro «galvanizado»?



    Luís...

    Eu não percebo de canalização...mas...

    Se está a lidar com uma amizade;faça o seguinte...
    coloque um compressor atlascopo daqueles mecânicos das obras de ar comprimido na rua,e leva as mangueiras até à entrada da tubagem dessa moradia,e com adaptador enrrosque na tubagem,tire todas as torneiras,tampões,tire as bichas dos esquentadores,e deixe toda a tubagem livre,deixe baldes e e forma de aparar toda a ferrugem que saia disparada da tubagem e ligue o compressor...vá tapando uma a uma saída de tubagem com tampões enrroscados...os tubos ficam limpos da maior parte da ferrugem,depois ligue a água sobre pressão,e uma a uma destape os tais tampões...as mazelas aparecem depois ou rompem precocemente,e assim pode detectar onde deverá actuar...é essencial que de futuro a água corra com mais pressão,porque só o facto desta passar com pressão;mesmo que haja algumas fissuras no tubo,vai vedando...mas no futuro esses tubos não devem deixar que corra lá água com pouca pressão...depois,é só voltar a enrroscar outravez as torneiras e o resto das bichas etc à canalização após limpeza total.

    Cumps
    Manuel Rocha
  14.  # 17

    Colocado por: MDADe qualquer das formas uma maneira de substituir a canalização sem muitos buracos seria inserir tubo pex de menor diâmetro por dentro dos tubos de galvanizado, depois destes serem limpos com um bom banho acido para tirar o calcário e a ferrugem.


    Esqueceu-se de dizer que além de limpar o calcário e a ferrugem, também limpa o cano ou seja corrói o cano.
    Tubos galvanizados não podem ser sujeitos a limpezas com ácido, tubos de cobre já será diferente.

    Agora aproveitar a canalização e entubá-la com pex, desculpe-me mas isso é uma utopia.
    Depois nas curvas a 90º como faz?
    Nos tês como faz?
    Não acha isso impraticável?
    É mais fácil e mais barato em termos de mão de obra substituir a canalização, do que andar a aproveitar e a limpar com ácidos,

    Mas cada um faz o que quer como é lógico e o resultado final vê-se uns meses depois com os canos a parecerem um saco rôto.
    O que importa é o dinheiro do lado de cá não é, e como este é na sua maioria mão de obra siga para bingo.
    Se o fizer para si na sua casa tudo bem, agora por favor não o faça em casa dos outros.

    Cumps
    • eu
    • 20 fevereiro 2010

     # 18

    Caro Luis, se a cliente é sua amiga e merece uma boa solução, então não a iluda com remendos, a única solução duradoura é substituir toda a canalização.
 
0.0214 seg. NEW