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  1.  # 1

    Tenho um candeeiro de pé que uso diariamente cerca de 5 horas. Está no escritório e usa daquelas lâmpadas halogéneo de 300 w o que eu acho um autêntico desperdício de energia. Tem um regulador de intensidade mas a maior parte das vezes está no máximo. Gostaria de saber se é uma ideia disparatada o que penso fazer:

    - Substituir os conectores da lâmpada por um casquilho "normal"

    - Colocar um lâmpada deste tipo e potência: http://www.eurox10.com/Product/Domotech/LampadasGovena/DIM20E27.htm

    Dúvidas:

    Haverá algum inconveniente?
    Terei níveis de luminosidade aceitáveis?
    Estas lâmpadas serão resistentes ao regulador de intensidade?

    Obrigado
  2.  # 2

    Presumo que a lâmpada seja um tubo com as pontas achatadas. Nesse caso não sei se será simples trocar os casquilhos. Depende do candeiro.
    No entanto, uma lâmpada dessas está especificada para 4600 lm, enquanto que a lâmpada que indica está para 1320 lm (20W x 66lm/W). Logo se diz que está sempre com o regulador no máximo, não vejo como terá luz suficiente com a compacta.
    Quanto ao regulador, a regulação de brilho das lâmpadas fluorescentes tem de ser feita de outra maneira do que a usada pelos reguladores das incandescentes. Existem reguladores para lâmpadas fluorescentes T8 (18 e 36 W) mas são caros.
    Lâmpadas como a que indica funcionam mas mal: com o brilho no máximo ainda vai mas a regulação é na base do apagado, pouco brilho, brilho máximo. E como se vê nas caracteristicas da lâmpada com um THD de 16 %, injecta tanto ruído na rede eléctrica que não convém pensar em montar muitas na casa a menos que a queira transformar numa emissora de rádio.
    Voltando à questão original, o candeiro deve estar a iluminar o tecto, que depois reflecte para a divisão. Porque não o troca por um candeiro que ilumine de cima para baixo ? Ilumina muito mais com a mesma potência por ter um raio de iluminação menor.
  3.  # 3

    Boas,

    Você não tem um candeeiro, tem um aquecedor, que por acaso, também emite luz... :)

    No seu caso, esquecia (fazia by-pass se possível) essa mariquice da regulação da intensidade:

    1. Torna a iluminação menos eficiente (p.e. para ter 20% de luminusidade consome bem mais que 20% de potência);
    2. Limita-lhe enormemente o leque de escolhas em lâmpadas realmente eficientes;
    3. Essa opção vai-lhe encarecer a aquisição da lâmpada;
    4. Como referiu, é mais acessório que outra coisa.

    ... e para esses níveis de luminusidade (~5000 lumen) instalava um casquilho E27 ou E40 e uma lãmpada compacta maxibruta de 72W para cima com 30 000h de vida útil... vai ter é que passar a usar óculos escuros nessa divisão ;)
  4.  # 4

    Colocado por: nunoneiva75

    ... e para esses níveis de luminusidade (~5000 lumen) instalava um casquilho E27 ou E40 e uma lãmpada compacta maxibruta de 72W para cima com 30 000h de vida útil... vai ter é que passar a usar óculos escuros nessa divisão ;)


    Pode dar-me referências dessas lâmpadas?
  5.  # 5

    Agradecia uma pequena explicação.

    Quais as contra-indicações de usar 3 lâmpadas de baixo consumo neste candeeiro com dimmer, apesar de raramente o utilizar (o dimmer)?

    http://www.ikea.com/pt/pt/catalog/products/10117306
  6.  # 6

    Resposta curta: o dimmer não vai funcionar, só ligar/desligar, podendo destruir as lâmpadas no processo.

    Resposta longa: Vou responder com um comentário longo, pois muita gente não sabe como funcionam os dimmers (os mais corriqueiros, existem outras tecnologias) e porque não servem para lâmpadas fluorescentes compactas (ou mesmo as normais).

    A corrente eléctrica que recebemos em casa chama-se alterna porque o é: em cada 1/50 de segundo a tensão sobe de 0V a 318 V, volta a descer a 0V, inverte para -318V e volta a 0V, sempre seguindo uma sinusóide. Os 220V são o valor absoluto da tensão média resultante. A frequência deste ciclo é de 50 Hz.

    Os dimmers normais funcionam cortando essa onda sinusoidal, após cada passagem por 0V. Quanto maior o tempo de corte, menor a luminosidade da lâmpada. Isto funciona porque as lâmpadas incandescentes são filamentos aquecidos à temperatura de branco, o que faz com que emitam luz. Quanto a corrente é cortada o filamente arrefece ligeiramente, mas como o corte é rápido apenas notamos uma redução na luminosidade. No entanto, a luminosidades baixas e com dimmers rascas pode-se notar um cintilamento da lâmpada, pois o dispositivo que corta a corrente não a consegue ligar com a regularidade que devia.

    Este corte transforma a onda sinusoidal numa onda complexa, composta por múliplas ondas sinusoidais (harmónicas) de frequências multiplas da principal (50 Hz). A rede eléctrica pública não foi desenhada para essas harmónicas, pelo que acima de determinadas potências de consumo os aparelhos consumidores não podem exceder um determinado nível de harmónicas. Isso significa que se meter 2000W ligados a dimmers numa casa provavelmente vai ter problemas com a EDP.

    As lâmpadas fluorescentes compactas são basicamente lâmpadas fluorescentes normais (como as usadas em cozinhas e arrecadações), mas de tamanho muito reduzido e controladas por um circuito electrónico, incorporado no casquilho da lâmpada. Essas lâmpadas são basicamente um tubo cheio de gases a baixa pressão, com dois filamentos nas pontas e um revestimento no interior do tubo, que acende quando o gás é ionizado.
    Para que qualquer lâmpada fluorescente acenda (quase) instantâneamente é preciso aplicar uma tensão muito alta (várias centenas de Volts) entre os filamentos, forçando o gás dentro dela a ionizar. Nas compactas isso é conseguido com o circuito electrónico, que corta a corrente milhares de vezes por segundo e depois a filtra, fazendo passar por um conjunto de componentes que geram a tensão necessária para acender a lâmpada.
    Quando a tensão aplicada à lâmpada é cortada por um dimmer, o circuito electrónico é destabilizado pelas harmónicas que recebe, o que pode fazer com que não seja possível atingir a tensão de ionização (e acender a lâmpada) ou mesmo destrui-lo.

    Para controlar a luminosidade duma lâmpada fluorescente tem de se controlar o valor absoluto da corrente que circula através dela APÓS a ionização, o que requer circuitos muito mais complicados que um dimmer vulgar.
    Estas pessoas agradeceram este comentário: FD, Mac, taunus, JoseBlino
 
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