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  1.  # 1

    Skinkx lol

    Nc diga nunca não tenho Eucaliptos plantados, Plantei pinheiras mansas a 8 anos , á 6 anos plantei carvalhos cerquinho e plantei castanheiros, mt provavelmente a proxima plantação será de medronheiros

    Por isso não diga que toda a gente planta eucaliptos.
  2.  # 2

    Colocado por: marcoaraujoCom esta chuva toda, quem tiver limpo os terrenos recentemente, dentro de um mês o mato já vai estar novamente com mais de 1 metro de altura.

    Ridiculo o prazo de 15 de Março. NUNCA se deve limpar o mato no inverno. O ideal é final da primavera, toda a gente sabe isso.
    Quem limpou agora, dentro do prazo legal, e gastou um dinheirão com isso, daqui a menos de 2 meses vai ter de voltar a gastar um dinheirão para limpar novamente.
    Concordam com este comentário:1234,aacc


    O mato, depois de cortado, é encamado. Fica em montes a decompor, ou era misturado com estrume de animais para acelerar o processo.
    Dependendo da variedade cortada, podia servir de cama aos animais, tirando-se o estrume já composto e colocando a cama nova.
    Por isso desde sempre, e que as condições metereologicas o proporcionem, se cortou mato no inverno.
    Por conseguinte, assim se limpavam terrenos.
  3.  # 3

    Por acaso aqui na zona (concelho de Cantanhede), o mato era cortado a seguir às vindimas...
  4.  # 4

    Colocado por: larkheSkinkx lol

    Nc diga nunca não tenho Eucaliptos plantados, Plantei pinheiras mansas a 8 anos , á 6 anos plantei carvalhos cerquinho e plantei castanheiros, mt provavelmente a proxima plantação será de medronheiros

    Por isso não diga que toda a gente planta eucaliptos.


    É de que zona, larkhe?

    E vocês lêem as coisas de forma linear, aquilo que disse obviamente é uma forma de expressão... agora, posso dizer-lhe que no meu distrito e nos circundantes (Aveiro/Viseu/Coimbra), que é só e por excelência a zona de floresta mais densificada do país, não há ninguém ("ninguém" leia-se inferior a 5% da área de novas plantações) a meter outra coisa que não seja eucalipto.

    Somando carvalho, castanheiro, sobreiro, nogueira, cerejeiras, etc etc etc, tudo menos o eucalipto, o rácio que temos é de 95% (e eu arrisco dizer que é mais) a plantar eucalipto e 5% a plantar tudo o resto somado, incluindo pinheiros.
  5.  # 5

    Colocado por: miguelcristovao

    O mato, depois de cortado, é encamado. Fica em montes a decompor, ou era misturado com estrume de animais para acelerar o processo.
    Dependendo da variedade cortada, podia servir de cama aos animais, tirando-se o estrume já composto e colocando a cama nova.
    Por isso desde sempre, e que as condições metereologicas o proporcionem, se cortou mato no inverno.
    Por conseguinte, assim se limpavam terrenos.


    Até porque era no inverno que havia mais tempo, pois não havia colheitas nem sementeiras.

    Na minha terra alguém tinha tempo para ir roçar mato quando havia batata ou milho para semear? Ou batata para tratar, milho para regar, vinha para podar e empar e vindimas para fazer e por aí fora?

    O mato era roçado quando não havia mais nada para fazer, porque todas as outras coisas eram prioritárias, o problema é que os proprietários daquela altura ainda não tinham descoberto as maravilhas da Praia da Tocha e da Barra de Aveiro... LOL

    Dizem-me "os antigos" que no tempo deles o mato era um negócio, porque havia alturas onde ele escasseava.
    Concordam com este comentário: nunos7, miguelcristovao, coisasdacasa
  6.  # 6

    Skinkx

    Sou de Alcobaça, vivo em Lisboa e trabalho na Zona de Coimbra Aveiro

    Os terrenos são na zona de Alcobaça e Porto de Mós

    Se quiser convido o a visitar os meus terrenos para comprovar o que disse atras, já agora tb tenho nogueiras umas 1200 :)
  7.  # 7

    Colocado por: marcoaraujoCom esta chuva toda, quem tiver limpo os terrenos recentemente, dentro de um mês o mato já vai estar novamente com mais de 1 metro de altura.

    Ridiculo o prazo de 15 de Março. NUNCA se deve limpar o mato no inverno. O ideal é final da primavera, toda a gente sabe isso.
    Quem limpou agora, dentro do prazo legal, e gastou um dinheirão com isso, daqui a menos de 2 meses vai ter de voltar a gastar um dinheirão para limpar novamente.
    Concordam com este comentário:1234,aacc


    Dois meses não digo, mas que em Setembro muita coisa vai estar parecida com o que estava...antes das limpezas...sim, claro.
  8.  # 8

    Colocado por: Skinkx

    Caravelle

    mesmo nos casos em que são as habitações a invadir zonas florestadas, se o fizerem de acordo com os instrumentos de planeamento (viabilidade do PDM), os próprios proprietários florestais saem beneficiados, pois os seus terrenos passam a ser mais valiosos, pois passam a confrontar ou estar nas imediações de habitações e deixam de valer cêntimos/m2 para passar a valer euros/m2, mesmo que não tenham potencial construtivo.
    Concordam com este comentário:coisasdacasa


    Isto, pura e simplesmente, não é verdade. Na prática, se não passarem a urbanos, desvalorizam.
  9.  # 9

    Colocado por: larkheSkinkx

    Sou de Alcobaça, vivo em Lisboa e trabalho na Zona de Coimbra Aveiro

    Os terrenos são na zona de Alcobaça e Porto de Mós

    Se quiser convido o a visitar os meus terrenos para comprovar o que disse atras, já agora tb tenho nogueiras umas 1200 :)


    Aceito isso, mas peço-lhe que olhe para os terrenos na zona onde trabalha, para o que ardeu e para o que está a ser plantado.

    É tão simples como isto: quase toda a gente herdou pinhal, mas quase ninguém vai deixar pinhal de herança. Isto já é uma guerra minha, que não tem que ver com matos, mas sim com uma monocultura intensiva que me causa cada vez mais dificuldades em aceitar. E eu até aceito o eucalipto, como aceito a existência de acácias, mas à minha volta a representatividade do eucalipto é uma brutalidade.
  10.  # 10

    Colocado por: ThingsHappen

    Isto, pura e simplesmente, não é verdade. Na prática, se não passarem a urbanos, desvalorizam.


    Quer dizer que um terreno no meio do mato, a 1 km da povoação, vale o mesmo que um quintal em potência? Você dava mais pelo terreno com árvores que confronta com a sua casa ou pelo terreno com árvores a 2 kms de casa?

    Ainda no outro dia alguém comentava, perto de mim, acerca do descarrilamento em Santa Comba Dão: "aquilo é perto de um lugar qualquer, tem lá uma vinha, onde há vinhas há gente". Seja qual for o terreno que fique próximo de povoações urbanas, o seu valor é sempre maior do que se for onde o Judas perdeu as botas.

    Você é que só olha para ele como um canteiro para pôr lá umas árvores, uns eucaliptos, como se o valor de um terreno se avaliasse somente por esse prisma.
    Concordam com este comentário: miguelcristovao
  11.  # 11

    Acho que também se está a diabolizar as plantações de eucaliptos...porque sim.

    Muitas pessoas que plantam eucaliptos agora já tiveram terríveis experiências, principalmente com pinheiros e castanheiros...uns adoecem, outros secam...são perdas muito avultadas e todos sabemos que só se é amigo do ambiente quando não nos dói na carteira...e recomendar aos outros é fácil...quando cada um tem as suas realidades.

    Aí entra o papel do Estado, de direccionar as populações mais ou menos no sentido que lhe interessa...quer por impostos (como no caso do tabaco) quer por incentivos (como a isenção de IMI nas renovações de prédios em ruínas nos centros urbanos).
    Neste caso...a má política que temos direccionou as culturas para o que são hoje.
    Outras políticas houvesse, seria outra a realidade, porque os privados, no geral (e não os "tugas", como alguns aqui dizem em tom altivo de desdém) movem-se mais ou menos em uníssono ao sabor do que é mais conveniente.

    Se tivéssemos uma indústria agrícola e florestal estruturada e, acima de tudo, sem interferências "da indústria do fogo", onde os corruptos descaradamente movem milhões e está um verdadeiro "texas", talvez tivéssemos outra realidade.

    E mais...para Norte, se houvesse um movimento no sentido de fazer os devidos levantamentos geográficos e se desse alguma primazia a políticas que conseguissem por fim ao número infinito de leiras e leirinhas de mil e um proprietários, que só impossibilitam o aproveitamento e manutenção...

    Todos podemos ir fazendo alguma coisa, mas quem verdadeiramente pode, não quer fazer nada significativo.
    Concordam com este comentário: aacc
  12.  # 12

    Colocado por: Skinkx

    Quer dizer que um terreno no meio do mato, a 1 km da povoação, vale o mesmo que um quintal em potência? Você dava mais pelo terreno com árvores que confronta com a sua casa ou pelo terreno com árvores a 2 kms de casa?

    Ainda no outro dia alguém comentava, perto de mim, acerca do descarrilamento em Santa Comba Dão: "aquilo é perto de um lugar qualquer, tem lá uma vinha, onde há vinhas há gente". Seja qual for o terreno que fique próximo de povoações urbanas, o seu valor é sempre maior do que se for onde o Judas perdeu as botas.

    Você é que só olha para ele como um canteiro para pôr lá umas árvores, uns eucaliptos, como se o valor de um terreno se avaliasse somente por esse prisma.


    Pronto, voltamos à mesma cassete..."você é que isto...você é que aquilo..."...porra que você é chato que dói!

    Um quintal em potência...se for grande e perto de uma povoação, significa custos de manutenção. Se for no meio do nada...significa, como você adora, meter eucaliptos e voltar daí a meia dúzia de anos, lucra fácil, blá blá blá....

    Olhe...eu pelos meus "quintais em potência" recebo o IMI de quem os trabalha...e é se não os quiser deixar a monte. Ao meu pai, ainda lhe pagavam uma renda...a mim, bom...estou com sorte enquanto encontro quem os mantenha! E quando quem os trabalha for para o jardim das tabuletas...não sei como vai ser!
  13.  # 13

    Colocado por: JoelM
    1. Este choradinho faz-me lembrar quem tinha edifícios nos centros históricos e nao os queria nem recuperar nem vender, pondo em risco quem passava na rua, veio o boom da construção nos centros históricos e acabou o choradinho.


    Mas que choradinho?
    Eu nem me queixo...apenas uso exemplos práticos para mostrar que as coisas não são tão bonitas como se pensa.
    Quem está de fora pensa logo que é fácil fazer dinheiro...no entanto, no final do dia que passam frente a um pc, vão para casa ver a novela e resmungar que os outros não tratam das coisas.

    Quem chora afinal?
  14.  # 14

    Vamos lá a ver, eu cresci num mundo de pinhal e tenho que sair da toca para perceber que há outra realidade... e muitos estão como eu, só que os nossos filhos vão chegar a um ponto onde não conhecem nem uma pinha nem um pinhão.

    Um dos grandes problemas que me faz falar contra os eucaliptos é a firma convicção de que são uma espécie que agrava aquilo que já são condições naturais (clima mediterrânico, quente e seco) propícias ao aparecimento de fogos florestais, agravados por uma conjunto de factores sócio-demográficos (abandono da actividade agro-pastorícia, envelhecimento da população rural).

    Outro dos problemas que me faz ser muito contra o eucalipto é que mesmo quem não gosta deles muitas vezes acaba por ter que os plantar, porque uma vez em Roma, sê romano: rodeado de eucaliptos nada cresce, a não ser as acácias. E assim, por convicção ou coação, aquilo que temos é uma monocultura, ainda por cima intensiva, com enormes custos sociais, ecológicos e económicos para o país.

    Tenho amigos engenheiros florestais que se lhes perguntar cotação para o preço de madeira no terreno (carvalho, castanho, nogueira, etc) ninguém faz a mínima ideia. Isto mostra o quão desequilibrada está a nossa floresta.

    Mas que fique claro, não sou contra o recurso ao eucalipto. Sou contra ele nesta dimensão e nos moldes actuais, uma espécie de corrida desenfreada a uma só espécie.

    https://www.publico.pt/2018/03/05/sociedade/entrevista/de-nada-serve-termos-um-modelo-de-prevencao-e-combate-se-a-paisagem-nao-mudar-1805104



    Mas o certo é que as políticas de revitalização do sector florestal não têm dado certo, aliás, há quem diga que são praticamente inexistentes. Não há um investimento sério em, por exemplo, as madeiras nobres, que seria importante neste caso, serrações, etc.
    No modelo futuro, segmentamos e colocamos dentro da ANPC a protecção das pessoas e das vilas. O outro pilar irá colocar 60 a 70% do território sob administração do ICNF, tutelado pelos ministérios do Ambiente e da Agricultura.


    Essa pressão vai fazer com que esses ministérios se envolvam mais no problema. Vão ter que resolver o problema das políticas públicas e de orçamentos associados à prevenção e também apoiar o combate, vão ter um dispositivo integrado nessa perspectiva.

    Mas qual é a paisagem, qual é o território que queremos? Isso é outra unidade de missão. Vai haver mais pressão da opinião pública sobre as políticas públicas e a sua eficácia.

    A agência vai ter uma espécie de técnicos especializados, que é uma incubadora que depois transita para dentro do ICNF, que vai ter de lidar com a questão estabelecendo uma relação diferente com os proprietários e com o movimento associativo. O nosso modelo assenta no associativismo, e isso implica uma maior partilha de responsabilidades, implica separar aquilo que é a totalidade dos prédios daquilo que são as necessidades da gestão. Na pastorícia, por exemplo, um rebanho com 100 ovelhas com um pastor não permite ter um quadro bem qualificado a tomar conta daquele rebanho. Mas para ter duas mil ovelhas, tem de intervir num espaço maior, ocupando outros territórios e isso implica alterar a titularidade, implica alterar o acesso à terra, implica uma reforma profunda.



    A pergunta não fica cabalmente respondida, mas é uma pergunta que eu faria. Se há madeiras que rendem mais que o eucalipto, ainda que com cortes mais afastados no tempo, porque não criar um mecanismo onde a plantação de espécies de crescimento rápido possam de algum modo financiar a plantação de outras espécies, de retorno mais demorado, pelo menos numa fase inicial enquanto os primeiros cortes não tornam esse negócio mais auto-sustentável?

    Isto podia ser facilmente gerido através da representatividade das espécies plantadas e as espécies hiper-populosas seriam sempre mais "fustigadas" para poderem financiar o aparecimento e manutenção de outras. Por acaso hoje é o eucalipto, mas podem ser as paulonias, que é outra praga que aí se adivinha, se começar a correr bem.
    Concordam com este comentário: ThingsHappen
  15.  # 15

    Colocado por: ThingsHappen

    Pronto, voltamos à mesma cassete..."você é que isto...você é que aquilo..."...porra que você é chato que dói!

    Um quintal em potência...se for grande e perto de uma povoação, significa custos de manutenção. Se for no meio do nada...significa, como você adora, meter eucaliptos e voltar daí a meia dúzia de anos, lucra fácil, blá blá blá....

    Olhe...eu pelos meus "quintais em potência" recebo o IMI de quem os trabalha...e é se não os quiser deixar a monte. Ao meu pai, ainda lhe pagavam uma renda...a mim, bom...estou com sorte enquanto encontro quem os mantenha! E quando quem os trabalha for para o jardim das tabuletas...não sei como vai ser!


    Foi uma crítica à falta de visão. Terreno que margina com casas tem sempre gente interessada, ao contrário de pinhais em cascos de rolha.
  16.  # 16

    Colocado por: SkinkxVamos lá a ver, eu cresci num mundo de pinhal e tenho que sair da toca para perceber que há outra realidade... e muitos estão como eu, só que os nossos filhos vão chegar a um ponto onde não conhecem nem uma pinha nem um pinhão.

    Um dos grandes problemas que me faz falar contra os eucaliptos é a firma convicção de que são uma espécie que agrava aquilo que já são condições naturais (clima mediterrânico, quente e seco) propícias ao aparecimento de fogos florestais, agravados por uma conjunto de factores sócio-demográficos (abandono da actividade agro-pastorícia, envelhecimento da população rural).

    Outro dos problemas que me faz ser muito contra o eucalipto é que mesmo quem não gosta deles muitas vezes acaba por ter que os plantar, porque uma vez em Roma, sê romano: rodeado de eucaliptos nada cresce, a não ser as acácias. E assim, por convicção ou coação, aquilo que temos é uma monocultura, ainda por cima intensiva, com enormes custos sociais, ecológicos e económicos para o país.

    Tenho amigos engenheiros florestais que se lhes perguntar cotação para o preço de madeira no terreno (carvalho, castanho, nogueira, etc) ninguém faz a mínima ideia. Isto mostra o quão desequilibrada está a nossa floresta.

    Mas que fique claro, não sou contra o recurso ao eucalipto. Sou contra ele nesta dimensão e nos moldes actuais, uma espécie de corrida desenfreada a uma só espécie.

    https://www.publico.pt/2018/03/05/sociedade/entrevista/de-nada-serve-termos-um-modelo-de-prevencao-e-combate-se-a-paisagem-nao-mudar-1805104




    A pergunta não fica cabalmente respondida, mas é uma pergunta que eu faria. Se há madeiras que rendem mais que o eucalipto, ainda que com cortes mais afastados no tempo, porque não criar um mecanismo onde a plantação de espécies de crescimento rápido possam de algum modo financiar a plantação de outras espécies, de retorno mais demorado, pelo menos numa fase inicial enquanto os primeiros cortes não tornam esse negócio mais auto-sustentável?

    Isto podia ser facilmente gerido através da representatividade das espécies plantadas e as espécies hiper-populosas seriam sempre mais "fustigadas" para poderem financiar o aparecimento e manutenção de outras. Por acaso hoje é o eucalipto, mas podem ser as paulonias, que é outra praga que aí se adivinha, se começar a correr bem.
    Concordam com este comentário:ThingsHappen


    Demorou, mas concordo com tudo o que escreveu neste post. Tudo mesmo.

    Eu também tenho essa visão em parte, e coloco as mesmas questões a mim mesmo, mas sinceramente, se calhar já não me quero desiludir mais com a falta de atenção que se dá às florestas por parte de quem legisla.

    Se eu gostava de ter uma realidade diferente em Portugal? Claro! Mas com as condicionantes que temos, é sustentável? Nem lá perto...

    Cada um deve fazer a sua parte, com mais ou menos custo pessoal (a maioria, digamos, com nenhum...porque não ligam um chavelho...alguns nem saberão onde são os terrenos, quanto mais o que lá têm...) mas não vamos aqui andar com sonhos de que as pessoas vão começar a fazer o que quer que seja por...civismo.
    Vamos ser brutalmente honestos e perceber que se as pessoas não conseguirem tirar alguma vantagem, vão abandonar as coisas, entregar aos bixos. Civismo, responsabilidade e ecologia são conceitos que só entram em jogo depois de todas as outras necessidades estarem satisfeitas (e mesmo aí...)...
    Sempre que tento dar isso a entender, sou atacado pessoalmente.
    Os carros eléctricos só vão andar nas ruas em massa quando forem uma alternativa economicamente mais viável (não faço ideia se já são ou não, era uma analogia, podem traçar os paralelismos).

    Eu quero ver uma reforma nas políticas agrícolas e florestais. E tenciono deixar que os meus votos sejam influenciados por isso. Até lá, muita gente tem que fazer o seu trabalho.

    Mas também digo...vai ser extremamente difícil convencer alguém que tem uma plantação de eucaliptos já estabelecida, que agora é só cortar e tratar da manutenção legal (e só se estiver perto de estradas e habitações...) a deitar tudo "fora" e meter outra coisa qualquer...
  17.  # 17

    Colocado por: Skinkx
    Foi uma crítica à falta de visão. Terreno que margina com casas tem sempre gente interessada, ao contrário de pinhais em cascos de rolha.


      Talvez, acho que é dependente de cada caso.

      Talvez por causa desta situação desde o final do ano passado se tenha invertido...não teria dificuldades em vender as bouças perdidas no meio do monte, mas as junto às estradas ninguém lhes pega.
    •  # 18

      Colocado por: ThingsHappen

      Mas que choradinho?
      Eu nem me queixo...apenas uso exemplos práticos para mostrar que as coisas não são tão bonitas como se pensa.
      Quem está de fora pensa logo que é fácil fazer dinheiro...no entanto, no final do dia que passam frente a um pc, vão para casa ver a novela e resmungar que os outros não tratam das coisas.

      Quem chora afinal?


      Também não são tão negras como as pinta..
    •  # 19

      Colocado por: Mighty SparrowCom esses confrontantes...
      E a paulownia?

      É sempre assim em todos os terrenos na zona, tudo planta de qualquer maneira, quando quer como quer e ninguém diz nada..
      A Paulownia está em testes, mas ja vi que no verão tem de ser regada, o que inviabiliza em certa parte porque não tenho como...
    •  # 20

      Caros foristas - e Skinkx em particular:

      Há uns tempos escrevi um post noutro tópico que descreve a minha linha de pensamento sobre os fogos e a protecção civil.

      Deixo-o aqui com algumas correcções. Algumas partes a negrito realçam coisas para esta discussão.

      Colocado por: CaravellePenso que nem eu nem o rjmsilva temos a resposta concreta.

      Além do mais as decisões técnicas decentes não podem ser tomadas em pouco tempo. Uma coisa que comece a ser pensada agora só conseguirá ser implementada, com sorte, daqui a uns dois anos e demora ainda mais a estar a 100%.

      Para isso é necessário rigor técnico e decisões políticas sérias e consequentes.

      Aquilo que não pode acontecer é o combustível continuar a crescer e acumular-se durante 10 - 12 anos e depois perder-se tudo num mar de chamas com carradas de gente à mistura.

      Na minha opinião há duas vertentes para o problema:

      a) a componente de protecção civil pura; (Uma coisa são incêndios, mas e as cheias, o terramoto sempre adiado, os grandes fogos urbanos, as grandes urgências de saúde e o terrorismo? E algumas coisas dessas ao mesmo tempo - um terramoto chama incêndios e vítimas e maremotos, o terrorismo chama vítimas e danos estruturais, etc.? Por agora foram os fogos + todas as vítimas mortais. É necessário que hajam planos de catástrofe sérios e realistas.)

      b) as condições da floresta. (As condições da floresta não são necessariamente um problema da proteção civil. São-no apenas porque o exacerbam. No entanto este é um assunto quase exclusivo do Ministério da Agricultura ou do Ambiente, mas preferencialmente dos dois.)

      Nas componentes da protecção civil podem colocar-se os/as seguintes problemas/hipóteses:

      1) Quem comanda, como comandar, que requisitos para quem comanda.
      2) Como é constituída a estrutura base e alargada da proteção civil?
      3) Que entidades na estrutura de comando? Como se articulam?
      4) Como comunicam (as chefias, os operacionais, as informações de decisão)? Que ajudas à decisão? Como decidir?
      5) De que meios (combinados, requisitados, temporários ou não) dispõem?
      6) Deverá a proteção civil assumir algumas estruturas como o INEM, de maneira a haver um sistema de emergência e resposta articulado e sem sobreposições, habituado a intervir no dia-a-dia, com comunicações e centros de despacho operacionais espalhados pelo país?
      7) Qual o papel dos cidadãos? Devem deixar as coisas para os "profissionais"? E quando os profissionais são escassos? Deverá a proteção civil apoiar activamente a formação da população nas áreas em que esta possa intervir e fazer suporte aos operacionais no terreno, bem como alertar, através de mecanismos de alerta próprios sobre riscos eminentes? Deverá apoiar as medidas de auto-proteção? Como (guias práticos/recursos educativos/apoios financeiros)?

      Com a excepção do item 6 que é da minha lavra, houve notícias negativas sobre todos os outros pontos.

      Nas condições da floresta:

      a1) Para que serve?
      a2) Para que a queremos?
      a3) Quais as condições sócio-económicas de quem a detém e a trabalha? Como mudar os usos e costumes sem desenraízar/alienar as populações? Como melhorar o rendimento?
      a4) E quem tem e não quer/não sabe trabalhá-la? Há mecanismos de devolução de terras voluntários ou coercivos para quem as não queira? A quem se devolve? Há incentivos para trabalhá-las?
      a5) Qual o papel do associativismo/cooperativismo (em qualquer das suas formas - nacional/regional/local/empresarial/etc)?
      a6) Quais os custos de tratar da floresta com perdas mínimas vs. os custos do combate maciço de grandes áreas ardidas? Vale a pena?
      a7) Deverão os cidadãos particulares ser os grandes detentores da floresta ou esta deverá reverter primariamente para o estado ou para as associações com os cidadãos como arrendatários/exploradores dos recursos?
      a8) Assumindo que a queremos, como planear a floresta tendo em conta o aquecimento global/ a sustentabilidade/ o rendimento? Que factor toma preponderância? Como é que esta preponderância afecta todas as outras medidas (tanto as condições da floresta como na proteção civil)?

      Uma outra condição poderá ser a questão criminal:

      Como dissuadir um puro criminoso? Como penalizá-lo? ( Não esquecer que o tipo que queima uns ramos de forma controlada é visto pela lei como um incendiário - não é disto que escrevo - isto pertence aos usos e costumes e aos mecanismos de alerta. Estou a referir-me ao tipo do isqueiro na erva.)

      Finalmente:

      Como reagirá a sociedade? Estará ela preparada para mudar, caso se perceba que as opções a tomar tenham que ser drásticas?

      Deixo aqui uns artigos, creio que alguns já foram linkados no tópico " A época dos fogos", que me parecem úteis (eventualmente um moderador poderá querer transferir estes posts para lá). Eu não digo que este senhor seja o melhor tipo do mundo nestas coisas, mas não me parece mau. Quem saiba mais que se pronuncie:

      Se a floresta fosse rentável, haveria menos incêndios?

      Arquitecto paisagista - Henrique Pereira dos Santos

      A floresta, segundo Ribeiro Telles

      Gonçalo Ribeiro Telles: Esta entrevista tem 14 anos mas podia ter sido dada hoje

      O pinhal de Leiria e outros

      12 de Agosto de 2010

      Ainda ignições e afins

      Fogo furtivo

      Projeto Ecomountain - YouTube

      Discuta-se (Fassam parte)!

      Cumprimentos.

      P.S.: As minhas desculpas por alguns erros ortográficos e de concordância


      Enquanto a grande maioria destas perguntas não for respondida a contento, a monocultura continua e não há muitas garantias que não hajam catástrofes como no ano passado.

      Cumprimentos.
     
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