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  1.  # 1

    Sou apenas eu que fico incomodado com os WC's (sanitários) públicos por este país (Portugal) fora? Em especial aqueles geridos pelos municípios e juntas de freguesia.

    Quando é que se muda a lei para passar a ser a ASAE a fiscalizar, em vez de serem os prestadores (municípios) a fazerem tal fiscalização... que de resto não fazem porque caso contrário não seria possível a pouca vergonha que se vê país fora... que muitas vezes não muda nem mesmo quando se apresenta reclamação.

    A maior parte dos WC's ou estão fechados ou a única coisa que têm é a sanita/ urinol propriamente dito... e às vezes uma torneira com água quando a pessoa tem muita sorte.
    Já vi uma variante que é os WC's públicos funcionam mas a chave está no concessionário de quiosque/ bar mais próximo e não têm lá qualquer indicação... por tanto ninguém vai supor que aquilo é um WC público e que está a funcionar... neste caso pelo menos um responsável de um município com quem falei mostrava-se muito contente com esta solução já que existia menos vandalismo... claro... as pessoas não o podem utilizar na prática (muitas vezes nem mesmo o concessionário está aberto, mesmo que não coloque obstáculos a ceder a chave a qualquer um).

    Nesta discussão não incluo os WC's das lojas, centros comerciais e similares que muitas vezes estão fechados ou simplesmente dizem que não há... nesses casos ainda se pode comunicar para a ASAE que pode fechar os estabelecimentos, uma vez que apesar de não ser da responsabilidade deles os WC's em si, os mesmos tem de existir, e se não tiverem aparentemente condições eles encaminham para os municípios a fiscalização dos mesmos.


    Outra conversa dentro do mesmo tópico são os equipamentos disponíveis no mercado supostamente anti-vandalismo mas que não resistem ao vandalismo em especial os porta-rolos de papel higiénico e saboneteiras.
    Porque não existem no mercado verdadeiras soluções resistentes ao vandalismo e eventualmente ao furto simples?
    Nos EUA encontrei uma empresa que vende diversas coisas anti-vandalismo e que realmente parecem bem concebidos ( https://www.vandalstop.com em especial o modelo "AA-JRDx1" ) mas por cá o "anti-vandalismo" por exemplo nos porta-rolos é uma fechadura central (tipo de caixa de correio) ou então na parte do topo e normalmente nesses até é umas coisas de plástico... que sinceramente acho que foram poucos os ditos que vi em locais públicos (jardins, estações de comboio, e similares) que não tivesse sido forçados/ abertos/ destruídos... não sei quem foi o idiota que concebeu aquela ideia de funcionamento, mas eu não conseguiria fazer pior a nível de segurança.

    E já agora quando é que o Parlamento cria uma lei para obrigar a todas as localidades a terem pelo menos 1 WC (sanitário) público (parte feminina e masculina) por cada 1000 habitantes (0 a 1000 = 1 unidade, 1001 a 2000 = 2 unidades, etc.), e na mesma proporção se a presença de pessoas for em proporção similar durante mais de 30 dias por ano civil (ex.: zonas de turismo), funcional e com o seguinte:

    1) Dois porta-rolos com rolos de 400 metros manuais ou de preferência automáticos (limitado à disponibilização de 2 metros de papel higiénico por minuto, para tentar reduzir o desperdício/ furto) e especialmente concebidos para serem realmente resistentes ao vandalismo e furto. Sempre abastecidas;
    2) Duas saboneteiras de 1 litro manuais ou de preferência automáticos (limitados a uma dose a cada 5 segundos) e especialmente concebidos para serem realmente resistentes ao vandalismo e furto. Sempre abastecidas;
    3) Torneiras accionadas manualmente com o pé/cadeira de rodas no chão ou preferencialmente electrónicas com sensor de proximidade das mãos, e especialmente concebidos para serem realmente resistentes ao vandalismo e furto. Colocadas em estrutura especialmente concebida para não permitir a extracção/ furto fácil das mesmas.
    4) Secador de mãos por ar (frio ou quente) com sistema de filtragem de ar avançado e de preferência que se auto-limpe ou com clara indicação de que a manutenção está feita conforme as normas, e especialmente concebidos para serem realmente resistentes ao vandalismo e furto;
    5) Cesta para o lixo (papel higiénico, fraldas, pensos, etc.) na cabine, de preferência com capacidade não inferior a 50 litros e com dupla tampa para reduzir os odores;
    6) Porta com fecho de privacidade (se automático deve ter forma de desbloqueio manual);
    7) Fraldário para tratar da higiene aos bebés e crianças pequenas;
    8) Limitador de presença a até 20 minutos por utilizador (para garantir disponibilidade e que não é utilizado para sem abrigos lá pernoitarem);
    9) Sistema de auto-limpeza que garanta a sanitização ou mesmo a desinfecção de todo o espaço após cada utilização;
    10) Sistema de contacto telefónico, via rádio (cifragem forte e autenticado), gratuito de premir botão para falar com um serviço de assistência para reportar avarias, situações de emergência, etc. E ainda número nacional gratuito tipo "198" para se contactar alguém caso o sistema local esteja avariado. Deveria o local estar claramente identificado no exterior e interior com uma referência nacional que até estrangeiros possam conseguir dizer tipo: só números.

    Todos os acima referidos devem ter a sua estrutura protegida por duplas fechaduras (uma protege a outra) com dois tipos de mecanismo de segredo diferente (que exija técnicas diferentes para ser ultrapassado) para reduzir as probabilidades de vandalismo/ furto. Naturalmente que no caso das torneiras isto aplicar-se-ia à estrutura que as protege da extracção/ furto.
    Se todos os equipamentos estiverem embutidos na estrutura e só for possível o acesso à parte crítica (sabonete líquido em si, rolo de papel higiénico em si, etc.) da parte de fora do equipamento ("galeria técnica") então só o acesso à mesma: a porta ou estrutura deve obedecer à norma "DIN EN 1627" no nível mínimo de "RC4" já que estas infra-estruturas costumam ser alvos frequentes de vandalismo/ furto... e caso seja alvo repetido de furtos então o nível mínimo deve ser o "RC6" com sistema de detecção de intrusão (que detecte a tentativa de intrusão ainda do lado exterior) ligado a central monitorizada 24h/ 365d. RC6 pode parece excessivo mas a norma só diz que a porta tem de aguentar 20 minutos antes de a conseguirem ultrapassar... tendo em conta os tempos de reposta das empresas de segurança/ polícia até 20 minutos pode ser pouco a menos que o padrão mínimo seja em muito ultrapassado.

    Algumas das sugestões já enviei para a Assembleia da República, mas fui completamente ignorado.

    De todas as acima esperava que no mínimo do ponto 1 ao 6 já estivessem em pratica e não fosse necessária legislação especial... o resto seria interessante mas admito que pudesse não ser realista na actual economia, embora não me pareçam nada de particularmente difícil de implementar... e com excepção talvez do sistema de contacto tudo o resto até é bastante comum em wcs automatizados.
  2.  # 2

    Mas isso é em Portugal que queres?
    Se calhar não vives cá... ou andas longe da incompetencia politica desde a revolução
  3.  # 3

    É mesmo em Portugal.
    E da incompetência eu conheço-a bem, já que eu mesmo já fiz sugestões relacionadas com este tópico por vezes com indicações bem específicas a "anti-vandalismo" e meteram uma coisa de plástico que se estava mesmo a ver que não durava um mês... e não durou!
    E isto é transversal, por aqui tanto PSD como PS são iguais... ninguém quer saber, nem mesmo quando alertados para tal.
    Não é como se isto fosse uma coisa particularmente difícil de resolver... só que aparentemente não dá votos e como ninguém independente fiscaliza então os municípios estão se a borrifar dando-se mesmo ao desplante de responder a dizer que não irão implementar qualquer melhoria... ou então que a melhoria é colocar os wc's ao serviço de concessionários privados próximos... ou seja: na prática os WC's passam a estar encerrados ao público em geral.
    • tnjp
    • 5 março 2018

     # 4

    só que aparentemente não dá votos


    Isto é o mais importante! O dinheiro é pouco e por isso tem que ser canalizado para algo que dê votos, independentemente do bem estar da população. É preciso manter o poleiro e agradar ao partido.
  4.  # 5

    Desculpem lá... mas acho que existem outras prioridades onde gastar o dinheiro.
    MElhor ou pior existe uma "rede " de sanitários... Publicos e/ou de estabelecimentos abertos ao publico. pelo que não me parece um assunto prioritário.
    Relativamente À manutenção.... Epá tanto se apanha coisas muito bem mantidas como outras que estão uma desgraça.
  5.  # 6

    O problema é que a dita rede de sanitários públicos é normalmente entre má e miserável, mas era fácil acabar com as desgraças, bastava existir legislação específica e passar a ser fiscalizado por uma entidade que não seja simultaneamente prestadora do serviço, como por exemplo a ASAE.

    Claro que a legislação deveria contemplar a obrigatoriedade da existência dos sanitários públicos em proporção adequada e espalhados convenientemente ou os municípios faziam o que já fazem hoje: fecham-nos todos ou metem-nos ao uso de entidades terceiras.

    Quanto a achar que existem outras prioridades onde gastar o dinheiro, os políticos parecem estar TODOS do seu lado, pois nenhum está ou parece estar preocupado com sanitários públicos, ou pelo menos nunca me apercebi de tal nos últimos anos. Mas quando não se preocupam nem em manter o mais simples e básico como é que se pode esperar que sejam bons para coisas maiores e mais importantes.

    Lembrei-me agora das ciclovias e zonas pedonais tão em voga, e que parecem ser prioridades para muitos, eles constroem-nas, com dinheiros da UE mas depois as estruturas de apoio é mentira... não há bebedouros (ou metem uns que são todos vandalizados nos primeiros meses e não mais são arranjados) não metem WC's (logo uma pessoa não têm onde fazer as necessidades... ou faz onde calhar)... e depois querem que as pessoas as utilizem... e utilizam, mas muitas mais não utilizam por faltarem as tais estruturas de suporte.
  6.  # 7

    é asin,as camaras dizennos como é que ten que ser os meus wc,so falta que escolhan o papel higienico...É logo vou a wc público i aquilo e una merdize...é o mesmo que a obrigatoridade de limpar os terrenos por parte dos donos,e logo os terrenos das camaras están feitos,outra merdize.
 
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