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  1.  # 1

    Ao ler uma nova medida anunciada nas notícias...

    https://www.sabado.pt/portugal/detalhe/medina-promete-t0-e-t1-em-lisboa-a-200-euros-para-mais-de-mil-pessoas

    ... não pude deixar de pensar quais serão os critérios de acesso a estes apartamentos,por quanto tempo (prazo de arrendamento)...


    Acho uma injustiça haver habitação social.
    Todos devíamos poder ganhar um salário que nos permitisse viver.Sómente viver onde gostássemos de viver,de ver os nossos filhos crescer,de fruir do melhor da vida com paz e segurança...
  2.  # 2

    A parte nova é só a rede rendas acessíveis.
    Mas tenho uns amigos que já viveram num apartamento da Segurança Social em Lisboa e a renda era mais baixa do que se fosse um privado a alugar. A casa estava completamente renovada e era muito boa. Os contratos eram semelhantes e as regras iguais, precisavam ter capacidade pra suportar a renda.
    Neste caso, com os valores de renda que eles estão a meter, parece-me que um T1 fica acessível a muitas famílias, principalmente tendo em conta que os preços actuais em Lisboa são perto dos 600€ ou mais.

    De resto, não percebo a injustiça. Terá o mesmo direito a candidatar-se a estas casas como qualquer pessoa.
  3.  # 3

    Colocado por: Mariasevera


    Acho uma injustiça haver habitação social.


    Mas, será viável que todos os cidadãos possam ter capacidades de trabalho e, consequentemente, capacidades financeiras para poderem adquirir a sua habitação própria, ou concorrerem no mercado de arrendamento ?

    Se calhar, injustiça, seria não haver habitação social.
  4.  # 4

    Eu tenho que pagar a minha renda.Não tenho ajudas.
    Outros com carros de alta cilindrada à porta no bairro social têm casa à pála!
    Toda a gente sabe de histórias na atribuição de casas na EPUL e casas camarárias... favoritismo e Cunha...
  5.  # 5

    Colocado por: MariaseveraEu tenho que pagar a minha renda.Não tenho ajudas.
    Outros com carros de alta cilindrada à porta no bairro social têm casa à pála!


    Uma coisa é dizer que se calhar não funciona bem como devia e os processos deviam ser revistos.
    Outra coisa é dizer que não devia existir porque a Maria é capaz de pagar a sua renda. Além do mais, a medida acima não tem nada a ver com isto. Já lhe expliquei que a Segurança Social tem habitações - que estão a reabilitar - para alugar a quem tem possibilidades para tal, a um valor ligeiramente abaixo do mercado. O exemplo que dei acima era um T3 duplex, no centro de Lisboa, por 950€. Claro que não é qualquer família capaz de pagar isso e não alugavam a quem não tinha rendimentos. Não é o mesmo tipo de habitações. É apenas rendas mais acessíveis para a classe média (tal como explicaram na reportagem).
  6.  # 6

    Colocado por: AnaC21Claro que não é qualquer família capaz de pagar isso e não alugavam a quem não tinha rendimentos.


    É aqui que está o erro da segurança social. Como disse, a segurança social não arrendava essas casas de "alto calibre" a quem mais precisava, mas sim a quem tem hoje acesso ao mercado livre de arrendamento e ao crédito: a classe média. Parece que a classe baixa é órfã de apoio social, pode ser que lhe calhe uma bela fracção num bairro social desterrado da capital. Isto não tem lógica, a segurança social falta aos seus compromissos, ao mesmo tempo concorre (de forma desleal) com o mercado livre utilizando os recursos de todos nós. É uma política que financia os mais ricos à custa dos mais pobres, engraçado...
    Concordam com este comentário: exlybris
  7.  # 7

    muito provavelmente essas casas vao para os sobrinho e primos dos directores/vereadores/deputados/responsaves da ss etc etc
    Concordam com este comentário: Mariasevera
  8.  # 8

    Colocado por: nunompParece que a classe baixa é órfã de apoio social,

    As medidas acima faladas são rendas acessíveis.
    Sim, para quem tem rendimentos. Mas 200€ por um T1 é mais acessível a qualquer família do que as actuais rendas de 600€. O que se vai fazer é investir MAIS para permitir que mais famílias possam arrendar. Os apoios a quem não tem rendimentos são diferentes e podem pecar por escassos, mas não são inexistentes. Mas isto não é um bairro social nem é de borla.

    E eu em cima enganei-me. Não queria dizer segurança social. Eram/são casas da Santa Casa da Misericórdia, que estão a ser arrendadas a preços abaixo do mercado: http://www.scml.pt/pt-PT/patrimonio/arrendamentos_santa_casa/
  9.  # 9

    Colocado por: manelvcmuito provavelmente essas casas vao para os sobrinho e primos dos directores/vereadores/deputados/responsaves da ss etc etc
    Concordam com este comentário:Mariasevera

    Quando andava na faculdade eu tinha colegas que beneficiavam de apoios sociais e tinham sinais exteriores evidentes de riqueza,casas de luxo,roupas de marca,etc,etc. Ou seja quem sabe mexer cordelinhos é que sabe viver.
    Concordam com este comentário: exlybris
  10.  # 10

    Colocado por: AnaC21
    As medidas acima faladas são rendas acessíveis.
    Sim, para quem tem rendimentos. Mas 200€ por um T1 é mais acessível a qualquer família do que as actuais rendas de 600€. O que se vai fazer é investir MAIS para permitir que mais famílias possam arrendar. Os apoios a quem não tem rendimentos são diferentes e podem pecar por escassos, mas não são inexistentes. Mas isto não é um bairro social nem é de borla.

    E eu em cima enganei-me. Não queria dizer segurança social. Eram/são casas da Santa Casa da Misericórdia, que estão a ser arrendadas a preços abaixo do mercado:http://www.scml.pt/pt-PT/patrimonio/arrendamentos_santa_casa/


    Bem sei que é bom ter uma "borla" patrocinada pelo Estado, mas a vocação do mesmo não é essa. Eu não acredito num Estado patrão, acredito sim num Estado que esteja presente nas situações mais precárias, ou seja, ajudando quem realmente precisa. Não me parece que a constituição diga que eu tenho forçosamente de morar no Príncipe Real. Contudo, já me parece defensável que parte dos impostos de todos nós seja utilizada em habitação para os mais desfavorecidos, Portugueses também, que por uma razão ou infortúnio não conseguem arrendar uma casa, nem sequer obter um crédito. Onde está a prioridade?

    Isto é tão ilógico que mete dó. Estamos a construir um socialismo chique.
    Concordam com este comentário: exlybris
  11.  # 11

    Colocado por: nunomp

    para os mais desfavorecidos, Portugueses também, que por uma razão ou infortúnio não conseguem arrendar uma casa, nem sequer obter um crédito.




    Muitos do mais desfavorecidos encostam-se ao sistema para viver à custa de benefícios estatais.
    Subsídios de desemprego,rendimento mínimo,etc,etc--quando podiam muito bem estar a trabalhar.

    Em Portugal, os povo não se revolta porque é conivente.Em França,Inglaterra,Luxemburgo,etc há movimentos de cidadão que lutam contra os parasitas da sociedade.Um dos resultados foi o Brexit.
  12.  # 12

    Colocado por: Mariasevera


    Muitos do mais desfavorecidos encostam-se ao sistema para viver à custa de benefícios estatais.
    Subsídios de desemprego,rendimento mínimo,etc,etc--quando podiam muito bem estar a trabalhar.

    Em Portugal, os povo não se revolta porque é conivente.Em França,Inglaterra,Luxemburgo,etc há movimentos de cidadão que lutam contra os parasitas da sociedade.Um dos resultados foi o Brexit.


    Não é tanto por aí, os extremismos não levam a lado nenhum interessante. A classe baixa não é composta por camponeses, pedintes e preguiçosos. Efectivamente, a classe baixa é composta por muitos trabalhadores, basta notar as largas centenas de milhares de pessoas que ganham apenas o salário mínimo.

    A classe média não conta tostões para pagar renda, ir ao médico e para pagar as compras. Por isso há que exigir medidas verdadeiramente sociais. Se o senhor doutor advogado agora não consegue continuar a morar no centro histórico por 150€ de renda, então vai ter de abrir os cordões à bolsa. O Estado não tem de se meter nesses negócios.
    Concordam com este comentário: exlybris
  13.  # 13

    Colocado por: nunomp

    Bem sei que é bom ter uma "borla" patrocinada pelo Estado, mas a vocação do mesmo não é essa. Eu não acredito num Estado patrão, acredito sim num Estado que esteja presente nas situações mais precárias, ou seja, ajudando quem realmente precisa. Não me parece que a constituição diga que eu tenho forçosamente de morar no Príncipe Real. Contudo, já me parece defensável que parte dos impostos de todos nós seja utilizada em habitação para os mais desfavorecidos, Portugueses também, que por uma razão ou infortúnio não conseguem arrendar uma casa, nem sequer obter um crédito. Onde está a prioridade?

    Isto é tão ilógico que mete dó. Estamos a construir um socialismo chique.


    Discordamos do ponto em que pode haver uma intervenção que não seja só para os piores casos, porque claramente já vimos que isso também não é justo. Estamos a falar de Lisboa porque é a câmara de Lisboa que se está a chegar à frente. Mas o governo quer incentivar a rendas mais baixas, com benefícios fiscais para os senhorios e eu não vejo isso mal.
    Estive mais de um ano a procurar uma nova casa e não consegui arranjar uma única com preços justos. Acabei por decidir comprar, mas só um banco aceitou dar-me crédito. Portanto, não fosse esse banco e eu não conseguia ter melhores condições. É ridículo que na grande Lisboa se pague perto de 800€ por um T2. Não é centro de Lisboa... é o distrito. Moro a 15km do centro e um T1 no mínimo vai por 500€. Um passe daqui para Lisboa custa 60€. Desculpem se acho isso mais ridículo do que as medidas que querem implementar.
  14.  # 14

    Colocado por: AnaC21Estive mais de um ano a procurar uma nova casa e não consegui arranjar uma única com preços justos. Acabei por decidir comprar, mas só um banco aceitou dar-me crédito.


    Já viu, acabou por me dar razão. Achou que os preços de arrendamento não eram justos, decidiu comprar a sua habitação. Tem, portanto, condições económicas que lhe permitam tomar essa decisão. O que digo é, mesmo não sendo desfavorecido, devo ser capaz de olhar para quem está pior e perceber que o Estado, a ter que ajudar, deve começar por aqueles que mais precisam. O Estado não deve concorrer com os privados, deve sim, prestar o serviço que estes últimos não prestam: habitação social.

    Imagine que numa rua existem dois prédios, um pertencente a uma empresa e outro pertencente ao Estado. O prédio do Estado oferece rendas mais baixas, ao mesmo tempo não paga IMI, IRS, taxas. Pior, este prédio é financiado pelos impostos. O prédio do particular, pagando todas as taxas e impostos, irá financiar o concorrente. Da mesma forma, o particular nunca poderá ter rendas de 150€ porque é economicamente ruinoso, mais valia investir dinheiro noutro activo. Regra geral, quanto menos o Estado se meter na economia, melhor. Quando é de mais, tipicamente estraga. Portugal é disso um exemplo.
    Concordam com este comentário: exlybris
  15.  # 15

    Colocado por: nunomp

    Já viu, acabou por me dar razão. Achou que os preços de arrendamento não eram justos, decidiu comprar a sua habitação. Tem, portanto, condições económicas que lhe permitam tomar essa decisão. O que digo é, mesmo não sendo desfavorecido, devo ser capaz de olhar para quem está pior e perceber que o Estado, a ter que ajudar, deve começar por aqueles que mais precisam. O Estado não deve concorrer com os privados, deve sim, prestar o serviço que estes últimos não prestam: habitação social.

    Imagine que numa rua existem dois prédios, um pertencente a uma empresa e outro pertencente ao Estado. O prédio do Estado oferece rendas mais baixas, ao mesmo tempo não paga IMI, IRS, taxas. Pior, este prédio é financiado pelos impostos. O prédio do particular, pagando todas as taxas e impostos, irá financiar o concorrente. Da mesma forma, o particular nunca poderá ter rendas de 150€ porque é economicamente ruinoso, mais valia investir dinheiro noutro activo. Regra geral, quanto menos o Estado se meter na economia, melhor. Quando é de mais, tipicamente estraga. Portugal é disso um exemplo.




    Não concordo consIgor. Se apenas 1 banco emprestou e pq as condições económicas não serão as mais ade quedas. Penso que muitas pessoas estão a ser empurradas para a compra de casa porque os arrendamentos estão caros e o crédito fácil. Eu diria que já vimos este filme. Mas acho que são poucos o que de facto assistiram ao filme.
  16.  # 16

    Colocado por: AMVPSe apenas 1 banco emprestou e pq as condições económicas não serão as mais ade quedas

    Pois, a questão é esta. Eu precisava urgentemente de pelo menos mais uma divisão e era impensável dar 800€ por uma renda e vi-me a ter que me comprometer com um crédito a 40 anos com condições que não são totalmente vantajosas, dado o risco para o banco, mas cuja prestação, actualmente, é semelhante à renda actual. Mas nós tivemos a sorte de ter recebido uma herança que permitiu ter liquidez para uma entrada. Conhece muitas famílias que tenham esse dinheiro por poupanças? É que eu tenho uma amiga que também acabou por comprar e não só a avaliação foi baixa e obrigou-a a pedir um valor substancial aos pais, teve que se submeter a um spread ainda pior que o meu porque precisou de 85% do empréstimo. E estamos a falar de alguém que trabalha numa big four e se calhar é classe média-alta e teve dificuldades em comprar uma casa abaixo dos 100k.

    É que a bolha está em todo o lado.


    Colocado por: nunompImagine que numa rua existem dois prédios, um pertencente a uma empresa e outro pertencente ao Estado. O prédio do Estado oferece rendas mais baixas, ao mesmo tempo não paga IMI, IRS, taxas. Pior, este prédio é financiado pelos impostos. O prédio do particular, pagando todas as taxas e impostos, irá financiar o concorrente


    Mas a politíca das rendas acessíveis que querem implementar não implica uma redução das obrigações fiscais dos senhorios? Então aí perde um bocado esse argumento. No caso específico de Lisboa é que uma coisa não implica a outra porque é a propria autarquia a investir, mas se calhar eles próprios darão prioridade a quem precisa mais. Não se ouviu falar ainda de regras ou prioridades.
    Eu até acho que há muitas outras formas de se mexer com isto. Mas por exemplo:
    Sabia que as rendas de quartos actualmente rondam os 400-500 euros, em Lisboa? E a maioria sem contrato... Agora imagine que há uma fiscalização a isto tudo... Será que as rendas subiriam ainda mais para legalizar o arrendamento? (Quando fui viver para Lisboa para estudar, há 7 anos atrás pagava 200€ e terminei a universidade há quase 3 anos a pagar 235€ por um quarto de uns 6m2. Sempre sem contrato, porque com contrato pediam mais 23%. )
    Estas casas da autarquia também vão servir para arrendamento universitário e vão ser milhares de cães a um osso...
  17.  # 17

    Ouvi hoje alguém na Rádio a dizer que para arranjar fiador para comprar ou alugar habitação, indivíduos de certa etnia, tinham muitas dificuldades.
    Pelo justo paga o pecador!

    Os bairros sociais têm o estigma de estarem ligados à marginalidade,ao crime.A pessoas que fazem zaragata...mau ambiente.
  18.  # 18

    Mariasevera

    Não esmoreça, nem desista... trabalhe duro!
    Pense nas milhares de pessoas que vivem do rendimento minimo e do subsidio de desemprego, sem trabalhar, sem pagar IRS, sem aturar chefes e patrões, sem horarios, sem medo de perder o emprego.......eles dependem de si!

    =)
    Concordam com este comentário: manelvc
  19.  # 19

    Colocado por: Mariasevera
    Quando andava na faculdade eu tinha colegas que beneficiavam de apoios sociais e tinham sinais exteriores evidentes de riqueza,casas de luxo,roupas de marca,etc,etc. Ou seja quem sabe mexer cordelinhos é que sabe viver.
    mas isso é em Portugal e no resto do mundo
    Nunca vai mudar.
  20.  # 20

    Colocado por: AnaC21Pois, a questão é esta. Eu precisava urgentemente de pelo menos mais uma divisão e era impensável dar 800€ por uma renda e vi-me a ter que me comprometer com um crédito a 40 anos com condições que não são totalmente vantajosas, dado o risco para o banco, mas cuja prestação, actualmente, é semelhante à renda actual. Mas nós tivemos a sorte de ter recebido uma herança que permitiu ter liquidez para uma entrada. Conhece muitas famílias que tenham esse dinheiro por poupanças? É que eu tenho uma amiga que também acabou por comprar e não só a avaliação foi baixa e obrigou-a a pedir um valor substancial aos pais, teve que se submeter a um spread ainda pior que o meu porque precisou de 85% do empréstimo. E estamos a falar de alguém que trabalha numa big four e se calhar é classe média-alta e teve dificuldades em comprar uma casa abaixo dos 100k.


    Mas continua a dar-me razão. Acharia normal que o estado ajudasse a classe média-alta? Se tem condições para aceder a crédito, é sinal que o mercado lhe é acessível. O estado deve intervir onde o mercado não está presente. Como disse anteriormente, não é normal que alguém arrende uma casa em Lisboa por 150€/200€ face ao preço de compra actual. Porquê? Porque face ao risco, é mais vantajoso investir noutro tipo de activo. O Estado, não tendo que pagar impostos, recebendo impostos, tem condições para prestar os serviços que o mercado não presta. É só isso.

    Eu desconfio que o problema está mesmo na minha geração (millennials) em que se quer ter a independência que os nossos pais não tiveram. Querem ter a liberdade de não casar logo aos 20 anos. O problema é que percebem que, com só um a trabalhar é muito mais complicado pagar uma renda, mesmo recebendo um salário médio. É só isto. As rendas de hoje em Lisboa não são muito mais altas do que eram há 20 ou 40 anos (a preços constantes, é claro). Procurem lá aos papás pelos contratos antigos, se tiverem, e vejam que valor se praticava nessa altura. Vão ter uma surpresa, contrariando toda a propaganda que por aí vai nos media.
 
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